Seus Olhos. escrita por Jee Fernandes


Capítulo 31
Capítulo 31


Notas iniciais do capítulo

Ah que saudade de postar, dessa vez a culpa não foi minha só pra constar, é que desde de sexta estava sem net e como o capitulo ficou muito grande dividi ele em duas partes ok.



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POV Matth.



Ouvi novamente o choro quando cheguei aos fundos, observei uma pequena janela, que provavelmente dava para o porão, me aproximei me certificando de que o choro viera dali, e vinha, arranquei uma pequena tela de proteção que tinha ali e consegui entrar o comodo estava escuro e cheirava a mofo, quando finalmente o encontrei, sim meu filho, jogado em um canto úmido e frio, ainda com as mesmas roupas do colégio, me aproximei devagar tentando não assusta-lo ainda mais, prestei atenção em cada machucado de sua rosto, cada roxo espalhado pelo seu corpo cada detalhe me fazia ficar ainda com mais raiva.


– ei Juan não precisa ter medo, olha pra mim, eu vim pra te levar de volta pra sua mãe. - ele estava realmente muito traumatizado. - vamos olha pra mim, sabia que eu conheço a sua avó Helena, os seus padrinhos também o tio Jhon e a tia Camila eles estão lá na sua casa agora. - pela primeira vez ele olhou em meus olhos.


– você conhece mesmo eles? - perguntou com a voz fraca.


– claro que sim o Jhon é meu melhor amigo, mas a gente pode terminar a conversa lá fora o que acha? - estendi a mão para ele.


– mas eu não posso. - disse apontando uma corda presa em sua perna me dando uma revolta.


– olha eu vou soltar você tudo bem. - me abaixei desamarrando com muito custo a corda que já machucava muito o tornozelo dele. - pronto agora eu vou tirar você daqui. - o peguei no colo seguindo para a janela quando vi que tinha mais alguém ali, coloquei o Juan no chão atrás de mim e encarei o homem parado na minha frente não era Leonard Martin. - quem é você? - perguntei apontando a arma. - vira pra parede, sem gracinha. - mandei recebendo um sorriso sarcastico como resposta.


– melhor você abaixar a arma. - disse outro, que também não era Leonard, puxando Juan e jogando longe, ver seu corpo já tão frágil batendo contra parede doeu muito, antes que pudesse pensar em reagir senti uma pancada na cabeça, levei a mão até a cabeça sentindo um pouco de sangue, levando outra coronhada em seguida...

....


Forcei meus olhos abrirem, mesmo enxergando tudo embaçado sabia que Harpper já estava ali ele e Ryan colocavam a arma no chão quando viu que eu havia acordado, já conhecendo nossos esquemas de abordagem localizei minha arma e dei sinal para que eles se ao invés de colocar as armas, se jogarem pro lado, e assim que fizeram com toda raiva que eu estava atirei no braço de um deles, para ser mais preciso no que jogou meu filho contra a parede, enquanto Ryan e Harpper os desarmaram e renderam, corri com um pouco de dificuldade até onde o Juan estava desacordado me certificando de que ainda estava vivo.

Gritei para chamarem uma ambulância enquanto o pegava no colo e saia para fora da casa, o lado de fora da casa já estava repleto de agentes, jornalistas e também uma ambulância, os para-médicos correram até mim o colocando numa maca e fazendo todos os procedimentos, aproveitaram para fazer um curativo na minha cabeça enrolando uma faixa esquisita.


– você está bem? - Perguntou Harpper se aproximando.


– com um pouco de dor de cabeça, mas muito vivo. - brinquei.


– que bom, agora eu preciso acompanhar aqueles dois até a sede, quer dizer um deles vai ter que tirar a bala do braço, mas o outro esta muito bem pra começar a falar, você acompanha o garoto até o hospital? - assenti,claro que eu acompanharia meu filho. - Ryan vai passar buscar a promotora, até mais tarde. - disse indo em direção seu carro.


