Brother escrita por Anny Taisho


Capítulo 27
Casa de praia




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Cap. 26 – Casa de praia

O celular da loira tocava irritantemente, coisa que acabou acordando o Mustang. Roy se remexeu na cama e notou que a loira ainda estava ali. De costas para si, mas dormiam enroscados.

- Desliga isso, Riz.

A loira tateou a escrivaninha e desligou o aparelho. Estava com a cabeça enfurnada no travesseiro, parecia meio grogue ainda. Na opinião dele, nem tinha acordado.

- Precisamos levantar. Nosso trem sai daqui uma hora e meia.

- Agora? Eu tô morto...

Roy afundou a cabeça na nuca dela e apertou o abraço.

- Mas a gente precisa!

A loura começava a tentar se desfazer do abraço em vão. Ela era insistente quando queria.

- Relaxa ai, Riza. Mais quinze minutinhos. Não levanta não.

- Fique aqui se quiser, eu vou levantar.

A mulher saiu bruscamente do abraço dele e enrolada no lençol de cor escura foi para o banheiro.

- Riza... Mas que saco! Nem namorando eu consigo fazer a criatura relaxar.

Roy rolou e por fim também levantou, não tinha graça ficar ali sem ela. Aproveitou para entrar no boxe.

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Pararam em uma cafeteria para tomar um café e seguiram para a estação. Riza era bem resistente, baixar a guarda não era com ela.

- Sabe uma coisa que eu iria adorar?

- O que?

Riza sorriu olhando nos olhos do Mustang que tinha o braço em volta dos ombros dela.

- Que você baixasse a guarda.

- Roy, você faz eu me sentir mal.

- Não é essa minha intenção, só que sei lá. Você é sempre tão cautelosa comigo, você ainda não pulou de cabeça na relação...

- Não é nada pessoal.

- Tantos anos um do lado do outro... Você sabe que eu sou não sou mau.

- Você tenta. – ela ri e os dois trocam um beijo –

- Vamos entrar no trem.

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Mabel pegou o primeiro trem, a irmã iria pegar o segundo, tinha que arrumar algumas coisas.

A morena entrou na cabine e logo um rapaz ruivo entrou. Dividiria a cabine com ele.

- Bom dia.

- Bom dia.

O rapaz sentou-se a frente de Mabel e estendeu-lhe um olhar de análise.

- Perdeu alguma coisa?

- Não. Só admirando.

- Mabel Mustang, muito prazer, mas sou muito bem comprometida.

- Charles Monterrey, prazer e também sou comprometido, mas admirar o que é belo não é errado, palavras da minha noiva.

- Oh... Bom saber. Vai para Sunset?

- Vou sim, uns amigos da Catrina, minha noiva, vão dar uma festa.

- E onde está sua noiva?

- Já está lá. Posso perguntar o que vai fazer?

- Meu namorado tem uma casa lá, minha cunhada e meu irmão, e minha outra irmã e meu cunhado, vão para lá.

- Seu irmão está com sua cunhada, entendi bem?

- Isso. Mas se conheceram antes de mim e do Rick.

- Ricardo Henrique Hawkeye?

- Conhece?

- Claro, meu amigo. Estudamos no mesmo colégio.

- Brincadeira?

- Não. E sua cunhada suponho ser, Riza Hawkeye ou seria melhor Elizabeth Marie Hawkeye?

- Isso mesmo.

- Seu sobrenome é Mustang, então suponho que seu irmão seja Roy Mustang, o herói de Ishival?

- Nossa, você sabe muito de mim, mas eu não sei nada de você.

- Advogado. Minha família tem um escritório. Monterrey e Montagua Ltda.

- Nossa!! Que interessante.

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Alice e Thommy pegaram o segundo trem. O rapaz estava desconfiado, não sabia o motivo, mas sabia que a futura esposa estava escondendo alguma coisa.

- Adoro sol! Eu estou tão branquinha!

- Vai ser muito bom, querida...

- Não gostei desse tom.

- Que tom, Alice?

- Você está me analisando. Eu não fiz nada, seja lá o que você estiver pensando.

Ele ri.

- Eu não sei do que está falando.

- Eu te conheço, e garanto que é tudo intriga da oposição. – u.u –

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Roy e Riza foram os primeiros a chegar e pegaram um taxi até a casa. Era realmente uma grande casa. Era cercada por um muro de três metros coberto por cerca viva, os portões eram negros e pareciam blindados.

