Scritto Nelle Stelle escrita por Karla Vieira


Capítulo 42
Doente


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, galera! Sei que poucos estão acompanhando, e eu tinha dito que postaria só quando alcançasse cinco comentários, porém fiquei animada para saber a reação de vocês ao lerem esse capítulo. Depois desse, haverá apenas mais um e o epílogo. Vou deixar o drama de final de história para o epílogo, mas vou implorar para que vocês me deixem saber o que pensaram sobre o final. Se era isso, se era diferente, se gostaram ou não. Por favor, me contem tudo e não me escondam nada! Sem mais delongas, o penúltimo capítulo de SnS.



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Mahara Carter POV

Um dos homens abriu a porta da cela de Dan, enquanto o outro entrava e o erguia bruscamente, fazendo-o andar aos tropeços. Ele me olhou uma última vez, amedrontado. Por um momento, também tive medo por ele, por mim, por nós dois. Um dos homens deu um tapa forte na parte de trás da cabeça de Dan, ferida onde o atingiram com o suporte de ferro para fazê-lo apagar. Ele grunhiu de dor, virando-se para frente, enquanto o homem o empurrava.

- Anda logo, bonitão, o chefe não gosta de esperar!

Arrastando Dan, os homens saíram e me deixaram sozinha naquele corredor de celas. Respirei fundo e comecei a pensar no que faria a seguir. Não haviam me revistado completamente, ou seja, a lixa de unha de aço continuava bem escondida na minha bota. Eu poderia usá-la para cortar a corda que prendia meus pulsos, e arrombar o cadeado na porta da cela. Eu precisava apenas alcançá-la.

Joguei-me no chão, ficando de lado, e dobrei os joelhos para trás, esticando as mãos e fazendo o máximo para alcançar a bota. Com um pouco de esforço, consegui retirar a lixa da bota, atenta ao movimento do corredor e aos sons que chegavam, pois poderiam indicar que estavam se aproximando de mim. Mas não estavam. Pelo visto, estavam ocupados demais pensando no que fazer para matar Dan e ainda fugir da MI6, o que estava meio complicado, julgando que pelo tempo, eles deveriam estar cercando o edifício naquele momento. Com a lixa bem segura em mãos, comecei a cortar a corda, lentamente e com muito esforço. Eu estava suando frio devido a agonia da situação.

Alguns minutos mais tarde, a corda se rompia e soltava meus pulsos. Olhei-os rapidamente, vendo que havia marcas onde a corda havia assado a pele, chegando a arrancar alguns pedaços, deixando-a em carne viva. Eu cuidaria daquilo mais tarde, se eu conseguisse sobreviver e mantiver Dan vivo, também.

Fui até a porta, e comecei a trabalhar no cadeado, prestando atenção nos sons. Pelo silêncio, não havia mais ninguém por ali, apenas a sombra de um homem armado que deve ter ficado para assegurar de que eu não fugiria. Com o maior silêncio que pude, abri o cadeado e fiz a porta se abrir em alguns centímetros, em uma brecha grande o suficiente para que eu me esgueirasse sem fazer barulho. Pisando levemente, e controlando a minha respiração, esgueirei-me pelo corredor, aproximando-me de onde viera. Havia um homem de costas para mim, com um fuzil em mãos. A lixa ainda estava bem segura em minha mão, e era suficientemente afiada para que eu pudesse ferir o homem de uma maneira que ele não poderia alertar alguém sobre mim.

Aproximei-me rápida como um raio e tapei sua boca, enfiando a lixa com toda a força que eu reuni em seu pescoço. O ferimento o mataria. Eu não queria matá-lo, mas eu não tinha escolha. E aquele homem me mataria sem pensar duas vezes, e sem sentir remorso depois.

Claro que eu sentiria. Mas não tinha tempo para pensar nisso.

Larguei o homem no chão, onde seu sangue começava a escorrer enquanto ele dava seu último suspiro. Retirei a lixa e limpei o sangue na roupa dele, e o revistei, encontrando uma pistola com silenciador e um celular pré-pago, ou seja, impossível de se rastrear. Isso iria ser útil.

