O Pesadelo escrita por Fenix


Capítulo 4
Sanatório Psiquiátrico Crawford




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/251972/chapter/4

- O fato de o garoto estar vivo o deixa intrigado – Diz Kerry.

- Vocês estão ficando loucas – Narayani nega com a cabeça – Olha eu não quero falar sobre isso.

- Tudo bem, tudo bem – Diz Kerry – Vamos prestar atenção na aula – Ela da uma risada, voltando pra frente.

Bruna Mozzi leva seu olhar para a professora. No instante em que Narayani olha para o lado, observa Drake encarando-a, sem jeito ela olha para frente e folga-se na cadeira.

----------------------------

Horas mais tarde.

Jonathan está sentando na mesa da biblioteca quando Narayani se aproxima por trás e cruza seus braços em sua garganta, ela o beija na bochecha.

- Oi amor!

- Não era para estar na aula? – Pergunta Jonathan, rindo.

Ele vira a cabeça e a beija, Narayani puxa a cadeira e santa ao seu lado.

- Já estamos liberados... – Ela olha para o jornal em suas mãos – Está lendo sobre o que?

- Sobre uma antiga lenda de uma casa aqui em Santa Bárbara – Ele responde.

- E o que diz a lenda? – Narayani sorrir.

Jonathan leva seu olhar para o jornal.

- Parece que há alguns anos um garoto matou toda a família dentro de casa – Diz Jonathan, lendo o artigo – Aqui fala que ele se chamava Felipe e conseguiu matar a própria mãe com um corte na garganta, a irmã com diversas facadas e cortes e o pior de todos, o pai que depois de ter um gancho no queixo, ainda teve a língua arrancada.

- Língua arranca?

- Parece que ele fazia isso para aqueles que o mal travava.

- Uma forma de fazê-los calar a boca!

- Exato! – Jonathan olha para Narayani – Você tem mais tempo nessa cidade, sabe de alguma coisa?

Narayani evita seu olhar, ela encara a foto de Felipe no artigo.

- Não... Eu não sei – Diz Narayani.

Jonathan nota sua depressão leve, segue seu olhar até a foto do artigo e volta para ela.

- É, eu acho que já chega por hoje – Diz Jonathan, levantando-se da cadeira.

Narayani leva um pequeno susto e levanta-se logo em seguida.

- Vamos... Eu te levo pra casa – Diz Jonathan, pegando seu casaco na cadeira – O Freddy já deve estar preocupado.

- É, eu acho que sim – Ela diz carinhosamente.

Os dois se afastam da mesa de mãos dadas. Drake sai de trás da estante de livros, onde havia ouvido toda a conversa, ele encara Narayani de costas saindo da biblioteca, então respira fundo e caminha para frente.

------------------------------

Sanatório Psiquiátrico Crawford – Santa Bárbara

- Acorda idiota – Grita o guarda, batendo com um bastão na porta de ferro.

Felipe, agora um homem de 20 anos, com uma estrutura de 1.79 de altura, cabelo grande caído nos olhos, músculos moderadamente grandes. Usando uma roupa despojada e rasgada, e uma máscara preta com detalhes vermelhos. Ele abre os olhos com o barulho.

- Vamos passear – Diz Leonardo abrindo a porta grossa de ferro.

Felipe continua imóvel deitado na cama. As paredes do quarto estão com desenhos feitos com papeis e sangue.

- Você tem um encontro – Diz Rey, rodando a chave na mão.

Eles abrem totalmente a porta.

- Ele nunca disse uma palavra – Conta Rey, o segurança mais velho do local.

- O que ele fez? – Pergunta Leonardo, se aproximando com algemas grossas.

- Matou toda a família a facadas... O pior massacre que Santa Bárbara já viu – Diz Rey – Esse garoto entrou para a história!

- E porque ele matou a família!

Felipe os encara pelo canto dos olhos.

- Eles o maltratavam diversas vezes, batiam nele e o renegavam – Diz Rey, ele adentra no quarto – E aquele foi o jeito dele da a resposta.

Leonardo da um sorriso e aproxima-se de Rey, ele nota os desenhos nas paredes.

- Felipe, vamos lá companheiro, levante – Pede Rey.

Felipe põe o pé no chão, Leonardo da um passo para trás.

- Não! – Diz Rey, rapidamente – Não fique com medo!

Felipe senta na cama encarando Leonardo com os olhos furiosos, ele se levanta, Rey olha para cima para poder encará-lo.

- Está tudo bem Felipe – Diz Rey.

- Minha nossa – Leonardo observa vários rastros de sangue escorrido pelas paredes – O que ele fez aqui?

- Ele tira o próprio sangue para poder colocar esses papeis – Diz Rey, ele pega as algemas da mãos de Leonardo, que estava abismado olhando para parede. Rey vai pondo as algemas em Felipe – Cada papel mostra um jeito que ele matou cada pessoa da família.

- Mas... Esse desenho está diferente – Diz Leonardo, notando todos com sangue manchando o rosto, porém haviam 2 sem marcas – Aquele também!

- Nunca sabemos o motivo disso – Diz Rey, ele põe as algemas também no tornozelo de Felipe – Já viram ele observando esses dois desenhos por horas!

- Bizarro – Comenta Leonardo.

- Você ainda não viu nada – Diz Rey.

Felipe fica completamente imóvel em frente a Rey.

- Vamos! – Diz Rey, indo para porta.

Felipe vai seguindo, Leonardo fica alguns segundos admirando os desenhos e logo sai.

-----------------------

Freddy entra em casa com sua atenção as cartas em sua mão, ele vira-se e fecha a porta, a tranca com a chave e caminha até a sala, sua mochila está no ombro direito um pouco caída para o lado.

Perto do sofá, põe a mochila e senta, então começa a analisar as cartas, algumas de banco, por última havia uma carta diferente, sem endereço, apenas o nome de Freddy. Estranhando, ele a abre.

“Oi gato, tenho uma surpresa pra você no seu quarto. Beijos Kerry”

Freddy da um sorriso e caminha para a escada, seus passos vão batendo contra os degraus bem devagar, ele chega ao segundo andar e observa o corredor vazio.

- Olá?! – Ninguém o responde. Freddy avista a porta de seu quarto aberta e a luz acesa – Kerry?!

Ele põe a mão na porta, devagar vai empurrando-a, Freddy da um passo adentro, então leva seu olhar para o quarto, logo depara-se com Kerry nua em cima de sua cama, ele da um sorriso de canto.

- Oi! – Diz Kerry – Pensei que você fosse demorar!

- O que ta fazendo aqui? – Ele pergunta, se aproximando.

- Estava sozinha... Carente... – Ela senta na cama com o edredom cobrindo sua barriga.

- A Narayani já vai chegar, você pode se vestir, por favor? – Diz Freddy, ele para em frente a cama.

- Vai me dizer que não quer estar aqui?

Freddy põe o joelho na cama, retira à blusa, Kerry da um sorriso sedutor, Freddy inclina-se em cima dela com o braço apoiado aos lados.

- Não poderia estar em um lugar melhor – Ele diz, em seguida a beija.

Kerry cruza os braços em seu pescoço, Freddy continua a beijá-la. Kerry gira rapidamente, pondo Freddy embaixo de si, o edredom desce dos seios, ela joga o cabelo para o lado com um movimento sexy e lambe seu peitoral, Freddy da um sorriso, ele segura seu rosto e a beija.

- Vamos vê o que tem pra mim – Murmura Kerry, em seu ouvido.

Freddy da uma risada, ela vai descendo pelo seu corpo até a cintura. Freddy olha para cima abrindo a boca.

-------------------------

Narayani caminha para fora da universidade ao lado de Jonathan, eles vão em direção ao carro dele estacionado na calçada. Próximos, o delegado para o carro em frente a eles.

- Olá senhor! – Diz Jonathan.

- Oi pessoal... Viram a Bruna? – Pergunta Brandon.

- Eu a vi faz cinco minutos no corredor – Diz Narayani, apontando para trás com o polegar – Acho que ainda consegue falar com ela!

- Obrigado! – Ele afasta-se com o carro.

Narayani segura a porta do carro de Jonathan.

- Ele já sabe de tudo? – Pergunta Jonathan, ele destrava as portas.

