Girls On Court escrita por Ailish


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Nota 01: Porque KNB virou um vicio na minha vida ♥
Nota 02: Hyotei é um nome retirado de POT (Prince Of Tennis), não me matem, mas o nome é foda :D
Nota 03: Dedico a Nyuu_d e sem mais ♥



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– Precisamos fazer algo, Mariko?! – Yumi deslizou com as pontas dos dedos o cardápio para sua amiga, que não fez questão de olhá-lo.

– Eu sei, mas primeiro temos que encontrar novas pessoas para o time. Não é assim tão fácil, Yumi. – a loira bateu a mão sobre a mesa de madeira, e desenhou um circulo com a ponta do dedo, como se indicasse uma trajetória infinita. – Você é muito apressadinha, por isso nosso time está uma merda.

A ruiva fechou os olhos e cruzou os braços, apoiando as costas contra o estofado do banco, comprimindo o desejo de deixar Mariko ali e ir embora. Ayuzawa Yumi sabia que sua amiga estava certa, porém não iria admitir facilmente.

Durante o último torneio regional de basquete feminino, Hyotei, uma das escolas mais tradicionais do Japão, perdeu os últimos dois jogos, acabando por ser desclassificada. E como capitã, Yumi apagaria o passado recente com o troféu do próximo torneio em mãos.

E para isso, a ruiva contava com Mariko, umas das melhores alas que a escola Hyotei já tivera. Porém, com tantas desavenças e intrigas por causa das derrotas, ambas não conseguiam chegar em nenhum acordo, resultando sempre em uma discussão sem sentido.

– Riiko, nós só podemos auxiliar o treinador, não podemos ficar mudando a estrutura do time. Porém podemos nos aperfeiçoar em nossas posições, e mostrar para aquelas desmioladas que somos muito melhores do aparentamos ser?! – Yumi curvou-se ligeiramente, fixando o olhar nos olhos verdes e marcantes de Mariko, finalizando o assunto.

Riiko fez pouco caso da ameaça, ajeitando os óculos de armação grossa que deslizava sobre o delicado nariz.

– É melhor deixarmos isso de lado, porque eu vou acabar me estressando de verdade com você, Yumi. – a loira ergueu-se do banco em que estava sentada, e sinalizou para que Yumi também fosse embora. – Hoje o treinador pegou pesado, quero ir embora e dormir, então vamos.

Emburrada, Yumi ergueu-se e seguiu os passos da amiga, que já saia do estabelecimento. As duas seguiram silenciosamente até o metro da cidade, onde pegaram o trem para irem para suas respectivas casas.

Porém...

– Esta ficando lotado. ­– Mariko murmurou esforçando-se para segurar a barra de ferro que estava cercada por pessoas.

Yumi por outro lado não havia escutado os protestos da garota, estava presa contra uma parede humana, forçada a apoiar-se contra a parede do trem e deixar a mochila no chão.

– Que ódio. – a ruiva espalmou as mãos contra a parede, abrindo um pequeno espaço entre ela e as demais pessoas que estavam do seu lado. Riiko por outro lado não teve muito sorte, sendo comprimida por um homem alto; pressionada para frente a cada curva existente nos trilhos.

Ayuzawa analisava a situação de longe, irritando-se com a falta de decência do rapaz que se apoiava em Mariko. Como estava longe, não sabia se Riiko havia dito algo para o cara (ou até mesmo socá-lo), mas não poderia deixar as coisas assim. Afinal, era Mariko, sua melhor amiga. A ruiva afastou-se da parede e caminhou na direção da loira, intimidando as pessoas com as sobrancelhas franzidas e olhar severo.

– O que diabos você está fazendo com a minha amiga, seu maníaco?! ­– Yumi ergueu a mão e apoiou sobre o ombro do rapaz, puxando-o para trás com selvageria. Mariko não se surpreendeu com a atitude de Ayuzawa, já estava acostumada com as atitudes impensadas da amiga.

– Maníaco? Mas eu não fiz nada. – o loiro tencionou levemente o corpo para trás, afastando a mão de Yumi que pesava sobre o ombro. – Eu até pedi desculpas por estar atrapalhando a garota.