Permiti-me alguns segundos para pensar no que fazer. Pensando rapidamente na planta que eu estudara, concluí que Hawking tentaria escapar pela garagem de trens, onde haveria trens e contêineres o suficiente para acobertá-lo. Olhei para o celular em minhas mãos. E de repente, soube o que eu teria que fazer.

Mandei uma mensagem para Major Walker, dizendo brevemente onde eu estava, onde Hawking estaria, dentro daquele prédio. Ela cuidaria do resto. Ela sempre soube o que aconteceria, de qualquer forma. No fundo, ambas sabíamos. Era o fim que pretendíamos que nosso plano obtivesse: eu estar infiltrada no esquema de Hawking, conseguisse as informações necessárias, fosse presa e ficasse dentro do prédio. Ouvi barulhos estranhos vindos da porta que levava ao pátio interno, e aproximei-me cautelosa para observar pela janela. Havia uma equipe tática pronta para entrar. Resolvi correr, pois se me vissem ali, me prenderiam. Afinal, a única que sabia do plano era Major Walker, e eu. E eu não poderia ser presa agora.

Corri na direção contrária, ainda procurando fazer silêncio e me forçando a lembrar da planta, para guiar-me na direção certa. Quando vi que a entrada para a garagem de trens estava cheia de capangas de Hawking e que eu não conseguiria lidar com todos eles, entrei em um cômodo que possuía uma escada de metal que levava ao segundo andar. Havia passarelas que contornavam a garagem, e eu sabia que Hawking colocaria vários de seus capangas espalhados por aí. O primeiro estava logo no final da escada, que eu abati com um tiro da pistola, agradecendo infinitamente por esta possuir um silenciador. O homem não estava morto, apenas ferido o suficiente para não causar problemas para mim, desde que eu tirasse seu celular das mãos e a arma de seu alcance, o amordaçasse e o deixasse em um canto, escondido. E foi o que eu fiz.

Ousei olhar pela janela. Hawking estava com Dan e mais três capangas, que estava de um lado cheia de contêineres e trens, e outro estava vazia, exceto pela equipe tática de 5 agentes liderados pela Major Walker, que estava numa situação um tanto crítica. Hawking apontava uma arma para Dan. Os capangas apontavam para os agentes. Em cada canto, havia um atirador de Hawking mirando para os agentes, e outros ainda circulando pelas passarelas e/ou dentro do prédio, fora uns três outros capangas passeando pelos contêineres e comboios de trem, vigiando. Os agentes estavam em menor número, e a equipe tática era pequena demais e demoraria um pouco para chegar ali. Eu teria que ser o elemento surpresa.

Esgueirando-me por trás de paredes, pilhas de madeiras velhas e apodrecidas e outros dejetos, fui andando o mais lentamente possível até o atirador mais próximo. Enquanto isso ouvia a negociação de Major Walker com Hawking, e sinceramente, era óbvio que ela não conseguiria vencê-lo, por enquanto. Estava em menor número, e, portanto, incapaz de vencer uma negociação.

O atirador estava de costas para mim, e foi fácil tapar sua boca, atirar nas suas costas e trazê-lo para trás de uma pilha de madeira e ferro velho e deixá-lo ali. Dei uma olhadela rápida e vi que ninguém havia notado que dois dos atiradores não estavam onde deveriam. Sinceramente, que tipo de atiradores eles são, se nem ao menos são capazes de notar esse tipo de movimento?

Ainda me esgueirando, fui até o próximo atirador. Estava pronta para fazer a mesma coisa que fizera com o outro, quando meu pé bateu em uma barra de ferro, emitindo um som baixo, mas suficientemente alto para que o homem virasse para trás. Ele abriu a boca para gritar, e seu dedo estava prestes a apertar o gatilho da metralhadora semiautomática, quando dois tiros silenciosos acertaram em cheio seu coração. Por questão de milésimos de segundo eu fora mais rápida e conseguira atirar nele antes que ele atirasse em mim.

Faltava apenas dois atiradores. E eles não estavam visíveis para mim. Eu tinha apenas uma noção básica de onde eles estariam. Eles, armados com uma metralhadora potente ou um fuzil dos mais potentes. E eu, com uma pistola com silenciador que só tinha duas balas e nenhuma munição extra, e uma lixa de unha de metal. E que Deus me ajude.

