Pronomes escrita por Priih _ ncesa


Capítulo 3
Ele


Notas iniciais do capítulo

Consegui cumprir o cronograma! Uhul! HAHAHAHAHAHA Enfim, não tenho muito o que falar, só espero que gostem desse capítulo.
Enjoy~



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Ele

Finalmente Kakashi havia tomado coragem para ligar para Jiraya. Estava ligando antes dele ir para o seu primeiro dia de trabalho no emprego novo, logo de manhã cedo. Havia escolhido aquele horário em particular para ligar, pois era improvável que Jiraya o antendesse. A essa hora o velho tarado deveria estar desmaiado em algum lugar.

Mas a sorte não estava do seu lado. Jiraya antendeu no terceiro toque.

- Jiraya-sensei? – Kakashi suspirou infeliz, mas a voz que o respondeu não era a que esperava.

- Kakashi?

- Tsunade-sama?! – Ele quase atirou o telefone longe, de tamanho o susto que levou.

- Você quer falar com o Jiraya, Kakashi? – Tsunade riu do espanto de Kakashi. – Ele está tomando banho agora, mas eu aviso que você ligou. E nada de se atrasar para o seu primeiro dia no emprego!

Kakashi apenas assentiu, e ficou escutando a linha muda durante um tempo, até conseguir digerir o que havia acabado de acontecer.

Primeiramente, Tsunade, a reitora da faculdade de música em que ele daria aulas a partir de hoje havia atendido o celular de Jiraya. Até aí tudo bem. Mas que raios era aquilo sobre o Jiraya estar tomando banho? Finalmente Tsunade havia se rendido as investidas de Jiraya? Kakashi não conseguia aceitar isso. Na verdade, era melhor nem pensar nisso, ainda mais naquela hora da manhã.

Ainda surpreso e meio incerto, terminou de se arrumar e alimentou seus cães, verificando se tinham água limpa e olhando o campo minado que havia se tornado seu quintal. Jun ia matá-lo se ela pissasse num daqueles gigantes cocôs. Suspirou. Tinha que contratar alguém para cuidar disso, ele mesmo não teria tempo para essa tarefa.

Calçou as meias e os sapatos em seguida, arrumando a sua pasta e colocando o violoncelo nas costas. Estava pronto para o seu primeiro dia de trabalho.

Estava abrindo o portão quando escutou xingamentos distantes numa voz melodiosa. Jun.

- Ohayo! – Cumprimentou, dando-lhe seu melhor sorriso.

- Enfie esse seu animado ‘ahayo’ no... – A jovem balançou a cabeça irritada. – Saiba que o quintal virou um campo minado de ontem para hoje! – Exclamou irritada. – Tive que voltar em casa para trocar de sapatos.

- Então é melhor você olhar melhor o chão... – Kakashi sorriu e deu de ombros, vendo a expressão da jovem se tornar cada vez mais zangada.

- Ok Kakashi, me lembrarei disso. – Aquilo pareceu mais uma ameaça aos ouvidos de Kakashi do que tudo.

O jovem grisalho engoliu em seco e abriu o portão.

- Primeiro as damas... – Disse e deu espaço para Jun passar. A menina empinou o nariz e passou por ele. Kakashi revirou os olhos. Ela iria lhe dar problemas, iria lhe dar muitos problemas.

Suspirou.

Por que garotas bonitas eram sempre tão problemáticas?

E Jun realmente era uma bonita garota. Ele não havia percebido isso no dia anterior, mas agora, a luz do dia ele podia ver o quão bela era ela.

Os longos cabelos castanhos estavam presos em um rabo-de-cavalo, e a franja, um pouco bagunçada, brilhava ao sol em vários tons de castanho. Os olhos verdes eram lindos. Na verdade, era os olhos mais bonitos que Kakashi se lembrava de já ter visto.

Suspirou mais uma vez.

