Afterlife escrita por Ana Sabaku no Gaara


Capítulo 14
Não tão amigos assim, mas não muito diferentes.


Notas iniciais do capítulo

Eu seii, nao precisa me xingar, nem me ameaçar! eu sei que demorei! mas dessa vez tive motivos certos e que com toda certeza sao bons motivos, nao bons pra mim!
Fiquei sem notebook pq a entrada do meu carregador quebrou e soltou da placa mãe, nao perdi nada das fic´s pq salvo em dois pendrives e chips. eu iria postar antes de viajar para o interior, mas dois dias antes aconteceu o "terrivel" fato. tive que ir, sem postar. Voltei domingo e so hoje ele saiu da assistenciam ate pq ele foi pra dois lugares diferentes e so no segundo deu certo, mesmo ainda tendo seus pequeno problemas ele ainda pegou... meu grande amor!*u* hsuahuahuhhuahsuahu
Entao me perdoeem e eu sei q nao vou conseguir terminar aqui antes do fim do ano mesmo tendo varios capitulos adiante!
espero que gostem pq vou postar 2 capitulos, isso mesmo minha gente DOIS!
enfim, vou responder as reviews amanha! E quando começar a postar no outro site, o anime eu coloco o link aqui!
falei demais eu sei, mas espero q tenham lido! rsrsrsrs
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Eu não sabia exatamente onde estava, mas tinha certeza de que não era naquele sofá desconfortável do quarto de hotel. O perfume doce dos lençóis macios que me cobriam e o cheiro de café da manhã remetia-me a lembranças de minha mãe.

Abri meus olhos de súbito e percebi que estava em um quarto muito confortável e enorme. Levantei-me e senti minha cabeça latejar quase como se eu estivesse de ressaca, mas eu sabia que não havia bebido.

Assim que dei um passo, senti o quarto rodar e se não fosse pela cama atrás de mim, teria caído de bunda no chão. Ouvi o barulho da porta abrindo e fitei o moreno que entrava no quarto com uma bandeja cheia de coisas gostosas e, como dizia Peter, proibidas para mim.

Merda!

Eu havia me esquecido de Peter.

Tentei achar meu celular, mas não havia sinal dele em lugar nenhum.

– Bom dia. – disse Zacky, depositando a bandeja em cima da cama.

– Bom dia... – senti meu rosto corar.

Ele era um cara estranho para mim, assim como Jimmy era antes. Eu não sabia se realmente era possível confiar nele. Além disso, ele era bonito demais para meus olhos.

– Ér... Zacky, eu não acho meu celular.

– Ah... Me desculpe, eu tive que pega-lo. – olhei desconfiada para aquele gordinho a minha frente, que nem era tão gordo assim, e ele logo tratou de se explicar. – Eu liguei para o número que ligou para você umas... Vinte vezes, sem contar as inúmeras mensagens. Foi até engraçado, porque tinha umas aqui de uma tal de Paris que prometeu te matar lentamente...

Arregalei os olhos, mas não pude deixar de sorrir, ainda mais com aquele ser na minha frente sorrindo também.

– Além de um tal de Peter que atendeu... Seu namorado? – senti meu rosto esquentar.

– Não. Amigo.

– Hum... Pois é. Quase que ele me matou pelo celular, mas depois que eu disse quem eu era e que você estava bem, ele pareceu ter esquecido o motivo da ligação. – ele sorriu e começou a comer. – Isso aqui é para nós dois, então aproveita que ‘to te dando a minha comida. Cozinhei para você. Come logo!

Sorri sem graça e tratei de comer com aquele cara me fitando, mas acabei me engasgando quando ele disse que meus amigos viriam me buscar e que ele desconfiava de que Peter gostava de mim bem mais do que apenas como amigo.

– Quantos anos você tem? – ele perguntou curioso.

– 17. – cocei a cabeça sem graça.

– Caralho! Estou ficando velho. Tenho 28.

Passamos boa parte da manhã no quarto. Zacky parecia uma criança de tão infantil e engraçado. Ficava emburrado fácil, assim como era fácil arranca-lhe um sorriso. E nossa, que sorriso. Logo nossa conversa foi interrompida por uma ligação que ele tratou de atender, parecendo tenso. Depois de alguns minutos e palavras sussurradas que eu não conseguia escutar, ele finalmente desligou o aparelho, xingando assim que o fez.

– Louise, acho melhor você ficar aqui. – eu iria perguntar o motivo, mas logo o barulho da campainha ecoou pela casa. – Fique aqui.

Ele saiu depressa e eu tratei de me manter sentada na cama, mas como sou uma pessoa muito curiosa, resolvi bisbilhotar um pouco.

Atravessei o corredor, mas uma voz grossa que vinha do cômodo da frente, me chamou a atenção. Assim que avistei o moreno socando a parede de modo irritado, pulei de susto. Eu deveria ter escutado o Zacky e me mantido no quarto, porque aqueles olhos pareciam mais assustadores do que noite passada.

– QUE PORRA É ESSA? – berrou ele apontando para mim. – Essa garota... Eu não acredito Zacky! Era por isso que você não queria me receber?

– Olha, Brian. É que...

– “É QUE” PORRA NENHUMA! CARALHO, ZACKY, VOCÊ REALMENTE ACREDITOU NESSA LOUCA?! – o moreno passou a mão no rosto e bagunçou ainda mais os cabelos negros.

Seus olhos pareciam mais profundos e suas olheiras mostravam que o homem a minha frente não tinha uma boa noite de sono há muito tempo. E a cada passo que ele dava em minha direção, eu queria correr para o quarto e me trancar lá, mas meu corpo simplesmente não me obedecia.

– O que você quer? Dinheiro? Fama? – o tom rude e a forma enojada que ele me olhava, me fazia acreditar que eu não passava de uma louca. – É o seguinte pirralha, caí fora daqui! Caí fora das nossas vidas!

Ele cuspiu as palavras com seu rosto bem próximo do meu e seu tamanho com toda certeza me intimidava. Podia sentir o fedor de álcool e tabaco vindo dele, e pelo pouco de perfume masculino, tinha certeza de que ele ainda não tinha tomado um bom banho. Dei alguns passos para trás quando ele se aproximou ainda mais e meu coração bateu descontrolado quando minhas costas atingiram a parede.

– Vai embora! – ele rosnou e eu apenas saí correndo em direção à porta com as lágrimas descendo dos meus olhos.

Fui segurada pelo braço e quando olhei para a pessoa que o fazia, encontrei Zacky me fitando de uma forma suplicante.

– Você não vai a lugar nenhum. – ele sussurrou.

– Como é que é? – senti o ar me faltar ao notar que Brian estava parado ao nosso lado. – Você por acaso comeu essa garota noite passada e ela te cegou, gordo? – meu rosto queimou com tais palavras absurdas e idiotas.

– Claro que não seu idiota. Eu não saio transando com todo mundo como você, Gates! E a Louise não é esse tipo de garota. – Zacky havia me soltado e olhava para o amigo furioso, fazendo o mesmo soltar uma gargalhada maldosa.

– Esqueci que você é gay! – percebi o clima pesar e como se alguém falasse por mim e uma coragem, sabe-se lá de onde, apareceu.

– Ele não se chama Puta Louca pelo que eu saiba, não é, Briana?

Brian me olhou espantado, assim como eu o fitava assustada. Se antes ele queria me mandar embora, acho que agora ele queria me matar.

– Como você sabe disso? – perguntou sério e me fitando atentamente.

De alguma forma eu não conseguia sustentar meu olhar no dele e eu queria me esganar por isso.

“– Normal. O Gates provoca isso nas pessoas, principalmente em mulheres e homens que jogam do outro lado.”

Fitei Jimmy que estava ao meu lado e sorria levemente. Agora sabia de onde tinha vindo a minha coragem.

– Me responde! – senti meu corpo ser chacoalhado pelos ombros e me assustei ao percebe que eu poderia apanhar a qualquer momento.

– Brian, você vai machucá-la! – disse Zacky tentando me soltar das mãos do amigo que me chacoalhava como uma boneca.

E tudo aconteceu tão rápido que eu me senti zonza por alguns segundos. Aos poucos o rapaz de cabelos arrepiados estava na minha frente e no outro minuto ele estava caído mais a frente no chão, totalmente desacordado.

– Meu Deus! O que você fez? Matou ele?

Zacky correu de encontro ao amigo e percebeu que o mesmo despertava ao poucos. Eu sentia a sala girar e no minuto seguinte meu corpo caiu em um baque no chão.

Eu já estava cansada de desmaiar toda vez.

(...)

Podia ouvir vozes ao meu redor, mas sonhar com o bolo de chocolate da vovó era muito mais agradável do que qualquer outra coisa.

– Eu não acredito que você quase bateu nela.

– Eu não ia bater nela. Eu só queria saber como ela sabe coisas tão pessoais assim. – as vozes pareciam sussurros chatos iguais aqueles de quando você está em um sonho bom e te acordam na melhor parte.

– Hu-rum... Sei... Você só queria arrancar os membros superiores dela.

– Caso você não saiba, fui eu que quase morreu, não ela! – a voz ríspida e agora alta me fez gemer ao tentar abrir os olhos.

– Brian apanhando de uma mulher... Sinceramente. É cômico demais até mesmo para o Johnny. – percebi que, infelizmente, eu não estava na casa da vovó.

– Eu não apanhei de uma mulher, okey. Só fui pego desprevenido com o empurrão dela. Além do mais, eu não iria bater em uma garota. – ouvi a gargalhada de Zacky e abri os olhos, me arrependendo ao ver o moreno apenas de calça moletom preta e com uma toalha nos ombros, onde ele enxugava os cabelos ainda molhados e mantinha na face um bico, que no mínimo, eu acharia fofo se ele não tivesse tentado arrancar meus braços mais cedo.

Ele estava bem melhor que antes, havia feito à barba e tinha um ar mais tranqüilo.

– Um empurrão que o deixou atordoado.  – respondeu Zacky sorrindo ainda mais com a careta do outro e encostando o dedo em seu peitoral. – Tenho certeza de que Jimmy iria te zoar até o fim dos tempos.

No momento seguinte ambos pareciam sérios e cada um parecia perdido em lembranças, só não sabia se eram boas ou ruins.

– Me responde logo, o que ela está fazendo aqui? – os dois voltaram suas atenções para mim.

Xinguei-me por não estar de olhos fechados e sonhando com o bolo da minha avó. Os olhos negros me fitavam de uma forma estranha e eu podia perceber certo receio neles.

Brian tratou de sair do quarto parecendo irritado e Zacky apenas sorriu de leve e saiu atrás do amigo. Eu deveria era estar em casa, ao menos ali eu me sentiria segura e amparada.

Deixei meus pensamentos voarem e me lembrei que havia quase matado o guitarrista da banda Avenged Sevenfold. Eu não sabia de onde eu havia tirado aquela força, mas sabia que me sentia totalmente exausta.

“– Somos dois então.” – me virei assustada, fitando Jimmy sentado no chão.

Eu já deveria ter me acostumado, mas como eu disse, acho que isso nunca vai acontecer. Percebi que ele parecia mais pálido que o normal e era possível ver que ele estava cansado.

– Você está bem? – perguntei me sentado na cama rápido demais, fazendo boa parte do quarto rodar.

“– Eu é que deveria te fazer essa pergunta, você não acha?”

Ele sorriu e eu me arrastei até onde ele estava sentado e escorado na parede.

– É sério, você não parece nada bem.

“– Será que é por que eu estou morto?” – ele sorriu ironicamente e eu não pude deixar de fita-lo irritada.

– Eu não estou brincando, Jimmy. Você parece realmente cansado. – ele fitou o chão sério.

“– Eu também não, Louise.” – me surpreendi ao ouvi-lo me chamar pelo nome. Normalmente ele me chama de “criança” ou “pirralha”. Ele sorriu levemente e me fitou – “– Não se preocupe comigo, okey? Eu não posso morrer mais... lembra?” – revirei os olhos. – “– O máximo que pode acontecer, é eu sumir de uma vez... O que não seria tão ruim se acontecesse.”

O fitei incrédula com suas palavras.

– Não seja idiota! – ele me fitou assustado pelo meu tom rude. – Você não pode sumir! E eu... Eu... – eu queria dizer que sentiria sua falta caso ele me abandonasse, que me importava com ele, mas as palavras pareciam não querer sair.

“– Eu fico feliz que você se importe comigo.” – ele sorriu ainda mais e eu senti meu rosto esquentar. – “– Eu também vou sentir sua falta quando... você sabe.” – Ele gesticulou com as mãos e senti uma súbita vontade de tocá-lo novamente. – “– Não acho isso uma boa idéia.” – ele respondeu me fitando e me fazendo corar novamente. Seria difícil pensar em alguma coisa com alguém lendo meus pensamentos a cada segundo. – “– Aja normalmente.”  – ele respondeu.

– Hãm?

Ele fitou a porta e voltei minha atenção para a mesma. Logo uma loira, seguida de uma morena, entraram agitadas e se xingando. Quando percebi, Jimmy já não estava ao meu lado.

– SUA VADIA DESALMADA! – berrou Paris assim que me viu sentada no chão e se jogando em cima de mim. – Eu fiquei tão preocupada!

– Nós, você quis dizer, não é Barbie? – falou Lizz se juntando ao abraço.

Sorri com o drama de Paris, que dizia que estava para ficar careca e sem unhas.

– Menos, Paris, menos. – pediu Lizz. – Então, desembucha o que aconteceu.

Fitei Lizz lhe fuzilando com o olhar e logo ela se tocou de que o assunto era referente a Jimmy, ou seja, Paris não sabia de nada.

– O que foi? – Paris percebeu nossa troca de olhares. – Vocês estão me escondendo alguma coisa? Podem falar, vadias!

– Sabe o que é... – Lizz falou, mas logo sua mania de ajeitar os óculos quando tentava mentir, a entregou. – Diz pra ela Loui.

Como assim, diz pra ela?

Lizz não serviria para roubar ou matar, com toda certeza seria a primeira a ser pega. E depois entregaria á todos.

Sorri com meu pensamento macabro e logo percebi que Paris me fitava com a sobrancelha arqueada.

– É o seguinte... – antes que eu pudesse responde, Peter entrou pela porta mais sorridente que o normal e com os olhos brilhando.

– Louise! – ele chamou meu nome animado. – Você é foda!

Nós três o olhamos como se ele tivesse algum problema mental e ele soltou uma gargalhada ao abraçar nós três no chão.

Enquanto rolávamos no chão, com um Peter feliz demais, não reparamos que dois seres nos fitavam de modo estranho. Por sorte, Brian não estava mais sem blusa, senão Paris com toda certeza já estaria agarrada no pescoço dele.

– Que porra é essa? Confraternização de adolescentes? – disse Brian rudemente, acho que consigo me acostumar com seu jeito, só acho, sem certezas. – Zacky, não sabia que era babá nas horas vagas, ainda mais de pirralhos. – acho que não consigo me acostumar não.

– Claro, Syn, se é babá, tem que ser de pirralhos. – Peter e eu não deixamos de gargalhar, sendo seguidos por Paris, que acho que ria atrasada por só agora ter finalmente entendido a piada, ou por ter notado Brian. Isso eu nunca saberei.

– Desculpa crianças, mas acho que já estar na hora de caírem fora daqui. – respondeu Brian irritado.

– Quieta aí vadia! Eles ficam. – Todos sorrimos, menos Brian que olhava incrédulo para Zacky.

– Então eu vou ter que sair. – o moreno saiu do quarto e Zacky pediu desculpas ao segui-lo.

Estou começando achar que os dois são muy amigos ou estão tendo um caso.

– Tão lindos... – falou Paris finalmente depois de ficar dez minutos calada, o que no caso dela é um recorde.

– Aff... Eu não vi nada demais. – respondeu Lizz se levantando e ajeitando sua roupa, mas eu jurava que vi ela fitar Zacky de um jeito estranho.

– O QUE? – berrou Peter nos fazendo pular de susto. – Eles são os Avenged Sevenfold. A-V-E-N-G-E-D S-E-V-E-N-F-O-L-D! Você sabe o que é isso?

– Vingado Sete vezes? – disse Lizz ironicamente.

Percebi que Peter revirou os olhos e voltou sua atenção a minha pessoa.

– Diz pra ela Louise!

Realmente, hoje é meu dia, já que todos querem me ver respondendo tudo. Sorri sem graça e percebi que hoje seria um dia longo, talvez longo demais.


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Notas finais do capítulo

E ai curtiram?
querem mais?
postando mais um!
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