Desta vez, fui me esgueirando por dentro do edifício, escondendo-me atrás de escrivaninhas de madeira maciça e empoeiradas, pilhas de caixas de madeira e coisas do gênero. Tudo o que eu conseguia ouvir era os gritos da negociação lá embaixo e a minha respiração controlada. Nem sinal do último atirador.

Ouvi um passo suave atrás de mim, alto o suficiente para que chamasse minha atenção. Virei-me bruscamente erguendo a arma, encontrando Andie apontando a dela, também com silenciador, para mim.

- Andie? – Sussurrei surpresa. – O que você está fazendo aqui?

- O mesmo que você: tentando salvar a vida do Dan. – Respondeu ela, permitindo-se sorrir. Depois, sua expressão ficou séria. Aposto que havia se lembrado da nossa discussão antes de eu atacá-la e sair correndo. Ela obviamente estava pensando que eu era uma traidora. – Apesar de eu ter certas dúvidas sobre isso.

- Nós podemos conversar sobre isso mais tarde, se sobrevivermos. – Eu disse, suspirando, me sentindo cansada daquela situação toda. Uma espécie de animação surgia no meu íntimo ao perceber que era hoje o dia que tudo acabaria. Para sempre. – Como você chegou aqui? Faltam dois atiradores.

- Pelos fundos, não quis esperar as forças táticas. Livrei-me de uns quatro capangas dele, e pelo visto, você fez o mesmo. Tá, eu sei. Eu vou descer as escadas ali e subir em outro ponto, e vou pegar eles.

Assenti seriamente, olhando nos olhos dela. Andie assentiu e me olhou da mesma forma, séria. Eu podia ver o conflito que se passava dentro dela, sabendo que poderia ser a última vez que me veria com vida. Por fim, ela desviou o olhar e desceu as escadas, pisando leve e silenciosamente, com a arma pronta para ser disparada.

Continuei em frente, esgueirando-me e escondendo-me onde podia, atravessando pequenos corredores e portas. Aquele lugar fedia a mofo, tabaco e pólvora. E eu não ouvia nada além das vozes distantes de Hawking e Major Walker, minha respiração controlada e meus batimentos cardíacos acelerados com a adrenalina.

Um estalido atrás de mim me fez virar, e não vi nada. Provavelmente era apenas um móvel velho estralando sozinho. Quando me virei, dei de cara com um atirador apontando um fuzil direto na minha cara.

- Largue a arma e coloque as mãos para o alto. Devagar. – Disse ele. Fiz o que ele pedia, e ele chutou a pistola para o lado. – Agora se vire e coloque as mãos atrás da cabeça, devagar.

Fiz menção de me virar, e ele baixou a arma alguns centímetros, o que mostrava que ele havia baixado a guarda o suficiente para o que eu queria. Virei-me rapidamente e segurei a arma, empurrando-a com força contra ele, batendo-a no seu ombro – o que eu tinha certeza que a faria instável pela dormência nos próximos minutos. Mas eram segundos que eu precisava.

Tirei a arma de suas mãos e ela escorregou para longe da minha mão. Saquei a lixa de unha do bolso da calça e avancei para o homem, que tentou me acertar com um soco de direita, da qual desviei. Tentei acertá-lo com a lixa, mas ela só arranhou de leve seu braço esquerdo, exposto pela camiseta de mangas curtas. Ele acertou um soco em meu rosto, o que me fez cambalear para trás, bater em uma cadeira e cair de vez, fazendo a lixa cair ao meu lado, um pouco longe para eu poder alcançá-la. Ele sacou uma faca e avançou para cima de mim, tentando me acertar. Debati-me e acertei uma joelhada em seu estômago, fazendo-o cair para o lado e soltar a faca que escorregou para bem longe de nós.  Agarrei a lixa, que estava mais perto, e fui para cima dele, aproveitando que ele ainda estava indefeso, e finquei a lixa no seu peito, forçando sua entrada e rasgando seus tecidos, ainda fazendo um movimento circular para que a lixa adentrasse mais fundo e causasse um ferimento maior.