Ele não deveria ficar reparando nos atributos físicos da inimiga. Mesmo a inimiga sendo alta, magra, linda e dos olhos verdes. Balançou a cabela pesaroso. Aquele tipo de pensamento não ajudava em nada.

Sem perceber, Kakashi e Jun estavam andando lado a lado na calçada. Afinal, estavam indo para o mesmo lugar.

- Tenho que sair mais cedo de casa... – Murmurou a jovem consigo mesma.

- Para evitar ser vista comigo? – Kakashi a alfinetou.

- Para evitar a sua desagradável presença! – Retrucou e apertou o passo, se distanciando do grisalho.

- Ei! – Ele a alcançou. – Eu estava brincando...

- Hai, hai... – Ela assentiu e revirou os olhos.

- Essa juventude está mesmo perdida. – Disse Kakashi. – Nem ao menos respeitam os mais velhos.

- Ok ojii-san! – A jovem rodou os olhos novamente, irritando Kakashi.

- Me chame assim de novo e eu faço questão de fazer o Buru, meu maior cachorro, deixar um presentinho para você bem na sua porta. – Kakashi havia se irritado. E se ela queria guerra, ela teria.

- Igual ele fez hoje? – Ela pôs as mãos na cintura e parou, o encarando.

- Ele fez...?

- Sim! Ele fez! Um beeeem grande e fedorento! – Jun torceu o nariz, se lembrando daquele horrível momento.

- Ah... – Kakashi se sentiu culpado. Ele pensou que a jovem havia pisado num dos presentes porque estava distraída, mas pelo visto, não havia acontecido bem assim. – Eu peço desculpas pelo meu comentário mais cedo.

- Como? – Jun não entendeu.

- Se lembra quando eu disse que era melhor você olhar o chão? Então, eu retiro esse comentário e estou me desculpando com você. Foi maldoso da minha parte... – Ele deu de ombros. Não custava nada concertar um erro.

- Ok... – Ela o olhou desconfiadamente. – Isso foi estranho, mas eu aceito as suas desculpas.

- Bom. – Disse ele.

- Bom. – Repetiu ela.

E seguiram em silência até a faculdade de música que ficava virando a esquerda no final daquela rua.

Quando chegaram no campus, muito mal ele piscou, Jun sumiu. Num segundo estava ao lado dele e no seguinte havia evaporado. Não que ele se importasse.

Com medo do que ele haveria de enfrentar, rumou para a sala da reitoria. Esperando encontrar Tsunade, e provavelmente Jiraya. Seu dia já havia começado mal, só esperava que ele melhorasse ao longo do dia.

Mas não era isso que ia acontecer. Ao contrário. A tendência era só piorar.

Engoliu em seco e esperou a secretária de Tsunade lhe dar o sinal verde para adentrar na sala da reitoria. Inspirou e rodou a maçaneta. Seu pior pesadelo se tornando realidade.

Jiraya estava lá.

E pior.

Anko também estava.

Se ele pudesse, teria dado meio volta e marchado para fora daquela sala, e em seguida, marchado para fora daquela faculdade e voltaria para a sua quente e macia cama, fingindo que nada daquilo havia acontecido, que havia sido apenas um sonho ruim.

Mas infelizmente não era um sonho. Era a triste e cruel realidade.

- Yo Kakashi! – Cumprimentou Jiraya, e se adiantou para dar um abraço no estático Kakashi. Ele ainda não conseguia acreditar que Anko estava lá.

- Y-Yo... – Gaguejou e deu uma seca batidinha nas costas do velho tarado. Engoliu em seco quando Anko se levantou da cadeira que estava sentada e veio em direção a ele quando Jiraya o soltou.

- Você parece ótimo Kakashi! – A mulher se inclinou na sua direção e ele recuou. Não queria ter nenhum contato físico com ela.

- Eu estou ótimo. – Deu enfâse no verbo e se voltou para Tsunade, uma pergunta muda no se rosto.

