Why Should We Fight The Feeling? escrita por MissNothing


Capítulo 7
New Schoolmate


Notas iniciais do capítulo

Eu postando capítulos sem muita demora? Sério? Milagre!! Vou tentar fazer isso sempre, prometo. E confesso que fiquei meio indecisa sobre o título do capítulo, porque não sabia se colocava um "A" antes ou não, qualquer coisa, let me know. Enfim... Aproveitem a leitura de mais de três mil palavras! Espero que gostem e que esteja legal, porque não quero entediar ninguém!



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Meus olhos abriram-se instantaneamente após sentir algo em meus lábios, mais precisamente, um leve estalo. Deparei-me com Justin em cima de mim, sorrindo feito um bobo.

– Oi, princesa! Trouxe o seu café da manhã – Beijou-me mais uma vez, porém dessa vez com mais intesidade do que um simples selinho.

Sorri como agradecimento e arrastei a bandeja para perto de nós dois. Haviam pães, frios, frutas, suco de laranja, café e macarrons.

– Que café da manhã mais chique! Não me mime muito, porque se não vou ficar desacostumada! – alertei-o com um sorriso meigo e o tom de voz manhoso.

Peguei a metade de um mamão e uma colher, enfiando-a no miolo da fruta para arrancar um pedaço. Quando retirei a colher, a cor laranja havia se tornado preta.

– O que é isso?! – exclamei, jogando-o de volta na bandeja.

Todas as outras comidas estavam ficando pretas e a feição apaixonada de Justin no começo da manhã agora era aterrorizante, tinha a aparência parecida com a de um zumbi. Ele aproximava-se de mim lentamente e eu não conseguia me mexer, algo me prendia. Tentei soltar minhas mãos, mas era impossível.

– O que aconteceu, Candice? – indagou Justin quando acordou devido ao meu grito.

Afastei-me dele rapidamente, encolhendo-me na cama. Temia que ele fizesse algo comigo, portanto continuei gritando.

– Não chegue perto de mim! – ordenei, lançando um travesseiro em sua direção.

– Ei! Calma!

Calma?! Você tentou me matar e agora pede pra que eu tenha calma?! – retruquei, desesperada. – E cadê a bandeja que estava em cima da cama?! Cadê aquele olhar aterrorizante?! Me responde, Justin!

– E-Eu...

– E não fique me olhando como se eu fosse louca!

– Mas eu não sei de nada disso!

Quando ouvi minha mãe batendo na porta desesperadamente, perguntando o que estava acontecendo, percebi que minhas mãos estavam soltas e que não havia bandeja em lugar nenhum.

– Desculpa, foi só um pesadelo – sussurrei para Justin. – Agora, se esconde embaixo da cama! Rápido!

E definitivamente tinha sido um pesadelo, pois eu teria vomitado se ele me chamasse de “princesa”, e também com toda aquela coisa melosa, mesmo que eu fosse romântica. “Não me mime muito” e ainda com aquela voz? Candice, seus sonhos são os piores.

Ele fez o que eu pedi, enquanto minha mãe continuava gritando para que eu abrisse a porta. Por fim, fui abrí-la.

– Mãe! Uma barata! – gritei, ainda desesperada.

– Tudo isso por uma barata, Candice?!

– Ela é gigante!

– Aposto que deve ser... – disse, irônica. – São quase sete horas, vá se arrumar pra escola e pare de bobeira.

– Tá bom, mãe... Mas se eu morrer por causa da barata...

Ela apenas me lançou um olhar de desaprovação e fechou a porta do quarto. Fiz um sinal para que Justin saísse de seu esconderijo e tranquei a porta.

– Hoje é segunda, tenho que ir pro colégio, então você não pode ficar aqui – falei seriamente. – Bom, de qualquer jeito, não poderia.

– Você acorda gritando e dizendo que eu queria te matar e acha que é só me expulsar da sua casa?

– Desculpa, foi um pesadelo.

– Mas você me acusou do mesmo jeito!

– Esquece isso, Justin.

– E por que eu tentava te matar no seu sonho? Era de prazer, pelo menos?

– Ah, cala a boca, vai! – exclamei, dando-lhe um tapa no braço.

– Você acabou de admitir que sonha comigo – disse entre risos, exibindo-se.

– N-Não foi nada disso!

– Se não tivesse sido, você teria me contado.

Fiquei sem palavras, portanto decidi mudar de assunto:

– Vou tomar banho, porque diferente de você, eu estudo.

– Eu vou pra aula hoje também, Candice.

– Ah, é, você me contou ontem.

– Sério? Comentei essa parte? Tenho só alguns flashes de lembrança...