Enquanto ele grunhia com a dor e tentava tirar-me de cima dele, levantei-me e corri até minha arma, pegando-a e atirando duas vezes em seu peito exposto. Ele se mexeu por alguns segundos, e depois parou. Morto.

- Abençoadas sejam as lixas de unha. Sempre salvam uma mulher. – Murmurei, brava por estar sem munição.

- Que bom que ela salvou você. Estava difícil conseguir uma mira boa para acertá-lo sem acertar você. – A voz de Andie chegou aos meus ouvidos. Virei-me e encontrei-a suada, com os cabelos agora soltos e desgrenhados, como se ela tivesse lutado. Sua expressão de raiva e ironia, juntamente com o brilho malévolo de seu olhar, transformava a Andie doce e risonha de sempre em uma versão extremamente perigosa. – Não se preocupe, eu encontrei o último. Quer dizer, a última. Digamos que ela esteja tirando uma soneca toda amarrada em um canto, atrás de uma pilha de ferro.

Sorri com a maneira displicente e sarcástica de Andie de contar-me o fato. Arrastei-o para trás de uma pilha de caixas de madeira e de papelão velho com ajuda dela, e revistei-o, e sorri ao encontrar munição para a minha pistola com silenciador. Ele tinha outra em um case, e não tinha conseguido usá-la. Recarreguei minha arma, e levantei-me, mas ainda escondendo-me. Fomos até a saída mais próxima para as passarelas. Olhei ao redor e vi que não havia como descermos pela escada espiral do lado de fora sem sermos vistas, e não havia outra maneira visível. Quer dizer, sempre há outra opção. Isso era uma coisa que eu havia aprendido desde pequena. Não importa o quão ruim esteja a situação, e você aparenta ter apenas uma escolha; sempre haverá outra. Sempre haverá outra saída.

Andie chamou minha atenção com um gesto de mão, e apontou para baixo, sugestivamente. Olhei na direção que ela me apontava. Havia uma pilha de espumas e feno usados para revestir caixas e comboios de trem logo abaixo de mim, a três metros abaixo. Seria um pulo e tanto. Assenti em concordância, aceitando a sugestão dela. Fiz um sinal de mão que indicaria que eu iria primeiro.

Imaginei estar na cachoeira do acampamento com Dan e os rapazes, e que era apenas um mergulho. E me joguei sacada abaixo, atingindo o feno que abafou a minha queda, e por sorte, ninguém me viu. Eu estava tendo muita sorte hoje, sinceramente.

Levantei-me e peguei a arma que havia caído ao meu lado, assumindo uma postura atenta, até mais atenta do que antes, preparada para atirar em qualquer coisa que se movesse.  Esperei alguns segundos, olhando ao redor para acobertar Andie, que se jogou em seguida, aterrissando em segurança. Fiz um sinal que iria para um lado, e ela para o outro, e ela assentiu em concordância, assumindo a mesma postura que eu.

Caminhei pelos contêineres, captando atentamente cada som. Ao ouvir um estralo e um leve praguejar atrás de mim, virei-me rapidamente e atirei, acertando um dos atiradores em cheio. Respirei fundo, e abençoei todas as vezes que troquei uma festa em uma sexta a noite por duas horas de treino tático com Andie e os outros.

Mas não era tempo de comemorar. Ainda havia muito a ser feito.

Dan Evans POV

Hawking apontava uma arma diretamente para a minha cabeça, enquanto eu estava ajoelhado no chão, com ele e três capangas cercando. Os agentes da MI6 estavam na minha frente, tentando fazer Hawking desistir e se entregar, o que era absolutamente inútil, pois ele não iria.

Eu estava com medo. Eu nunca sentira tanto medo na minha vida. Por mim, que estava com uma arma na cabeça, prestes a morrer; por Mahara, que com certeza estava fazendo alguma coisa um tanto estúpida e louca para se salvar e me salvar também; por todos que eu havia envolvido nessa história. Engoli em seco e prendi minhas lágrimas nos olhos. Se for para eu morrer, que seja com um pouco de dignidade.