Nakayama girou os orbes e passou a mão sobre a cabeleira loira, quase perdendo o equilíbrio por soltar a barra de apoio existente dentro do trem. Yumi analisou milimetricamente o semblante de espanto do loiro. Os olhos caramelos ligeiramente arregalados, deixavam evidente a surpresa do rapaz.

– É verdade, Yumi. Agora deixa de ser fresca e vamos sentar ali, antes que mais pessoas embarquem no trem. – o trem estava parado em uma estação muito utilizada, o que resultou no esvaziamento repentino. Yumi afastou-se do rapaz com os lábios crispados em uma careta maldosa, sentando-se ao lado de Mariko, aconchegando-se ao seu lado.

– Que gentinha. Esses caras usam como desculpa a baderna do trem para te agarrar, como se eu deixasse.

Riiko girou os orbes e apoiou a cabeça contra o vidro da janela, Yumi com certeza era pior do que um namorado chiclete com ciúmes. E justamente aqueles defeitos foram às matérias primas que fortaleceram a sua amizade com a ruiva ao longo desses anos. Porque no fundo, Mariko não era muito diferente.

– Yumi, logo é a sua estação. Não vá dormir sobre o meu ombro, preguiçosa. – a loira ergueu a mão e empurrou a cabeça da amiga para o lado. – Lembre-se do que o treinador falou, amanhã vai ser bem pior.

– Eu sei, Riiko. – a ruiva recuou levemente e analisou o semblante aborrecido da amiga decorado por fios dourados que escapavam dos cabelos picotados presos em um rabo de cavalo. – Não fique com essa cara, amanha você vai massacrar aquelas as reservas, assim como fez hoje.

Mariko deu de ombros e empurrou o quadril de Yumi para que ela se agilizasse e saísse do vagão. Yumi mostrou a língua para a loira, fazendo um pequeno gesto com as mãos em despedida. As duas sempre eram assim quando estavam juntas, birrentas e brigonas, porém muito unidas, algo que muitas pessoas não compreendiam.

Ao sair do vagão, Yumi sentiu o vento frio envolve-la, ricocheteando os longos cabelos vermelhos no ar. Ela abraçou-se para se aquecer, até se acostumar com a temperatura que estava fora do vagão, porém alarmou-se por não encontrar a mochila nas costas.

– Minha mochila?! – ela berrou, porém o som agudo do trem indicava que as portas já iriam se fechar, não daria mais tempo. Ela gritou o nome de Nakayama inutilmente, porém quando percebeu, o loiro alto que estava molestando Mariko anteriormente, arfava com as mãos nos joelhos, carregando a mochila em um dos ombros.

Sem reação, Yumi ficou parada analisando o rapaz se recompor, enquanto o mesmo retirava a mochila do ombro e entregava para ela.

– Você esqueceu isso dentro do vagão. É seu, correto?

Yumi segurou a alça da mochila com raiva, praticamente arrancando das mãos do rapaz. A ruiva não agradeceu pela gentileza, simplesmente ajeitou a mochila nos ombros e virou as costas para o loiro.

– Ei? Não mereço nenhum agradecimento, ou pedido de desculpas por antes? – ele deu um passo para frente e segurou Yumi pelo ombro, puxando-a levemente para trás. – Esse uniforme é da Hyotei, correto? Você é a capitão do time feminino de basquete da Hyotei.

Surpreendida, Ayuzawa parou onde estava e virou-se bruscamente na direção do loiro; os olhos verdes fulminando de raiva o rapaz dos pés a cabeça. Yumi vestia uma saia marrom, um blazer bege, e uma gravata vermelha, que estava com o nó frouxo, deslizando pelo colarinho branco da camisa social. Para finalizar o visual, ela vestia a grossa jaqueta branca com riscas azuis do time feminino da Hyotei, na parte superior das costas estava escrito Hyotei Basquete Feminino em azul, evidenciando o cargo de jogadora.

– E você lá sabe o que é basquete? – Yumi sorriu confiante, batendo levemente um dos pés no chão. – E também não vou agradecer, afinal, você abusou da minha amiga e tentou saquear a minha mochila. Metido.

