Better Than Revenge. escrita por Juliana Silveira


Capítulo 41
Capítulo 41 - Eu mudei por você.


Notas iniciais do capítulo

Oii *--*
Último capítulo do ano então O
Vou viajar, e acho que posto antes do dia 10 um novo capítulo, ok?
Não me abandonem u.u
Feliz ano novo adiantado pra vocês amores!
Boa leitura [:



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Ricardo me deixou em casa, olhei no relógio e já era 18h: 40min, ele viria me buscar às 20h30min.

Subi as escadas, fui até o meu quarto e arfei, deu-me uma vontade de jogar-me sobre a cama, mas estava molhada e passou em minha mente a minha mãe me matando por isso. Fiz uma careta pela imagem traumatizante, dirigi-me até o chuveiro, liguei o mesmo e deixei a água morna cair sobre meu corpo.

   Sai do banho, depois de alguns minutos. Enrolei-me na toalha. Fui até o meu quarto e passei creme por todo o meu corpo, depois penteei meus cabelos. Escolhi um shorts e uma blusa tomara que caia e coloquei as peças de roupa. Coloquei o meu colar com um coração de diamante como pingente. Botei uma sandália rasteirinha e desci as escadas. Para minha surpresa o Arthur estava na cozinha com o Dan.

-Oi. -Disse nervoso.

-Oi. -Disse sem expressão alguma na face.

-Eu... Queria falar com você. - Disse Arthur, sério.

-Não, agora não. -Digo e pego uma maça, viro as costas e volto para meu quarto. Como a mesma.

     Faço uma maquiagem bem básica, a porta se abre e Dan surge, senta na cama e me fita.

-O que exatamente você tem com o Ricardo? -Pergunta.

-Não sei.

-Uma espécie de namoro? -Indagou.

-Mais ou menos. Eu acho. -Nem eu sei. Como vou explicar isso?

-Vocês estão sempre juntos, para a nossa mãe ele é seu namorado.

-É. Mas ela é maluca, não conta. –Rimos.

-Mas... Você gosta dele? -Vai direto ao ponto e eu franzo o cenho.

-Não aguento mais todos perguntando isso. -Resmungo.

-Se você respondesse...

-Para vai, vamos mudar de assunto.

-Bom, provavelmente ele já deve estar aqui... Depois a gente se fala.

   Diz e saí, espero um tempo e fico olhando para o nada e depois vou até a sala, e Dan estava certo. Ricardo me aguardava.

(...)

-Você é uma medrosa! -Ricardo disse entre gargalhadas.

-Não, eu não sou. -Reclamei.

-Capaz. Você quase arrancou o meu braço! Aquela coisa nem dá medo.

-Aquele vampiro era sexy. -Pronunciei.

-Windy! Eu estou aqui. -Ricardo repreendeu-me.

-Ah, oi. -Digo e ele ri.

-Você quase quebrou o meu braço. -Choramingou.

-Exagerado. -Digo. Olho para o lado e vejo a tal da Julia. -Ninguém merece. -Ruborizo.

-O que? -Pergunta Ricardo, aponto em direção Julia para ele. -Ah.

-Vem, vamos pelo outro lado. -Digo e o puxo.

Fomos caminhando e pensando no próximo brinquedo do parque de diversões, mas então alguém para em minha frente. Olho para cima e era o Arthur.

-Windy. -Murmura.

-O que?

-Podemos conversar? -Diz e põe a mão na nuca.

-Diga. -Bato o pé contra o chão.

-Na frente dele? Sério? -Diz erguendo o queixo em direção ao Ricardo.

-Sim, não há nada que você não possa falar na frente dele. -Ricardo arregala os olhos em minha direção, o ignoro.

-Sério?

-Fala logo, ou o resto de paciência que me resta vai por água a baixo.

-Eu sou bipolar. -Diz. Direto, curto e grosso.

-PUTA QUE PARIU! -Ricardo grita.

-Sério isso? Porque não me contou isso antes? -Indaguei.

-Porque você iria querer ficar comigo por pena.

-Eu jamais ficaria com você de novo, não depois de tudo. Muito menos por pena. -Ricardo ficou boquiaberto.

-Hum. Entendo. Não fiz por merecer.

-Exatamente. -Digo. -Quando você descobriu isso?

-Há pouco tempo, estou tomando medicamentos para controlar...

-Que merda, é verdade isso cara? -Ricardo pergunta agindo surpreso com tamanha revelação.

-Hm...  -Arthur ignora Ricardo.