De repente, dois dos capangas de Hawking caíram no chão, sem aviso prévio, sem som, sem nada, com um tiro nas costas. Um segundo depois e o terceiro caía no chão. Os agentes emitiram um som de surpresa, e Hawking um protesto indignado e surpreso, se virando.

- Não se mexa Hawking. Largue a arma no chão e a chute na minha direção. – A voz firme e cheia de raiva de Mahara chegou aos meus ouvidos, e eu agradeci infinitamente a todas as divindades existentes por ela ainda estar viva, e pelo visto, inteiramente bem.

- Mahara Carter! – Ele disse, rindo ironicamente, sem desviar a arma da minha cabeça. – Eu devia imaginar que você conseguiria sair de sua cela... Diga-me, como você conseguiu?

- Você me subestimou. Nesse momento todos os seus capangas estão mortos ou incapacitados, e você está sozinho. Você não tem mais chance, Hawking. Desista.

- Sabe, eu ainda posso fazer isso. Ainda posso matar seu amado Dan e depois aceitar a prisão, ou, o que é mais provável, você me matando. Mas eu iria feliz, sabe por quê? Porque você não iria. Afinal, seu amor estaria morto.

- Desista, Hawking. É o melhor para todo mundo. E sei que você não quer morrer.

- Melhor do que ir para a prisão. E obviamente, a ideia de te ver sofrer eternamente me agrada. Vamos lá, Mahara... O que você quer? Estamos em um impasse... Você pode decidir o final.

Eu sabia que ele estava mexendo com o psicológico dela, estava fazendo-a ter raiva o suficiente para matá-lo, para transformá-la em uma párea. Em uma assassina como ele. Percebi que Mahara estava prestes a puxar o gatilho, quando a voz de Major Walker voltou a ecoar no local.

- Mahara, sempre há outra forma. Não lhe dê o gosto de vê-la tornar-se como ele. Lembre-se de quem você é. – Disse ela, tranquilizadora, o que me deu a certeza de que Mahara nunca havia traído a MI6, e que Andie e Collins estavam enganados quando haviam me dito aquilo mais cedo, antes de me deixar no estúdio com os seguranças e implorar para que eu agisse com naturalidade, como se nada fosse nada, como eu estivera fazendo até então. E então aconteceu mais uma coisa que fez meu queixo ir ao chão.

Jones se adiantou e apontou sua arma para Mahara. Andie saiu de trás de um contêiner e apontou a arma para suas costas, tentando controlar suas emoções.

- JONES?! – Exclamou Mahara, incrédula. Major Walker e os outros agentes nada disseram, de tão surpresos que estavam. – Você... Você é o traidor!

- Demorou a perceber, não? Eu fiz de tudo para que você me notasse, e você preferiu esse cantorzinho barato. Eu soube antes que todo mundo. Eu segui você. Eu descobri tudo o que você fazia escondido com ele, e fotografei e entreguei para Hawking e Major Walker. Depois te chamei para sair, e você me desprezou. Então eu continuei seguindo você, e descobri que você estava traindo a MI6, assim como eu. Eu vi você hackear meu carro. Eu vi você invadir a sala de evidências e roubar arquivos. Eu que fiz o cerco fechar para você, Mahara. Isso tudo porque você me desprezou. Tudo porque você não quis ficar comigo! Era comigo que você deveria estar! – O moreno exclamava alterado, com os olhos arregalados, suando e encarando Mahara como se fosse uma deusa, alguma coisa que ele precisava manter pra si a qualquer custo. Jones estava ensandecido, completamente fora de si. Ele era suficientemente louco para querer matá-la para que, se ela não fosse sua, não fosse de mais ninguém.

- Você é doente! – Ela exclamou.

- Doente de amor por você! – Hawking exclamou, rindo bizarramente animado com a situação, como se tudo fosse um plano dele que estivesse dando certo. – Grande desfecho, não? Eu atiro no Evans, você atira em mim, Jones atira em você e alguém atira nele ou o prende, para que você não seja de ninguém, se não for dele! Como eu amo esses jogos!

Mahara enfureceu-se. Seu rosto adquiriu um tom vermelho, seus olhos escureceram de tanto ódio.

E tudo aconteceu rápido demais.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?