– Graças a Deus! – murmurei um pouco alto demais.

– Wow! Eu ouvi! Quer dizer que fizemos mais alguma coisa ontem? Como posso não me lembrar disso?! – exclamou, boquiaberto.

– Não fizemos nada demais, Justin.

– Mas você tirou minha roupa, de qualquer jeito.

“Não era pra você lembrar dessa parte...”

– Achou que eu não lembrava, né? – falou, como se lesse meus pensamentos, entre risos.

– Mas deve se lembrar da parte que você me obrigou a fazer isso.

– Pior que não me lembro... – falou com um sorriso malicioso.

– Canalha! Aposto que você se lembra!

– Olha você aí me acusando de novo... Você não muda, né?

– Dez para as sete! – exclamei quando olhei para o relógio. – Preciso ir tomar banho logo! E você fica bem quietinho aqui, ok?

– Vai me dar carona pra casa?

– Sim, folgado.

Fui até o closet e peguei uma roupa mais simples, afinal, só iria para escola. Tranquei-me no banheiro para que Justin não fizesse nenhuma de suas brincadeirinhas de mau gosto e tomei um banho rápido, pois iria me atrasar se demorasse muito. Enxuguei-me e me vesti, indo logo depois para o quarto.

– Pensa que vai aonde com um short curto assim? – indagou, analisando-me dos pés à cabeça.

– Curto? Ele é um short normal, oras! Dois palmos, ou menos até, acima do joelho, não vejo nada demais. E outra, por que estou te dando satisfações? Não te devo nada.

– Só uma carona.

– Ah, claro... Por que você tem uma resposta pra tudo? – indaguei, lançando-lhe um olhar raivoso.

– Tava fuçando seu computador e vi agora que você estuda no East Side School – comentou, e recebeu um olhar de indiferença como resposta. – Não vai me dizer “Bem-vindo, colega de classe”?

– C-Como? – engasguei.

– Isso mesmo que você ouviu. Espero que me apresente bem ao colégio.

– Você só pode estar brincando, né? Diz que sim! – implorei. – E como se eu precisasse te apresentar ao colégio...

– Sinto muito, também queria que fosse brincadeira, mas é verdade...

– As meninas vão surtar e vão ficar se jogando em cima de você e dizendo “Ai meu Deus, tira uma foto comigo?” “Awn, como você é perfeito!” “Seu lindo, casa comigo?” – falei com o tom de voz mais fino e chato que pude fazer.

– Tô sentindo um cheiro diferente...

– Hã?

– Um cheirinho de ciúmes...

– Ciúmes?! – exclamei entre risos. – Me poupe.

– Bom, Candice, você ainda tem tempo de parar de negar e tirar uma foto comigo... O que acha? Não precisa sentir inveja delas, ok? Você também pode me chamar de lindo e pedir pra casar comigo.

– Ah, claro, Justin – falei ironicamente. – Agora vamos.

– Mais uma coisa: meu carro quebrou, então você vai ter que me levar pro colégio com o seu carro.

Meu? É da minha mãe.

– De qualquer jeito, você vai ter que me dar uma carona.

– Você não deveria ter mil carros? Um deles deve estar funcionando.

– Não, só tenho um.

Desconfiei, obviamente, mas não tinha tempo para discussões.

– Ok, vamos logo.

Quando fui até a porta e peguei na maçaneta para abri-la, percebi que Justin estava atrás de mim. Olhei para ele com desdém e depois para a janela.

– Ah, não... – resmungou.

– Ah, sim... – imitei seu tom de voz com um sorriso cínico.

Ele fez um biquinho, que fez com que parecesse uma criança mimada, mas meneei a cabeça e apontei para a janela. Por fim, ele obedeceu, cabisbaixo como um pobre cachorro.

– Te encontro em três minutos na garagem – falei antes de abrir a porta.

Peguei minha bolsa com meu material e saí do quarto, caminhando apressadamente até a cozinha.

– Oi, mãe! Bom dia! – cumprimentei-a quando cheguei na sala com quatro torradas na mão, equilibrando-as com dificuldade.

– Bom dia, filha! E quatro torradas? – indagou, surpresa. – Quem vê pensa que não come há dias!

– Pois é, acordei com fome... – menti. – Tchau, mãe!

Desci rapidamente as escadas para chegar na garagem. Entrei no carro de minha mãe e abri o portão com o controle, encontrando Justin lá fora.

– Não quer demorar mais? – indagou enquanto entrava no carro.

– Não quer ir a pé? – retruquei, cínica. – Toma essas duas torradas. As torradas que eu tive os bons modos de trazer pra você e me arrependo. De nada.

– Obrigado, Candice, muito obrigado pelas deliciosas torradas! – agradeceu ironicamente, pegando-as logo em seguida.

Não respondi, apenas sorri falsamente e liguei o carro. Mordi uma das torradas para poder ficar com as duas mãos no volante e deixei a outra na perna, enquanto Justin se deliciava com as suas normalmente.

Acelerei o carro e saí da garagem, fechando o portão logo em seguida. Justin pediu para que eu me acalmasse e diminuisse a velocidade, mas não dei ouvidos a seus conselhos, pois estava atrasada demais para isso. Quando ele acabou suas torradas, colocou os pés em cima do porta-luvas.

– Mas você é muito folgado mesmo, né? – falei com a torrada entre meus dentes.

– O que? Não tô te entendendo!

– Eu disse que você é folgado! – tentei gritar com a torrada entre os dentes, mas não obtive muito sucesso.

– Ainda não consigo entender... – disse entre risos.

Olhei-o com raiva e quando tirei a torrada de minha boca e virei para falar com ele, perdi o controle do carro.

– Candice! – gritou Justin, tentando pegar no volante para impedir a batida, mas era tarde demais.

– Meu Deus! Meu Deus! Meu Deus! – gritei desesperadamente.

Saí do carro num pulo e fui ver a fronteira do carro, que estava amassada num poste. Fiquei nervosa e triste ao mesmo tempo, logo lágrimas começaram a encher meus olhos, mas respirei fundo, impedindo-as de despencarem.

– Calma, Candice, calma... – Justin passou um dos braços nos meus ombros.

Calma?! Como você espera que eu fique calma depois de quebrar o carro da minha mãe?! – surtei, tirando bruscamente seu braço de meus ombros. – E isso é tudo culpa sua e das suas brincadeiras de mau gosto!

Ajoelhei-me em frente ao carro e passei a mão na parte danificada, implorando que aquilo fosse mais um pesadelo.

– Vou chamar o guincho e depois mando para o conserto, ok? – disse Justin, ajoelhando-se para olhar em meus olhos. Seu olhar parecia um pouco diferente, como se estivesse triste pelo que falei.

– Não posso aceitar.

– Como não pode? Considere como um “obrigado”.

Minha mãe me deixaria de castigo por anos e nunca mais poderia dirigir um carro, mesmo que fosse meu, portanto sorri e o abracei – o que foi estranhamente estranho.

– Obrigada, obrigada mesmo!

– Por nada, só estou retribuindo um favor.

– Muito obrigada! – continuei agradecendo.

– É sério, Candice, não precisa agradecer. – Afastou-se do abraço e segurou meus antebraços, olhando fixamente em meus olhos. – Eu sei que você não vai desistir de tentar me recompensar ou algo assim, mas não quero que fique fazendo isso, ok? Só quero te ajudar, não quero nada em troca.

– Mas... – resmunguei, porém recebi um olhar de desaprovação. – Ok, ok.

– Promete?

– Prometo.

– Vamos, porque se não vamos nos atrasar.

– Justin, desculpa. Não queria dizer aquilo.

– Tudo bem.

– Tudo bem mesmo?

– Por que você sempre desconfia do que eu falo? Confia em mim.

– Tá bom.

Justin levantou e depois estendeu a mão para mim, ajudando-me a levantar. Passei a mão no carro de minha mãe, fazendo-lhe um carinho de despedida.

– Você tá brincando, né? – indagou entre risos.

– Desculpa, mas tenho um carinho enorme com esse carro!

– Ok, te desculpo... Agora vamos, já mandei virem buscar o carro. Vai dar tudo certo. – Reconfortou-me com um beijo na testa.

Justin disse que a casa dele ficava há dois quarteirões dali, então apostamos uma corrida até lá. E ele, obviamente, ganhou.

– Candice, você não consegue nem correr?! – perguntou entre gargalhadas quando chegamos em sua casa.

– Minhas pernas são mais curtas que a sua! Você é mais alto! Não vale! – gritei, emburrada.

– Vai chorar? – indagou com um bico.

Olhei para frente e vi uma casa enorme – uma das maiores casas que já tinha visto em LA. Ao contrário de Justin, permaneci imóvel, apenas apreciando a beleza da mesma. Se era linda por fora, mal podia esperar para ver por dentro. A parte que mais me impressionou foram as paredes, que eram, em sua maioria, de vidro.

– Vai ficar aí parada? – gritou Justin, que já encontrava-se na porta de sua residência.

– Ah, desculpa, mas ela é gigante e tão linda... – respondi aos berros, correndo ao seu encontro.