-Bem, vou indo. Depois a gente se fala. -Sussurra e se afasta.

-Nossa! O jeito que você falou com ele... -Ricardo pisca milhares de vezes e engole seco.

-Que tem?

-Nada... Achei que você gostasse dele.

-Gosto de mim mesma, apenas.

Priane.

-Então... Pra quando é o casamento? -O pai de Cadu questiona, fico brincando com a comida que estava em meu prato.

-Daqui a dois meses. -Cadu responde, sua mãe se engasga.

-O que? Já? Você mal conhece essa... Essa... Essa... -Ergo meus olhos até ela. -Garota. -Completa e toma um pouco da água que estava em sua taça.

-Eu a amo, isso é o que importa. -Cadu rebate sua mãe.

-E você já pensou na oportunidade de ela não sentir o mesmo? -Sua mãe disse.

-Eu estou aqui. -Bufei.

-Desejo felicidades aos noivos. -Diz o seu pai e eu assinto.

-Obrigado. - Murmuramos. Cadu segura a minha mão, a que estava livre, por baixo da mesa.

-Não acredito que você está aceitando essa atitude imatura de seu filho! - A mãe de Cadu diz friamente.

-Pare de repudiar seu filho. -O pai de Cadu grita. Suspiro.

-Acho melhor eu ir. -Digo sendo realista.

-Essa foi a melhor ideia que eu ouvi a noite toda. - Sua mãe diz arrogantemente. Levanto-me e me despeço de todos, Cadu me acompanha. No caminho não trocamos nem uma Singela palavra.

Quando chegamos ao meu apartamento Cadu ruboriza.

-Desculpe-me por isso.  -Diz.

-Você não tem culpa. Sua mãe me odeia. Simples.

-Ela não te odeia... Ela só...

-Me odeia. -Completo.

- Não, apenas não suporta ver seu filho construindo uma família. -Arquei as sobrancelhas em sua direção.

-Ou seja, me odeia.

Windy.

-Você é doida mulher. -Ricardo diz assustado.

-Estou quase vomitando aqui. -Murmuro.

-Tá. Acho que é melhor irmos embora.

-Eu também. -Concordo.

Fomos em direção ao carro, Ricardo me levou até a porta e apoiou uma das mãos na mesma.

-Dorme lá em casa? -Pergunta, franzo o cenho e suspiro.

-Não sei é que...

-Dorme vai. -Fez biquinho e eu ri.

-Você fica tão patético com esse biquinho.

-Não muda de assunto, Windy.

-Tá. Eu vou. -Reviro os olhos e Ricardo esbanja um sorriso vitorioso.

~*~

       Entro dentro de casa e pego a minha bolsa, coloco algumas coisas dentro da mesma.

    Logo chegamos ao apartamento do Ricardo e o Peter vem me receber.

-Hey. -Digo sorrindo e acariciando seus pêlos bem macios. Os machucados causados pelo acidente, a maioria, haviam cicatrizado.

-Ele está melhor. -Ricardo murmura atrás de mim sorridente.

-Sim.

-Vai dizer, sou bom nisso. -Viro-me para encará lo.

-Em que?

-Em tudo. -Dá os ombros.

-Nem tudo. -Rebato.

-Diz algo no qual eu não seja bom... -Diz ríspido.

-Tem certeza que você quer que eu fale? -Sorri de canto e ele morde os lábios.

-Prefiro que você me mostre. - Ricardo aproximou-me de si para iniciarmos um beijo.

Suas mãos me puxando pra mais perto e nossos lábios se encaixaram procurando a melhor forma de aproveitar o momento. Minha mão seguiu para sua nuca, trazendo-o para mais perto de mim, Ricardo se esforçava para que não houvesse espaço algum entre nós. Sua mão desceu até a minha coxa, Ricardo apertou a mesma e eu soltei um gemido baixo. Deu um giro rápido encostando o na parede.

Nossas línguas se enroscavam em um beijo muito intenso.

Provocante e carinhoso ao mesmo tempo. Logo o ar nos faltou. Ricardo deslizou seus lábios para o meu pescoço dando um beijo molhado. Apertei sua nuca aproveitando para enroscar meus dedos em seu cabelo curto e macio, a outra mão deslizando por suas costas. As mãos de Ricardo não paravam um instante, antes que eu me desse conta ele já havia jogado minha blusa em alguma área no chão. E logo nossas roupas foram se empilhando no mesmo.

