Bella

Quando Carlisle me disse que ia acabar com a vida de Edward

caso eu não o abandonasse, eu me senti impotente diante dessa

situação, até sem fala eu fiquei tamanho foi o meu choque.

Isabella? ­ perguntou em tom de deboche­ qual o seu parecer?

Aquele cínico vai me pagar. Ah se vai...

Ok Carlisle! Eu vou fazer o que você mandou. ­ Falei com um nó

na garganta, mas me mantendo o mais fria possível, eu não ia dar

o gosto de ele me abalar ao ponto de eu demonstrar ­ Mas não

adianta querer colocar formas e jeitos de como isso vai acontecer,

isso quem decide sou eu. ­ Falei aumentando o tom da minha voz,

quase perdendo as estribeiras.

Tudo bem Isabella, o que eu quero são os resultados. ­ Falou

ríspido desligando o telefone na minha cara.

Não tinha como descrever o que eu estava sentindo naquele

momento, foi como se eu tivesse levado um soco no estomago o

ar que eu puxava não era o suficiente para encher os meus

pulmões, as lagrimas queimavam em meus olhos, eu não

esperava ver o meu mundo cair tão cedo.

“Como eu posso viver assim? Sempre que minha felicidade está

próxima de mim acontece algo me priva do direito a ela, que

droga!”

Droga, Droga, mil vezes Droga, como eu te odeio Carlisle Cullen. ­

Murmurava enquanto eu queria partir a cara daquele filho da mãe,

o ódio que me dominava naquele momento era algo tão genuíno

que me ardia nas veias, a minha vontade de extravasar a ira era

tamanha que eu quase não podia me controlar.

Bella... Nós precisamos conversar ­ falou Edward ofegante ao

entrar pela porta ­ Tem uma coisa muito séria acontecendo, mas

antes que eu faça o que eu tenho para fazer, eu peço que acredite

no quanto EU TE AMO e que se eu tivesse outra maneira de resolver

tudo isso, eu juro que faria, eu cheguei até em pensar em namorarmos escondidos, mas isso só ia aumentar a ira dele, então por enquanto vamos ter que nos

separar. ­ falou fechando os olhos, sua expressão mostrava que

ele estava procurando a calma e a frieza que o momento exigia.

Quando ele me olhou com os olhos rasos eu senti um aperto no

peito ­ Bella o meu pai está ameaçando te colocar na cadeia caso

eu não te abandone.

Como assim? Eu tô limpa ­ falei tentando entender o que estava

acontecendo ­ eu nunca fiz algo de tão errado a ponto de ser

presa.

Bella meu pai me disse que você quase matou Jessica depois

daquela surra, você quebrou vários ossos dela, então ele ameaçou

matar Jessica e por no laudo que ela morreu devido aos

ferimentos causados por você, ou seja, isso ia gerar um processo

contra você e que por segurança iam acabar te prendendo. ­ Na

hora que ele falou isso eu já deduzi o que Carlisle queria. Ele

queria que eu segurasse a barra de Edward me separando dele, e

vice­versa.

Ed meu amor... O seu pai também ameaçou te mandar para a

cadeia se eu não te largasse, ele disse que tem muita coisa no seu

passado que poderiam te fazer apodrecer na cadeia. ­ O meu ódio

por Carlisle estava se tornando algo fora do comum.

Ah que filho de uma... ­ berrou Edward andando de um lado para

o outro enquanto faltava arrancar os cabelos por estar tão

impotente. ­ Sabe de uma coisa Bella, a gente vai até se separar,

mas vai ser por tão pouco tempo... Tão pouco tempo que... ­

Edward tentava se convencer de que íamos vencer essa luta

contra Carlisle, mesmo sendo muito difícil, mas nós íamos.

Anthony, eu prometo que essa separação não vai durar muito

tempo, por que nós já enfrentamos outros monstros tão ruins

quanto seu pai e sobrevivemos, e não vai ser agora que a corda

vai se romper, eu prometo dar o meu melhor e o meu pior para

que isso aconteça.

