Fairy Tail - A Marca Da Maldição escrita por Ana Paula Fanfics


Capítulo 1
Prólogo




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Lucy suspirou profundamente enquanto se recostava na banheira repleta de água quente perfumada. Nem se dera conta de que estava tão cansada até que se despira e se permitira um relaxante banho.

Mas não era pra menos. Ultimamente, ela, Natsu, Gray, Erza e Happy vinham pegando uma missão atrás da outra, já que as coisas andavam bem movimentadas. Mais do que o normal, claro. Por que quando se fazia parte duma Guilda como a Fairy Tail... o inesperado era sempre o que se deveria esperar.

Mesmo com o corpo exausto, Lucy tentou concentrar sua mente nas coisas misteriosas que vinham rondando O Reino de Fiore, mas essa estava tão lenta devido à água quente que fazia um leve vapor perfumado dançar em torno de sua cabeça... acabou por desistir, dando um tempo a si mesma em agir como uma garota normal de dezessete anos, e não uma maga da Fairy Tail.

Lembrava-se bem de quando fugira de casa e resolvera sair pelo mundo à procura da tão sonhada Fairy Tail, a melhor Guilda de todas. Lucy sabia que era ainda principiante no quesito magia por isso imaginava que não teria chance alguma de entrar em tal Guilda. Mas fora no porto de Hargeon que ela conhecera Natsu e Happy, e foram eles quem a tinham trazido até a Guilda.

Melhor do que um sonho, Lucy pensava enquanto sorria de olhos fechados, suas mãos ocupadas em lavar seu corpo cansado. Quando vira o jovem desajeitado com aquele gato (?) esquisito, ela não dera nada por eles. Mal ela sabia que o rapaz era ninguém menos do que o próprio Salamandra, um dos mais famosos magos da Guilda dos seus sonhos.

Ela gargalhou ao se lembrar de como ele a puxara, praticamente a arrastando pra longe dos escombros que minutos antes fora o porto de Hargeon. O fogo destrutivo, sobre o qual Natsu não se esforçava em ter medida alguma, acabara com tudo junto ao bando de Bora, um mago fajuto que a quisera escravizar junto a mais algumas jovens da cidade.

Natsu era encrenca, ela sabia. Mas também sabia que se afeiçoara àquele esquisito cuspidor de fogo, assim como também se afeiçoara à Happy, Gray e Erza, em especial. Mas não podia se esquecer de que cada um dos membros da Guilda ganhara seu respeito e admiração, conquistando assim sua amizade. Em sua inexperiência, Lucy jamais imaginara que fazer parte de tal grupo de magos fantásticos seria assim tão fácil.

Mais um suspiro ela deu ao perceber que a água estava fria. Sua testa se franziu quando ela se levantou, saindo da banheira em direção a pia. As coisas não estavam calmas demais? E por mais que morasse sozinha naquele apartamento pelo qual ela pagava 70.000 jewels todo mês, ela ainda tinha a nítida impressão de que algo estava faltando.

Mas onde estava mesmo a bendita toalha? Ela não a deixara sobre a bancada da pia?

- Obrigada. – ela agradeceu automaticamente quando uma pequena mão lhe estendeu a toalha branca. Demorou cinco segundos pra que ela se desse conta do que acontecia ali. – Haaaappyyyy!!!!! – ela berrou se cobrindo com a toalha e pulando pelo susto ao ver o gato azul de Natsu sentado sobre a tampa do vaso sanitário. – O que está fazendo no meu banheiro?????

- Happy só queria saber como Lucy estava. – o gato disse sorrindo como se não estivesse de nenhuma forma invadindo a privacidade da moça.

- Ver como eu... – ela balbuciou incrédula, atônita por um momento. Mas um brilho sinistro em seus olhos fez Happy saltar pro chão e correr desenfreadamente pra dentro do apartamento no mesmo momento em que Lucy rapidamente se enrolava na toalha e corria em seu encalço. – Fooooora!!! Não invada a casa das pessoas dessa forma, gato mal!!!

