Afterlife escrita por Ana Sabaku no Gaara


Capítulo 15
Não tão certo, mas nem tão errado...


Notas iniciais do capítulo

Nem demorei neh?!! rsrssr
mais um, sabado eu posto outro! de certeza!
espero que gostem!
Vou começar a postar no anime ainda essa semana, meu anime eh esse! rsrsrs
quem quiser add: http://animespirit.com.br/anasabakugaara
Agradeço as lindas reviews e tudo mais, Naara vlw pelas betagens minha peguete! Te amoooo!
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Por sorte, ou não, Brian havia ido embora quando descemos para sala. Mas ainda tinha Peter e Paris que não sabiam exatamente o motivo certo por eu estar ali na casa do guitarrista base do Avenged Sevenfold.

Ou seja, eu teria que dar um jeito nisso.

Lizz ainda me fitava indiferente. Eu sabia que havíamos nos acertado noite passada, mas com todo certeza o fato de eu ter dormido fora sem avisos fez com que esse laço enfraquecesse.

– Zacky, eu agradeço por tudo, mas eu e meus amigos precisamos ir. – respondi enquanto Peter e Paris se distraiam vendo fotos da banda com outros famosos em porta retratos. A única que parecia atenta à conversa era Lizz.

– Mas já? Eu gostaria de... Sei lá, conversar mais com você e com o...

– Eu sei. – respondi automaticamente, sentindo minhas mãos transpirarem. Eu não podia deixar que os irmãos soubessem da historia de Jimmy. – Mas...

– Zacky, não é? – Lizz se aproximou e sorriu para o moreno, que parecia um bobo ao confirmar seu nome. – Posso conversar com você um instante? – eu a fitei incrédula enquanto os dois saiam da grande casa direto para o jardim.

Não sabia desde quando Lizz havia perdido sua timidez, mas tratei de esclarecer as coisas com Peter e Paris.

– Então, nós já vamos. – respondi para os dois.

Era engraçado, e diria que épico ver Paris se dando bem com Peter, mas vendo de perto. Enquanto Peter discutia sobre a banda e os prêmios, Paris apenas fitava incrédula a roupas e aparência das pessoas. Duas pessoas totalmente diferentes, mas mesmo assim unidas por laços de sangue. Irmãos. Talvez eu precisasse me sentir assim.

– Como assim já vamos? – disse Peter sem tirar os olhos do quadro onde estavam os cinco rapazes. Fiquei um tempo perdida na imagem há minha frente. Jimmy tinha um sorriso tão verdadeiro e cheio de vida que eu poderia dizer que aquela pessoa ali não era a mesma com quem eu falava. Logo Paris tratou de me despertar.

– Onde você conheceu esse cara? Tipo... É muita coincidência você vir para H.B. e encontrar justamente o guitarrista da banda favorita de vocês!

– Paris, não enche. – disse Peter. Ele sabia um dos motivos de eu estar ali, mas não a verdadeira historia.

– Eu não posso falar tudo para vocês... – respondi, vendo Peter me olhar confuso. – O que eu te disse tem muito da verdade, mas... Eu não posso dizer exatamente o porquê de eu estar aqui.

Paris me olhava desconfiada e Peter parecia confuso, ao mesmo tempo em que seus olhos azuis me fitavam de forma estranha.

– Então você não vai falar a “verdade”? – ele perguntou e pude perceber a ironia em sua voz. Eu apenas assenti. – Você nunca me disse a verdade, não é? Beleza! – ele saiu bufando pela porta da frente.

Eu não sabia exatamente o que havia feito, mas eu sentia que devia a verdade do que estava acontecendo ali a ele e a Paris. Principalmente para Paris.

Eu já ia atrás dele quando a loira segurou meu braço, balançando a cabeça em negação.

– Deixe-o sozinho. Ele precisa pensar... – ela sorriu levemente. – Ele não confia nas pessoas facilmente, talvez com você tenha sido diferente e o fato de você não dizer o que rola... Faça ele se sentir traído. – ela suspirou pesado, mas ainda me fitava.  – Seja lá o que for que você esteja escondendo... Saiba que eu estou aqui, ok?

Assenti sorrindo e Paris me abraçou.

– Mas me diga uma coisa, o tal Brian é solteiro? – a loira perguntou voltando ao seu normal.

– Paris! Ele acabou de perde o melhor amigo!

– Tá bom, desculpa. Não está mais aqui quem falou!

Ela saiu sorrindo sapeca em direção à cozinha.

Eu tinha amigos abusados, mas mesmo assim não deixavam de ser meus amigos.

– Hey, Loui. – suspirei ao ouvir a voz de Lizz. Agora só faltava ela para me dar sermões. – Eu conversei com o Zacky e ele está ligando para os outros integrantes da banda. Parece que vai rolar uma social, alguma coisa do tipo... – a morena fez uma careta.

