Maze escrita por Livis


Capítulo 8
O7 - "wake up determination"


Notas iniciais do capítulo

Música do capítulo: http://www.youtube.com/watch?v=nP677YyZFu4
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Deesculpeeeeeeeeeeeeem pela demora do capítulo! É que eu fiquei uns dias sem entrar no computador e tô em época de provas! Mas pra compensar eu vou postar mais um capítulo hoje e amanhã vou tentar postar dois também >.



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Maze, Chapter O7

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Ela estava morta.

Ela, a única pessoa na qual poderia dizer com toda a certeza que amava, a única pessoa que cuidou de Thomas, a única pessoa de sua família que estava viva.

E que agora estava morta.

Depois do sonho, não conseguiu mais nenhum segundo seguinte pregar os olhos, pois a imagem de sua avó sendo fuzilada na cabeça ainda era constante. Mas era somente um sonho, um pesadelo, ou então pior ainda, uma premonição.

Não que Thomas acreditasse nessas coisas.

Com esse pensamento “de que sonhos não são reais e premonições não existem”, voltou a dormir, nem que fosse bem lentamente e muito menos esperando que fosse um sonho bom.



Ele corria o máximo que suas pernas aguentavam, suas mãos tinham muito sangue – ele não sabia se era dele ou de outra pessoa, não sabia nem quem estava o perseguindo.

Era uma floresta; os galhos arranhavam seu rosto e seus braços, até que então, um galho terrivelmente parecido com uma mão prende seu pé esquerdo fazendo-o desabar no chão. Thomas não sabia o que estava perseguindo, e nem queria descobrir, pois já estava desesperado demais e isso em si já era bastante ruim.

Thomas colocou as duas mãos na perna presa no galho e forçou para o pé sair dali, mas nada acontecia, parecia que o galho tinha vida própria e apertava-o cada vez mais, em uma tentativa de levar o pé para dentro do chão. Mas não adiantava mais, pois a coisa já havia chegado.

Não só um, eram vários, diversos, centenas vultos cercando o menino, com os dentes afiados à mostra enquanto rosnavam sem parar. Em seus lábios destroçados sangue borbulhante e quente pingava, sujando as folhas secas do chão da floresta, se aproximando cada vez mais dos pés de Thomas.

– Humano morrer. – rosnou um dos bichos, o do centro, se aproximando cada vez mais do garoto. – Humano. Morrer. Comida.

Ele chutou com força o galho e como se ele resolvesse finalmente ceder, Thomas conseguiu escapar de suas garras e recomeçou a correr antes que um dos bichos o pegasse.

São lobos, ele subitamente se lembrou, ainda apressando o passo, lobos bestantes. Mas seus pés eram inúteis agora, estavam mais lentos do que o normal, era como se ele estivesse em uma areia movediça e afundando, não podendo forçar os pés a correrem.

– Garoto humano morrer! – gritou o lobo com a voz bem mais próxima do que antes.

Thomas correu para o lado esquerdo, se escondendo em uma das árvores, vendo os lobos indo para o lado oposto. Suspirou aliviado... Como veio parar aqui? Não se lembrava, mas sabia que aqui era a arena. E como esperado, estava sozinho, lutando para sua sobrevivência improvável, podendo visualizar os Idealizadores de Jogos sorrindo ao vê-lo assim: impotente, inútil, vulnerável e a futura e possível comida para bestantes.

Os uivos e rosnados foram ficando cada vez mais distantes, até que depois de segundos, haviam sido dissipados totalmente. Virou o rosto para todos os lados, esperando encontrar qualquer vestígio sequer de algum lobo por perto ou qualquer outra ameaça que queira matá-lo, mas para seu bem, não encontrou nada.

Com muita lentidão, se levantou ainda encostado na árvore e com passos precisos, encaminhou o corpo para fora da árvore. Quando levantou os olhos pode ver um vulto negro em meios às sombras das gigantes árvores da floresta, o encarando com os olhos vermelhos e esbugalhados, a boca entreaberta cuspindo sangue sem parar, sedenta por mais.

E antes que pudesse fazer qualquer outra coisa, o lobo pulou em sua direção e tudo foi comido pelas chamas.


Wake up

We’re going in flames


– Acorda! – gritou alguém. – Acorda!

Thomas deu um soco no ar, acertando algo e depois ouvindo um palavrão reconheceu a voz, fazendo-o abrir os olhos e se sentar ereto na cama rapidamente.

– Freddo. – grunhiu sonolento, meio com raiva, meio aliviado.

Freddo o respondeu com uma cara amassada, com a mão sobre a boca vermelha, mas não dava para saber se era pelo soco ou por qualquer batom esquisito da Capital que Freddo cismava em usar.

– Pelo jeito você acordou. – Era a vez de Freddo grunhir agora.

O garoto se levantou rapidamente da cama, franzindo o cenho para o homem cruzando os braços sobre o peito.

– O que você quer?

– Hoje vocês verão a Colheita dos outros tributos. – respondeu já se encaminhando para a porta do quarto. – E depois irão se preparar para o Desfile.

Thomas assentiu enquanto assistia Freddo sair do quarto.

Colheitas, Desfile e depois, mais uma vez Centro de Treinamento... E depois a arena, o verdadeiro começo dos Jogos Vorazes irá começar e toda essa farsa de treino para sobrevivência irá terminar.

Se seus sonhos forem mesmo premonições, não haverá nenhuma chance nem possibilidade de sobrevivência. Nada que poderá ajudar.

E os planos de uma revolução irão por água abaixo.


I am afraid we’re going down

Afraid we’re going down in flames

REMEMBER. SURVIVE. RUN.



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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado >.



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