Os dois entram no carro.

- Ta doido? A Bruna ainda nem contou a metade – Diz Narayani – As loucuras que ela faz ele nem tem ideia.

Jonathan sai com o carro.

- Já ficou sabendo do garoto novo? – Pergunta Jonathan.

- O que? Não!

- Ele é da sua sala... Se chama Drake!

- Ah sim! Sei quem é! – Diz Narayani, ela da um sorriso de canto – Ele tem problemas?

Jonathan sorrir.

- O que? – Ele gargalha – Como assim?!

- É sério – Narayani fica sorrindo – Ele tem algum problema mental?... É que ele ficou me encarando a aula toda!

- Vai vê ele gostou de você – Diz Jonathan.

- Então eu posso arranjar coisa melhor? – Diz Narayani animada.

- Nunca vai arranjar coisa melhor que eu - Diz Jonathan.

Narayani sorri, ela o beija no rosto.

- Isso é possível?
- O que?

- Sermos tão perfeitos? – Pergunta Narayani.

Jonathan para o carro em frente ao semáforo, ele olha para ela.

- Eu te amo! – Eles se beijam.

-----------------------------

- Isso! Isso! Isso! – Diz Kerry, em cima de Freddy subindo e descendo, um pouco suada.

Ela fecha os olhos excitada, Freddy está suado pondo a mão no rosto.

- Você é maravilhosa – Ele diz.

Freddy põe sua mão no seio de Kerry, ela geme um pouco.

------------------------------

Freddy está sentando na cama pondo a camisa, Kerry sai do banheiro soltando o cabelo e pegando a escova em cima da cômoda, ela caminha em direção ao espelho.

- Vou comer alguma coisa, vai querer? – Pergunta Freddy.

- Hm? Não obrigada! – Agradece Kerry.

- É melhor descer logo antes que a Nara te veja no meu quarto!

- Já estou indo!

Freddy retira-se do cômodo.

Jonathan estaciona o carro em frente a casa de Narayani, ela retira-se do veículo, fecha a porta e o encara.

- Mais tarde eu te ligo! – Diz Jonathan.

- Ok! – Eles se beijam e ele sai com o carro.

Narayani acena sorrindo, ela caminha para porta da casa, momentos antes de tocar na maçaneta, Kerry abre a porta.

- Kerry?!

- Oi Nara! Tudo bem?

- O que você faz aqui?

- Nada, eu só... Vim te vê... Nada demais! – Diz Kerry – E eu preciso te pedir uma coisa!

Narayani ajeita a mochila no ombro e encara Kerry suavemente.

- Diga!

- É que eu fiquei de ser babá do Bruno esse sábado, será se você pode ficar pra mim? – Ele da um sorriso.

- Kerry...

- A qual é?! Só dessa vez!

- Kerry, já é a quinta vez esse mês.

- Quinta, sexta, qual a diferença? – Animada segura os ombros de Narayani – E então? O que me diz?

- Ta bem, ta bem!

- AAAHHHH brigadaaaa – Kerry abraça Narayani e sai caminhando.

Narayani sorrir negando com a cabeça e entra em casa, ela fecha a porta.

----------------------------------

- Não acredito que já faz 19 anos – Diz Gabriel, em frente a Felipe.

Felipe por sua vez, fica de cabeça baixa.

- Venho te acompanhando todos esses anos... O que houve com você?... Parece que... Não esta mais ai! – Diz Gabriel, um homem moreno, de olhos verdes, cabelos castanhos e que está formado em psiquiatria.

Felipe levanta o rosto para Gabriel.

- Bem... O que anda fazendo?

Felipe continua quieto.

- Tudo bem... Sabe Felipe, eu não te culpo... Realmente não te culpo por tudo que aconteceu... Eles eram malvados com você!

Gabriel se levanta caminha em volta da mesa.

- Você sofreu muito... Mas agora tudo acabou, não tem porque estar com essa raiva ainda!

Felipe fecha a mão.

- Felipe... Você já pode descansar... – Diz Gabriel.

Felipe respira fundo, devagar, vai virando a cabeça seriamente para Gabriel, que ao olhar para ele, sente-se um pouco desconfortável.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!