Me apaixonei por um vampiro. escrita por Cella


Capítulo 1
Her smile.


Notas iniciais do capítulo

AÊ, primeiro capitulo... espero que gostem :D



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Pov Liam.

Tédio. Era a única palavra que definia o que eu sinto a mais de 112 anos. Meu nome é Liam Payne, e sim... Eu sou um vampiro.

Aposto que você já pensou que eu sou um sanguinário horripilante, que causa um tremendo caos em Londres mordendo pescoços por ai. Bom, tirando a parte do “horripilante” você está quase certo.

Tive muitas vítimas aqui em Londres, mas nunca há testemunhas para ao menos saberem como eu sou. Alguns acham que há um tipo de animal a solta, mordendo as pessoas que caminham sozinhas a noite, principalmente quando passam pelos becos escuros e desertos. Bando de otários, mais até que é vantajoso para mim eles terem essa teoria.  

Eu estava exausto. Não que vampiros sentem cansaço, mais exausto que eu digo, era em relação a minha vida. Tudo muito padronizado, nada de novo, nada que pudesse me arrancar desse tédio sem fim.

A noite em Londres era calma, eu observava tudo do topo de um prédio. O vento cortante batia em meu rosto, era impressionante como Londres nunca mudou em todos esses anos, tudo continuava intacto. Sorri ao apreciar a vista, que mesmo muito tempo observando-a ela ainda me agradava. Foram raras vezes em que sai de Londres, e nessas vezes foram o suficiente para saber que eu me sentia desconfortável em qualquer outro lugar do mundo, aqui que era minha casa, é aqui que eu ficaria para sempre.

Após descer do prédio, coloquei o capuz do meu sobretudo preto e andei por um beco a caminho de um bar que eu ia praticamente todos os dias. Geralmente há por aqui algum tipo de gangues, ou bêbados, ou algum outro retardado que arrisca a vida vindo até um lugar como esse.

Continuei andando tranquilamente, até que com minha audição bastante apurada e meu grande reflexo, senti alguém atrás de mim.

- Ei otário! Vai passando tudo que tem, é um assalto! – alguém disse logo em seguida, percebi que a voz demostrava total nervosismo. Me virei lentamente, com um sorriso malicioso no rosto.

- Você não vai querer realmente fazer isso... – eu falei sem tirar o sorriso dos lábios, enquanto o “bandido” apontava uma pequena arma no meu rosto.

- Cala boca! Faz logo o que eu estou mandando ou eu atiro na sua cara! – o garoto disse em voz alta. Soltei mais uma risada, o que deixou ele ainda mais nervoso.

- Eu vou contar de 1 até 3, pra você tirar essa arma da minha cara, e da o fora daqui, antes que eu acabe com a sua vida – eu respondi tranquilamente, enquanto ele me olhava assustado com a resposta.

- Eu já falei pra você...

- 1...  – eu o interrompi, começando a contagem – 2... – ele parecia sem saber o que fazer, sua expressão de confusão me fez soltar um risinho, antes de finalizar a contagem – 3...

Ele continuava a me encarar, esperando por alguma reação. Esperei alguns segundos, e em um ato rápido tirei a arma da mão dele e a amacei na minha mão, como se fosse uma bolinha de papel. O rosto do garoto era de espanto, ele deu alguns passos para trás mais tropeçou em algo e caiu no chão. Soltei um sorriso satisfeito e me agachei em sua frente.
- Para sua sorte, eu não estou nos meus piores dias. Então, da o fora daqui, se eu te ver aqui de novo eu não te darei outra chance – falei e me levantei.

O garoto apenas assentiu com a cabeça e saiu correndo todo atrapalhado, balancei a cabeça negativamente enquanto dava uma risadinha. Eu realmente não estava afim de matar ninguém hoje, esse garoto deu sorte.

Finalmente cheguei no bar, abri a porta e me sentei de frente pro balcão, como de costume. Pedi uma bebida para Frank, que era o dono do bar. Ele já estava acostumado comigo, assim como algumas pessoas que também sempre frequentaram ali.

Enquanto esperava minha bebida, tirei o capuz e passei o olhar rapidamente nas pessoas que estavam ali. Algumas me encaravam um pouco assustadas, talvez seja por causa da minha... aparência.

Minha pele era mais branca que o normal, eu era da cor de um papel. Mais eu estava nem ai para o que elas pensavam, apenas desviei meu rosto delas e continuei de cabeça baixa.

Frank veio com uma caneca gigante de cerveja e a colocou no balcão a minha frente, dei um sorrisinho fraco para ele em sinal de agradecimento e dei uma golada.

O silêncio do local foi quebrado com o barulho da porta, e logo em seguida pude ouvir vozes femininas se aproximarem. Na mesma hora aquele cheiro de perfume feminino bem doce, invadiu minhas narinas, me fazendo tossir. Olhei para ver quem era, e me deparei com um grupo de amigas jovens, que gargalhavam e conversavam animadamente. Elas se sentaram na mesa do fundo do bar, e definitivamente não tinham senso algum, pois falavam tão alto que até o pessoal dos Estados Unidos poderiam escuta-las.

Meu olhar continuava preso a elas, me perguntando o que aquelas garotas estariam fazendo em um lugar como esse. Elas com certeza eram novas na cidade, pois eu nunca havia visto elas antes. A porta se abriu mais uma vez e eu senti alguém se aproximar, disfarçadamente olhei para trás e vi uma garota. Na verdade... uma linda garota. Ela tinha cabelos longos e loiros, seus olhos eram tão azuis que eu quase havia me perdido neles. Ela olhava para o balcão, parecia estar procurando por alguém, até que seu olhar se encontrou com o meu. Meu corpo estremeceu, por um momento era como se o seu olhar tivesse me hipnotizado. Ela me encarava, e eu não conseguia decifrar a expressão que estava em seu rosto, mais eu simplesmente não conseguia desviar dela.

- Candice! – uma das garotas que estavam no fundo do bar gritou – estamos aqui!

Ela olhou para elas e logo sua expressão foi de alivio ao encontra-las. Ela seguiu em direção a elas e logo juntou-se a mesa. Candice... então era esse o nome dela. Eu a observava de longe, já que ela havia se sentado de frente para mim. Ela olhava para mim, mais quando via que eu estava a encarando desviava o olhar. Ela era... diferente. Havia algo nela que me encantava. Os vampiros são muito perceptíveis, e eu sabia que ela tinha algo em especial. Quando ela sorria, eu teria certeza que se eu ainda tivesse coração, ele estaria batendo acelerado. Era o sorriso mais bonito que eu havia visto nos meus 112 anos de existência. Sem nem mesmo conhece-la, percebi que ela tinha um grande poder sobre mim, era uma coisa totalmente inexplicável.


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam? Deixem reviews ;*