Segui com a ambulância até o hospital, esperei até o examinarem e transferirem para um quarto, tudo isso em quase duas horas de espera, entrei no quarto para fazer companhia a ele que já havia sido trocado e limpo, agora apenas dormia com uma mascara para respirar e soro no braço, a enfermeira avisou que assim que a mãe chegasse viria dar noticias.

Fechei meus olhos tentando conter a forte dor, não demorou muito logo a porta foi aberta bruscamente, encarei Madu entrar afoita com lágrimas nos olhos indo em direção a cama do pequeno tocando delicadamente cada parte de seu corpo, Camila chorava ao seu lado enquanto Jhon e Guilherme ainda estavam paralisados na porta. O médico logo chegou pedindo para que apenas duas pessoas entrassem por fez, Jhon puxou Camila e Guilherme pra fora acenando pra mim.


– Bem eu vou direto ao ponto, todos esses dias que ele ficou sequestrado foi pouco alimentado, e muito agredido. - vi Madu soluçar. - á hematomas por todo o corpo dele, mas uma me chamou mais a atenção, ergueu o lençol mostrando a marca causada pela corda. - provavelmente amarraram os pés dele. - concordei com a cabeça. - foi você quem o encontrou? - perguntou direto para mim.


– sim foi, ele estava num porão úmido com os pés amarrados, mas ainda estava consciente.


– sim e como ele perdeu a conciência?


– quando estavamos saindo, dois homens apareceram e um deles o jogou contra a parede. - expliquei por cima.


– entendo, bom ele ficará desacordado hoje, amanhã pela tarde ele recupera a consciencia, o estado dele é estável apenas os machucados externos, mas ainda está muito fraco. vou deixar vocês com ele um pouco, mas não demorem ele não vai acordar hoje e é bom deixarmos ele descansar, enquanto a você é melhor ver essa cabeça. - assenti o vendo sair do quarto.


– Obrigada. - Madu disse como um sussurro.


– não precisa agradecer, sabe disso. - disse me aproximando.


– ele é lindo não é? mesmo com esses hematomas, ainda sim parece um anjo. - o acariciou com delicadeza.


– claro que sim, dizem que ele puxou o pai. - brinquei.


– ah sim dizem né. - entrou na brincadeira. - e você como está?


– bem com um puta de uma dor na cabeça, mas vivo. - sorri sem humor. - pelo menos consegui acertar um tiro no braço do cara que o jogou. - Madu me encarou assustada.




POV Madu.



Não conseguia acreditar no que o agente Ryan dizia, não sabia se ria ou chorava meu coração estava disparado, minhas mãos tremiam, eu queria ver meu filho, eu precisava sentir sua respiração próxima de mim, Ryan havia me dito que eu teria que ir com ele até o hospital, segui com ele enquanto Jhon, Camila e Guilherme foram em seus respectivos carros.


– como vocês o resgataram? - perguntei curiosa.


– Matth ouviu o choro dele no porão, deixa ele mesmo te explicar porque quando Harpper e eu chegamos até o porão os dois estavam desacordados, Matth havia levado duas coronhadas na cabeça, mas recuperou a conciencia a tempo de nos ajudar a rende-lós. - prestei atenção a tudo que ele disse assentindo no final.


Chegamos no hospital pegando as informações e indo direto para o quarto abri a porta de sopetão encontrando Matth com a cabeça enfaixada sentado próximo a cama do meu filho, meu filho mantinha a expressão calma e serena, seu rosto estava todo machucado assim como o resto do seu corpo, toquei cada parte do corpo dele sentindo um alivio enorme, por mais que ele estivesse todo machucado ainda assim estava ali perto de mim, Camila me abraçou de lado chorando comigo, logo que o médico chegou Jhon levou Camila e Guilherme para fora do quarto, ouvi atentamente o que o médico tinha para dizer felizmente seu estado era estável ficaria desacordado apenas pelo tranquilizante que haviam lhe dado, depois o médico saiu deixando apenas Matth e eu no quarto.


– Obrigada. - disse como um sussurro.


– não precisa agradecer, sabe disso. - disse chegando mais perto.


