Scritto Nelle Stelle escrita por Karla Vieira


Capítulo 23
Presença


Notas iniciais do capítulo

BOA TARDE GALERA! Sentiram minha animação, né? É que... Tá, não faço ideia do que me deixou assim. Mas o bom é que eu escrevi um capítulo que eu pessoalmente achei muito bom, mesmo sendo pequeno! Creio eu que agora as coisas começarão a se desenrolar rápido, com muita ação... Ou não. Enfim.
PRECISO DA AJUDA DE VOCÊS. Decidi transformar a Flamma Amoris em realmente uma história original, só mudando os nomes dos personagens. Preciso então de cinco nomes e sobrenomes masculinos e bonitos para substituir os rapazes! ME AJUDEM PLEASE.
E MUITO OBRIGADA A Niyck que recomendou a história! Obrigada!



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Mahara Carter POV

Levantei-me da cadeira e deixei o copo de plástico vazio, sem mais frapuccino algum. Caminhei decididamente até a porta da cafeteria e saí para a rua, encontrando um taxi vago e entrando nele. Dei o endereço de Dan e durante o trajeto, fiquei pensando em o que iria dizer a ele quando batesse em sua porta e ele me atendesse. Isto é, supondo que ele estava em casa e iria querer me ouvir. Havíamos discutido, mas eu havia entendido que ele voltaria. O problema é que eu não conseguiria esperar para ver quando ele voltaria. Eu iria atrás dele eu mesma.

O taxi parou diante do prédio dele, paguei as vinte libras que o motorista me cobrou e saí. Uma fina garoa agora cobria Londres, assim como uma fina bruma branca, que dificultava a vista do horizonte – eu apenas via contornos ao longe, mas via nitidamente quando perto. Entrei no prédio, e o porteiro deixou-me subir sem pestanejar; eu já era conhecida a ele. Entrei no elevador e apertei o botão de seu andar, e notei que estava tremendo. Assim que as duas portas se abriram e me vi no seu corredor, senti um arrepio subir pela minha espinha. A porta de Dan estava entreaberta, e ele nunca a deixava deste jeito. Amaldiçoei-me por não ter trazido a arma junto, apenas um pequeno canivete suíço. Peguei-o dentro da bolsa e deixei-o escondido ao meu alcance.

Caminhei lentamente até a porta, e esgueirei-me por entre o vão, fazendo o maior silêncio que podia. Deparei-me com o apartamento dele totalmente revirado. As coisas dele estavam espalhadas por todo canto, quebradas, viradas, rasgadas. Senti um aperto no peito. O mais lentamente possível, andei como se estivesse pisando em ovos – cuidadosamente vendo onde eu pisava. Eu não fazia ideia se devia chamar pelo nome dele. Se houvesse acontecido o que eu imaginava, ele jamais iria me responder.

Pare, Mahara, ele está vivo!” pensei, brigando comigo mesma. Eu estava completamente atenta a qualquer ruído ao meu redor, pronta para me defender com unhas e dentes – e um canivete suíço. Fui até a cozinha, que estava em semelhante estado de destruição, mas não havia nada. O mesmo acontecia no banheiro e no quarto de hóspedes. Controlando minha respiração e batimentos cardíacos acelerados, fui até seu quarto. Então ouvi um pequeno ruído, como de um soluçar abafado. Imediatamente deixei o canivete em minhas mãos, pronto para perfurar algo ou alguém.

Entrei no quarto de Dan e me surpreendi. Ele estava acuado em um canto, abafando o choro, em meio ao caos que estava em seu quarto. Fora Dan e eu, ele estava livre de presença humana, entretanto havia um vestígio de uma outra presença; uma nada agradável presença.

As fotos dos amigos mais próximos e dos familiares de Dan estavam cuidadosamente alinhadas acima da cama. Inclusive fotos minha e dele juntos. Todavia estavam todas partidas no meio, e na cabeceira da cama, estava escrito com tinta em um tom tão vermelho que se assemelhava a sangue: “Eu espero que você consiga dizer adeus”.

– Dan! – Exclamei, soltando o canivete no chão e praticamente correndo até ele e o abraçando. Ele começou a chorar mais fortemente. – Está tudo bem, está tudo bem.

– N-Não, Mahara, não e-está! – Contrariou gaguejando. – Ele vai m-matar minha f-família! M-Meus amigos! E v-você!

– Não, ele não vai, pois nós vamos impedir, Dan! Nada de mal acontecerá a você, a sua família, os seus amigos ou a mim. Eu juro. Eu juro, Dan, eu encontrarei esse homem custe o que custar. E não vou deixar que ele encoste um dedo em você ou naqueles que você ama.

– P-Por favor, Mahara, t-tome cuidado.

– Eu vou, meu amor, eu vou. Só fica calmo. – Eu o abracei mais forte, enquanto alisava seus cabelos. Dan estava amedrontado, assustado; eu nunca o tinha visto desta forma, tão vulnerável, frágil e atemorizado. Minha vontade de protegê-lo tomou um nível tão grande como nunca; minha vida, naquele momento, passou a ser dedicada a um só objetivo: proteger Dan. E fazê-lo feliz.