– Vão se reunir para encher a cara. – respondeu Peter de modo sério ao entrar novamente na casa. – Você está com as chaves do carro? – perguntou para Lizz, ignorando minha presença.

– Você vai embora? – perguntou Lizz ao remexer em sua bolsa e tirar as chaves de lá.

– Acho que não sou de confiança aqui. – ele cuspiu as palavras me fitando e depois acenou para Lizz. – Fala pro Zacky que eu aceito o convite dele.

– Que convite? – perguntei, mas me arrependi quando ele me fitou friamente.

– Acho que isso interessa apenas a minha pessoa e ao Zacky.

Ele saiu porta a fora sem nem se quer olhar para trás.

– Eu hein. O que deu nele? – perguntou Lizz, mas acho que eu não precisei dizer nada ao fita-la.

Eu não podia arriscar perder o Peter para sempre falando com ele sobre minha experiência com mortos, mas também não era nada confortável perde-lo aos poucos por causa desse segredo idiota. Gostaria de saber mentir ou até mesmo não me importar, mas não era algo fácil para mim.

– Então, posso contar com vocês mais tarde? – Zacky entrou alegre e batendo as mãos umas nas outras.

– Eu não sei. – falei ainda sem ânimo.

– Vamos garotas! Vai ser aqui em casa mesmo e vai ser legal! – falou Zacky, fitando Lizz e a mim suplicante. – Nada tumultuado, afinal temos coisas a resolver.

– O que vai ser legal? – Paris apareceu na sala com alguma coisa comestível em mãos e de boca cheia.

Zacky caiu na gargalhada e Lizz fitava a amiga sem acreditar no abuso. Eu apenas sorri e senti meu coração disparar ao ouvir aquela voz única invadir meus ouvidos.

“– Uma social? Nós deveríamos ir você sabe disso, não é?” – voltei minha atenção a Jimmy, que sorria encostado na porta ao lado de Lizz.

Sorri involuntariamente e Lizz me olhou confusa.

– Estamos dentro Zacky. – respondi ainda sorrindo e vendo Lizz me fitar incrédula.

– Hey, estamos dentro do que? – perguntou Paris, que tratamos de ignorar e conversar sobre o que poderia rolar nessa “social” deles.

Mas mesmo eu estando ali, sorrindo e questionando quem viria, meus olhos fitavam o moreno em pé na porta. Era impossível não desejar toca-lo ao vê-lo ali tão... Sexy.

Sim! Essa seria a resposta certa.

Ele sorriu abertamente mostrando a fileiras de dentes brancos e eu senti meu rosto corar ao lembrar que ele podia ler meus pensamentos.

Maldito James Sullivan! Maldito seja por me fazer agir tão insanamente!

Paris parecia que iria surta a qualquer momento, hora ela perguntava o que iria vestir e outra se teria homens lindos como Zacky e Brian na tal social. Eu nem vou comentar que o vocalista da banda estará lá, se não é capaz dela surtar ainda mais.

Tentei me manter calma, afinal eu teria que encara-los de frente, já que Zacky me afirmou que eles queriam saber tudo sobre minha pequena experiência, mesmo eu não sentindo muita firmeza em suas palavras. Além disso, Peter ainda não tinha aparecido e eu estava começando a ficar preocupada. Por sorte Zacky nos levou em casa, exatamente para vir nos pegar mais tarde.

– O que você acha se eu for de vestido? – perguntou Paris pegando um vestido preto e o colocando na minha frente. – Você deveria estar se arrumando! Eu até entendo a Lizz... – a loira fitou a morena que se mantinha perdida em um livro. – Mas você tem que se arrumar como uma princesa! Como eu!

Suspirei tentando não escutar as palavras fúteis de Paris. Ela era minha amiga e como tal, eu tenho que respeitar seu espaço, mas o único problema é que ela não respeita o espaço de ninguém. E eu sabia que não seria uma festa, apenas uma social aonde eles iriam “encher a cara”, como disse Peter, e com toda certeza lembrar as loucuras do falecido amigo.

– É sério, Loui. Você está parecendo uma morta viva com essa cara, essas... – bufei irritada e interrompi Paris.

– Paris, chega! – disse de forma rude, fazendo-a se assustar. – Eu entendo que você é jovem, que só pensa em se divertir, mas, caramba! Nós não vamos lá para agarrar o primeiro “gostoso” que aparecer ou coisa do tipo, vamos por um único motivo...

Parei de falar antes que acabasse falando demais. Paris me olhava indignada.

– Mandei calar a boca mais cedo, mas ela não escuta. – respondeu Lizz sem tirar os olhos do livro.

