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Maze, Chapter 16

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Dez tributos foram mortos no primeiro dia.

O menino e a menina do Distrito 5 foram mortos, três tributos do Distrito 11, a menina do Distrito 9 que fora explodida, o menino do mesmo Distrito que fora socado por Caine até a morte, três do Distrito 8. Todos seus rostos foram visualizados em uma tela tremeluzida na noite de hoje.

Caine havia contado tudo para os outros até ver os rostos no céu acima; ao ver o rosto do garoto que havia matado não aparentou nenhuma reação, apenas ficou com o rosto mais sério do que já estava antes. Thomas sentiu um enjoo súbito subir-lhe até a garganta ao ver o rosto da menina explodida no céu, lembrando-se do jeito que seu corpo fora despedaçado tão de repente que parecia algo sobrenatural, voando partes do corpo por todo o canto.

- E agora? – perguntou Tyler, sentando-se no chão de pedra do Labirinto no corredor aonde se escondiam. – Vamos comer esses biscoitinhos? Ou sei lá o que iremos fazer?

- Vamos comer metade e iremos beber um pouco da água que conseguimos. – afirmou Caine. – Depois iremos caçar comida, ir até a outra metade do Labirinto.

Tyler arregalou os olhos. Thomas quase fez o mesmo.

- Ir até lá? Entrar naquelas portas? – perguntou ele, descrente. – Pra isso, teremos que passar pelos Carreiristas. E creio eu que não estamos prontos pra um combate já. Nós somos oito contra doze.

Caine fez um gesto com as mãos no ar.

 - Isso aconteceria mais cedo ou mais tarde.

***

Neil corria o mais rápido que podia; ele não acreditava no quanto tinha sido idiota de ter entrado naquele maldito lugar.

Os bichos ainda o perseguiam, com aquelas pinças fechando-se e abrindo-se sem parar, com aquele som robótico e grotesco invadindo-lhe seus ouvidos. Não fazia a menor ideia do que eram aquelas coisas, mas sabiam que era uma espécie de bestantes, só que muito pior do que os dos Jogos Vorazes antigos.

Enquanto corria, ele pegou uma grande pedra no chão e tacou em um dos bichos que o perseguia, e quando o atingiu bem no que ele achava que seria a cabeça do animal, correu com mais força do que já estava antes. Pode sentir o bestante ficar levemente desorientado.

- Saiam daqui! – ele ouviu alguém gritar. – Saiam daqui, seus bostas nojentos!

Ele virou para esquerda, virando a esquina do Labirinto e depois olhou novamente para trás: o bestante havia sumido, simplesmente não estava mais lá.

Neil suspirou aliviado.

- NÃO! – ele ouviu a mesma voz gritar. – NÃO! SAI! VAI EMBORA!

A voz agora estava bem mais próxima do que antes.

O garoto começou a correr para longe dos gritos o mais desesperadamente, pois sabia que quem quer que esteja gritando, estava acompanhado com os bestantes. Mas quanto mais corria, mais próximo os gritos do outro garoto pareciam estar próximos de Neil, como se eles o perseguissem.

Era como se o Labirinto estivesse caçoando dele.

- Não... – agora a voz era um sussurro. – Por favor...

Ele virou uma esquina e parou no mesmo instante que o fez.

Lá estava o garoto; não sabia qual era o Distrito dele, mas sabia que em breve saberia, provavelmente amanhã.

O menino se contorcia no chão enquanto os bestantes iam embora, não notando a presença de Neil lá, enquanto murmurava palavras sem sentido. O corpo do garoto havia ficado pálido, as veias querendo saltar da pele, os olhos extremamente esbugalhados.

Neil engoliu em seco ao ouvir o som do canhão logo em seguida.

Esse som fez os bestantes pararem de se rastejar, fazendo Neil arregalar imediatamente os olhos enquanto viam eles se virarem na direção dele.

Antes que eles pudessem fazer qualquer coisa, Neil correu para longe dali indo para o mais longe possível, quem sabe achar o caminho de volta para os Carreiristas.

Ficar com os Carreiristas agora era mil vezes melhor do que ficar com eles. 

REMEMBER. SURVIVE. RUN.