– ele é lindo não é? mesmo com esses hematomas, ainda sim parece um anjo. - passei a mão em sua face com delicadeza.


– claro que sim, dizem que ele puxou o pai. - brincou.


– ah sim dizem né. - entrei na brincadeira. - e você como está?


– bem com um puta de uma dor na cabeça, mas vivo. - sorriu sem humor. - pelo menos consegui acertar um tiro no braço do cara que o jogou. - o encarei assustada com a maneira calma que ele disse.


– devia ir ver a cabeça, ta sangrando. - observei a faixa branca já toda suja de sangue. - você está bem? - perguntei o vendo fazer cara de dor.


– eu vou falar com algum médico, isso ta doendo. - saiu em direção a porta.


– espera. - pedi segurando seu braço. - eu vou com você, a Camila e o Jhon devem estar querendo entrar. - ele apenas assentiu, saimos avistando Camila e Jhon vindo em nossa direção, Ryan estava na porta passaria a noite ali pelo que entendi.


– tudo bem Matth? - perguntou Ryan.


– acho que sim vou ver o machucado que esta sangrando.


– eu vou com ele. - disse para Camila e Jhon. - vocês ficam com o Juan?


– Claro que sim baixinha. - Jhon se aproximou dando um beijo em minha testa. - e você se cuida seu mané. - deu um soco no braço de Matth.


– também amo você seu gay. - disse fazendo outra careta de dor.


Procuramos um médico logo sendo atendido por uma médica loiras e muito linda, me lembrava Helena, me toquei de que sequer avisamos Hele sobre os ultimos acontecimentos, a médica tirou a faixa e com um algodão começou a limpar o ferimento, estava realmente feio.


– vai precisar de pontos. - disse a médica pegando o que precisaria. - então quer contar como isso aconteceu. - Matth a encarou um pouco irritado, mostrando o distintivo. - Ah entendi, acabou de sair um homem que levou um tiro no braço, se entendi bem mantinha uma criança sequestrada. - encarei ele na esperança dele entender o que eu queria saber.


– sim é o mesmo. - disse para mim, senti um arrepio na espinha. - não se preocupe, depois de retirar a bala e fazer o curativo eles iriam o levar para conversar um pouco. - disse com ironia.


– que bom, não me sentiria bem em saber que ficaria tão perto do meu filho. - confessei.


– não precisa se preocupar com isso. - sorri assentindo, esperei até a médica terminar de dar os pontos.


– quer comer alguma coisa antes de voltar. - concordei a final até agora só tinha tomado café o segui até a cantina do hospital. - continua comendo como quando estava grávida? - perguntou rindo.


– problema com isso? - me fiz de ofendida ele apenas negou com um sorriso nos lábios. - é eu ainda como quando estava grávida.


– ta mais tranquila agora?


– com certeza, já estava ficando louca, mas ainda estou um pouco confusa.


– sobre?


– Leonard, ainda esta solto né?


– sim, mas não se apegue a isso agora, deixe para que nós do FBI nos preocupemos. - o encarei com cara de confusa, como podia acreditar em uma coisa dessa. - eu sei que é uma coisa idiota de se dizer, mas só pra constar é protocolo.


– que bom que sabe o quanto isso soa idiota, mas pelo menos fico feliz em ter meu filho de volta, mas, tem outra coisa sobre o Juan, você vai ficar por perto, quer dizer pretende dizer a verdade a ele? - perguntei meio atrapalhada.



– claro que sim, que pergunta mais tonta, só acho que devemos esperar um pouco, me deixa conhece-lo primeiro, a cabeça dele deve estar muito confusa. - disse em com sorriso e sorri em resposta. - vou comprar alguma coisa pra gente comer, o que quer?


– um misto quente e um suco natural por favor.


– já volto. - disse olhando com cara de desgosto atrás de mim, me virei e vi Guilherme se aproximando.


– Oi. - disse ele sorrindo.


– Oi, já vai trabalhar? - observei a tipica roupa de médico.