Entrei lentamente na casa, tentando não esquecer de olhar para nenhum lado, sem esquecer nenhum detalhe. Justin falou algo sobre banho, mas não respondi nada, pois estava ocupada demais explorando a casa.

A cozinha era enorme, parecia uma daquelas que aparecem em revistas. Tudo estava impecavelmente limpo e arrumado, o que me fez pensar que ou Justin não usava sua cozinha, ou era extremamente organizado.

Deixei a cozinha de lado, indo até uma das salas. Pelo que havia visto, haviam três, sendo uma de televisão, outra de jantar e outra de estar; entrei em cada uma, respectivamente. A primeira era gigante, assim como a TV e as caixas de som. Era como um cinema particular. A segunda era maior ainda, com uma mesa super extensa no centro e um móvel rústico, mas bem luxuoso, que dava a impressão de guardar a louça. Uma cortina vermelha, que parecia bem pesada, estava aberta, dando a vista a uma piscina. E a terceira, e última sala, era a maior de todas, pois era ali onde todos os amigos se encontravam e conversavam. Havia um frigobar com algumas bebidas que não pude identificar e alguns sofás e poltronas distribuidos pelo local.

Abri uma porta de vidro que encontrava-se na parte de trás de casa, onde encontrei uma piscina e algumas poltronas brancas que estavam posicionadas embaixo de um toldo da mesma cor. A vista era linda, com predominância na cor verde das árvores e montanhas.

Parei para pensar e descobri que, mesmo que tivesse parecido pouco tempo, andamos bastante de carro para chegar em sua casa. Por ser muito famoso, era bem esperto por querer se afastar um pouco da cidade.

– Candice? Cadê você? – gritou Justin da escada.

Se a porta de vidro estivesse fechada, com certeza não teria escutado nada. Não gritei de volta, apenas entrei na casa e encontrei-o na escada, subindo ao seu encontro.

– O que foi?

– Achei que ia subir junto comigo, então estranhei que não estava lá quando saí do banho.

– Ah... Não consegui, fiquei conhecendo a casa.

– Deixei?

– D-Desculpa – gaguejei devido ao nervosismo.

– Como você é séria, era brincadeira. O que houve?

– Nada – respondi, indiferente. Mas continuei depois: – Só quebrei um carro que nem é meu.

– Ainda com isso na cabeça? Candice, vai dar tudo certo, confia em mim!

– Tá bom, tá bom. Agora vamos embora, porque não quero chegar atrasada.

– São oito e dez ainda.

Ainda? Como você pode dizer “ainda”?

– Você vai ficar falando isso toda hora que eu falar alguma coisa que for considerada um absurdo pra você?

– Não posso nem falar o que quero...

– Fala, então.

– Não, agora deixa – falei, dramática.

– Fala logo, Candice.

– Não, deixa pra lá.

– Candice...

– Deixa.

– Ah, então tá bom. Vamos logo?

– Mas não era você que estava com o carro quebrado?

– Eu disse isso? – indagou entre risos.

– Eu sabia! – exclamei, dando-lhe um tapa no braço.

– Mas acreditou do mesmo jeito, né? – Gargalhou.

– Eu só não queria discutir, porque não queria chegar atrasada. Ou melhor, não quero chegar atrasada.

– Então vamos.

Justin desceu uma escada que dava a um lugar totalmente escuro. Fiquei alguns degraus para cima, esperando que ele acendesse as luzes. Quando ele bateu duas palmas e o lugar tornou-se claro, terminei de descer os últimos degraus.

– Wow, wow, wow.

– Eu sei... – exibiu-se.

Como eu havia suspeitado, ele não tinha apenas um carro, e mesmo que tivesse só um daqueles carros, já seria bom o bastante, porque todos eram super luxuosos. Pelo meu pouco conhecimento sobre carros, só consegui reconhecer uma Range Rover, uma Ferrari e um Porsche.

– Ok, vou me controlar pra não me desesperar no meio de tantos carros perfeitos! – exclamei, histérica. – Mas só porque estamos atrasados.

– Quer escolher um?

– Só pra o seu ego aumentar?

– Eu escolheria a Ferrari, já que estamos atrasados, mas vi o jeito que olhou para o Porsche e pra Range Rover, então estou divido entre esses dois.

Mesmo sendo apaixonada pela Range Rover, queria muito saber qual era a sensação de andar num Porsche, então olhei para o mesmo.

– Ah, o Porsche? Por que não disse antes?

