A Garota Gótica escrita por Erica kaulitz


Capítulo 1
Chegando em FostherVille


Notas iniciais do capítulo

Para esta fic,me inspirei principalmente no livro Vampire Kisses.



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Depois de eu ter fugido de casa para esquecer um pouco essa maldita vida de aberração,meus pais me encontrarem e me levarem praticamente me arrastando pela orelha,estamos nos mudando,eles estão na esperança de que eu irei me conformar por ter tido este destino,por mais que 16 anos já se passaram,eles ainda acham que eu irei me conformar...

Estamos nos mudando para uma cidadezinha com menos de 600 habitantes,realmente não há dúvidas,meus pais possuem uma espécie de distúrbio mental por trocarem a cidade grande cheia de pessoas interessantes,por um lugar cheio de caipiras.

Aqui não há dias ensolarados como na cidade,esse também é um dos motivos para nos mudarmos para cá,pois quando o sol aparece,nós nos escondemos...Por isso me revolto por não ser uma pessoa normal!Nós somos aberrações que todos estranham!

É fácil perceber que gosto de obscuridade pelo meu jeito e pelas roupas que visto,mas isso não quer dizer que eu queria viver na escuridão para sempre e me alimentar com sangue dos outros.Mas este destino já estava programado para mim,e para toda a nossa família...

Agora estamos no carro de baixo de uma fina garoa indo para esta cidade ridícula que esqueci o nome,e meus pais não param de falar sobre essa cidade e como será incrível ter sossego de todo aquele barulho da cidade grande,típicos sem noção,eu nunca liguei para o barulho,só para todos aqueles garotos góticos lindos que andavam pelas calçadas sem olhar para os lados,completamente na deles.

– Está animada para chegarmos na nossa nova casa Mandy? - Perguntou minha mãe tentando fazer com que eu falasse alguma coisa.

– Você já sabe que não mãe,eu preferia ter ficado. - Disse,seguido de um suspiro.

– Você vai acabar se acostumando,nós tínhamos que nos mudar para um lugar com menos sol,você sabe disso Mandy,e quando você começar a ir para escola você vai fazer novos amigos e não vai mais querer saber da cidade grande,acredite em mim.

Fiquei em silêncio,pois a minha resposta seria:"mas eu nunca tive amigos na escola antiga,imagine aqui que só tem caipiras que irão achar que eu fugi do hospício".

Mas meus pais sempre acharam que eu era rodeada de amigos,eu não queria deixá-los pensando que era por causa do meu estilo,ou porque eu andei gritando por aí que sou uma vampira,então eu quase nunca comentei sobre os meus dias na escola,e quando eu comentava,cortava as partes em que a maioria dos alunos que me chamavam de esquisita,me encaravam o dia inteiro,ou então ficavam aos cochichos quando eu estava por perto.

Fiquei em silêncio pelo resto da viagem,mas meus pais não paravam de falar!Fiquei me perguntando onde eles encontravam fôlego.Mas desta vez eles falavam sobre a minha matrícula na nova escola,cuja fariam assim que os carregadores despachassem a pequena quantidade de móveis que possuíamos.

– Já estamos quase chegando no bairro da nossa nova casa! - Disse meu pai mais que animado enquanto dirigia distraidamente;eu preferia ter vivido á séculos atrás,eu não iria passar por tudo isso e eram os cavalos que dirigiam as carruagens,mas do jeito que meu pai é,ele iria conseguir bater a carroça,do mesmo jeito que já bateu o carro três vezes,ele vive nas nuvens mesmo,mas nós nunca nos machucamos,claro.Somos o tipo de vampiros que não se machuca fácil,somos aberrações mesmo,sem dúvida...

Depois de meia hora,chegamos na tal casa,estava caindo os pedaços por fora;na casa ao lado tinha uma velha de mais ou menos 85 anos,ela ficou nos encarando por um bom tempo,lembrava aquelas bruxas de desenhos infantis que realmente só dá medo quando você tem menos de sete anos,ou cinco no meu caso,nesta idade eu já assistia filmes de terror sem o mínimo medo,porque os vilões sempre eram como eu,aberrações,ou assassinos completamente pirados.

– Bem,pelo menos aqui é traquilo. - Disse minha mãe tentando amenizar a cara de decepção que nós três fizemos.

