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Maze, Chapter 18

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- Vamos nos separar? – perguntou Eileen, estremecendo um pouco. – Vamos nos separar pra entrar lá dentro?

Tecnicamente, eles já estavam lá dentro. Thomas, Caine, Lena, Aydee, Tyler, Daveigh, Nate e Eileen estavam dentro do espaço que as portas levavam tendo bem em sua frente vários corredores com seus muros gigantescos cobertos pela hera espessa, mas ao contrário dos outros cantos do Labirinto, esta hera não era verdíssima como nos outros muros da arena, mas sim uma cor desbotada; quase morta.

- Eu acho melhor não. – respondeu Caine. – Pra quê? Pra gente se perder? Não achar mais o caminho de volta e todo mundo morrer? Além do mais, é meio óbvio que estas portas vão se fechar de noite e uma coisa me diz que nós não iremos querer ficar nesta parte do Labirinto à noite.

Eileen deu de ombros.

- Eu disse isso porque pode ficar mais fácil pra gente se movimentar, tipo, não chamar tanta atenção – ela argumentou – pois os Carreiristas podem estar por perto e um grupo grande é mais fácil pra se chamar atenção. E nós não viemos aqui pra lutar e sim achar comida.

- Seu argumento é meio válido. – disse Caine.

- Então vamos nos separar. – ela disse.

Caine franziu o cenho.

- Eu disse meio válido.

- E se a gente se separasse mesmo? – interveio Lena. – Não iríamos adentrar tanto nessa parte do Labirinto, não é mesmo? E eu tenho uma ideia.

Ela apontou o dedo para o céu azulado acima, deixando todos confusos, mas depois eles viram os cipós enrolados em meio aos muros em cima. Caine sorriu, entendendo.

- Isso aí, Maria – disse rindo. – Eu agora sou o João e os cipós serão nossas migalhas de pão.

Os outros pareceram entender e também estar de acordo.

- Agora vamos dividir os grupos – disse Aydee – ou melhor, as duplas.

Aydee ficou com Caine, Nate ficou com Eileen, Tyler obviamente ficou sua irmã Daveigh e Lena e Thomas foram os últimos a sobrarem.

- Tom, você é a minha dupla. – ela chamou-o deixando uma sensação agradável nele ao vê-la novamente chamando-o pelo apelido. – Vamos por aquele corredor. Você corta os cipós.

Thomas ergueu o machado para o alto se preparando para cortar os cipós enquanto andavam e no caso de situação extremas: enquanto corriam. Em uma despedida final para os outros e algumas orientações, eles foram andando pelo corredor deles, em completo silêncio.

- Você ainda está com ele? – sussurrou de repente Lena no ouvido dele. – Você não o esqueceu lá na Capital, né?

Ele quase deu um pulo ao sentir os lábios dela tão próximos de sua orelha assim, mas não o fez, apenas sentiu o corpo ficar rígido e a testa se franzir pela confusão que as palavras lhe causaram. Mas então, ouvindo a última pergunta, caiu a ficha.

Ela estava falando o broche de Katniss.

- Não. – ele sussurrou de volta. – Está aqui.

Lena assentiu, abrindo um sorriso de repente.

- Então você está ainda com a carta que seu amigo lhe deu lá no Distrito – ela disse agora em tom normal. – Seu amigo poderia ter ficado chateado se você não tivesse nada dele aqui na arena.

Thomas quase franziu a testa de novo, mas logo entendeu e entrando no jogo dela, respondeu:

- Eu nunca esqueceria uma coisa dessas. – e deu uma piscadela enquanto pulava para cortar mais um cipó: mais uma de suas migalhas de pão.

Depois da breve conversa, eles continuaram andando sem falar nada, com Thomas pensando em como ela sabia do broche e em como Patch sabia que ele era parente de Johanna Mason... Ele não poderia saber, já que eles viram as Colheitas não foram falado os sobrenomes dos tributos... Isso o fez pensar se ele era o único parente de alguém importante para a Rebelião do Tordo aqui. Será que aqui nessa arena teria um Odair? Um Mellark? Hawthorne? Ele não sabia dizer.

- Ei... – Lena disse e parando de andar tão de repente que Thomas esbarrou nela forte quase ao ponto de fazê-la se esborrachar no chão. – Ai! Er... Você ouviu isso?

Thomas se recompôs e olhou a sua volta, tentando encontrar algum sinal de som ou qualquer coisa do tipo, algum movimento. Mas não via e nem ouvia nada.

Até ouvir o som de pinças batendo uma nas outras e de um rastejo.

O som de algo rastejando era bizarro: parecia algo mole, mas também pesado, escorregando-se pelo chão de pedra do Labirinto, acompanhado por pinças fechando-se sem parar. Era o que ele deduzia enquanto ouvia o som... mas ainda não fazia a menor ideia do que poderia ser.

- SOCORRO!

Lena e Thomas arregalaram os olhos juntos ao ouvir o grito do lado do muro do corredor aonde estavam, e pensando que poderia ser um de seus aliados, foram correndo até o som da voz que estava bem perto da onde tinham ouvido o rastejo e o som das pinças.

Eles viraram o corredor e entrando em um novo, pararam imediatamente quando chegaram, quase derrapando um em cima do outro diante a rapidez da parada e da surpresa.

O garoto agora corria na direção deles; não se lembravam de que Distrito ele era agora, mas isso de nada importava, não com aquela coisa atrás o perseguindo. Era um animal indescritível: o corpo era gosmento e bulboso, por todo o lado haviam espécies de mãos robóticas com as mais diversas armas letais que se possa imaginar saindo de seu corpo nojento, como se fossem pernas e braços com pinças afiadas abrindo-se e fechando-se violentamente. E ao redor do animal, uma luz avermelhada se erguia para todos os cantos.

- FUJAM! – exclamou o menino enquanto corria a toda a velocidade para longe do bicho. – É um Griever! É um Griever!

Sem mais perguntas – do tipo: o que é um Griever? Eles começaram a correr junto com o menino.

REMEMBER. SURVIVE. RUN.