Eu Te Odeio Vs. Eu Te Amo escrita por maria


Capítulo 12
Skyscraper


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Sei que vocês devem estar querendo me picar em pedacinhos, mas lá embaixo eu explico a minha demora. Espero que vocês leiam, porque vai ter recado importante. Esse capítulo não ficou muito maravilhoso, não. Tá curtinho e sem muitas emoções, mas até que eu gostei. Bem fofo, até, achei. Enfim, espero que gostem, boa leitura.



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Pov Bella

- Isso é real? Sério, não parece. – falei, depois de ficarmos um bom tempo abraçados, olhando para o lago.

- Com certeza é. Às vezes tenho um pouco de dificuldade pra acreditar também.

Me virei e olhei bem no fundo de seus olhos verdes.

- Você promete que não vai me magoar? Por favor. – disse.

- Eu nunca te magoaria, Bella. Mas por que a pergunta? – ele parecia confuso.

- Você acha que eu sou assim com todas as pessoas? – falei suavemente. – Eu costumava ter uma armadura, construí muros em minha volta, para que ninguém se aproximasse. Eram minhas defesas, minhas armas. Sempre fui meio fechada, nunca tive facilidade de me abrir com as pessoas, nem nunca fui do tipo que tem muitos amigos. Tudo isso pra me defender. Mas você me deixa sem essas defesas, Edward. E isso me assusta.

- Não precisa ter medo, anjo. – disse beijando minha testa. – Nunca vou te magoar. Prometo. Quando você precisar, estarei ao seu lado.

Não conseguindo me conter, beijei-o. E tentei transmitir o que sentia. Não sabia ao certo o que era, mas aquilo me desnorteava, e cada momento que eu estava ao lado dele parecia eterno.

Nos separamos ofegantes.

- Sabe, estou me sentindo infinito. – falou segurando meu rosto entre as mãos.

- Posso jurar que somos infinitos agora. – sorri.

- Alguns momentos são muito perfeitos, mas infelizmente tem que acabar. Já está escurecendo, e a estrada para cá é muito ruim. Sei que está gostando, sinto muito.

- Não sinta. Você precisa me mostrar uma coisa quando chegarmos. – dei um sorriso divertido.

- Ah, posso saber o que é?

- Você não tinha me dito que tocava violão!

- Não toco muito bem. – ele parecia surpreso. – Como foi que você descobriu?

- Eu vi no quarto, é claro. Vai ter que tocar pra mim.

- Faz tempo que não toco, estou meio enferrujado. 

- Nem adianta me enrolar. – disse me levantando e o puxando. – Vem, anda logo.

Fomos para o carro e ele colocou Wish You Were Here. (n/a: coloquem essa música, por favor, é muito importante para mim.) Sorri pra ele. Como duas pessoas podiam ser tão parecidas? A música era uma de minhas favoritas.

Nossa viagem de volta foi embalada por Pink Floyd, The Beatles, entre outros. Houve um momento em que ele colocou Asleep, dos Smiths, talvez por causa de As vantagens de ser invisível.

O percurso até o apartamento foi silencioso, mas não um silêncio ruim. Era confortável estar ao seu lado, sentindo o calor irradiar de seu corpo, vez ou outra olhar para sua expressão, desejando lembrar-me dela para sempre.

Quando finalmente chegamos, olhei para ele com uma expressão ansiosa.

- Tá bem, vou lá pegar o violão.  – depois que ele saiu da sala, comemorei com uma dancinha exótica.

Depois de voltar, ele ficou sentado no sofá, dedilhando algumas notas, mas sem tocar realmente nada. Não fez a menor diferença, já que ele estava muito sexy, com o cabelo bagunçado e aquele violão.

- Você está muito sexy com essa postura de músico, sabia? – disse.

- Que música você quer que eu toque para você? – gostei do modo como ele disse “para você” e do sorriso que deu logo em seguida. Era incrível sua capacidade de me desnortear.

- Qualquer uma, pode escolher. – sorri. – Confio em seu bom gosto musical.

Naquele momento, o sol de fim de tarde entrava pela janela, aquecendo o ambiente e dando a ele uma luz alaranjada. E então Edward começou a tocar e cantar uma música que eu conhecia muito bem.

http://http://www.youtube.com/watch?v=VugVsVMQgBM

All alone or so It feels 
Where are you going 
Finally knowing 
That nobody knows. 

And if you ever need my hands 
To carry you through heavy times 
Or look in to your wondering eyes 
To remind you what you are…

Skyscraper 
You define the skyline 
Opposite the grapevine 
Where crows and rumors fly.. 

And if you ever need my hands 
To carry you through heavy times 
Or look in to your telling eyes 
To remind you what you are…

Skyscraper 
Half way to the show 
Giving every sunrise some connection 
Protection from a bitter sun…

Skyscraper 
You define the skyline 
Opposite the grapevine 
Where crows and rumors fly…

Ele cantou cada pedaço da música para mim, olhando nos meus olhos. Que ficaram cheios de lágrimas, claro.

- Edward... – minha voz ficou presa na garganta, as lágrimas estavam saindo com facilidade.

- Você não gostou? O que foi? – ele parecia preocupado.

- Foi uma das coisas mais bonitas que alguém já fez por mim. Obrigada. – lágrimas e mais lágrimas escorreram por minhas bochechas.

- Você não tem que agradecer. Música sempre expressou melhor meus sentimentos do que as minhas próprias palavras. A escolha da música foi proposital. Vou estar sempre ao seu lado, arranha-céu.

Em meio às lágrimas, fui em sua direção e o beijei, tentando mostrar o caos e a felicidade que se passavam dentro de mim. E acho que naquele beijo coube a definição do que eu sentia por ele: arrebatador, intenso, ao mesmo tempo que calmo, suave, tranquilo. Bem, talvez amor fosse isso; sentimentos contraditórios que vivem em perfeita harmonia. 


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Gente, eu demorei porque às coisas estão meio que de cabeça pra baixo. Meus sentimentos, a minha vida e a de algumas pessoas bem próximas a mim, o modo como eu lido com mudanças, enfim, não quero encher vocês com meus problemas. Gostaria de agradecer às lindas recomendações que recebi, e elas são grande parte do motivo de eu não ter abandonado vocês por tempo indeterminado. Mas temo que seja necessário. Só vou poder postar assim que tudo estiver arrumado na minha vida. Eu sei que é chato, mas só peço que você não me abandonem. Beijos e até o próximo.