The Fourth Quarter Quell escrita por Izzy Figueiredo


Capítulo 29
Amor e Morte no Castelo


Notas iniciais do capítulo

Novo capítulo, emocionante para vocês!



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Ainda não acreditava que Irmand tinha morrido. E que Bill foi quem a matou. Quer dizer, eu esperava que ele tivesse dó dela, ou medo (pois ele pode ser forte, mas é meio sensível); mas quando ele a abraçou e enfiou a flecha nela... Eu fiquei sem palavras. Aí ela caiu e ele chorou. E eu consolei ele.

E agora já estava de noite, e estávamos fazendo nossa pequena refeição, apurando os ouvidos para o hino. Eu e Billiam andamos para o Norte, a tarde inteira, até pararmos para comer. E na tarde inteira fiquei pensando na Irmand. E na pergunta: Será que ninguém merece mesmo morrer? Ainda não cheguei numa conclusão "concreta": eu acho que existem pessoas que merecem, e pessoas que não, entende? Mas admito que fiquei feliz com a sua morte. Claro, não a ponto de sair cantando e dançando pela Arena, nem a ponto de sorrir e zombar de Bill por ter acreditado nela; mas quando o canhão soou... Era como se fosse um peso a menos para mim, pois Irm queria matar a mim, era ela que queria "fazer o serviço". E uma morte a menos para eu ir para casa.

Não sei se Bill ficou feliz, pois eu perguntei a ele e ele ficou todo enrolado, e depois começou a contar a história deles. Eu não vou perguntar novamente, mas acho que se eu a tivesse matado, ele não estaria tão abalado. Só acho.

Me assustei quando o hino começou. Eu e meu aliado olhamos, ansiosos, para cima. Então as mortes apareceram: Irmand, Distrito 4; e Emy, Distrito 10. O hino tocou novamente, depois o silêncio voltou.

Olhei para Bill. Seu semblante era rígido, como se segurasse suas emoções. Cheguei mais perto dele e o consolei. Ele só olhou para mim por um momento depois, voltou a comer. Voltei ao meu lugar e comi também.

_Você vai ficar de...

_Vou. - Billiam imediatamente se levatou, pegou seu arco e flecha e começou a rondar. Queria dormir, pois os dias foram difícieis, e eu ainda estava tentando "absorver" tudo.

Peguei o unguento e passei na minha perna, que ainda doía um pouco, porém o machucado estava melhor (tive muitíssima sorte de não ter pego uma febre ou algo assim quando a perna estava pior), e então joguei e pote à Bill e me deitei.

Irmand estava morta... Será que ninguém merece morrer? Essas frases rodavam minha cabeça... E rodavam, e rodavam novamente... Ok, eu sei que Irmand está morta, e dá pra parar com essa pergunta? Tentei dizer a meu subconsciente. Ótimo, agora estou falando comigo mesma. Frustada, tentei limpar minha mente. Depois de muito tempo só tentando prestar atenção nos passos de Bill, consegui descansar.

* * *

Eu estava em uma sala, toda branca. Olhei em volta, não havia nenhum móvel, porém era uma sala grande. Tentei achar uma porta, mas não tinha nenhuma. Então tudo ficou escuro. Não consegui ver mais nada por um tempo, então uma luz verde inundou o lugar, junto com um grito agudo e profundo...

_Mas o quê? - fui acordada por outro grito, dessa vez um esganiçado, de Bill. Antes de abrir os olhos para outra "surpresa" ou o que quer que me esperasse, me recuperei dos sustos.

Respirei fundo duas vezes e então abri os olhos, e fiquei pasma.

Não havia nenhum tributo nem nada, mas tinha um castelo. Quer dizer, nós estávamos em um castelo.

Me levantei e olhei ao redor. O piso era de mármore (agora estava inteiro, não como ontem, ainda sendo "formado"), assim como a parede. O teto era... gigante. Quer dizer, era alto, muito alto; e branco. Não havia nada na sala, além de grandes pilares.

_Bill...

_O quê? - Billiam vagarosamente olhou para mim, com a boca aberta, olhando para cima.

_Vamos.

_Aonde? - acho que a nova Arena o deixou mais lerdo.

_Explorar essa linda fortaleza. - ele ficou olhando para o teto por mais um tempo, depois olhou para mim e pareceu "acordar".

Antes de irmos, passamos mais unguento nos nossos machucados. Minha perna agora estava melhor. Peguei a mochila e meu machado, ele pegou o arco e flecha e então partimos.

Era estranho andar num castelo, sendo que na minha vida toda eu andei apenas por uma pequena casa, e ruas simples, e tal...

Andamos por 5 minutos, e estávamos confusos. Porque quando acordamos estávamos em uma sala, e então começamos a caminha para ver se achávamos alguma porta que dava para algum lugar, mas não havia nada. A sala em que estávamos era imensa, parecia não ter fim; só pilares.