Justin apanhou a chave do Porsche em um tipo de quadro que só era destrancado com sua digital. Enquanto isso, ficava me imaginando num filme do James Bond, mas ao invés de agir com naturalidade, meu queixo caiu involuntariamente.

– Senhora... – falou, abrindo a porta do carro.

– Obrigada. E é senhorita, querido – respondi, entrando.

– Ok, tanto faz!

Ele fechou a porta e entrou do outro lado, acelerando logo em seguida. O barulho foi ensurdecedor, mas ao mesmo tempo senti a adrenalina. Abaixei o vidro e coloquei minha mão para fora, sentindo o ar frio passar por minha mão bruscamente.

O tempo passou rapidamente, ou porque o carro andava realmente rápido ou porque o percurso me distraiu. Quando percebi, já estávamos dentro da escola, com o carro estacionado. Eram oito e vinte, tínhamos mais dez minutos.

– Obrigada pela carona – agradeci, apanhando minha bolsa. – Ainda não acredito que chegamos em menos de dez minutos.

Justin saiu rapidamente do carro e correu até a outra porta antes que eu pudesse me mover, abrindo a porta para mim.

– Você fez isso de propósito, né? Só porque sabe que eu não gosto de toda essa atenção que eu tô tendo agora.

O braço de Justin estava sobre meus ombros enquanto andávamos em direção ao prédio. Como eu estava do seu lado direito, as pessoas que nos observavam do lado esquerdo só viam Justin, afinal, ele era mais alto que eu; logo, a maioria das meninas olhava para ele com um sorriso enorme, mas quando percebiam que eu estava de seu lado, fechavam a cara.

– Achei que ia me empurrar ou algo do tipo – sussurrou no meu ouvido.

– É engraçado – sussurrei de volta.

– Pode ficar mais engraçado... – sugeriu, malicioso.

– Ah, nem vem – falei com um sorriso para não desconfiarem de nada.

Após andar mais um pouco, com todos aqueles olhares estranhos voltados para nós, a pessoa que eu menos queria ver naquele momento apareceu. Quase se jogou em cima de de Justin com sua roupa de cheerleader.

– Oi, Just... – cumprimentou-o felizmente, tentando não parecer histérica, antes de me ver ao seu lado e abaixar o tom de voz. – Candice – disse. Sorriu falsamente e apertou o copo de café que estava em suas mãos, fazendo-o transbordar.

Todos ficaram nos encarando, e como Sophie tinha seus capachos, eles tentaram se aproximar para ajudá-la, mas ela os impedia.

– Bom, eu tenho que ir para aula. Tchau.

E, finalmente, saiu de perto. Mas, claro, não seria Sophie se não tivesse uma saída mais especial do que uma simples e discreta, portanto quando seus capachos se aproximaram, ela mandou-os ir embora grossamente e lançou o copo amassado no chão.

– Wow, sua amiga não pareceu muito feliz...

– Sério? Nem percebi – respondi ironicamente.

Sophie precisava aprender a lidar com a vida ao invés de tentar comandá-la. Como a escola inteira caía aos seus pés, estava acostumada em ser o centro das atenções, mas dessa vez, os holofotes estavam apontando para outra pessoa.

O sinal tocou e, ao checarmos nossos horários, fui para a aula de Biologia, enquanto Justin foi para a de Geografia.

– Nos vemos depois – disse ele.

– É... – respondi, um pouco tímida.

– Espero não me perder no caminho, já que vou ser abandonado. – Sempre dramático.

– Você tem um milhão de meninas caindo aos seus pés, então pode ter certeza que não vai se perder!

Nenhum de nós sabia como se despedir, então apenas fomos nos afastando e, por fim, viramos, seguindo caminhos diferentes.



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Notas finais do capítulo

E aí, valeu a pena ler as três mil palavras? E é chato pedir por isso, mas realmente gosto quando me mandam reviews, porque gosto de saber se a história tá legal ou não, sabe? Então, leitores, apareçam! Não me abandonem plmdds.
Não tenho muito o que escrever nas notas finais desse capítulo, um milagre, btw. Só vou dar um aviso:
Já que o Nyah! começou com essa bobeira de não poder ter fics de famosos e não quero passar pra original, talvez eu crie um tumblr com as minhas amigas. Vou tentar criar o mais rápido possível, porque não quero que apaguem a minha fic antes de divulgar o link. Vão ter umas quatro talvez cinco, sendo a quinta uma feita por nós quatro fics, mas só a minha do Justin, já que as outras são do One Direction (não sei por que, mas não consigo chamar bandas com "a", mesmo que seja "da banda 1D", por exemplo. ANYWAY). Espero que gostem da ideia! Beijos e até o próximo capítulo ♥



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