– Sim hoje é dia de plantão, como vão as coisas com Matth? - perguntou em tom de desconfiança.


– Bem por que?


– não sei só pensei que depois de tudo não fosse o querer por perto. - murmurou pensativo.


– é mais complicado do que querer ou não. - suspirei tentando de alguma forma explicar o por que de não conseguir simplesmente me afastar. - seria meio contraditório dizer que eu o odeio pelo que me fez, enquanto o resultado disso é simplesmente a pessoa que mais amo no mundo?


– não, não seria, mas você não o odeia de verdade.


– não, não odeio. - me toquei que pela primeira vez parava para reparar de verdade nele, Gui praticamente não havia mudado.


– entendo, só procure não se machucar novamente.


– do que esta falando?


– ora Madu não seja tola acha mesmo que não vi o jeito que ele olha pra você, e forma como demonstrou ciumes esses dias todos. - o encarei um pouco irritada com as acusações, embora Matth e eu tivessemos realmente nos aproximado nos ultimos dias não via como algo serio, estava mais para carência, desespero e confusão.


– desculpa Gui, mas isso não é da sua conta. - disse um pouco irritada, mas lembrando em seguida que era o mesmo Gui que a anos atrás esteve ao meu lado me ajudando, tentei falar algo e ele me cortou.


– tem razão não é da minha conta. - saiu irritado, levantei atrás dele o alcançando no meio de refeitório.


– espera Gui. - pedi segurando em seu braço. - me desculpa você sabe que sempre sera meu anjo né. - senti alguns olhares sobre a gente mas ignorei.


– esta tudo bem, não consigo ficar bravo com você mesmo. - me abraçou beijando minha testa. - Mas agora preciso mesmo trabalhar.


– até mais então, bom trabalho. - desejei me afastando.





POV Madu.


Esqueci de perguntar o sabor do suco, estava voltando pra isso quando ouvi a parte da conversa onde Madu perguntava se seria contraditório ela me odiar pelo que fiz, mesmo que o resultado tenha sido a pessoa que ela mais ama no mundo, voltei para o balcão e pedi apenas o misto quente e um suco de laranja, já tinha perdido a fome, encarei o casal abraçado no meio do refeitório e suspirei derrotado, mas também como eu podia pensar que depois de tudo ainda construiria uma familia com ela e meu filho, Jhon é quem tem razão quando diz que eu sou um grande idiota.


– olá, Mattheus esta aqui? - estava tão perdido em meus pensamentos que nem vi quando ele voltou.


– estava só pensando. - dei meu melhor sorriso falso.


– entendi, vou poder passar a noite aqui né?


– se quiser acho que sim, mas não se preocupe eu ficarei, só vou até minha casa tomar banho e me trocar, Ryan ficara também.


– mas você esta machucado deveria descansar. - me olhou preocupada.


– já estive pior e nem por isso deixei de trabalhar. - pisquei.


– então tá, mas nem tente me convencer a ir pra casa.


– quem sou eu, você não vai nem pegar roupa pra ele?


– esqueci disso, vou sim pode me dar uma carona?


– claro quer avisar Jhon primeiro?


– sim e também me despedir. - assenti esperei que terminasse de comer o que não demorou muito, seguimos até o quarto onde ele entrou e conversou com o Jhon e Camila, conversei com Ryan enquanto isso queria saber se tinha noticias do Harpper.


– a única noticia até agora é que o homem em quem você atirou é filho de Leonard Martin. - segurei um riso de satisfação. - fala a verdade alivia um pouco, saber que pelo menos um pouco você conseguiu descarregar da raiva. - assenti. - deve ser difícil ver seu filho assim. - assenti vendo um riso sacana nos rosto dele.


– espera como você sabia?


– eu fiz o levantamento das informações para Harpper, você acha mesmo que o pai que foi embora antes da criança nascer passaria batido? - debochou rindo. - Foi fácil chegar a você, o filho revoltado da médica que ajudou a paciente orfã, palavras de pessoas do hospital onde sua mãe trabalhava. Cara essa história daria uma novela.


