Why Should We Fight The Feeling? escrita por MissNothing


Capítulo 2
Kinda Outta Luck


Notas iniciais do capítulo

Lana no título, yey.
Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/250596/chapter/2

Ficamos por mais de quarenta minutos na fila – o que, obviamente, não estava me agradando. Ou melhor, não estava agradando a nenhum de nós.

– O que aconteceu? – perguntei quando minhas pernas começaram a doer.

– Não sei, talvez sejam alguns fãs tentando invadir... – Sophie deduziu.

– Ou apenas muitas pessoas esperando pra entrar – Megan intrometeu-se. – Olhem para trás, a fila tá virando a esquina!

– Ok, se acalmem! Vou ali na frente ver se consigo falar com Phillip – disse Josh, calmamente, tentando nos acalmar.

– Quem é Phillip, amor?

– O amigo do meu pai, organizador da festa... Não contei?

– Ah, acho que comentou... Não sei. Mas, enfim, vai lá ver se aconteceu alguma coisa ou se  podemos furar a fila. – O tom de voz de Sophy era diferente, mais doce do que o normal, como se tentasse persuadí-lo.

– Ok. Já volto. – E se foi.

– Phillip? Organizador da festa? Como assim? – perguntei, incrédula.

– É, ué... Achei que tinha te contado.

– Não! Você disse que Josh conhecia uns amigos riquinhos e que eles dariam as entradas pra festa.

– Tá, tanto faz! Qual a diferença, afinal? – indagou Megan.

– Bom, nenhuma, mas me sinto estranha...

– Ah, para de frescura, Candy! – ordenou Sophy.

– Ok, ok! Mas eu nem conheço o tal homem, não sou nem amiga do Josh – reclamei. – Me sinto uma intrusa!

– Mas você é minha amiga, ok? E quem eu sou? – perguntou, e sem nem esperar minha resposta, continuou: – A namorada do Josh. – disse com certo orgulho. Apenas assenti com a cabeça e cruzei os braços, rendendo-me.

Continuamos por mais uns vinte minutos na fila, mas dessa vez sem Josh. Talvez ele já tivesse conseguido entrar, sem ao menos nos chamar. Comecei a perguntar a mim mesma se ele tinha desistido de nós – ou apenas de mim e Megan.

– Vou buscar alguma coisa pra beber naquele posto da esquina, já volto – Megan nos avisou, retirando-se logo em seguida.

– Bom, tomara que Josh não chegue aqui antes que ela volte.

– Sim... Tô ficando preocupada com ele. Acha que devo ligar? Ou só mandar uma mensagem? – Sophie, como sempre, dramática.

– Calma! Ele só foi ali na frente, Sophy. Estamos no fim da fila, ele demora pra chegar lá na frente e demora pra conseguir falar com um segurança – disse sem muita certeza, porém com o tom de voz confiante, apenas tentando acalmá-la.

– Mas não demoraria tanto!

– Você acha que o tal Phillip está a nossa disposição? Deve estar falando com um monte de gente famosa e blablabla – falei, debochadamente. – Se acalme.

– É, você tá certa. – E sorriu, me tranquilizando.

– A propósito, não vai me contar aquilo?

– O que? Contar o que?

– Você disse que tinha uma ideia do porquê Josh não te contar quem estaria aqui.

– Ah, é bobeira... Aliás, você tem uma ótima memória.

– E você tem um ótimo jeito de me deixar curiosa! – exclamei. – Não tente mudar de assunto, mocinha! Fiquei curiosa.

– Tá bom... Mas não ri, ok?

– Ok, não vou rir.

– Promete? – perguntou, parecendo uma criança.

– Sim, prometo... – respondi, desanimadamente.

– Ah, aposto que você vai rir!

– Dependendo do que for, talvez eu ria – confessei.

– Óbvio! Mas enfim... – Respirou fundo, como se fosse me contar que estava grávida ou algo do tipo.

– Tô ficando preocupada já. Se não for algo que valha a pena, você vai ver!

– Ah, então deixa. Não vale a pena.