- Lucy está doida! Lucy quer matar Happy! – ele gritava enquanto corria pelo quarto com Lucy em sua esteira. – Happy é gatinho bom!

- Você estava me espiando tomar banho! – Lucy berrou parando aos pés de sua cama, Happy se escondendo atrás da cabeceira da mesma. – Você é um gato mal! E por que diabos está falando em terceira pessoa?

- Ela tem razão, Happy. Você é um gato mal. – Lucy se assustou e quase deixou a toalha cair quando uma figura passou pela porta, uma coxa de frango que sobrara de seu jantar sendo devorada sem qualquer misericórdia. – Quando for assim, me chame que também quero ver.

- Aaaaaaaah! Um tarado! – Lucy berrou pegando o abajur de cima da cômoda e acertando a cabeça de Natsu com ele. O rapaz cai com estrondo, o osso do frango ficando atravessado dentro de sua boca, cada ponta estufando uma das bochechas.

- Él... is-arra... incando. (Eu estava brincando.) – Natsu grunhe ao se sentar no chão, o osso ainda dentro de sua boca, uma das mãos massageando o topo de sua cabeça onde Lucy o acertara. – Urri é uirro arrerrirra! (Lucy é muito agressiva!)

- Fale com a boca, infeliz. – mais uma voz conhecida fez Lucy saltar, quase caindo em cima de Natsu. – E tire esse osso da boca, está patético. Mais do que o habitual.

- Graaaay! – Lucy berra, ambas as mãos na cabeça. – O que vocês estão fazendo na minha casa?

- É uma bela casa, por sinal. – uma voz feminina comenta ao vir da sala, também entrando no quarto.

- Até você, Erza? – Lucy geme desconsolada. – O mundo está mesmo perdido.

- Rorrê irrarrerra. (Você exagera.) – Natsu decreta, mas então é atingido por um poderoso chute de Erza que o manda pro outro lado do quarto, destroçando a cômoda. Via-se claramente um dos pés de Natsu tendo espasmos enquanto a cabeça estava fora de vista, perdida entre os escombros.

- Minha cômoda! – Lucy gritou ao levar ambas as mãos à cabeça. – Meu quarto... destruído!

- Ou engole ou cospe, idiota. – Erza ainda dizia a Natsu antes de se lançar sobre a cama de Lucy, que momentaneamente perdera a fala.

- E, Lucy... você não vai se vestir? – Gray lembrou distraidamente enquanto folheava uma revista, sentado na cadeira de leitura do quarto de Lucy. – É indecente estar de toalha na frente das visitas.

- Eu estou na minha casa! E vocês não são visitas, são invasores! – ela gritou ao sair do transe. – E você está só de cuecas!

- Oh, droga! – ele praguejou ao se dar conta de que ela dizia a verdade. – Quem roubou minhas roupas?

- Ninguém roubou suas roupas, Gray. – Happy disse enquanto mirava Lucy de forma desconfiada. – Você tirou no meio do caminho até aqui. Eu vi.

- Por que não me disse? – ele perguntou exasperado fitando o estranho gato com cara de poucos amigos.

- Happy pensou que fosse por querer. Happy não está acostumado a pessoas estranhas que se despem sem perceber. – Happy disse com naturalidade.

- Mas o que vocês fazem na minha casa, além de destruir minha cômoda? – Lucy perguntou ao cruzar ambos os braços em frente ao peito.

- Viemos lhe informar de que estamos pensando em pegar nova missão. – Erza comunicou ainda deitada na cama, ambas às mãos atrás da cabeça que descansava nos travesseiros de Lucy.

- Uma missão? Mas acabamos de chegar... – Lucy gemeu.

- Mas essa não é como as outras. – Gray disse com seriedade. Talvez tivesse mais pose de sério se estivesse vestido e não apenas de cueca... mas tudo bem. – O próprio mestre Makarov nos pediu pra cumpri-la.