Oh Bella como eu te amo ­ falou me dando um beijo, esse beijo

não foi como os outros nesse beijo havia um algo a mais, era um

sabor diferente, era como se estivéssemos selando um pacto,

então com mais confiança do que eu jamais tive, selei o pacto de

lutarmos contra o mundo se fosse o caso para ficarmos juntos

{...}

Depois de passarmos a nossa ultima noite juntos, eu não queria

me separar de Edward, vê­lo indo embora era confirmar que o que

já estava acontecendo era real, ainda aninhada em seu peito eu

deixava as lágrimas da saudade irem embora enquanto eu ainda o

tinha comigo, pois quando ele se fosse, eu não ia parar um

segundo que fosse para chorar, ou repensar minhas ações até

estar com Edward de novo ao meu lado, não ia me importar em

manipular e usar o veneno do meu coração para vencer, eu não ia

poupar Carlisle quando eu o tivesse em minhas mãos, eu ia o

esmagar como o inseto que ele era.

Tomada por esse pensamento adormeci.

{...}

Edward já tinha ido embora há aproximadamente uma semana e

desde então eu estava aprendendo tudo o que podia sobre

legislação médica, e tudo sobre o assunto para poder pegar Carlisle na

sua própria armadilha, se ele estava achando que eu ia ficar

sentada chorando as pitangas ele estava redondamente

enganado, se fosse necessário eu falsificaria um caso e o

subornaria com isso.

Eu desceria até ao inferno pelo amor de Edward.

Jasper

Depois de toda a loucura desses últimos meses e das internações de Bella, eu estava

feliz em por minha mascara de Alec e viver uma vida mais descomplicada, não que

eu esteja reclamando, por que isso nunca, eu amo a minha vida de Jasper e eu amo

fazer o que eu sempre fiz, mas de uns tempos para cá ser Alec Volturi se tornou um

prazer, ver a vida voltar para essa casa era algo gratificante, até Carmem teve uma

melhora significativa em seu tratamento, apesar de eu ficar muito feliz com sua

melhora, o medo do dia em que eu disser que não sou o filho dela começava a

aflorar, eu não gostaria de trair sua confiança, mesmo já o fazendo.

A família Volturi estava a cada dia se tornando uma extensão da minha própria

família, por incrível que pareça, eu já não me sentia um intruso aqui.

[...]

Como eu havia prometido à Janne eu estava procurando onde Alec podia estar

enterrado e a causa da sua morte, eu já tinha estado em cemitérios, necrotérios e tantos

outros lugares que me enojam pelo simples fato de me lembrar deles.

Alec aparentemente tinha sido engolido pela terra, pois não havia passagem dele em

lugar algum, não que Aro não o tivesse procurado por longos anos até por fim o dar

como morto, mas mesmo assim não tinha nem provas que me fizessem acreditar na

morte e nem na vida dele, meus pensamentos voavam a milhão de um fato a outro da

minha vida dupla eu tinha duas famílias para cuidar, tomado por uma saudade

imensa de quem eu era antes de vir para Nova York, decidi ligar para os meus pais,

como eu ainda não tinha o novo numero da casa minha mãe liguei primeiro para o

meu pai, e quem sabe ele o tivesse.

Depois de dois toques fui atendido pela voz sonolenta da minha mãe.

Mãe? – perguntei com um misto de alegria e surpresa na voz.

Ah! Oi Jazz. ­ falou meio envergonhada, se eu bem a conhecia ela estava olhando

para o chão mordendo o lábio inferior para segurar o riso bobo que ela tinha.

Você e o Papai voltaram a morar juntos? ­ Perguntei ansioso pela noticia, mesmo

ele tendo errado feio com ela, eu nunca quis que eles se separassem.

Então... Meio que sim, a gente tá namorando – falou em meio a uma risada como se

estivesse se achando uma adolescente.

Mãe só me explica uma coisa... Desde quando vocês estão namorando?

Huum... Já faz uns dois meses. Agora me fala de vocês, como vão coisas por ai?

Vão bem... Só algumas confusões, mas nada demais

Que confusão foi essa? Quem tá envolvido dessa vez? Fala Jasper Alexander Swan.

– Falou com o seu velho tom preocupado.

Dona Renné, calma ai ok? Foi a Bella que brigou com a Jessica e só. Agora tchau,

eu só queria matar a saudade de vocês mesmo, ah manda um abraço para o papai.

Ok Jazz e se cuida... Milhões de beijos pra você e para todo mundo ai.

Tchau Mãe – falei desligando o telefone.

Assim que o pus em cima da mesa ele começou a tocar.

Alô?

Oi Jazz aqui é a Bella, tenho uma missão que só você pode me ajudar. Diz que você

vai fazer isso por mim diz vai.

Calma Bella, primeiro, que raio de missão é essa?

Eu preciso de uma credencial da ala de medicina para ter livre acesso ao hospital

em que o Carlisle trabalha, será que você consegue?

Continua...