– Humn, vejo que você não é uma pessoa cordial. – o loiro sorriu, comprimindo levemente os olhos caramelos, salientando os belos cílios longos e dourados. ­– Eu me chamo Ryouta Kise, ala/armador do time masculino Kaijo. – ele aproximou-se de Yumi, o sorriso determinado explodindo nos lábios. Comparado com Yumi, e com qualquer outra pessoa normal, ele muito alto. –A filha do meu treinador jogou contra a Hyotei ano passado, e vocês perderam. – Kise diminuiu brevemente a expressão, comprimindo o sorriso em uma linha curva. – Você brigou com todo mundo, e saiu quieta, chorando. Não posso estar errado, o seu cabelo cor de cereja chama a atenção.

– Dá para calar a boca?! ­– Yumi alterou o tom, o seu olhar era tão agressivo que fez Kise recuar levemente para trás. – Você não faz idéia do que está falando?! Com certeza não sabe o significado e a responsabilidade de ser um capitão. ­– ela ergueu a mão e espalmou contra o ombro dele, porém Ryouta permaneceu estático na mesma posição. – É muito triste dar tudo de si e somente receber criticas dos outros. Fizemos o melhor, mas todos ainda estão chateados.

Ryouta ficou em silencio por alguns segundos, até finalmente sorrir. Um sorriso delicado e gentil, aflorando ainda mais a raiva de Ayuzawa. Afinal, porque ele estava sorrindo?

– Eu sinto muito por vocês.

***

Após um longo banho Mariko jogou-se sobre o colchão, encolhendo-se por causa do frio. Ela girou o corpo e ficou de barriga para cima, analisando o teto branco do quarto, precisava entrar na internet, mas não estava muito afim.

Nakayama olhou para o computador que estava ligado, tocando alguma música qualquer, precisava entrar no MSN. Com certeza, Yumi estaria dando pulinhos de raiva por causa do atraso da loira.

– Aff... – Riiko retirou os óculos e colocou no pequeno armário ao lado da cama, onde estavam seus livros favoritos. Ela ergueu-se do colchão e sentou na cadeira de rodinhas que ficava de frente para o computador.

Mariko acomodou-se e movimentou o mouse para acender a tela do computador. Não demorou para que Riiko entrasse no MSN, porém Yumi não estava online.

– Ai, sua peste. – a loira protestou, erguendo-se da cadeira em grande estilo, praticamente saltando até o meio do quarto. Mariko movimentou os pés e fingiu quicar uma bola invisível, encarando a parede do quarto, como se estivesse pronta para atacar. Riiko movia-se com graciosidade, porém com os pés firmes no chão.

Mesmo cansada com os treinos que tivera, não conseguia ficar muito tempo sem pensar na situação delicada de seu time de basquete, principalmente no poço de mau humor que Yumi havia mergulhado. Ayuzawa nunca foi uma pessoa calma, porém havia expandido o seu lado problemático após a desclassificação do time. Aquela derrota havia mexido no orgulho dela.

Mariko impulsionou os pés e flexionou os joelhos, saltando alto e movimentando os braços, como se estivesse realmente arremessando uma bola na direção do arco de ferro.

– Bom. – a loira sorriu orgulhosa de seus movimentos, ela sabia que não era forte comparada com outras meninas, mas executava muito bem o seu papel dentro do time da Hyotei. Com certeza, não decepcionaria Yumi, pois havia treinado muito para isso.

Após arremessar para o aro invisível, Riiko sentou na cama e pegou o celular que estava por ali, discando para a ruiva. Demorou alguns toques para que Yumi atendesse, e pelo o som da voz dela, estava muito cansada.

– Desistiu de estudar pelo MSN? Tratante. – Mariko ergueu a mão livre em direção da cabeça, massageando os cabelos repicados que estavam jogados para todos os lados. – Eu entrei e você não estava.

Eu desisti mesmo. Estou na frente do notebook, porém sem animo para estudar. Já to ferrada mesmo. – jogada no sofá da sala, Yumi estava sentada com o notebook no colo, entretida com um programa de comédia que passava na televisão. A ruiva morava sozinha, pois seus pais tiveram que se mudar por causa do emprego de Ross, seu pai, um escocês que havia se casado com uma japonesa. – Mas antes da aula eu vou correr para a sua sala e pegar o teu caderno de anotações, creio que vai me ajudar bastante. Eu posso, Riiko?

