Será!? escrita por Mila


Capítulo 13
Muito pouco tempo


Notas iniciais do capítulo

Oieeee, volteeeei
Mudei meu nome no Fanfiction, perceberam? Mas ainda sou eu, OK? Acalmem-se.
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Eu fiquei MUITO FELIZ com os comentários que recebi no capítulo anterior, por isso, devo agradecer muito a:

* Vic Marcia Cahill
* Cata leal
* Giulia
* I_Black
* Clarissediangelotratadocahill

Uma frase dedicada à esses leitores leais e especiais:
"Obrigado a todas as pessoas que contribuíram para meu sucesso e para meu crescimento como pessoa. Sou o resultado da confiança e da força de cada um de vocês."
Augusto Branco



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Assim que sairam do avião, misturando entre as pessoas que resmungavam infelizes por terem que trocar de avião, Ian Kabra guiou Amy Cahill, não para a entrada de desembarque do aeroporto, mas para a entrada de um hangar.

-O que fazemos? - perguntou a garota, desesperada.

-Calma. - ele mostrou o celular. - Vou tentar falar com... Bem, vou tentar falar com alguém. Alguém tem que nos ajudar.

Amy balançou a cabeça positivamente várias vezes, mais para ela mesma do que para Ian. Para se convencer de que eles ficariam bem, de que toda essa maluquice tivesse um final feliz.

-Vou entrar e ver se consigo alguma informação sobre o próximo voo para a Namíbia.

-Espere. - ele agarrou o braço dela assim que ela virou-se para ir embora. - Não pode aparecer lá dentro assim. Eles vão te reconhecer.

-Você quer eu apareça lá como?

Ian olhou ao redor à procura de algo. Foi quando ele localizou, não muito distante da onde estavam, alguns armários e uma mesinha cheia de coisas dos funcionários. Amy captou o seu olhar e foi até lá.

Em cima da mesa tinha um chapéu preto de aba larga feita com o mesmo tecido que a meia calça.

-Quem usa uma coisa dessas? - perguntou Ian, fazendo uma careta ao ver aquela chapéu antiquado.

-Acho que alguém esqueceu no aeroporto. - sugeriu Amy. - E os funcionários recolheram.

-Deve servir.

Amy prendeu o cabelo num coque e Ian colocou o chapé na cabeça dela, prendendo os fios ruivos dentro dele. Em seguida, ele despiu sua jaqueta de couro e vestiu Amy com ela.

Mesmo com tudo que acontecia, que acontecera, era um gesto muito delicado que contrangeu aos dois. Ficaram em silêncios, por um breve minuto, se olhando nos olhos, tentando interpretar o que se passava com o outro naquele momento.

-Amy. - Ian sussurrou o nome da garota.

-Ainda... - ela falou em baixo tom. - Ainda não quero conversar sobre... isso.

Ian assentiu, um pouco deprimido, mas compreensível.

-Vou... Vou tentar o sinal para lá. Você me encontra aqui depois?

Amy balançou a cabeça rapidamente, despertando do transe.

-Volto em cinco minutos. No máximo!

*****

Com um aquele chapéu preto de aba larga Amy Cahill mais parecia uma viúva do início do século XX do que um pessoa comum desse século, por mais que não fosse nenhuma das duas coisas. Aquele era o pior disfarce que poderia existir, ela já estava convicta disso desde dois minutos atrás quando um garotinho apontou para ela e perguntou para a mãe se ela era um bruxa.

Mas por falta de opções e excesso de desespero, o que possuía era apenas aquele chapéu que uma poderia, futuramente, lhe dar piolho e aquela jaqueta de Ian que tinha o cheiro dele, o que a deixava transtornada.

Definitivamente ela era a pessoa mais estranhamente vestida que já passara por aquele aeroporto.

Tentou ignorar o fato e voltou sua atenção para o painel acima de sua cabeça que mostrava o horário e o destino dos próximos voos.

Seu coração não conseguia se acalmar dentro do peito. Ian estava lá fora para procurar um local que o sinal fosse bom para poder ligar para-qualquer-um-que-pudesse-ajudá-los, e ela estava sozinha, no meio de muitos Vespers misteriosos que não deixariam passar em branco aquela fantasia de bruxa do setenta e um. Ela puxou a aba do chapéu para baixo com as duas mãos, na esperança de que o chapéu a sugasse e fizesse-a desaparecer magicamente, mas nada disso aconteceu. Nem o placar mudou avisando quando iria sair o próximo voo para a Namíbia.

Dura realidade.

Batendo o pé no chão, de nervosismo, ela tirou aquele estranho e moderno GPS do bolso da jaqueta de Ian e o ligou. A tela se iluminou e mostrou um pontinho vermelho parado, sem se mexer. As coordenadas ainda mostravam que Mila estava na linha do Equador, em Níger. Mas parada, sem se mexer nem à um minuto por segundo. Isso a preocupou. Mila estaria conciente naquele momento?