– se diverte né palhaço.


– claro que sim, mas não se preocupe apenas Harpper e eu sabemos, e tenho que dizer você foi um grande mané de largar uma mulher gostosa assim. - brincou levando um soco de leve nos braço.


– você é o nerd mais folgado que conheço. - debochei.


– calminha ai e cuidado porque se der mole eu roubo ela pra mim. - dei outro soco em seu braço.


– vou dar uma saída e já volto. - comuniquei vendo Madu sair da porta.


– pode deixar, vou cuidar dele como se fosse meu próprio filho. - disse mais baixo picando em seguida. - tenho que acostumar né.


– vai brincando vai. - disse me afastando.



Segui com Madu até o carro em silêncio, estava mais relaxado depois da conversa com Ryan, liguei o som e passava a musica que conhecia bem do filme, Eu sou a lenda, comecei a cantar como costumava a fazer quando estava mais calmo, quase me esquecendo de que não estava sozinho no carro, olhei pra Madu que segurava o riso e comecei a rir por ser tão idiota.

Passamos primeiro na casa dela pegamos as roupas e seguimos para meu apartamento, estacionei e subimos para a cobertura, embora eu morasse sozinho precisava de espaço.


– fique a vontade só vou tomar um banho. - fui até meu quarto peguei minhas roupas.


– tem certeza que mora sozinho? - Madu perguntou da sala.


– Moro sim por que? - gritei de volta.


– é bem grande e arrumado para um homem que mora sozinho.


– levando em conta que na maioria das vezes venho apenas para dormir e tomar banho, falando nisso vou tomar banho já volto. - ouvi um breve ok, e entrei no banho deixei a água fria cair relaxando meu corpo, terminei meu banho vesti minha calça e fiz minha barba que já começava a apontar, quando passei a loção pós barba ouvi um grito vindo da sala, peguei minha arma e sai do mesmo jeito que estava, corri até a cozinha encontrando Madu em cima da mesa, e Conan meu cachorro andando em volta a cercando, embora fosse um cão da raça brava, pitbull, era bem manso e treinado então só atacaria se senti-se ameaçado ou recebe-se ordem.


– Conan, amigão pra fora não pode assustar a visita - dei ordem e ele logo obedeceu. - devia ter avisado desculpa. - disse rindo.


– agora entendi porque um apartamento tão grande. - brincou se acalmando, sorri com a cena dela em cima da mesa, vi ela encarar discretamente meu corpo, me lembrando estar sem camisa.


– vem eu te ajudo a descer. - vi ela morder o lábio inferior, pelo menos ódio não era a unica sensação que eu causava nela, segurei sua cintura a colocando no chão entre a mesa e mim.


– o que é isso? -perguntou tocando uma cicatriz próxima ao meu abdômen, reprimi qualquer pensamento pervertido que passou pela minha mente.


– os primeiros anos de FBI são difíceis. - senti um arrepio quando ela tocou outra cicatriz.


– sua mãe sabe dessas coisas? - disse prendendo o riso.


– não, não sabe e se depender de mim não saberá tão cedo.


– qual a pior coisa que aconteceu?


– um tiro, nas costas. - me virei mostrando o primeiro e ultimo tiro que tomei.


– e como fez?


– fique em um hospital. - disse dando de ombros.


Virei novamente a encarando, enquanto ela contornava cada cicatriz com dedo, ta legal isso já era sacanagem, por mais que tentasse era difícil manter os pensamentos impróprios longe, segurei sua nuca a fazendo olhar em meus olhos e encostei minha testa na sua, era melhor para com isso.


– vamos deixar as cicatrizes pra lá né, vou terminar de me trocar. - disse me afastando e indo para o banheiro, joguei um pouco de água gelada no rosto e terminei de me vestir, dei um pouco mais de comida para o Conan e o tranquei na varanda. - tudo certo vamos? - perguntei para Madu que estava pensativa.



– Vamos sim. - descemos em total silêncio, assim como fizemos o caminho todo.


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Notas finais do capítulo

e ai?



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