– Para de drama, caralho! Me conta! – disse, estressadamente. Curiosidade era um dos meus piores defeitos, sempre me levavam para o caminho errado. Mas, apesar de tudo, não conseguia apenas apagá-lo de mim, então não me importava mais, já estava acostumada com tudo aquilo. Esse era um dos motivos que eu queria ser detetive quando tinha uns sete anos, pois minha curiosidade me intriga, fazendo-me conseguir descobrir tudo o que quero. É como dizem: é só querer.

– Tá, vou falar de uma vez.

– Então fala logo, criatura! Não aguento mais esse draminha bobo – falei, seriamente. – Você sabe que eu odeio drama, né? E eu aposto que é algo super inútil.

– E você quer saber por quê?

– Ah, lá vem você de novo... – Minha vontade era de pegá-la pelo colarinho e forçá-la a dizer, mas não podia fazer isso com a minha melhor amiga. Ou no meio da rua, com várias testemunhas. – Se você não quer contar, tudo bem... Achei que você confiava em mim, sabe? – disse, melancolicamente.

– Eu achei que o Justin Bieber estaria aqui – disse Sophy, rapidamente, fazendo-me segurar o riso. – Viu?! Sabia que você ia rir! Eu sou muito idiota! Ele nunca estaria aqui, ele é famoso demais pra vir a festas como essas!

Senti que ela fosse começar a chorar ali mesmo, então coloquei a mão em seu ombro, dando alguns tapinhas. Outro defeito: não sou a pessoa mais carinhosa do mundo. Sei ser carinhosa, mas sou um pouco desajeitada com essas coisas, portanto não sei o que fazer quando pessoas começam ou ameaçam a chorar em minha frente, é como um bloqueio – um golpe baixo.

– Calma, calma. – Me aproximei, tentando fazê-la parar com aquele drama. – Algumas pessoas já estão olhando, Sophy! Para com isso! Daqui a pouco o Josh vai chegar e aí...

– O que houve? – E aconteceu. Josh estava parado logo em nossa frente.

– Nada, nada. É só a TPM – respondi com um sorrisinho, que não o convenceu.

– Quer entrar, Sophy? Arranjei nossas pulseiras! – Ele tentou animá-la, trazendo-a para perto com um abraço.

– Quero – respondeu, finalmente.

– Cadê a Megan? – ele perguntou.

– Não sei, mas pode levar Sophie para dentro.

– Ok... Pegue as pulseiras. – Me entregou duas pulseiras laranjas fluorescentes e saiu com Sophy.

A fila ia andando com o tempo e Megan não aparecia. Onde ela estava? Comecei a ficar preocupada – Sophie? É você? –, pegando o meu celular. Comecei a “sapatear” na calçada, demonstrando meu nervosismo.

– Cadê você? Cadê você? – murmurei para mim mesma.

A fila continuava seguindo em frente e nada de Megan aparecer. Eu olhava para o visor do celular descontroladamente, esperando que ela desse algum sinal de vida. E nada, obviamente. Provavelmente estava bem. Tão bem que estava ficando com algum menino qualquer ou algum famoso que decidiu passar no posto.

Quando faltavam apenas umas cinco pessoas para que eu entrasse, decidi ligar. Tocava, tocava e tocava e ninguém atendia. Onde ela havia se metido?

“Cadê você, Megan? Tô preocupada! Me liga! Me responde! Sei lá, qualquer coisa!

Obs: prefiro que você apareça aqui na fila.”

Eu estava tão concentrada no celular que nem percebi que um segurança estava pedindo pra que eu avançasse:

– Você vai ficar parada?! A fila está esperando, moça!

– Ah, oi – falei, voltando à Terra.

– Você está bem? – ele perguntou, parecendo preocupado. O jeito que ele me olhava demonstrava que eu parecia estar bêbada, mas eu não havia ingerido nem 0,1% de álcool.

– Claro, só estava esperando uma amiga. Estou limpa, senhor – respondi, levantando as mãos, como se estivesse prestes a ser presa.

– Já tem a pulseira?

– Ei! Tem gente querendo entrar! Menos papo e mais ação! – um homem gritou.

– Cala a boca! – gritei, sem ao menos olhar para trás.

– O que? – Ele me puxou.