~*~

-Você é linda. -Ricardo murmura entre meus lábios e eu me afasto assustada com seu elogio.

-O Ricardo que eu conheço chama as mulheres apenas de gostosas, não de lindas.  -Ergo as sobrancelhas e ele me encara, observa a minha afeição.

-Aquele Ricardo não existe mais. -Disse olhando em meus olhos. -Sou outro Ricardo desde que te conheci. -Estremeci com o seus olhos azuis que invadiam os meus, suspirei e desviei o olhar. Ricardo tomou meu queijo com os dedos e me beijou fazendo com que o clima de desejo retornasse.

(...)

Boto o meu cabelo atrás da orelha e encaro minha imagem refletida no espelho. Coloco uma camisa do Ricardo e vou abotoando a mesma que ficava um vestido para mim. Saio do banheiro e Ricardo me encarava

-Putz Windy! -Diz e joga o edredom contra meu corpo, fazendo com que eu agarre o mesmo e o segure tapando minhas pernas.

-Que foi? -Questiono sem expressão.

-Você fica linda com essa camisa. E isso é muito provocativo também. -Diz.

-Ah! -Reviro os olhos e atiro o edredom sobre seu rosto. -Idiota você.

-É sério Windy! Se você não se jogar na cama e tapar tudo isso eu vou te agarrar e ai...

-Tá. Já entendi. -Digo e jogo-me sobre a cama puxando o edredom até tapar meu corpo.

-Ufa. -Ricardo sussurra aliviado. -Vou te trazer comida na cama. -Pisca.

-Você não sabe cozinhar. -Sorriu.

-Quem disse? -Diz e sai deixando um mistério no ar. Jogo minha cabeça contra o travesseiro. Ouço meu celular tocando e levanto, pego o mesmo e era apenas uma mensagem da operadora. Sinto-me tola por ter levantado da cama por nada, jogo meu celular na bolsa e volto para a cama.

Ricardo voltou com um prato de macarrão e suco de laranja.

-Prova. -Disse com os olhos brilhando.

-Não... Estou muito nova para morrer. -Murmuro.

-Windy!

-Tá. -Dou uma gargalhada e experimento. -Bom, onde você comprou isso?

-Eu fiz. -Disse com uma expressão dura.

-Ah... Sei.

-Juro.

   Jantamos e de sobremesa era morangos com chantilly, Ricardo sabia exatamente do que eu gostava.

(...)

Acordei antes do Ricardo, que era algo difícil de acontecer. Levantei-me da cama e fui até o banheiro, fiz a minha higiene matinal e prendi meu cabelo. Fiz um make leve e fui até o Ricardo. Dei um beijo em seu rosto e ele despertou.

-Windy? -Murmurou.

-Vou pra casa, tenho que resolver uns problemas.

-Mas essa hora? Não vai nem dar-me o prazer de acordar ao seu lado?

-Não. Volta a dormir vai. -Digo e dou-lhe um selinho. Saio do apartamento sem olhar para trás.

(...)

-O que você descobriu? -Pergunto para o detetive que estava com uma camisa pólo branca e uma calça jeans escura. Percorro meus olhos até a sala que era num tom café e suspiro. Várias câmeras e todas essas coisas para espionar. Voltei minha atenção ao homem que agora abria uma gaveta e puxava de lá uma pasta.

-Descobrimos que o pai do garoto tem um caso com a irmã da mãe dele. Ou seja, a tia. -Diz e me mostra algumas fotos na qual fica claro isso, eles se beijando em frente a um motel, eles abraçados em um restaurante e outra deles juntos no carro.

-Uau. -Fico boquiaberta e pisco repetidas vezes tentando absorver tudo.

-E tem mais, descobrimos que a mulher é viúva e o tal garoto que você mandou nós vigiarmos sabe do caso e esconde da mãe. Acobertando o pai.

-Ah. -Ergo as sobrancelhas. -Mais algo?

-Não. O tal Rafael não fez nada de mais. Mas o pai dele chamou a nossa atenção.

-Ok. Obrigado então.

Fui até o caixa e paguei, sai do local e coloquei as fotos em uma caixa de correio.


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Notas finais do capítulo

Aiaiaiai, vai dar confusão, sim ou claro?
PS: No capítulo anterior falamos sobre o misterioso namorado da Shay.
Alguém ai tem algum palpite de quem seja?
Agora falando desde capítulo... Vocês acham que o Ri vai aprovar essa atitude da Windy de contratar um detetive?
Bjbj, até o próximo ♥



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