Tesouro de Amor escrita por Anonymous, Just Mithaly


Capítulo 27
Fuga




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– Ana, agora você sabe que eu não fiz nada de mal com você e eu também sei que você não fez nada de mal contra mim. A gente não tem motivo para ficar com raiva um do outro, Ana, pelo contrário, nosso amor ainda existe e podemos ficar juntos de novo. Até nossa mãe, que era contra a nossa relação, agora gosta de você e mesmo que você volte a ser pobre ela vai te aceitar. Ela só queria o meu bem.

Ana, após ouvir a confissão sincera do amado, sem pronunciar absolutamente nenhuma palavra, caminhou lentamente até o mesmo, o beijando. Os dois se beijaram intensa e apaixonadamente, exatamente como ocorria há sete anos atrás, nos arredores da Universidade Flávia Castro Marins.

- Eu fico com você, Thomas! Tenho opção? Meu amor por você é enorme, não consigo viver sem.

...

– Gabriel, você sempre soube que eu te amei e eu acho que você também me amou, nem que tenha sido por pouco tempo, quando a... Susana apareceu. Mas, naquele bar, quando eu te vi, eu resolvi parar de me esconder todas as vezes que eu te via, porque te amo mais do que ninguém nesse mundo. Depois de todos esses anos eu não me envolvi amorosamente com ninguém justamente por esse fato. Você é o grande (e único) amor de toda a minha vida!

- Camila, eu também te amo, desde quando eu te vi pela primeira vez na faculdade e, sinceramente, não entendo o que foi capaz de nos separar daquele jeito. O importante é que agora a gente vai ficar junto e vamos ser muitos felizes.

...

A partir daquela noite, que acabou por se tornar a mais importante na vida de todos aqueles jovens que só queriam ser felizes no amor. Assim como Ana e Thomas, Camila e Gabriel também iniciaram um namoro, cada um com sua paixão.

Alguns dias depois, Camila e Gabriel já chegavam a falar sobre casamento, filhos, e planos para construir uma linda e bela família. Ana e Thomas também, porém não poderiam se casar naquele momento, pois Thaís se recusava terminantemente a dar o tão ambicionado divórcio.

Thaís, que se desenvolvia cada vez mais no curso de enfermagem oferecido na prisão à pessoas que desejavam se redimir e serem alguém na vida após a liberdade, pensava cada vez mais no seu plano maquiavélico, para se vingar de Alessandra.

Depois de algumas semanas, a data marcada por Alessandra que seria o dia da tão desejada fuga das detentas, Thaís se preparava para dar o bote naquelas infelizes mulheres, que apenas queriam escapar daquele desgraçado lugar.

Alessandra, que possuía uma amizade e um conluio com uma das carcereiras, conseguiu facilmente o acesso a um revólver, o escondendo na cintura, cobrindo com o uniforme do presídio. Liderando o batalhão de mulheres, esta atravessava o pátio como quem não queria nada com nada. Surpreendentemente, quase nenhuma detenta se situava no pátio. Deviam estar dormindo, almoçando, jogando futebol ou coisa parecida. Dois guardas jaziam à frente do grande portão que dava acesso ao fim do presídio. Dali, provavelmente ninguém passaria. Thaís observava todas de longe.

- Ali é o fim da linha. Preciso correr e chamar as carcereiras antes que seja tarde demais.

E correu para o interior do prédio, recorrendo às duas primeiras que havia encontrado pela frente. Felizmente, nenhuma das duas era a cúmplice de Alessandra e seguiram Thaís até a passagem de saída, cada uma com um revólver em mãos, preparadas para atirarem em quem fosse preciso, pois Thaís garantiu com todas as palavras que estavam armadas.

Quando as três chegaram ao portão, várias detentas saíam pelo tal portão ou até mesmo escalavam o muro, porém, a própria Alessandra ainda estava lá, pois acabou sendo pega pelo guarda. Ao ver as carcereiras, porém, conseguiu se soltar, apontando a arma para uma das duas. Sem hesitar, a outra carcereira atirou em Alessandra, no mesmo momento em que a mulher ao seu lado corria para impedir a fuga das mulheres, fazendo de tudo, até mesmo atirando em quem fosse preciso.

- Se eu tento fugir agora vai dar uma treta... Melhor eu nem pensar na hipótese – pensava Thaís, tomando a melhor decisão que poderia tomar.

...

O tiro havia atingido Alessandra fortemente. Devido à isso, a mulher foi levada às pressas à enfermaria, pois corria um sério risco de morte. Teve hemorragia e estava ligada à uma máquina de respiração.

Thaís chegou à enfermaria, pois havia sido chamada, como esperava que acontecesse.

- Até agora meu plano está indo conforme o planejado.  Ótimo. – pensava, enquanto foi interrompida pela enfermeira-chefe, que se aproximava de si com uma expressão séria.

- Thaís, fique de olho naquela detenta. Deposito minha confiança em você. A Alessandra já deve morrer a qualquer momento mesmo... A respiração dela tá muito fraca. A única coisa que você vai ter que fazer é olhar e me comunicar caso aconteça alguma coisa.

- Certo, dona Lílian.

...

Sozinha na sala de hospital onde se encontrava a agora inconsciente Alessandra, Thaís se aproximou lentamente da jovem e soltou uma gargalhada não tanto alta.

- Viu como é bom mexer com os outros? Você cruzou o meu caminho e me fez muito mal, Alessandra. Você me infernizou demais aqui. Agora você vai ter o que você merece! – Sem hesitar, puxou os fios que ligavam Alessandra à máquina de respiração, desligando-a. Pouco depois, os colocou no lugar novamente. Tudo isso, é claro, realizado com o uso de luvas especiais, para conter as impressões digitais.

- Agora vou ser a grande chefona da prisão no teu lugar, desgraçada!

...

E foi exatamente assim que aconteceu. Todas as detentas passaram a sentir um grande medo por aquela que havia acabado com a vida da maquiavélica Alessandra, que era a mais terrível detenta durante anos naquele presídio. Passaram a servi-la, a dar a frente na fila das refeições, a fazer tudo que Thaís pedisse. A jovem agora tinha uma grande vida de mordomia, mesmo que de um modo meio torto.


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