– Nada que uma boa pintura não resolva! - Disse meu pai com o mesmo propósito,mas nós sabíamos que isso não era verdade.

Nem deu tempo de fizermos aquela cara de "estamos sem assunto",e o caminhão de mudanças chegou,não deu tempo de piscarmos os olhos e todos os móveis e as pequenas caixas com a decoração de casa já estavam dentro daquela casa falida e um dos carregadores estava dizendo para o meu pai:

– São cinco dólares. - Fazendo uma cara de durão e estendendo a mão.

Meu pai deu o dinheiro,mas assim que eles foram embora começou a reclamar.

– Que roubo!!!Cinco dólares só para carregar pequenos míseros móveis!!! - Gritou olhando para o caminhão que já estava bem longe.

– Acalme-se Carl,afinal,nos mudamos para cá com o objetivo de relaxarmos. - Disse minha mãe sorrindo e correndo até a porta da casa e já a abrindo.

Aquela velha bruxa já não estava mais nos olhando,deve ter se entediado de olhar para pessoas tão patéticas.

Entramos na casa falida,até que estava em bom estado,as paredes eram bem pintadas de branco,as lâmpadas eram econômicas,e o piso do chão era preto e branco,pelo menos nesta produção o dono tinha acertado.

– Nada mal. - Disse minha mãe observando a sala (que era onde ficava a porta de entrada),o corredor e a cozinha que era possível de se ver quando entrava na casa.

– Até que é bonita. - Disse meu pai acompanhando o olhar da minha mãe.

– Quero ver meu quarto. - Disse,impaciente.

– Já vamos lá,Mandy. - Disse minha mãe revirando os olhos.

E minha mãe nos guiou até os quartos,pois apenas ela tinha ido conhecer a casa com o agente da imobiliária.

Chegando no meu quarto eu o observei,as peredes eram pintadas de preto,o piso era preto e vermelho,e as cortinas da jenela eram cinzas.Eu sorri e virei para os meus pais paralisada,nem o meu quarto antigo era assim,a decoração da nossa casa antiga parecia ser do século 18.

– Eu mandei eles fizerem essa decoração especialmente para você. - Disse minha mãe com um sorriso maior do que o meu.

– Obrigado mãe,ficou lindo. - Eu disse ainda sorrindo,realmente era meio raro meus pais me verem sorrindo.

– De nada meu anjo.

– Então Laura,vamos fazer a matrícula da Mandy? - Disse meu pai olhando para eu e para a minha mãe.

– Claro Carl,quando voltarmos é melhor já colocarmos os móveis no lugar.Vamos Mandy? - Disse minha já saindo do quarto com o meu pai.

– Vamos né...

Eu tinha me esquecido que eu ainda teria que ir para aquela escola cheia de caipiras.

Chegando na frente da escola,eu fiquei a observando pela janela do carro,ela era azul e gigantesca.

– E então,vamos lá. - Disse minha mãe saindo do carro junto ao meu pai.

Fomos até a direção da escola,meus pais foram conversar com uma mulher que estava lá e eu fui me sentar em uns bancos que ficavam em frente aquele escritório da direção.

Meus pais ficaram um bom tempo lá,a mulher pedia uma papelada para eles,meus documentos,como em toda matrícula,claro,mas já faziam uns seis anos que meus pais tinham me matriculado em uma nova escola.

Depois de mais ou menos uns 35 minutos meus pais tinham feito a minha matrícula,eu tinha estranhado que a mulher da direção tinha olhado para mim com a maior naturalidade,como se não fosse novidade para ela ver alguém como eu,bem,parecia que nem todos daquela escola eram caipiras.

Meus pais agradeceram a moça e viraram para mim sorrindo.

– Sua matrícula já está feita!Você já começa amanhã! - Disse o meu pai sorrindo.

– Tá bom pai,já podemos ir para casa?Quero arrumar o meu novo quarto! - Eu disse animada para ir de novo no meu novo quarto.

– Claro Mandy,vamos logo arrumar aquela casa. - Disse minha mãe cortando o meu pai.

Logo chegamos em casa.Enquanto meus pais arrumavam os móveis eu fui direto para o meu quarto com as minhas caixas com a decoração do meu quarto,como sempre,esqueletos com olhos brilhantes,bonequinhos de vampiros,bruxinhas e muitos pôsters das minhas bandas favoritas,principalmente dos The cure e do Marilyn Manson.


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