- Parece que você está se perguntando o que é toda essa recepção, não é, Kakashi? – A loira de fartos seios que não aparentava a idade que tinha disse, um meio sorriso nos lábios vermelhos.

- Eu posso responder! – Jiraya riu-se e Kakashi se perguntou se ele estava bêbado. Esperava que não.

- Então responsda! – Kakashi estava impaciente. Pricipalmente pelo fato de Anko estar ali.

- Bem Kakashi, – Jiraya sorriu. – eu tenho uma propost- -

- Não, eu recuso! – O grisalho nem deixou o pervertido dizer. Não aceitaria nenhuma proposta de Jiraya, ainda mais quando provavelmente Anko estava envolvida também.

- Mas você nem me escutou! – Se lamuriou Jiraya.

- Eu lhe conheço muito bem para saber que suas propostas não são coisas que devemos aceitar, por isso eu a recuso antes mesmo de escutá-la. – Cruzou os braços e encarou Jiraya, que começou a ficar sério.

- Agora é sério Kakashi. Eu preciso da sua ajuda.

- Minha ajuda? – Soergueu uma sobrancelha. A única ajuda que Jiraya precisava era a dos álcoolatras anônimos.

- Sim, sua ajuda. Preciso que você toque em um corcerto. – Explicou Jiraya e aguardou a resposta de Kakashi.

- Concerto? Dê-me mais informações. – Pediu. Por enquanto aquela era uma oferta normal, veríamos a seguir o que o velho tarado realmente queria.

- Um dos convertos do Vivaldi para dois violoncelos e... – Kakashi o cortou.

- Dois violoncelos? – Agora ele entendi o porquê de Anko estar ali. – Não obrigada... Acho que é só, não é? – Kakashi dirigiu essa última frase a Tsunade, querendo permisão para sair.

- Termine de escutar o que o Jiraya tem a dizer, Kakashi. – A loira sorriu e Kakashi ficou, mesmo que forçado.

- Eu estou desesperado! – Jiraya puxou os cabelos para dar enfâse no que dizia. – O meu primeiro violoncelista quebrou a perna! Vai ficar mais de um mês sem sair da cama, você é a minha última esperança Kakashi!

- Bem, você tem a Anko, não é?

- Ele será a segunda viloncelista.

- Mude, passe ela para primeira e arranje alguém que ocupe o lugar dela... – Ele deu de ombros. Infelizmente as coisas não eram tão fáceis como ele dizia, e ele sabia. Mas queria se livrar disso.

- Onegai! – Pediu Jiraya se aproximando.

- Não.

- ONEGAI! – O velho se ajoelhou. Mas Kakashi estava irredutível.

- Não!

- ONEGAAAAAI! – Jiraya estava quase se prostando no chão quando Tsunade, impaciente, se levantou.

- Agora sou eu quem peço a sua ajuda. – Disse a loira – Esse concerto é muito importante. Será o concerto de encerramento do semestre. Por favor, como professor dessa faculdade, é seu dever ajudar.

Kakashi assentiu. Não podia recusar um pedido de Tsunade, ainda mais quando ela tão bondosamente o havia estendido a mão quando mais precisara.

- Ok, por você, Tsunade-sama, e faço isso... – Mal terminou a frase e Jiraya pulou no seu pescoço.

- YOSHAAAA! – Vamos beber para comemorar!

Kakashi suspirou pela trigésima vez naquele dia.

O seu dia, definitivamente, não estava indo bem... Nada bem!

Continua...


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Notas finais do capítulo

Ai ai, esse Jiraya HAHAHAHAHHAHAHAHAHAHHA A única ajuda que ele precisa é dos Alcoólicos Anônimos, e não do Kakashi hahahahahah sou muito boba mesmo! Espero que tenham gostado, e vou deixar um link aqui para vocês saberem quem é o cagão Buru rs http://images.wikia.com/naruto/es/images/b/b0/Buru2.jpg.
Ja nee~



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