- O... mestre pediu? – Lucy se espantou. Pra Makarov pedir algo a eles... bem, a coisa devia ser muito, muito  importante. De que outra maneira ele arriscaria ao juntá-los em um time sob suas ordens? Não sem prever dezenas de coisas destruídas pelo caminho...

- Sim. Parece que um grande amigo seu lhe pediu socorro, então ele nos escolheu pra mandar nessa missão. – Natsu disse ao se levantar dos escombros. O osso... bem, não havia vestígios dele em parte alguma. – Mas pra dizer a verdade, tou louco mesmo é pelo lugar em questão.

- E que lugar seria? – Lucy perguntou já prevendo que boa coisa não haveria de ser já que Natsu gostara da idéia.

- Hosenka Town. – Erza disse ao abafar um bocejo contra as costas da mão.

- Hosenka Town? – Lucy estranhou. – Mas o que há de tão bom em... – então se lembrou. Spas + Fontes Termais + Lojas de Magia = Aaaaaaaaaaaaaaaaah! – Nós vamos pra Hosenka Town?? – perguntou tentando disfarçar sua animação, mas dançando interiormente.

- Aye! – Happy disse todo feliz ao sair de trás da cabeceira, percebendo que Lucy se esquecera do episódio do banheiro. – Temos uma missão lá, Lucy!

- Mas por que Natsu ficaria contente em ir pra Hosenka? – Lucy estranhou ao observar o rapaz que se levantava, animado como sempre.

- Fontes termais, Lucy! – ele disse enquanto flexionava os braços e as pernas, o seu comum fogo brilhando no fundo da garganta. – E você sabe o que isso significa?

- Hum... – Lucy pensou, mas Happy passou voando por ela (sim, ele voava. Um gato azul de barriga branca que fala e voa... já disse que ele não era normal), circulando em volta de Natsu.

- Vulcão, Lucy! Natsu adora vulcão. – ele disse todo feliz enquanto prosseguia circulando em torno do rapaz.

- Vulcão... – Lucy balbuciou enquanto sua mente fértil montava uma cena. E nela Natsu fazia a cidade toda ir pelos ares graças ao vulcão que ele acordara. – Não estou mais tão animada pra isso...

- Serão 5.000.000 jewels de recompensa – Erza disse ainda deitada na cama, os olhos fixos no teto. – mais uma chave de espírito estelar.

- Uma... chave? – Lucy disse lentamente enquanto processava a informação.

- Aye! – Happy disse sorrindo enquanto parava ao lado de Natsu, se abaixando pra fazer abdominais com ele. – Uma prateada do espírito de... – ele parou, uma patinha no queixo enquanto pensava. – Happy se esqueceu de que é. Quando tento me lembrar, só peixe vem na minha cabeça. Estranho isso...

- Muito estranho... – Lucy desdenhou ao vê-lo começar as abdominais junto a Natsu que estava mais enérgico do que sempre. E isso era muita, muita coisa.

- É uma chave prateada pra algo relacionado a livros, segundo o que eu ouvi o mestre dizer e... – Gray dizia, mas se assustou quando Lucy passou correndo por eles, se trancando no banheiro.

- Me esperem! Fico pronta em um minuto! – ela gritou por detrás da porta.

- Lucy é muito legal. Mas muito estranha também. – Natsu disse entre uma abdominal e outra.

- Aye, Sir! – Happy concordou enquanto fingia socar o ar.

- Você é mesmo um retardado. – Gray desdenhou enquanto voltava a folhear a revista.

- Calem a boca vocês pra que eu possa tirar um cochilo. – Erza resmungou. – Ou eu os mato um por um de forma bem lenta e absurdamente dolorosa.

E instantaneamente reinou o silêncio no quarto de Lucy.

Esse era então o time mais forte da Fairy Tail.


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Notas finais do capítulo

Se gostaram, comentem pra me incentivar.
Se odiaram, comentem pedindo pra que eu cale a boca e vá poluir outro site.
Até o próximo... eu acho.



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