Então, Amy não conseguiu mais permanecer parada ali. Ela empurrou algumas pessoas com o ombro propositalmente enquanto passava. Elas se desequilibraram e algumas até cairam. Foi a deixa perfeita para ela sair pela porta que tinha entrado sem que os policiais percebessem. Fora do aeroporto, teve que fazer um caminho mais complicado para não ser pega, dando várias voltas para poder chegar onde tinha combinado de se encontrar com Ian.

Foi então que ouviu a conversa que precisava:

-... você acabou de abastecer. O cara não quer mais seus serviços? - falou um dos homens.

O outro bufou.

-Ele disse que resolveram os problemas lá, na Africa do Sul. Não precisam mais dele, e ele, não precisa mais de mim.

O homem deu tapinhas nas costas do amigo.

-Deveríamos ter optado por pilotar aviões de linha. Quem ter o muita grana, já comprou o próprio jatinho.

-Ou, você me deu uma ideia, cara. Será que não dá pra gente virar piloto particular de algum ricaço por aí? Deve ganhar bem mais.

-Hm. Onde vamos arrumar esses ricaços?

Amy parou de ouvir. O que precisava ela já recolhera, o resto era descartável.

Ela correu até onde Ian estava. Ele ainda tentava se comunicar com alguém, sem sucesso.

-Nada? - ela perguntou.

-Meu crédito acabou. Acho que eles não atendem ligações a cobrar. E o próximo voo?

-Sai para agora. - ela sorriu.

Ian arregalou os olhos.

-Tá brincando?

-Não. Vamos de jatinho.

Ele olhou para ela, curioso.

-Não estamos com dinheiro para fretar um jatinho... Está pensando em roubá-lo?

-Ouvi dizerem que tem combustível pra ir até a África do Sul.

-Sabe pilotar?

-Não. - ela abaixou os ombros, deprimida. Não tinha pensado nisso. A verdade é que ela ainda continuava agarrada a esperança de que tudo daria certo , ou que, o pior ainda não tinha vindo.

-Mas eu sei. - ele falou e agarrou a mão dela, enquanto corriam até o próximo hangar.

*****

-Vem, coloca o pé aqui.

Ian ajoelhou-se em apenas um joelho e cruzou os dedos das próprias mãos, fazendo um banquinho para Amy subir.

A garota hesitou antes de colocar o pé em cima das mãos dele e as duas mãos em seus ombros.

-Você... Ahn... Tem que dar impulso. - observou Ian.

Então ela percebeu que tinha parado naquela posição: com as mãos no ombros de Ian e os corpos muito próximos. Corada ela resmungou um "É, tem razão. Desculpe" e desceu, para pegar o impulso.

Assim que conseguiu alcançar o solo do avião ela fez força nos braços para subir.

-Ian. - ela chamou depois que se arrumou. - Vamos nós não temos muito...

Ela parou a frase de repente, pois ambos ouviram barulho de passos.

Eles perderam a cor.

Ian, como se despertado de um devaneio, percebeu que tinha que ser rápido. Pegou as mãos de Amy estendidas para ele, e deu impulso. Assim que subiu, os dois ficaram ali, deitados de bruços, de mãos dadas um de frente para o outro. O rosto há poucos centímetros de distância. Entretanto não ficaram assim porque queriam - por mais que queriam - mas sim porque se eles levantassem poderiam ser vistos pela janela do avião pelas pessoas que passavam pelo hangar.

-Vou pegar os documentos ali, Bruce. Espera aí. - eles ouviram o homem gritar.

Alguns segundos depois o homem resmungou alguma coisa como:

-Quem foi que mecheu nas minhas coisas?

E saiu, a passos apressados, cheios de fúria, atrás do responsável.

Ah, se soubesse que o responsável pela bagunça não tinha apenas sumido com suas papeladas, mas também entrado em seu avião e com a intenção de roubá-lo bem ali, debaixo de seu nariz, naquele momento... Puxa. O cara tinha azar.

Era uma pessoa boa e Amy sentiu-se imediatamente culpada por estar fazendo uma coisas dessas, porém já era tarde demais para recuar, por isso continuou ali, deitada de bruços, trocando olhares com Ian Kabra enquanto esperava que os passos do homem tivesse ficado longe o suficiente.

Quando sentiram que estavam em segurança, levantaram-se das posições que estavam e trocaram um último olhar nervoso: Iam mesmo fazer aquilo?

Era preciso, ambos sabiam.

A hélice começou a girar e o motor a fazer barulho. Barulho demais! Alguns funcionários, mais próximos, vieram para o hangar para ver o motivo de tanto barulho. O homem, que estava morrendo de raiva há pouco tempo, estava agora muitíssimo bravo... e com medo.

Ele gritava coisas que Amy e Ian não conseguiam nem imaginar o que era pois a tensão impedia a imaginação e o barulho do motor era ensurdecedor.

Finalmente, o avião começou a andar, taxiando para fora do hangar. Se alguém tivesse tentando impedir o avião, agora já não conseguiria mais.

Várias pessoas seguiram o avião correndo, inclusive o dono dele. Algumas pessoas falavam ao telefone desesperadas, outras gritavam horrorizadas. Algumas até saiam correndo, sem saber o que fazer. Era um caos.

Então, uma voz soou dentro da aeronave e Amy e Ian levaram um susto.

Atenção, avião particular 837, cancelar o voo. Atenção, avião particular 837, cancelar o voo.

Eles ignoraram aquilo da melhor maneira possível.

Atenção, avião particular 837, cancelar o voo imediatamente. Aqui quem fala é a polícia. Cancelar o voo. Repito: Cancelar o voo.

Ian Kabra fez o contrário: Ele mexeu em alguns botões e fez com que o avião andasse mais rápido e... Assim que chegou a pista de voo, acelerou, acelerou até o coração disparar.

Um carro de polícia apareceu, fazendo barulho e com as luzes brilhando significativamente, enquanto corria pela pista de decolagem atrás do avião deles. Não que pudesse impedir o avião de decolar, mas caso o avião parasse... Bem, Amy e Ian seriam bem recepcionados.

-Oh, não. - Amy falou. - A polícia. Agora a Interpol vai estar atrás da gente também.

Ele iria responder, mas uma voz, saindo do rádio, falou antes:

Cahill? Onde pensam que vão? É melhor pararem o avião nesse exato momento ou a sua amiguinha, a Ekat? Aquela garota nojenta? Vocês sabem de quem eu estou falando... Parem o avião agora ou a garota vai desaparecer misteriosamente. Quer dizer, o corpo apenas, a alma deve estará se encaminhando para seja-lá-o-que-vier.

A voz no rádio riu.

Vocês não tem muito tempo. Não tem tempo nenhum.

Amy e Ian sabiam que os Vespers tinham um terrível humor negro, mas também tinham que concordar com o inimigo: Eles não tinham muito tempo.

-O que fazemos? - Amy guinchou.

-Não podemos voltar. - foi a resposta de Ian.

O avião corria na pista de decolagem. Mais alguns metros e já teriam levantado voo.

-Precisamos voltar! - a ruiva exclamou. - Se não voltarmos eles vão... Eles vão matar Mila!

A esse ponto os dois já gritavam, histéricos.

-Ela sabia disso! Sabia que podia morrer! Foi ela que insistiu em ser a isca. Há mais Cahills correndo perigo. Precisamos ajudá-los. A Mila é só...

Tique-taque... Tique-taque... Zombou a voz que saía do rádio. Atenção passageiros, preparar para a aterrisagem.

Amy deu um soco na própria perna, nervosa.

-Não podemos, Ian!

-Nós temos que deixar assim. Precisamos estar na Namíbia antes de...

-Antes de quê? De que vai adiantar chegarmos lá se não soubermos para onde ir? Mila vai estar morta... Desaparecida! Não há como salvar os outros Cahills se não tiver ideia de onde eles estão!

-Eles devem estar blefando. - ele falou inseguro. - Veja no GPS se ela ainda está...

-Isso é assassinato! - Amy o interrompeu, histérica. - Não podemos usar uma... Uma hipótese como teoria! Ian, pare esse avião! Não somos monstros...

-Não! - ele também gritou. - Eles iram nos pegar assim que des...

-...Não somos VESPERS! - Amy completou a frase com um grito.

Nenhum dos dois conseguiu dizer uma palavra no momento, primeiramente porque respiravam ofegantes e o choque das palavras de Amy ecoou na cabeça, não só de Ian, mas na de Amy também. E o silêncio que se estagnou, mesmo com o barulho alto do motor e o rádio chiando várias vozes ao mesmo tempo, também foi porque o avião levantou voo.

Amy se agarrou na cadeira, assustada por sentir-se deixando o chão de repente.

Ian pensou em voltar, mas o avião já estava tão rapido e tão baixo que fazer uma curva com uma aeronave daquele tamanho naquelas condições poderia causar um sério acidente - que era a última coisa que eles estavam precisando no momento.

Então, como se seus sentimentos estrassem em perfeita sincronia, ambos começaram a chorar.

Ouviram um último comentário irônico do Vesper pelo rádio do avião:

Adeus.

Só isso.


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Notas finais do capítulo

Ficou curto, ficou uma merda e minha inspiração é um fiozinho de cabelo.
Mas... Se quiserem mais comentem na minha história.
Beijoooooooos!


*********************
A PARTE:
Para quem gosta de Crepúsculo e, principalmente, da história dos Lobos, leia a minha história Imprinting (Link: http://fanfiction.com.br/historia/205012/Imprinting/)
Com personagens totalmente novos e MEUS! ~comentários são bons também, só... Só para dizer~



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