Corri até o carro de Derek, e assim que o liguei recebi uma mensagem de Derek.

     “Estou sendo chicoteado pelo professor”

 Desliguei o celular devido a preocupação, e dirigi até em casa. Abri a porta, jogando a chave na mesa de centro e me joguei no sofá prestando atenção no que acontecia na TV. Estava quase dormindo quando recebo uma mensagem de Derek.

    “Preciso de uma carona pra casa, estou muito magoado para andar.”

  Derek e suas desculpas. Eu não estava nem ai, deitei novamente no confortável sofá, e acabei dormindo com o celular na mão.

  Trinta minutos depois, ouvi a porta sendo aberta me acordando. Olhei para a porta, e encarei Derek que mancava parecia estar destruído.

-Você não esta ferido, esta apenas cansado. – Eu afirmei.

-Eu não estou cansado, estou exausto. E não estou ferido, estou destruído. – Olhou para mim.

-Mas.. Você tinha forças para andar, não é? – Perguntei.

  Derek me encarou com uma sobrancelha arqueada.

-Se com “andar” – fez aspas com as mãos. – você quis dizer ir mancando pela rua, implorando para alguém ma dar carona até em casa, então sim.

  Derek começou a subir as escadas enquanto gemia de dor. Dei de ombros e voltei a prestar atenção no que passava na TV. Uma hora depois, minha mãe chegou em casa.

-Justin, na onde está o seu irmão?

-Não sei. – Respondi sem a olhar.

   Ela negou, e foi até a cozinha começando a fazer a janta.

-Derek! – Ela gritou da cozinha. – O jantar está pronto!

  Ele não veio. Ela gritou de novo, sem resposta novamente.

-Justin, vá chamar seu irmão. – Bufei me levantando do sofá.

-DEREK! O JANTAR ESTÁ PRONTO! – Gritei de onde estava.

   Mamãe apenas cruzou o braços me encarando seria.

-Oh.. Você quis dizer vá e diga a ele, ok..

  Disse e corri até o quarto, abrindo a porta logo em seguida. Derek dormia profundamente, deitado na cama, eu mal podia o vê-lo debaixo das cobertas.

-Vamos lá, cara. – Eu disse. – O jantar está pronto, e eu estou com fome.

  Derek gemeu de dor, abrindo os olhos e me encarando.

-Eu não estou com fome. – Derek falou. – Diga a mãe, que eu não quero comer nada.

  Fui até ele, dando um tapa em suas costas apenas por brincadeira.

-Ela vai me fazer, vir te chamar mais de 300 vezes cara.

  Derek gemeu de novo, e forçou-se para levantar da cama. Não deu três passos antes de tropeçar e cair próximo a mim. O ajudei a levantar.

-Não me diga que está bebendo.. – Eu disse, e Derek me encarou negando.

-Claro que não! Mas estou tonto.. Apanhei no colégio e estou cansando.

  Dei de ombros e o deixei andar sozinho, e seguimos até a cozinha para jantarmos.

   Naquela noite, antes de dormir, Derek tirou a camisa e foi ai que eu vi o enorme corte em suas costas.

-É-é o que o Tom fez hoje de manhã?  - Perguntei preocupado.

  Derek assentiu fazendo uma careta.

-Sem brincadeira..

  Derek deitou do outro lado da cama – é, dividíamos até a cama. – e gemeu de dor, abraçando seu corpo. Eu podia sentir a sua dor. Levantei da cama, e apaguei a luz voltando a me deitar ao seu lado, puxando a coberta até meu queixo.

   Não sei quanto tempo havia dormido, mas acordei com o som de um choro. Sentei na cama, e acendi a luz do abajur. É isso mesmo. Derek estava chorando em seu sonho.

-Deve ser por causa da dor. – Murmurei.

  Deitei novamente na cama apagando a luz, e fiquei encarando a parede onde estava os desenhos que fizemos quando tínhamos cinco anos, e não pude deixar de sorrir. Logo estava dormindo novamente.

     Derek P.O.V

Dia seguinte... Sábado:

Ah, sábado.. O dia em que eu e Justin podíamos dormir até tarde. Sem brincadeira. Agíamos como se estivesse de ressaca.

  Eu geralmente pareço como um nerd, e poderia ficar até onze horas estudando. Mas no sábado, tudo que eu consigo pensar é em sono. Muitas vezes Justin geme enquanto dorme, o que é estranho. Muitas vezes, dormimos em posições estranha. Como uma vez, eu acordei deitado em cima da mesa onde fica o computador. E antes que me pergunte, eu não sou sonâmbulo.

  Nossa mãe, geralmente nos acorda jogando água gelada, o que realmente funciona. Mas não hoje.

-Levantem! – Ouvi uma voz ao longe. – Um de vocês dois, tem que lavar os pratos!

  Gemi colocando o travesseiro na cabeça, e com o pé, cutuquei Justin.

-Ele pode fazer isso. – Murmurei tão baixo que eu mal pude me ouvir.

-Eu já fiz isso da ultima vez e.. – Justin começou, mas voltou a dormir.

  Ela colocou uma musica da Rebecca Black, no ultimo volume me fazendo apertar o travesseiro sobre meus ouvidos.

-Desliga isso! Desliga! – Ouvi Justin gritar sobre o ruído.

-Já acordei! – Gritei tirando o travesseiro do rosto.

  Me espreguicei e Justin pisou em cima da minha barriga, me fazendo gemer.

-Bom dia! – Mamãe falou assim que desligou a “musica”.

-Tanto faz... – Justin falou.

  Justin levantou da cama, indo até o espelho e arrumando seu cabelo. Segui ele, arrumando meu cabelo também. O espelho parece assombrado, quer dizer... Justin e eu somos idênticos, exceto pelo meu cabelo que é mais escuro e bonito.  Bem, um de nos é mais sexy que o outro, isto é fato.