Escolas... Quem foi o filho da mãe que encheu elas de vacas mesmo? Aquilo lá tava mais pra curral de ensino...

POV Mariana.

Meu dia começou da melhor forma possível, acordei com o cara que eu amo me olhando e sorrindo feito um bobo.

- O que foi? – perguntei.

- Nada. – ele respondeu sorrindo.

- você ta estranho... – eu disse, enquanto trocava de roupa.

- vocêquernamorarcomigo? – ele disse tão rápido que foi impossível decifrar.

- O que?

Ele respirou fundo.

- Você quer namorar comigo Mari? – Ele perguntou e segurava um anel.

Eu fiquei realmente estupefata. Acho que nunca ninguém – nenhum homem – tinha ficado perto de mim por tanto tempo, e ainda mais me pedido em namoro, ainda mais com um anel. Eu devo ter ficado muito vermelha, porque senti meu rosto queimar de um jeito incrível.

- É claro que quero Stev. –Eu disse nervosa.

Ele sorriu mais ainda e me beijou.

- Vamos descer. Eu tô com muita fome. – Eu disse.

Nós descemos e pouco tempo depois Lari e Izzy desceram também. Nós tomamos café e Lari me lembrou que eu tinha aula hoje – e enfatizem o EU porque aquela vaca resolveu ficar só trabalhando – Eu sabia que o inferno voltaria, pois escolas sempre têm vadias e vadias nunca se entendem comigo. Fiquei enfurecida, e como não podia descontar em ninguém, me despedi de todo mundo e fui andando.

Como já era de se esperar, logo na entrada do inferno aquelas garotas infernais mexeram comigo. Mas eu prometi pra mim mesma que ia ser invisível naquela escola, então só continuei andando.

Acho que nunca uma manhã demorou tanto a passar. E eu confesso que sequer prestei atenção na aula. Fui andando para a lanchonete, e eu teria demorado uns 20 minutos a menos, se não tivesse que ter me escondido daqueles caras barbudos de novo. Quando cheguei, Lari notou minha cara de espanto.

 - O que foi? – ela perguntou.

- Não é nada de importante... Agora... – eu disse enquanto observava o lugar. Lari tinha deixado o lugar com a cara dela.

- LARISSA, QUE PORRA VOCÊ FEZ AQUI? – gritei – TÚ QUER SER DESPEDIDA NO PRIMEIRO DIA DE EMPREGO CARA? ABAIXA ESSE SOM!

Estava tocando um disco do Queen, e por mais que eu gostasse daquela banda, eu tive que abaixar. Abri as janelas, joguei a mochila em um canto e comecei a limpar.

- O que você ta fazendo? O chefe só chega daqui à uma hora. –Ela disse.

- Eu to botando ordem nessa merda. E cala a boca e vem aqui me ajudar.

Ela fechou a cara, mas fez o que eu pedi. E quinze minutos depois um cara estranho, careca e magrelo – o chefe – estava parado na porta.

- Vocês já não deviam ter feito isso? – Ele perguntou.

Larissa abriu a boca para falar, mas eu interrompi.

- Larissa perdeu tempo me ajudando com os deveres da escola senhor. Desculpe-nos.

Ele fechou a cara e foi para a cozinha. Nós simplesmente começamos a rir histericamente. Eu confesso que não consigo falar formalmente sem arrancar sorrisos de todo mundo que está ao meu redor, pois é uma coisa realmente engraçada.

- Ei, posso saber qual é a graça? – disse Slash quando entrou pela porta.

Larissa fez um perfeito teatro repetindo a cena e Slash riu.

- Vocês são loucas – disse ele, rindo – Quando vocês vão sair daqui? Tem um cara deprimido no sofá lá de casa, e outro que se eu fosse você Larissa, ficava de olho.

Ele enfatizou a última frase, e nós rimos.

- Vamos sair daqui só depois das 11 da noite Slash, vá consolar o cara deprimido no sofá por mim – eu disse.

- Porque Slash eu deveria ficar de olho? – Lari perguntou com um tom que poderia facilmente se passar por curiosidade, mas eu conheço Larissa e sei que ela é ciumenta, principalmente depois que aquele cara traiu ela. Porem Slash –graças a Deus ou teríamos mortes- não ouviu a pergunta por causa da minha risada.

- Eu venho aqui buscar vocês mais tarde, vou ser o mais sóbrio Às 11 horas. – ele disse.

Nós rimos e nos despedimos. Logo depois que ele saiu, um grupo de patricinhas entrou na lanchonete, e nós percebemos que o inferno aconteceria dentro daquele lugar também.

- Ei, suas idiotas, venham aqui nos servir. – uma loira siliconada gritou.

Lari já ia até a mesa, quando eu com uma cara de quem vai aprontar falei para ela ficar onde estava, que eu as atenderia.

- Pois não?