– Ai gente! Qual é? É uma festa, não é... O que vamos fazer lá? Discutir sobre um morto? – olhei incrédula para Paris e vi Lizz fechar o livro irritada.

– Paris, às vezes você age como uma criança!

– Só às vezes? – falou Lizz desdenhosa.

– Tá bom! Tá bom! Me desculpem! Eu só acho que viemos até H.B. para nos divertirmos e não para ficar com cara de tumulo, mas... Está dando tudo errado! Lizz só sabe ler esses livros e fica com essa cara de intelectual, e você fica de segredinhos com ela. Droga, Louise! Eu não sei o que fazer para você me notar! – a loira saiu irritada para a varanda, deixando para trás duas pessoas com cara de idiota.

Fitei Lizz, que deu de ombros.

– Ela está certa. Além disso, nós sabemos que desde aquele dia na sua casa ela está tentando se aproximar de você e acho que o fato de conversarmos em códigos não ajuda muito. E você sabe que quando isso acontece, é porque ela quer chamar atenção. Você lembra no aniversário surpresa dela de quinze anos? Ela pulou na piscina do colégio só para você nota-lá... E era inverno! Por isso acabou gripada. Só porque estávamos escondendo isso dela... Aposto que ela fica nua na frente de todo mundo só para você nota-la hoje.

Eu suspirei e me joguei no sofá.

– Acho que está na hora de contar a verdade para ela.

Lizz saiu do quarto e então percebi que ela estava certa. Eu não poderia mais enganar minha outra melhor amiga, afinal de contas, somos como irmãs e eu não quero perder isso. Perder o que tenho de mais perto de irmãs não seria nada bom. Levantei-me e fui direto para a varanda. Paris se afastou e fingiu não me ver ali. Escorei-me ao seu lado e fitei os pequenos prédios à frente, mas ainda era possível ver ao longe o Mar e era fácil sentir o cheiro da maresia.

– Paris, você me desculpa? – ela me fitou e sorriu.

– Eu é que tenho que te pedir desculpas... Tenho sido egoísta e sei que é importante essa historia da morte do tal Jay.

– Jimmy. – eu disse sorrindo e ela fez uma careta.

– É, é esse mesmo. Mas eu não entendo... Eu sinto que... Eu sinto que você esconde alguma coisa de mim. – ela me olhou séria e eu suspirei, fitando os carros passarem e as pessoas seguindo com suas vidas.

– Você está certa. Eu escondo. Mas faço isso porque tenho medo.

– Medo? – voltei minha atenção à loira, que parecia confusa.

– Medo de que você não queira mais ser minha amiga. Medo de perder minhas únicas amigas por isso.

– Mas...? Isso o que?

– Lembra aquele dia lá em casa?

– O dia em que você surtou e bateu no Peter? – foi minha vez de fazer careta. Havia esquecido que tinha batido nele naquele dia.

– Pois é. O jeito que você me olhou... Era como se você me rejeitasse.

– Eu não quis...

– Eu sei que não quis. A Lizz me disse que foi só a forma que você reagiu.

– Eu também tive medo. Você agiu estranho. Mas eu não entendo o por que.

– Lembra do Jimmy? – ela assentiu.

– O que tem ele?

– Naquele dia em que o chamamos... No quarto... Como eu posso dizer? – mordi meu lábio inferior e suspirei pesadamente. – Eu posso vê-lo e falar com ele, mas ele está morto. – falei rapidamente e vi a cara de confusão de Paris.

– Você o vê? – eu assenti, mas fiquei confusa quando ela soltou uma gargalhada. – Eu pensei que você... Que, sei lá, não gostasse mais de mim. Mas eu não iria abandoná-la só por estar ficando louca!

– HEY! Eu não estou louca!

Paris me abraçou e eu retribuí.

– Da próxima vez que você me esconder mais alguma coisa eu juro que queimo seus CD’s de bandas de rock clássico.

– Ok. E eu queimo suas bolsas da Prada.

– Ok! Retiro o que eu disse.

Voltamos a rir e ela começou a surtar e gritar feliz. Finalmente minha amizade com Paris estava de volta.

– Hey, cambada! Já fizeram as pazes? – perguntou Lizz sendo agarrada por Paris.

Finalmente tudo estava normal, ao menos quase tudo. Paris e Lizz se matando, eu me divertindo. Agora só restava uma coisa a se resolver. Peter.

Ele precisava saber também. E se for preciso, eu contarei tudo a ele, mesmo que eu perca sua amizade. E irei fazer isso hoje à noite, na bendita social.


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Notas finais do capítulo

E ai? gostaram? sim? nao? querem mais?
deixem reviews?
respondo amanha as lindas reviews! XD
bjinnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn