Reticências escrita por NoOdle


Capítulo 3
Capítulo 3 - Tonks


Notas iniciais do capítulo

Hey!!
Por favor não me matem.
Estava com muitos problemas em casa, tinha um capítulo escrito que não pude colocá-lo! Mil desculpas, merecem me odiar para todo o sempre. Perdão!
Tentei copiar o mais rápido possível, portanto não sei se há algum erro ou algo do tipo. O próximo, combino com vocês, sairá em (no máximo) uma semana!!! Viu?
Qualquer coisa é só me chamar por mensagem! Obrigada pela compreensão (ou não, né, ainda to escondida para vocês não me matarem hehe.)
Desta vez eu vou narrar, e não Lily haha espero que não fique ruim ^^
=Have fun=
NoOdle.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/246511/chapter/3

[13:20, Dormitório dos meninos – POV Narrador]

“O que você quis dizer com isso, cara?” O moreno de cabelos cacheados passou seus dedos pela gravata solta, a fim de deixa-la mais presa para ir para a aula. “Ela estava chorando por causa do ensebado?? Isso não é coisa boa.”

“Realmente acha?” Pontas parecia muito inquieto, seu coração batia a mil. “Talvez eles só são muito bons amigos, afinal, eles estão ju...”

“Você já viu o jeito que ele olha para ela?” Sirius se aproximou do menino e cutucou-o com o indicador no meio da testa, como fazia usualmente quando este parecia não raciocinar. “Snape e seu grande e torto nariz gostam de Lílian. Você vai ter competição, apesar de que contra ele...” Riu, debochado.

O que usava óculos passou a mão pelo peito, suando frio; como podia ter tanta certeza? Seus olhos pousaram no amigo meio louro que, esparramado na cama, mexia em algumas coisas do mapa do maroto.

“O que você acha, Remo? Assim, eles são amigos. Um amigo sabe muita coisa do outro... E se ele usar isso nela e ela se apaixonar?” Parecia tenso como nunca estivera antes com qualquer outra mulher. O lobisomem sentou, coçando a cansada face.

“Não acho que seja algo com que deva se preocupar, Tiago... Além de ter o ponto que Sirius disse, Lili não parece gostar de Severo. De verdade, não precisa ficar tão preocupado.” Soltou um sorriso entre seu magro rosto, o que tranquilizou muito o afobado. Almofadinhas não pode deixar de rir baixo e zombeteiro.

“É mesmo, Pontas, para que tanta preocupação? Acha que esse vai além do quinto encontro?” Sua risada mais parecia um latido, ele revirou os olhos depois de um tempo.

“Não.” Potter se tacou no colchão. “Essa eu realmente acho que...” Suspirou, sabendo que talvez não adiantaria falar para o homem. “Acho que essa é aquela.”

As duas atenções foram jogadas no que acabara de pronunciar, a dúvida permanecia no meio da sobrancelha de ambos. Somente Lupin, depois de um tempo, assentiu em um sorriso muito alegre.

“Meus parabéns. Acabou de assinar os papéis de noivado.” Riu ele, brincalhão, logo Black entendeu.

“Noivado!? Está louco, Pontas? Vai ficar preso para sempre com aquela menina?” Ajoelhou na frente do moreno para fita-lo seriamente. “Vai acordar todos os dias com ela ao seu lado, falar as mesmas coisas, beijar a mesma boca, é isso que quer!?” Uma mecha enrolada caiu por seus olhos, ele nem se quer arrumou-a para poder frisar que o que estava apontando era coisa séria.

Este argumento era avassalador, qual adolescente de nem 17 anos pensaria em casamento? Coisa de louco, insanidade, maluquice. Tiago assentiu, risonho.

“É exatamente isso que eu quero.” Fitou o colega de quarto, que praticamente teve as orbes cheias de lágrimas.

“Parabéns, Sr. Potter, está apaixonado!!” Levantou e deu tapinhas amigáveis no ombro dele, que negou com a cabeça em algumas risadas. “Rabicho, onde estava??” Perguntou para o pequenino que acabara de entrar, seu corpo arredondado foi jogado na cama enquanto este reclamava da detenção que pegara em história da magia.