– E se eu me negar? Vai conseguir me vencer no tapa? – Mariko sorriu maldosamente, mordiscando o lábio inferior. É claro que ela emprestaria o material para Yumi, mas não seria fácil. Nakayama sempre gostou de chantagear Ayuzawa, afinal, gostava de vê-la brigando o tempo todo por coisas bobas. Exatamente como fazia. – O que me diz, Yuu?

Cuidado, hein. Sempre levo a sério uma ameaça. – Yumi riu das próprias palavras. Distraída, ela clicou no ícone do navegador e abriu a página do Google. – Logo depois de sair do trem, aconteceu algo muito estranho. Lembra aquele cara loiro que estava te molestando?

Mariko ficou em silêncio por alguns segundo, puxando da memória a imagem do homem que não havia feito nada para ela. Yumi deveria ser uma doida, compulsiva e ciumenta.

O loiro do trem era bem bonito para dizer a verdade.

– Sei, não me diga que se apaixonou por ele? Tipo assim, só porque ele te incomodou profundamente, ganhou teu coração.

Antes mesmo de terminar a frase, Yumi gritava do outro lado da linha, batendo as mãos em alguma coisa que Mariko não conseguiu identificar. Era tão bom brincar com Yumi.

– É claro que não. Eu nunca faria algo assim. Só me escuta, está bem? – a ruiva grunhiu um palavrão baixinho, arrancando várias risadas de Mariko. – Eu esqueci minha mochila no trem, e ele veio me alcançar. O problema é que ele me reconheceu como jogadora da Hyotei, disse que também era jogador de basquete. – enquanto falava com Mariko, Yumi digitava o nome do rapaz no Google (Ryouta Kise), surpreendendo-se com as primeiras imagens que aparecem no buscador. Realmente era ele.

– Nossa?! Ele era bem alto mesmo. – Riiko jogou-se na cama e virou para o lado, dedilhando as estampas florais das cobertas. – E você sabe em que time ele joga?

– Sei... Na verdade estou sabendo muito mais do que isso.– ela suspirou.– Mariko, ele jogou na “Geração Milagrosa”, aquela bem famosa no Japão inteiro.

– Sério? Não brinca?! ­– Mariko pulou da cama e correu para a cadeira de rodinhas, sentando-se para usar o computador. – Qual o nome dele, Yumi? Você não esta enganada, não?

Yumi suspirou do outro lado da linha, e disse vagarosamente o nome do rapaz. – Coloca no Google, “Ryouta Kise”. Só não se surpreenda quando ver o histórico dele na internet.

– Como se eu me surpreendesse facilmente, Yumi.


Após almoçarem, as garotas do time de basquete da Hyotei estavam reunidas na quadra principal. A auxiliar técnica, Natsuko Ringo, e o treinador, Jared Rivers, estavam observando as meninas jogarem contra o time reserva.

Jared gritou para que Yumi parasse de cometer faltas, e Mariko para que esforçasse para pular mais alto, evitando os consecutivos bloqueios das reservas. As demais meninas também receberam dicas de como se manifestarem durante o jogo, que já estava no terceiro tempo.

Nakayama não havia conseguido passar pela barreira, perdendo a bola para Sasaki Takashima, uma garota alta e magricela do banco reservas, mas que possuía uma agilidade significativa em quadra.

– Poxa, Mariko. Vai atrás?! ­­– Yumi girou nos calcanhares e correu da zona de dois pontos para a outra extremidade da quadra. Mariko trincou os dentes e correu atrás de Sasaki, desviando-se da barreira composta por duas meninas que estavam na sua frente.

– Que merda?!­– Riiko movimentou o corpo para os lados, ate conseguir escapar da barreira. – Volta para o seu lugar, porque essa bola é minha, Yumi.

A ruiva parou onde estava, e regressou para o meio da quadra, na espera da bola de Mariko. Momoi Sato, a camisa 8 do time principal correu para o lado de Ayuzawa, também esperando pelo o contra ataque de Mariko.

– Pega, Mariko. – Momoi gritou animada para a loira, que sorriu em retribuição. Em um rebote em grande estilo, Mariko pegou a bola, arremessando para Momoi, que correu para a esquerda da quadra, montando tabela com a ruiva.

– Momoi, já sabe o que fazer?! ­– Yumi correu pela direita da quadra, desviando-se da nova barreira que se formava.

