POV. Larissa

- E ai, o que você tem? – Izzy perguntou preocupado, se aproximando de mim, eu não sabia como lhe falar aquilo, então soltei tudo de uma vez.

- Izzy, eu to gravida. – falei rápido, ele parou estático.

- C-como é?

- Não me obrigue a repetir. –disse sem saber se ficava feliz ou triste com a noticia. Ele também não estava com uma cara de muitos amigos então nós saímos do hospital, entramos no taxi, fizemos todo o trajeto em silencio, entramos no quarto e ele sentou na cama e começou a fumar um cigarro atrás do outro e eu segui seu exemplo, além de andar de um lado para o outro:

- Izzy, fala alguma coisa. – falei depois de uns 15 minutos daquele jeito.

- Eu não sei o que dizer. – ele falou pálido. Assim como eu, já estava na segunda cartela de cigarros.

- Como você se sente?

- Não sei. E você?

- Também não sei. – eu disse sentando na cama ao sei lado.

- Você quer ter o filho? – ele perguntou depois de cinco minutos de silencio. Eu me descontrolei.

- COMO ASSIM? VOCÊ TA SUGERINDO ABORTO É ISSO? VÁ SE FODER IZZY... –eu comecei a gritar descontroladamente até que ele me abraçou e me acalmou, ficamos um tempo em silencio.

- Lari?

- Oi?

- Eu não sei se to pronto pra ser pai. – Ele disse alisando meus cabelos.

- Muito menos eu para ser mãe, mas a gente dá um jeito. – Ele concordou com a cabeça. – Izzy. - chamei, ele olhou pra mim. – Essa gravidez tem dois meses.

- Mas...

- Eu sei. – disse interrompendo. – Deve ter estourado ou sei lá.

A gente ficou lá só abraçado por muito tempo até que eu fui dormir.

POV. Izzy

Quando ouvi Lari dizer que estava gravida eu não soube como reagir, puta que pariu, eu ia ser pai. Nós voltamos para o hotel e depois de muito tempo ela acabou dormindo, eu fiquei olhando para ela e pensando que agora eu teria que ser responsável e cuidar de um filho, meu filho, eu deveria estar feliz, é isso o que todo casal quer, eles se casam e eventualmente tem filhos. Eu poderia não saber como agir, mas de uma coisa eu tenho certeza, iria apoiá-la em qualquer situação, eu daria um jeito de ser um bom pai.

No outro dia Lari acordou e nós passamos o dia juntos conversando, uma semana depois nós voltamos pra LA. Nós chegamos e ela foi levar as coisas pra cima, eu fiquei na sala.

- O que rolou entre vocês? – Slash perguntou.

- Lari passou mal na viajem. – respondi.

- E…
- E eu tô grávida Slash – disse Lari. Ele sentou no sofá meio sem reação, depois levantou dizendo que ia sair, Mari desceu a escadas arrastando Lari junto com ela. De noite fomos dormir.

POV. Larissa

Eu acordei e Izzy ainda dormia, eu estava muito nervosa eu ia ter um filho e tinha medo de que acabasse sendo tão ruim quanto minha mãe foi pra mim, como eu não podia beber de qualquer jeito, para me acalmar recorri ao cigarros, depois voltei para o quarto e tentei dormir  de novo, mas eu senti uma dor aguda na barriga, vi o sangue saindo e Izzy gritando alguma coisa que não identifiquei, pouco tempo depois eu estava em um ambulância rumo ao hospital.

Depois de mais de uma hora ali fazendo exames o medico me disse que meu bebe estava bem, suspirei aliviada, ele disse que eu teria que me manter longe de bebidas, cigarros, drogas ou qualquer outra substancia toxica, ele saiu do quarto e eu fui logo atrás ver a Mari e o Izzy, estava todo mundo lá e eu me surpreendi quando minha mãe me chamou para conversar.

- Como você ta filha?

- Mal, eu to com medo, medo de não ser uma boa mãe. – falei chorando, essas lagrimas eram efeito da gravidez, eu juro.

- Escuta filha. – ela levantou minha cabeça me fazendo olhar para ela. – Eu não vou deixar você fazer com essa criança o que eu fiz com você. – ela disse, eu agradeci mentalmente, já que não conseguia achar minha voz.

Depois eu voltei e eu tive alta. No outro dia o Guns saiu em tune e nós acompanhamos, o Slash parecia mais feliz em Las Vegas, e eu estava feliz por ele, aquele lugar era realmente o paraíso, eu e o Izzy apostávamos e às vezes perdíamos feio, mas aquilo era diversão.

Estávamos na sala eu, Mari, Stev e Izzy e o Slash e o Duff chegam rindo por trás de nós.

- Meninas. – Duff chamou. Nós nos viramos e uma cobra caiu no meu colo, Stev gritou e puxou Mari rápido dali, Izzy levantou do sofá, eu fui a única que não tive nenhum tipo de reação.

- Onde você conseguiu essa gracinha?- perguntei, Mari foi pra perto de mim e nós admiramos o réptil.

- Porque vocês não saíram gritando e correndo? – Slash perguntou chocado com nossa reação.

- Não tenho medo de cobras. – eu disse.

- Nem eu. – Mari concordou, ficamos ali por mais algum tempo, o Steven já tinha dado o fora e o Izzy se mantinha longe do animal.

- Lari, vem cá. – Mari me chamou, eu peguei Nagini – esse era o nome da cobra, não me pergunte porque – e a dei pro Slash, subi com a Mari. Ela me levou até seu quarto e se virou para mim séria.

- O que foi? – perguntei depois de ela ficar olhando pra mim séria sem pronunciar uma palavra por mais ou menos um minuto.

- Quantos meses têm o bebe? – ela perguntou, eu não entendi o porque daquela pergunta.

- Dois meses. O que é Mari? – perguntei nervosa.

- Você disse que se protegeu com o Izzy certo?

- Sim e daí?

- E com o Slash? - Entendi onde ela queria chegar.

- Você ta querendo dizer que esse filho pode ser do Slash? – perguntei assustada.

- É uma possibilidade. – ela disse calma, porém seria.

Minha conversa com Mari me deixou mal o resto da semana até que eu finalmente resolvi fazer um teste de paternidade.

POV. Slash

Lari foi conversar com a Mari e voltou estranha, eu não sabia por que e era melhor continuar sem saber, quem tinha que se preocupar era o Izzy. Ela passou o resto da semana assim.

A gente tava sentado no sofá discutindo sobre uma música nova e ela levantou de repente e disse que tinha um compromisso, saiu tão rápido que não deu tempo nem do Izzy perguntar aonde ela ia, mais ou menos meia hora depois ela voltou mais estranha do que quando tinha saído, arrastou a Mari da sala e ela a acompanhou. Já era noite quando Lari foi atrás de mim, eu estava no quarto do hotel pensando quando ela entrou, séria.

- Slash, preciso falar com você.

- O que foi? Você ta bem? – perguntei me preocupando. Ela não disse nada, apenas me entregou um envelope, eu abri e li. Terminei de ler e cai sentado na cama tão pálido quanto ela. - O que isso quer dizer? – perguntei já sabendo o que ela diria.

- Que você é o pai dessa criança