- Bella, você não pode ir neste jantar. – minha mãe apareceu do nada dentro do meu carro, brigando comigo, como se eu tivesse matado alguém.

 - Mãe, quer me matar de susto.  – gritei assustada com a minha mãe, ela não é de aparecer de repente quando eu menos espero, que nem ela fez agora. – Credo mãe, parece assombração – nossa que mancada, imagina como minha mãe se sentiu, eu a chamando de assombração, sendo que ela é um fantasma – desculpe, não queria falar desse jeito, é que eu me assustei.

 - Tudo bem, mas filha eu estou falando sério, você não pode ir neste jantar. – ela estava séria e preocupada.

 - Por que não? Estou prestes a conseguir um bom dinheiro com meus projetos.  – eu olhei pra ela, tentando decifrar o porquê de todo esse aparecimento repentino – E porque eu não deveria ir? Só pra saber?

 - Não posso te contar. Mas você não pode ir.

 - Eu não posso ir no jantar, mas você não pode me contar? Quantos nãos, na mesma frase mãe. Tudo bem, eu não vou, mas você vai ter de me dar um motivo, um bom motivo.

 - É coisa do passado, e eu não posso deixar isso acontecer, e justo com você. Não é justo, tantos anos pra nada.

 - Do que você está falando mãe, eu só tenho vinte e um anos, não nasci há trezentos anos. Então você vai ter de me explicar.

 - Filha, me perdoa, mas não posso te explicar, pelo menos por agora.

 - Então, sinto muito mãe, mas eu vou. – eu falei já irritada, o que custava me contar o que estava acontecendo.  – E porque ninguém me conta o que acontece; primeiro foi a vovó, agora você? O que está acontecendo? – acho que se minha mãe pudesse, ela estaria chorando, eu vi em seus olhos muito desgosto e temor. – Mãe me fala, eu não sou mais uma menininha, eu já consigo me virar, já aprendi muitos feitiços, eu... – quando olhei pelas janelas eu vi os meninos em forma de lobos correndo em cada lado do meu carro, eles são uma matilha muito grande, não é só Jake, a família é bem grande – O que o Sam e o Seth estão fazendo aqui. Mãe me responde.

 - É um dos motivos de você não poder saber, e me perdoa por isso, mas você vai ficar bem. – nisso, a minha mãe, que é um fantasma, conseguiu me fazer virar o volante do carro pro meu lado esquerdo todo; a pista estava mais que escorregadia por causa da chuva, além do carro começar a derrapar, eu gritei ordenando para o carro – Carro pare!!!! – o carro parou bruscamente, mas acabou capotando duas vezes no asfalto com a parada brusca.

Acabei ficando presa pelo cinto de segurança, de ponta cabeça. Eu sentia uma terrível dor na nuca e na testa.

 - Que merda, mãe... – quando a olhei ela já tinha desaparecido, tentei me soltar do cinto de segurança – Cinto, me solte – o ordenei, mas estava tão fraca, que não aconteceu nada.  – Droga, Jake... – comecei a chorar de raiva e de dor, mas lembrei que o Seth estava por perto – Seth me ajuda – falei baixinho, sem saber se ele ou o Sam poderia me ouvir e ajudar.

Eu acho que comecei a perder os sentidos, de longe eu ouvi muito barulho de ferro rangendo e vidro se quebrando, algumas vozes, e logo depois senti uma terrível dor nas pernas... Eu nunca pensei que iria passar por isso, e que a minha magia não iria me ajudar... Acabei me entregando á escuridão.

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No restaurante de Port Angeles

 - Alice, sossega, até parece que vai ter um faniquito... – eu disse, antes que ela me deixasse louco.

 - Me deixa Edward, eu só estou ansiosa, eu estou vendo ela já faz algum tempo e já chegou o dia... – ela disse muito animada. – E também... – mas ela parou e deu um sorrisinho.

 - Sei, tudo isso é só pra conhecer a sua futura cunhada? Ou tem algum cavalheiro no meio da história? – eu sabia que tinha muito mais, do que a Isabella. A minha Isabella perdida á muito tempo. Mas Alice não me deixava ver suas visões, ela sabia como me bloquear. Passei mais de cem anos procurando minha Isabella, depois daquele dia, que eu me lembro de como fosse ontem, ainda não acredito que não pude fazer nada, foi o pior dia da minha vida, aliás, o segundo, porque o primeiro foi quando perdi Isabella pela primeira vez. Eu nunca vou me esquecer. Mas já conheci tanta Isabella, que nem me animo, pode ser apenas mais uma. 

 - Edward, ele está chegando. E por favor, se comporte e não me envergonhe. – ela disse triunfante e elétrica. Ela consegue me animar, ela é a única que eu tenho de minha família desde que aconteceu o desastre. Isso já faz muito tempo, há exatamente 160 anos, hoje é o dia, 18 de novembro de 2010. Só espero que este jantar acabe logo.

 - Tudo bem Alice, agora você pode me dizer por que está tão ansiosa pra ver Jasper... Já entendi – disse rindo, ele ainda estava estacionando o carro do lado de fora, essa era uma das vantagens de ser um vampiro – Não me diga que é o meu cunhado? O que você tanto sonhou? – eu disse sarcástico, como ela mesma diria, quando eu quero, eu consigo ser apenas um animal. E sorri pra ela.

 - Edward, não comece... – foi aí que ela começou a ter uma visão – Não...

 - Alice, o que você está vendo, o Jasper já está chegando à mesa.

 - Oi Edward... Oi Alice. – foi nessa hora que ela voltou, e foi como se não tivesse acontecido nada.

Eu me levantei e apertei a sua mão.

 - Oi Jasper, fico feliz que você tenha vindo. – me sentei novamente e Alice se levantou.

 - Oi Jasper, é um prazer revê-lo. – o Jasper a olhou curioso, não entendeu o revê-lo, então caiu a ficha dela – Quer dizer, conhecê-lo. – e ele a beijou na mão. – Você poderia me dar licença, é rapidinho, eu só quero falar uma coisa com o meu irmão.

 - Claro, fiquem a vontade, temos tempo até que Bella chegue – ele disse sem desviar seus olhos da Alice. Ela me levou para o fundo do restaurante, onde ninguém iria nos veria.

 - Eu não acredito Edward, era pra ela vir – ela disse confusa – Eu não entendo. Não pode acontecer de novo.

 - Fala logo Alice, o que você viu? – eu disse já irritado.

 - Esse é o problema, eu não vi quase nada, foi um borrão, sei que foi um acidente de carro, mas onde, quem e quando, eu não sei!!! E o Jasper veio sem ela, ela não vai vir hoje.

 - Então deixa quieto Alice, essa não é a minha Isabella – eu tentei levar de volta para a mesa – Vamos Alice, o Jasper está esperando e eu quero logo acabar com esse jantar e ir embora. Antes que alguém resolva aparecer por aqui e me perturbar. Ou você esqueceu que a Tânia está por aqui em Forks?

 - Não Edward, isso é sério, será que foi o...

 - O que Alice – eu vi o que ela estava pensando, coisa que me tirou totalmente do serio – Não Alice, não tem nada a ver com aquele feitiço, e essa não é a minha Isabella, e não vai acontecer nada quando eu a encontrar, já fizeram isso comigo por duas vezes e eu te garanto não irá acontecer uma terceira vez. Esquece isso, vamos logo – e voltamos para a mesa.

 - Me desculpa Jasper, mas minha irmã é impulsiva, coisa de irmã mais nova. – tudo bem Edward, a minha irmã era assim também, me deixava louco.

 - Ela morreu? – eu tinha visto em sua mente que ela não estava morta, mas precisava me focar em algo que não fosse os pensamentos da Alice – Me desculpe pela pergunta.

 - Não tudo bem, e ela não morreu. Somos gêmeos, ela se chama Rosalie, mas depois que vim morar aqui em Forks pra assumir os negócios do meu pai, não nos vemos á seis anos. Mas sempre que posso nos falamos.

 - Ah, sim, me desculpe pela intromissão.

 - Que isso, não se incomode em perguntar, eu acho que vou ligar para a Bella, ela está demorando muito – ele foi pegando o seu celular em seu bolso da calça.

 - Ela não vai vir – disse Alice, olhando para o nada tendo outra visão. Jasper fiou a encarando, mas seu celular tocou e ele logo parou de prestar atenção na Alice.

 - Alô? ... Quem? ...  O que aconteceu?...

Jasper começou a ficar branco, e eu ouvi o que a pessoa estava falando pra ele, dizia que Isabella sofreu um acidente. Não sei por que, mas depois que ouvi isso, eu comecei a perder o chão, a ficar distante.

 - Onde levaram ela? Na reserva? Mas porque não a levaram para um hospital?...Já estou indo – ele desligou o celular, ainda perdido com todas as informações.

 - Vocês me dão licença, e me desculpem, mas é que a Bella sofreu um acidente de carro vindo pra cá – ele respirou fundo e bem de vagar – Ela capotou o carro, e levaram ela pra reserva de La Push, vou ir buscá-la pra levar ela pra um hospital.

Não sei o que me aconteceu, mas alguma coisa mexeu comigo. Algo que não sentia há muito tempo. Quando percebi já tinha falado.

 - Não, espere, nós vamos com você, está muito abalado pra dirigir.

 - Edward nós não podemos ir na reserva – Alice disse baixinho, apenas eu escutei. – La Push, não me diga que esqueceu? – eu a olhei sério e sabia o que ela estava pensando.

 - Tudo bem, mas não quero incomodá-los.

 - Que isso, vamos? Você vai comigo no carro do Edward, e ele vai com o seu carro. – Alice disse já pegando a chave do carro do Jasper das mãos dele.

 - Alice? – o que ela estava fazendo?

 - Então vamos, obrigado Alice e Edward.

Então saímos nós três do restaurante em direção a La Push, um lugar em que nós os Cullen, éramos proibido de entrar.