Eu não sei quanto tempo fiquei abraçada a Dan, até que ele parasse de chorar e se distanciasse de mim. Seus olhos, assim como toda sua face, estavam inchados e vermelhos. Eu via o medo os seus olhos, ofuscando o brilho que normalmente possuíam, e o meu coração se apertou ainda mais.

– O que trouxe você aqui? – Perguntou ele.

– Eu senti a necessidade de vir atrás de você. Eu sabia que uma hora ou outra você ia acabar voltando para os meus braços, esquecendo da nossa discussão de hoje mais cedo, mas eu precisava tê-lo comigo imediatamente. E acho que foi bom eu ter seguido meus instintos.

– Obrigado. – Disse ele. – Eu não aguentaria mais um segundo sozinho aqui, até você aparecer. Eu estou perdido, Mahara. Eu estou com medo, estou...

– Shh... Não precisa se sentir assim. Você sabe, nós vamos impedir esse homem. Nós só precisamos de uma atitude sua, meu grandão.

– Dar meu depoimento.

Assenti em concordância, segurando firme sua mão.

– Vamos para a MI6 comigo, você dá seu depoimento, e nós veremos como vamos resolver essa bagunça. Literalmente. – Eu sorri fracamente.

– Vamos... Vamos lá... Eu não posso mais guardar isso para mim.

– Nem deve, meu amor, nem deve.

Dan Evans POV

A rua estava deserta. O maldito gato da vizinha de Susan miava sentado em cima de um muro, e eu sabia que havia alguém louco para jogar alguma coisa nesse animal. Eu gostava de animais, menos deste que arranhou todo o meu carro uma vez.

Então, o grito chegou os meus ouvidos. Era um grito feminino – e vinha da casa de Susan. Corri até lá e não consegui abrir a porta; tentei a janela. Passei por ela, e o grito se repetiu. Deixei-me guiar até a sala de estar de Susan, de onde o grito havia vindo, e eu vi sangue no chão do corredor. Meu coração apertou. Ouvi coisas se quebrando e alguém esbarrando em algo; uma luta estaria acontecendo ali. Temi por Susan.

Outro grito, e então silêncio. Ouvi passos, e me escondi atrás de uma estante, nas sombras. Um homem passou por mim. Aquele homem. Eu soube o que acontecera, e aguentei-me para não chorar. Depois que ouvi-o deixar a casa, atrevi-me a ir até a sala de estar.

E meus olhos viram a cena mais horrível até então.

O sofá de dois lugares estava virado, e o de três lugares estava sujo de sangue. Havia vasos de porcelana e de vidros quebrados por todo lugar, como se tivessem sido arremessados ou alguém tivesse esbarrado neles e os derrubado. Os porta retratos que antes eram tão meticulosamente cuidados e alinhados, estavam caídos no chão, despedaçados. Nas paredes haviam respingos e uma marca de mão cheia de sangue. E no chão, Susan estava estirada, com os olhos abertos a encarar o teto, mas sem vê-lo; ela nunca mais poderia ver alguma coisa. Não havia luz em seus olhos. Afinal, não há luz nos olhos de quem está morto.

Seu peito estava cortado em três sulcos fundos de onde seu sangue fluía livremente, manchando seu corpo e o chão ao redor. Em um deles, a faca ainda repousava, e junto dela, um pequeno pedaço de papel com algo escrito, que pude ler sem me aproximar. ‘Eu espero que você tenha dito adeus’.”

– Eu não precisava ser um gênio para saber que ele estava falando comigo. Que ele sabia que eu veria Susan morta e veria o bilhete. E que sabia que eu seria a próxima vítima dele. – Eu disse, com voz trêmula, olhando para a mulher loira com feições determinadas a minha frente, que se identificava por Major Walker. Mahara estava ai fundo da sala, junto com um homem alto e moreno, e Andie.

– Então, Sr. Evans, o que o senhor resolveu fazer?

– O que você tem visto até agora. Fingir que nada aconteceu e não contar nada a ninguém do que eu sei.

– E o que o Senhor sabe?

Ela cruzou os braços e se encostou na cadeira. Eu estava me sentindo terrivelmente desconfortável com o olhar analisador daquela mulher em mim, e olhei rapidamente para Mahara. Seu olhar e sorriso eram suaves e tranquilizadores. Respirei fundo e continuei.

– O nome dele é Ian Hawking.

Vi Mahara ficar ereta, com os olhos arregalados. Ela sabia de alguma coisa.

– Major, posso falar uma coisa? – Perguntou. Major Walker virou-se para ela, que estava branca e pálida. Nos seus olhos, havia uma faísca de raiva e ressentimento.

– Diga, agente Carter.



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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram?
ps: perdoem pelo uso excessivo de caps lock nas notas iniciais.