Sabe aquele momento em que você tem certeza de que esta sendo trocada pela sua melhor amiga e ainda por cima por algo pior? Se não, torça pra continuar assim.

POV. Larissa

Ok, eu sou ciumenta e todo mundo já sabe, nem é novidade nem nada, mas isso já passava do ciúme, eu sabia que essa garota não era boa coisa, quer saber por que?

Flash back on

A Mari chega com essa tão de Ambre, segundo ela “pra conhecer a gente”, se continuasse desse jeito ela iria realmente me conhecer. Então a Mari sai pra ver o Steven e deixa: eu, ela e o Izzy na sala, não sem antes me olhar com uma cara que dizia “seja legal e não mate a garota”, eu já não gostava dela antes, simplesmente não fui com a cara. Quando ficamos sós a primeira coisa que ela fala é:

- Izzy, eu amo seu trabalho. – mas ela falou quase SENTANDO NO COLO DELE. Ele olhou rápido pra mim e se afastou um pouco dela, mas ela continuava chegando perto - ela só faltou dizer “Izzy seu gostoso me come” - e a minha vontade de matar ela já passava dos 1234556679 por cento, mas o pior foi que quando eu fui falar isso com a Mari ela defendeu a puta de canto de esquina, e ainda por cima quando eu fui falar isso na frente dela, a vadia desmentiu tudo e disse que eu estava imaginando coisas E A MARI CONCORDOU COM ELA.

- É seu ciúme vendo coisa onde não tem. – ela falou com a cara fechada.

E essas coisas continuaram acontecendo, ela sempre dava um jeito de se fazer de vitima, eu já nem ligava mais pra depressão do Axl, e agora a gente conversava muito, porque ele tinha perdido a mulher que ele amava e eu estava perdendo a minha melhor – e única – amiga, então, se eu não amasse o Izzy e ele amasse a Erin, poderíamos ser alma gêmea.

Flash back off

Eu estava realmente irritada e tudo isso estava me levando lentamente ao fundo do poço, eu estava bebendo cada vez mais e já estava começando a usar heroína com o Izzy, a gente teve uma briga por isso porque ele não queria me deixar injetar, mas no final eu ganhei.

Um belo dia, ou melhor, noite –lê-se horrível em que a Mari passou o dia todo com a puta- ela chegou e eu tava bêbada – não que isso fosse mais uma novidade – e a gente começou a discutir, feio.

- TU TÁ É COM CIUMES LARISSA! VAI SE FODER MANO! – ela gritou.

- ESSA MENINA TÁ TE LEVANDO PARA O CARALHO E VOCÊ NÃO TÁ VENDO, SUA BURRA! – eu respondi.

E ai ela me deu um tapa na cara – só eu posso bater nos outros- e é claro que eu revidei e no final aquilo parecia uma luta livre, a briga só acabou quando Slash, Izzy, Steven e Axl acordaram com nossos gritos –Deus sabe onde tava o Duff - foram preciso todos eles para separar a gente.

- VOCÊS SÃO AMIGAS, AMIGAS, E OLHA A QUE PONTO CHEGARAM?- Izzy gritou me segurando.

- Concordo. – falei, ele me olhou surpreso. – O que vai ser Mariana, você vai acreditar nela ou em mim.

- Eu não disse que não acredito em você, é só que teu ciúme te faz ver coisa onde não tem, por exemplo, naquele dia no bar que você quase matou a Michelle achando que o Izzy tava dando bola pra ela. – Aquilo doeu mais que todos os tapas na cara, eu fiquei imóvel por um tempo ate que o Izzy me soltou.

- Tudo bem. – eu disse, na verdade, não tinha nada bem. Eu passei firme por ela, que ainda tinha os braços do Steven ao redor do corpo.

- Pra onde você vai? – Axl perguntou.

- Sei lá. – respondi e sai dali o mais rápido possível. Assim que pus o pé na rua lagrimas começaram a cair dos meus olhos, eu tentei seca-las, mas elas insistiam em cair em uma velocidade surpreendente, então, depois de algumas tentativas fracassadas eu simplesmente as deixei cair.

Fui fazer o que fazia de melhor, afogar minhas magoas na bebida, não fui pro Rainbow, iriam me achar muito fácil, parei em um outro bar bem vagabundo e pedi vodka, depois pedi Jack Daniels e depois... Bem, depois eu apaguei.

POV. Izzy

Aquilo estava chegando a um estado critico, nunca vi aquelas duas daquele jeito, no tapa, e foi algo realmente chocante e assustador. Depois que separamos elas Mari falou algo que realmente fodeu com as chances delas saírem abraçadas dali, e aquilo realmente me preocupou muito, porque Lari é o tipo de pessoa que bebe pra esquecer, e agora ela usa heroína pra esquecer e quando ela saiu pela porta eu tenho que admitir que nunca senti tanto medo na minha vida.

- Pra onde você vai? – O Axl perguntou, eu sabia que ela não ia falar.

- Sei lá. – ela respondeu batendo a porta. Viu só.

- Izzy? – Axl falou e todos ficaram me olhando, eu não sabia o que fazer, ir atrás dela naquele estado não ia dar em nada, mas me preocupava com o que ela ia fazer, Mari pareceu se sentir meio culpada pelo que falara, não sei, e saiu de lá, subindo as escadas e puxando o Steven. – Izzy? – Axl chamou de novo. – O que você vai fazer?

- Esperar. – respondi acendendo um cigarro.

E foi o que eu fiz, esperei, esperei muito, ate que já era quase três e meia da manha e eu não aguentava mais esperar, era obvio que ela não ia voltar pra casa, eu me desesperei.

- Eu vou atrás dela. – Falei apagando o ultimo cigarro da cartela, tentando parecer calmo.

- Ele ta desesperado. – o Axl falou respondendo a cara de ponto de interrogação do Slash, eu não liguei, só sai de lá e fui pro Rainbow, mas ela não estava lá, merda, então eu sai procurando cada bar que tinha por ali, ate que achei ela em um barzinho vagabundo. Lari tava jogada no chão com uma multidão em volta dela e um cara cutucava ela.

- Ei gostosinha, acorda.

- Cara, tem certeza que ela não ta morta? – um cara perguntou. Uma multidão E NINGUÉM NAQUELA PORRA PODIA AJUDAR NÃO É? Eu gelei.

- LICENÇA PORRA. – ninguém me ouvia. – IZZY STRADLIN, ELA É MINHA NAMORADA, DA PRA VOCÊS SAIREM DA FRENTE CARALHO. – finalmente essa merda de fama serve pra alguma coisa. Eu peguei seu pulso. Ufa. Peguei ela no colo e levei pro hospital mais perto que tinha a pé mesmo, já que eu tava sem o carro. Cheguei lá e ela foi pra emergência.

- Ela esta em coma provocado pelo excesso de álcool no organismo. – disse o medico. – O estado dela é critico. –Aquilo me abalou, eu não soube como reagir. Eu procurei um telefone por ali.

- Alô? – A voz do Axl falou do outro lado.

- Axl, Lari teve um coma alcoólico, eu to no hospital com ela. - Eu falei tentando por tudo não chorar.