– Vai me bater? Vai bater em uma mulher? – perguntei, desafiando-o. – Procure alguém do seu tamanho. – Empurrei-o pelo ombro com a mão que ele não se preocupou em segurar.

– Epa, epa! Vamos parar com isso! – o segurança ordenou, aproximando-se. – Moça, você já tem a pulseira, onde arranjou? – perguntou, desconfiado.

– Meu amigo... – Amigo? Josh não era meu amigo. – O namorado da minha amiga conhece o dono. Phe-Phell... – gaguejei, tentando lembrar o nome do amigo do pai de Josh. “Qual o seu problema, Candice? Qual era o nome do homem? O segurança vai achar que você está mentindo!” – Bom, eu não lembro o nome dele, mas pode perguntar pra ele! Ele me conhece! Ou melhor, conhece o Josh! – Ele olhou para mim com desconfiança e desentendimento. – Digo, o namorado da minha amiga.

– Candice? O que você tá fazendo aí fora? – Megan colocou a cabeça para fora.

– Megan! – gritei. Tentei me aproximar, porém o segurança me impediu. – Sério? Sério mesmo? Eu posso entrar! – bufei, debatendo-me inutilmente.

– Senhora, não posso te deixar entrar. – “Senhora? Tenho cara de velha, por acaso?”

– Megan, pelo amor de Deus, não aguento mais isso aqui! Quero entrar logo! Daqui a pouco vou embora, sem ao menos entrar! – me exaltei.

Desisti de tentar passar pelo segurança e atrasar a fila, recuando. Encostei em uma parede, e sem durar muito tempo em pé, sentei em meus calcanhares.

– Megan, Megan... Cadê você? – murmurei, fitando meu celular.

Devia ter confiado no “Diabinho” e ficado em casa. Aquela festa ia valer o que? Apenas um pouco de diversão, que até agora eu não havia recebido nem um pouco sequer. Como já disse, não amava nenhum famoso, então nem teria a chance de realizar o sonho de conhecer algum.

O tempo passou, mas não percebi, pois estava ocupada demais lamentando a minha vinda à festa. Não poderia nem me sentir intrusa no momento, pois nem dentro da festa eu estava. Pensando melhor, eu era uma intrusa – era, pelo menos, o que todos na fila estavam pensando quando me encaravam.

– Candice! Pronto, entra! Phillip já avisou para a segurança que você pode entrar – Megan gritou, fazendo-me “despertar” de meus devaneios.

“Phillip! Claro! Phillip! Como pude pensar em Phell?!” – Dei um tapa em minha testa.

– Finalmente, né?! – exclamei, sem paciência.

– Meu Deus, quanto mau-humor!

– Olha o seu celular e você vai entender o porquê do meu mau-humor, querida – falei, cinicamente.

– O que aconteceu? Ele tá no silencioso.

– É, e enquanto isso fiquei esperando lá fora, feito uma idiota, que é o que eu sou, claro.

– Desculpa, Candy-Candy! – exclamou, toda manhosa, puxando-me para um abraço.

– Nem vem.

O lugar ficou silencioso de repente, mas isso durou por apenas segundos, quando ouvi um grito:

– É ele! É ele! – Sophie, claro. Sempre ela.

– O que foi isso, Megan?

– Ah, o que poderia ser? – indagou como se já soubesse a resposta.

– Não sei, por isso te perguntei.

Ouvi uma voz cumprimentando a todos e logo depois testando o microfone e dedilhando as cordas de um violão. Pensei um pouco e percebi que haveria alguma apresentação, como Sophy havia me dito.

Analisei os fatos: a música parou do nada, o silêncio prevaleceu numa festa – o que era totalmente surreal –, e repentinamente, ouvi o grito de minha melhor amiga, que era fã do Justin Bieber e suspeitou que ele estivesse na festa. Depois uma voz masculina cumprimentou a todos, testou o microfone e o violão – o que confirmou o fato de ser um cantor.

– O Justin Bieber vai se apresentar, Candice. – Megan, por fim, respondeu.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? Ficou muito chato?
Prometo que o próximo vai ser mais animado, ok?
Não vou desistir de dizer isso, então, como sempre: sugestões serão sempre bem-vindas ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Why Should We Fight The Feeling?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.