Do lado de dentro, a casa era cercada por campos de grama baixa, a casa ficava a quase cem metros do portão, era enorme. Aparentemente tinha dois andares e era branca.

O primeiro andar possuía gigantes janelas que davam vista para todos os lados. O caminho de tijolos amarelos acompanhava até a porta principal de mogno.

Ao redor tinham palmeiras anãs e deu para notar que a casa ficava no final do morro, assim dando a entender que na parte traseira existia uma saída direta para a praia.

- Uau.

- Eu sei. Essas “paredes” de vidro foram colocadas depois da última reforma. O vovô ficou louco quando descobriu, segundo ele, acabou com o ar vitoriano da casa.

- Vidro temperado?

- Claro.

Antes que chegassem a porta principal, ela se abriu e uma mulher de uns sessenta anos e cabelos impecavelmente penteados sorria.

- Bom dia, Riza-sama.

- Bom dia, nana.

- Quem é seu amigo?

- Esse é o Roy, meu namorado.

- Oh... Que bom! Entrem.

- Então, como foi trabalhar para os Henry.

- São uma família muito distinta, mas achei bom que você e o Ricardo-sama resolveram vir para cá.

- Faz tempo...

Caminharam pela sala de visitas, muito impessoal, e depois passaram por uma segunda sala, onde uma grande tela plana ornava com um tapete bege e um sofá de couro preto.

Do lado direito, a parede de vidro deixava a sala muito bem iluminada e tinha também uma mesinha com fotos.

Roy pegou uma em que estavam Riza e Rick.

- Paris?

- Sim. Eu tinha quinze anos e uma revolta estourou no leste. O meu avô despachou para lá e eu bati o pé e falei que só iria se o Rick fosse. Ele tinha dezenove...

- Eu e minhas irmãs também fomos numa situação parecida.

Os dois levaram as coisas para o quarto e Riza arrumou um cantinho para o cachorrinho. Depois os dois se deitaram no sofá para esperar o lanche ficar pronto, mas acabaram adormecendo.

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Charles e Catrina deixaram Mabel no portão da residência Hawkeye. Catrina e Mabel tinham virado amigas de infância durante o trajeto a casa.

- Depois me liga para conversarmos. Manda um abraço para o Rick e fala para ele te levar lá em casa.

- Eu falo sim, valeu pela carona. Eu nem saberia como chegar aqui.

- Que nada!

O casal vai embora e Mabel é recebida pela criada. Vê o casal dormindo na sala, mas resolve os deixar quietos, deviam tr tido uma noite muito cheia.

Nana a leva para o quarto de Rick e ajuda a morena a se organizar. Mostra a casa, ela come e depois fica zanzando olhando as muitas fotos que estavam distribuídas.

Viu dos irmãos pequenos. Deles na adolescência. Viu algumas pessoas que não conhecia. Uma que ela reconheceu como Catrina.

Notou que todas as amigas de Rick gostavam de tirar fotos agarradas com ele. Parecia que ele era o tipo de cara que era amigo da galera em geral, principalmente a feminina.

Mas essa moleza iria acabar, não iria deixar mulher nenhuma mais se agarrar no seu loiro! Talvez Catrina pudesse tirar fotos assim, mas as demais NUNCA.

Numa foto que estava no quarto, ao lado da cama de casal dele tinha uma foto dele com uma moça ruiva que ela entendeu ser a ex.

Era bonita e idiota. Mulher burra! Largar o príncipe encantado perto do altar, imaginou que estavam quase de casamento marcado por causa da marca de aliança na mão direita.

A morena abriu a mala e pegou uma das fotos que tinham tirado juntos na casa dos pais dela e que tinha impresso em casa, aquela impressoras para fotos eram muito úteis, e colocou no lugar da que estava no porta retrato, fazendo picadinho da antiga.

- Ops! Rasgou!

Ela riu e jogou no lixinho do banheiro os retalhos da foto. Lá dentro notou que o banheiro era todos de cerâmica azul, a banheira era do jeito que mais gostava de porcelana branca. Apesar de ter a ducha na banheira havia um Box ao lado com vidraria negra.

A pia era de mármore e as toalhas estavam impecavelmente arrumadas.

Mabel encheu a banheira, colocou sais fazendo espuma e entrou. O aparelho Ipod estava sobre uma mesinha de tampo de vidro e tripé de ferro trabalhado.