A morena ficou quicando a bola no chão, e em uma incisiva passou com graciosidade pela barreira e mandou a bola direto para as mãos de Yumi.

Os longos cabelos vermelhos de Yumi estavam presos no topo da cabeça, destacando a cor das mechas contra o uniforme branco e azul da Hyotei. Como um tufão de fogo, a ruiva driblou a barreira com uma dança incrível com os pés, desviando-se das meninas que pulavam para alcançá-la.

Yumi arremessou a bola para o alto, e com a ponta dos dedos deu o último toque para que a bola entrasse no aro de ferro. Ela caiu com os pés firmes no chão, sorrindo de maneira triunfante para as meninas que comemoravam animadas.

– Isso ai?! – Mariko aproximou-se de Yumi e deu um tapinha em seu ombro, apoiado-se sobre a amiga. Ringo que estava em pé ao lado da quadra apitou, finalizando o terceiro tempo.

– Terminou, só mais um tempo e a vitória é nossa. – Yumi sorriu animada.

Ayuzawa afastou-se de Nakayama e sentou no banco de madeira que havia perto da grade de proteção para beber água. Mariko acompanhou a amiga, sentando do seu lado, pegando o squeeze que estava no chão.

– Eu estou com tanto calor que não parece que estamos no inverno. – Mariko ergueu os cabelos com a mão, virando um pouco de água fresca na nuca, arrepiando-se dos pés a cabeça. Yumi assentiu positivamente com a cabeça, o suor deslizando pela testa e o colo, grudando os pequenos fios da nuca contra o pescoço.

As duas ficaram sentadas por um longo minuto, hidratando-se e alongando as pernas para frente e para trás. O treinador também estava satisfeito com o rendimento dos dois times, o que animou Yumi e Mariko para continuarem a todo o vapor.

A ruiva espreguiçou-se e jogou-se contra a rede de proteção, exatamente como uma criança matreira faria, algo proibido, porém não foi isso que lhe chamou a atenção. Algo lhe amparou com as mãos, não permitindo que ela se jogasse contra a rede.

– Olá. – Kise estava logo atrás dela, com as mãos espalmadas contra a rede, impossibilitando que Yumi continuasse com o que estava fazendo. – Você não pode fazer isso, camisa 5.

Alarmada, Yumi quase cuspiu a água que bebia na cara do loiro, erguendo-se em um solavanco, limpando com uma toalha o pouco de água que escorria pelos lábios. Mariko girou para trás para repreender o garoto, porém também foi pega de surpresa por um enorme panda de pelúcia.

– Que cafonice é essa? – ela inclinou-se levemente para trás e olhou sobre o ursinho, analisando a cabeleira verde perfeitamente escovada, e um par de óculos lustrosos se destacarem através da rede de proteção. Mariko ergueu-se do banco e ficou de pé, apontando para o panda que estava nos braços de um rapaz muito sério, que a analisava com certo desdém. – Que porra é essa?

– O que você disse? – o rapaz de cabelos verdes ajeitou os óculos sobre o nariz e olhou para Kise. – Então estas são as duas garotas que você estava falando, Ryouta? Tem certeza?

Yumi passou a toalha pelo o rosto e girou o traseiro no banco, encarando Kise de baixo para cima, controlando-se para não agredir os dois rapazes que estavam ali. – O que você está fazendo aqui? É o que é aquilo? – Yumi apontou para Midorima e o panda.

– Ah, esse é o meu amigo, Shintaro Midorima. Ele tem alguns hobbies estranhos, mas é uma boa pessoa. – Kise bateu no ombro do amigo, que permaneceu quieto, encarando as duas garotas que apontavam para o panda, principalmente a loira que olhava com repulsa para o ursinho.

– Porque vocês dois estão aqui? – Yumi apoiou a mão na rede, quase socando o peito de Kise que recuou para trás de Midorima.

– Nos estávamos treinando aqui perto, e como você disse que era da Hyotei... – o loiro ergueu a mão timidamente e começou a mexer no brinco que usava na orelha esquerda. – Acho que eu fui um pouco grosseiro com vocês duas, nós dois gostaríamos de ajudar vocês.


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Notas finais do capítulo

pandas?



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