Então, depois de mais um tempinho andando, achamos uma porta. Bom, achávamos que era uma porta, porque tinha uma maçaneta. Mas não parecia muito uma porta, porque era um quadro. Tinha uma moldura dourada, e a "obra de arte" parecia ter sido feita com sangue. Eram dois homens, um de um lado do quadro e o outro do outro, e no meio deles uma espada. E em volta tinham respingos da tinta/sangue.

_Bela obra. - admirou Bill, e, sem medo, abriu a porta.

A cena que eu e meu aliado vimos no momento seguinte foi estranha. Tinha um tributo homem, e um tributo mulher, e eles estavam em um quarto (também gigante como o em que estávamos), só que neste, além do piso de mármore e dos pilares, também tinha uma cama em forma de coração. Os tributos estavam na cama, se beijando. Ou se engolindo. Era difícil dizer.

O tributo homem chama Lucs, do Distrito 5; e a menina chamava Lyra, e era do Distrito 8; lembro deles quando os vi na TV. Ambos tinha 14, ou 15 anos.

Levantei a sobrancelha e olhei para Billiam, que estava rindo da situação. Pigarriei.

_Incomodamos? - perguntei e levantei o machado, enquanto o casal apaixonado (ou com fome) se levantava e pegava suas armas.

Eles eram atrapalhados. A menina tinha uma espada, e o menino um arco e flecha. O garoto até que era bom cmo sua arma, mas não tanto quanto Bill. Ele já havia atirado no coração de Lucs quando este ia começar a atirar.

Ouvimos o canhão, a primeira morte neste magnífico palácio. Até que era um lugar legal para morrer, pensei.

Quando o BOOM! ressoou na sala, a menina caiu no chão. E chorou. Soluçou muito. E eu só observei. E aí lembrei de Flinn, e de como quase perdi ele. E me senti quase assim.

Não sei se eles se conheciam a muito tempo, afinal eram de Distritos diferentes, mas ela parecia gostar muito dele.

Bill apontou uma flecha para ela, mas eu entrei na frente, não sei por quê.

_O quê? - ele parecia perplexo. - Não quer ir embora?

_Não faça isso! - gritei, e ele revirou os olhos, com muita raiva.

Me aproximei um pouco dela, o que a fez acordar. Imediatamente parou de chorar, olhou vingativa para nós (me lembrou um pouco a Irmand, ugh), levantou sua espada e me atacou. Tentou enfiar a espada na minha barriga, mas eu abaixei e me arrastei até ficar atrás dela. Ela ficou perdida, tentando escolher em quem avançar primeiro, e então foi a Bill.

Meu aliado se protegeu com o arco, e eu, por trás, enfiei o machado em suas costas.

Lyra caiu, e um momento depois, outro tiro de canhão.

_Não? - Bill perguntou, sarcástico e bravo, pegando as flechas de Lucs.

Olhei para a menina, e me senti triste e com raiva. Tudo o que eu queria era sair dali. Então segui em frente, apressada.

Andamos sem achar mais nada, ainda na mesma sala de "amor". Não estávamos nos falando, ele parecia mesmo com raiva por eu ter impedido que ele a matasse a garota. Acho que eu o impedi porque pensei em Flinn...

Achamos outra porta. Mas dessa vez, era uma porta pequena, onde só se passava se espremendo.

Bill me observou, sério, e girei a pequena maçaneta e me espremi pela porta. Demorei para chegar ao outro lado, porque meus joelhos ficaram presos. Depois de um tempo consegui chegar a uma sala pequena, não como as outras, e nada nela tinha, só uma... fonte de água.

Sorri e me dirigi até ela, enquanto Billiam fazia de tudo para passar pela porta. Antes de ir a fonte, peguei as garrafas e o esperei. Ele ficou lá por um tempo, tentando passar, e não queria minha ajuda. Conseguiu, após muito esforço, e fomos para a água.

Era uma fonte de mármore, que gotejava rapidamente. Embaixo tinha um tipo de fonte, com desenhos de... bestantes. Enormes, com rostos maléficos, alguns parecidos com os tributos desse ano. Franzi a sobrancelha, e observei. Bill fez o mesmo. Era um desenho estranho para uma fonte, sei lá... talvez isso fosse algum tipo de aviso?

Tirei esse pensamento da cabeça e enchi as garrafas. Eu e Bill íamos voltar pela pequena porta, quando achamos outra, maior, no outro lado da pequena sala.

Saímos por ela, chegamos em uma sala como as outras, grande, só que com sangue por todo o lado (ou tinta vermelha, eram respingos nas paredes, pilares e teto), e eu já tinha esquecido o negócio de aviso, quando vi quatro vultos vindo até nós. Eles se aproximaram, e eu vi. Era um aviso: três bestantes e Gunt, um dos Carreiristas, estavam nos encarando, escolhendo quem matar primeiro.


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Notas finais do capítulo

Espero que estejam gostando... tenho uma boa e uma má notícia para vocês.
A boa é que agora vou tentar postar dois capítulos por semana.
E a ruim é que a Fic está acabando (só faltam 6 tributos!), chorando...



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