A morena fechou os olhos e relaxou. Em casa era capaz de passar muito tempo daquela maneira, acompanhada então...

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Ricardo chegou quase uma hora depois de Mabel, passou na cozinha para fazer um lanchinho e encontrou Riza e Roy se beijando.

- Vão para o quarto!! Eu não sou obrigado a ver isso não!

- Oi para você também, Rick.

- Como queria que eu dissesse “oi” se estava com a língua na garganta do Roy?

- Olá, Ricardo-sama.

- Oi nana! A minha namorada já chegou?

- Já sim, ela estava dando uma volta pela casa, mas faz uma meia hora que não a vejo.

- Ela deve estar descansando, vou levar alguma coisa para ela.

- Eu faço uma bandeja rapidinho.

- Eu faço isso.

- Deixa disso, menino. Senta ai e come quieto!

- Tá bom...

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Rick leva a mala e depois volta para pegar a bandeja. Como não a vê na cama e nem ouve o barulho do chuveiro põe o rosto dentro do banheiro.

Achou a namorada, a espuma estava alta. Só via-se a cabeça e os braços que estavam sobre a borda.

O loiro chegou de fininho por trás e deu um beijo na testa dea que abriu os olhos.

- Oi amor.

- Oi. Como está a água?

- Muito boa, mas agora já está quase fria.

- Tire um pouco da água e encha o restante com água quente.

- Entra aqui comigo.

- Não acho uma boa idéia. Fora que eu estou cansado.

- Relaxa, eu não vou te atacar.- ela ri –

- Eu não tenho medo de você, tenho medo de eu não me controlar.

- Me joga na parede... – ela riu de novo, dessa vez mais alto –

- Eu gosto de ir com calma quando eu gosto mesmo de uma garota, fora que eu fiquei muito tempo fora do mercado.

- Então quer dizer que você tem seu lado escuso?

- Eu nunca fui muito pegador, mas eu nunca fui fã de ficar sozinho. Pode-se dizer que sempre fiquei um tempo bem razoável com uma garota só.

- Sabe, eu vi umas fotos. Você vivia rodeado de garotas... Todas amigas?

- A maioria.

- Eu conheci uma cara no trem, Charles Moterrey e a noiva Catrina Montagua.

- Sei quem são. Os conheço a anos. Pergunte a Catrina se eu estou mentindo, minhas amigas, eram só amigas.

- Eu conheço essa tática, não pega as amigas, mas sim as amigas das amigas!

- Yare, yare... Vou tirar essa roupa, já volto.

- Vai entrar comigo?

- Vou.

- Ui!! Gostei disso!

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Riza e Roy estavam no quarto, a loura estava terminando de se arrumar. Tinham combinado de ir num luau ali perto.

A loura estava com um short branco até o meio da coxa, uma regata solta roxa com um bordado de flor na borda, um colar prateado grande, os cabelos estavam presos num rabo-de-cavalo e usava um tamanco de salto Anabela  de palha e de uma única tira roxa.

Roy estava com uma sandália masculina, calça jeans, camiseta branca manga curta de gola triangular. Bem casual.

- Não tem nenhum barzinho com música ao vivo, ou um lugar com música ao vivo para dançar de par por perto, não?

- Tem. Mas hoje vamos no luau.

- Fala sério, Riz, vai ficar tocando aquelas músicas eletrônicas...

- Eu gosto.

- Me dá dor-de-cabeça aquela barulheira.

- Amanhã a gente vai dançar dança de salão. Prometo.

- Palavra de escoteira?

- Bem, eu nunca fui escoteira, mas tá legal.

- Jura? Pensei que o general tinha colocado isso nas atribuições.

- Eu fiz Francês, Espanhol, piano, dança de salão, aula de desenho, economia doméstica... – ela fez um silêncio – Eu odiava aquilo. Esgrima, combate.... Não sobrava muito tempo.

- Sabe esgrima?

- Sei, mas quase não pratico.

- Não parece sobrar muito tempo para você namorar...

- Vai nessa!! – ela ri e sai do quarto –

Continua...

 

 


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Notas finais do capítulo

gente, demorei mas ta aqui!!!
espero que gostem e omentem!!!
Entrem para a turma dos biscoitinhos:
Deixem coment e ganhem um cap!!!
kiss kiss



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