Aluado desceu as escadas, explicou algo sobre pegar um livro que esquecera perto da lareira, apesar disso nada era tão importante na mente de Tiago: ele precisava vê-la novamente. Quem sabe em um outro encontro? Agora não tinha mais vergonha de expor, precisava encontra-la, precisava abraça-la. A neve voltara a cair pela janela, imergindo-o em pensamentos.

[13:20, Dormitório das meninas, POV Narrador]

A neve voltara a cair pela janela ao lado da cama da menina imergida em pensamentos distantes. Suas amigas juraram trazer almoço para ela, que agora não queria sair do quarto; e se encontrasse com o de capa preta novamente? Seu olhar frio, sua voz grossa. Nunca fora assim com ela.

Seu suspiro passou pelo travesseiro que estava abraçando, descer para o salão comunal não era lá uma ideia ruim. Sentar-se à lareira, quem sabe esquentar um pouco para fazer sumir aquela depressão.

Precisava do seu moreno. Precisava dele, ao mesmo tempo em que pensava ser uma péssima perspectiva de vida; eram muito diferentes. Odiara-o no passado, como mudara tão rapidamente? Agora não conseguia imaginar uma vida sem ele.

“Meloso.” Riu baixinho. Sempre fora romântica, mas não tão exagerada. Sentou-se na cama e desceu as escadas com sua pantufa, parecia mais mole do que quando acordara de manhã. Seus olhos inchados mostraram o quanto chorara, agora nenhuma lágrima escorregava por sua maçã do rosto.

Estava vazio, as pessoas aos poucos voltavam do almoço para sentar-se nas poltronas. Com os pés embrulhados no cobertor, Lílian não soube dizer por quanto tempo ficara ali, porém logo uma fria mão tocou-lhe o ombro.

“Lili, está bem?” Uma conhecida voz sussurrou em seu ouvido, ela virou para tentar ver quem era.

“Ah, Remo, estou sim, obrigada.” Seu rosto devia dizer a verdade, pois o garoto sentou ao seu lado, sem acreditar. Parecia precisar do quente do fogo bem mais do que a menina, portanto ela cobriu-o com a flanela fina que usava para se esquentar. “Obrigada de verdade.” Sorriu de canto, deixando-o reconfortado.

“Que isso. Só não gosto de te ver mal.” Riu baixinho, fazendo-a ruborizar. “Pontas estava procurando por você, de novo. É a segunda vez que te dou essa notícia hoje, não? É que ele comentou, disse que queria vir te ver.”

Ela anuiu, sorridente, e agradeceu mais uma vez. Uma criança de cabelos roxos meio avermelhados apareceu por lá com um papel em sua mão, trazia uma caneta de pena e tinta. Posicionou-se na frente de Evans e desta chamou a atenção.

“Senhorita?” Tombou o rosto de 11 anos para tentar fita-la melhor. “Meu nome é Tonks, você é a monitora chefe, não?” Fechou um olho para tentar identifica-la.

“Sim, sou eu... Algo de errado, Tonks?” Apanhou a folha, havia um pedido de permissão para utilizar o segundo banheiro que era proibido para alunos mais novos. “Ah, sim... O que vai fazer lá?”

A pequena enrolou um fio de cabelo com o indicador e sussurrou no ouvido da mais velha, como se tivesse muita vergonha do que era para ser dito.

“Sou uma ninfadora e ando com problemas para transformar meu rosto! Preciso treinar sem que ninguém me veja e sei que ninguém vai lá!” Sentiu o rosto ficar rosa-claro, escondeu-o do lobisomem ao seu lado – este parecia fascinado pela fisionomia da criança.

“Ah, sim! Neste caso... Tome cuidado, lá mora uma fantasma chamada Murta que Geme. Ela não é malvada, mas pode ouvi-la chorando por aí...” Assinou. “Qualquer coisa me chame, Tonks!”

Ela assentiu, feliz, e correu para o grupo de amigas. Lupin seguiu-a com o olhar e voltou a fitar a colega em sua frente, porém nada conseguiu dizer. Afastou a flanela do corpo e agradeceu pelo carinho, prometeu avisar Tiago de que a vira ali em baixo, Lílian sorriu em uma carinhosa despedida. Pouco antes de o garoto subir, a ruiva o fez voltar por um instante.

“Descanse, Remo.” Sibilou. “Parece sempre tão cansado...”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharem? Ainda mereço ser morta? Hehe.
No próximo veremos mais um encontro, talvez. :p
Beijos!!