[POV’s Apolo]

O meu pesadelo. Quem eu menos queria que estivesse aqui. E pior, vestida daquele jeito.

- O que você quer? – Perguntei rude.

- Você – Falou chegando perto - Sabe que sempre quis... ai Apolo.. como você é difícil... – Disse no meu ouvido me fazendo ter calafrios.

-Não pode me ter.

- Já tive... Senti saudades... Meu gostoso. – Disse ela passando a mão no meu corpo.

[Pov’s Ártemis]

Eu estava agitada, andava de um lado para o outro. Ele me prendeu. No meu quarto... Como pode fazer isso?

- Apolo.. Você está demorando... – Falei me sentando e em seguida me levantando.

Fechei os olhos.

- Colar. Quebre essa barreira. Me leve até ELE. – Falei segurando o colar. E sentindo atravessar a porta e o campo de força. Desci as escadas e me deparo com ELA.

Argh! Como eu ODEIO essa mulher. E o meu ódio aumentou vendo suas mãos passando pelo tórax bem definido de Apolo. É definido... eu admito. Mas preferi prestar atenção na conversa.

- Não pode me ter. – Falou ele frio.

- Já tive... Senti saudades... Meu gostoso. – Ela falou. GOSTOSO? Ah! Agora eu ia exlodir. QUEM ela pensa que é para chamar ele assim. Quando eu abri a minha boca, Apolo falou.

- Não sou seu. Nunca fui. Só fui seu namorado e foi os PIORES dias da minha vida de deus olimpiano. – Ele falou grosseiro e pela primeira vez... eu gostei de ter ouvido isso dele.

- Você É meu SIM. E não é a Ártemis que vai tirar você de mim.

- Ela já tirou. – Ele falou, e uma felicidade imensa me invadiu. Porque eu estava feliz?

- Ela é fria... mal.. calculista, grosseira... não cuidar de ninguém... não sabe dar amor a ninguém... e nem... – Ela mordeu o lábio inferior de um modo safado e continuou – Você sabe....

Quando Apolo ia falar, eu interrompi. Seria melhor assim.

- O que estava Falando de mim Safira Devol? – Perguntei descendo as escadas.

- O que você escutou Lunática. – Meu sangue ferveu... ela estava provocando, Eu ia falar quando Apolo em fração de segundos, ficou na minha frente. Agarrou os pulsos dela....

- NUNCA mais chame ela assim. Ela não é isso – Falou por fim

- Ai.... – falou em um tom safado – Aperta meus pulsos de novo e me joga contra a parede.

- Sua....- Ele se segurou pra não falar. Sabia o que ele ia dizer. Mas como eu pensava que o meu Irmão era mulherengo... Achei que ele ia ceder aos encantos dela. Mas não. Ele a jogou no chão.

- Já está começando a me irritar Apolo.

- Afrodite!!!!!!!!!!! – Ele gritou ao vácuo e Safira se encolheu. Logo depois apareceu de uma poeira cor de rosa a deusa mais “paty”, pode-se assim dizer, do Olimpo.

- Chamou Apolito?? – Perguntou ela

- Afrodite... Olha quem está aqui.- Apontou para o outro lado de Afrodite e o sorriso dela desapareceu. E pela primeira vez, vi a Afrodite ficar Séria e suas roupas mudarem para Roxo. – Ela não me deixa em paz... e minha vontade é... mata-la.- Continuou Apolo.

- A Ovelha negra não é Safira? Quer TUDO pra você. É por isso que não te  o Apolo. Esqueceu que eu joguei uma maldição sobre você... filhinha....? – Ela disse a palavra filhinha com Desprezo.

-M-Mãe... E-eu.. – Ela parecia nervosa.

– Você não merece o sobrenome eu tem. Eu não amo você... AMAVA quando nasceu. Até se tornar ruim. Mal. Egoísta. – Afrodite falou já interrompendo ela e, voltando para Apolo disse: - Faça com ela, o que você quiser. Eu já não me importo mais.

- Ártemis.. – Olhou para mim e seu vestido começou a mudar de cor... voltando a ser rosa e o seu sorriso foi surgindo... – Você o ama, não é? – Perguntou bem baixinho em meu ouvido.

- Você sabe mais da resposta do que eu mesma.... – Falei abraçando-a – Você é demais Afro...

- Aproveite meu docinho... Você sabe o por que ... – Falou triste

E eu sabia. Meu JURAMENTO.... onde eu estava com a cabeça quando o fiz? Afrodite já tinha desaparecido e Apolo estava parado, com uma chama... SIM, UMA CHAMA... em suas mãos. Ele iria queimar Safira.

- Você matou uma das minhas filhas.... por ciúme... SUA filha.... Você nem deveria estar viva. – Falou com ódio e a queimou. Não ouvi gritos.

FILHA? Ele teve uma filha?  E.. com... ELA?

Meu olhos começaram a lacrimejar. Apolo me olhou. Sabia porque eu estava assim.

Chegou perto de mim e me abraçou fortemente. Eu gostava do abraço dele.

- Ártemis.. – Disse ele firmemente – Não tive relações com ela... Foi por MAGIA. MINHA magia. Ela queria.. e eu que estava um outra magia, das próprias Hécate e Safira, Fiz uma magia e ela engravidou. Quando a menina nasceu, meu coração deu um pulo de felicidade, e tive um grande amor por essa criança. Foi nesse momento que a magia de Hécate se quebrou. Eu cuidava mais da criança que tudo. Já que Safira não cuidava. Então ela aos gritos me disse que não gostava disso, pegou a criança dos meus braços e em fração de segundos, enfiou a adaga no coraçãozinho da minha filha. Essa doença eu não pude curar...

[POV’s Apolo]

Pronto. Tinha falado tudo. A verdade sobre mim e Safira. Não queria correr o risco de perder Ártemis mesmo sem tê-la. Ao terminar de falar senti as lágrimas de Ártemis e sua dor.

- A criança não merecia.. – Falou ela em um fio de voz.

- Eu sei. – Falei firmemente.

- E ela ainda me chamou de fria? Má? Como ela teve a coragem de matar uma criança inocente? EU que não tenho filhos... cuido das poucas caçadoras que eu tenho.... Nunca tive coragem de tirar a vida de nenhuma.... – Disse agora em mais pratos do que antes.

A abracei mais forte. Era preciso.  Ela também me abraçou. Queria beijar ela, dizer que eu a amo. Fazer o máximo para ela não sentir tanta coisa mais o máximo que eu consegui foi:

- É Melhor você descansar. – E o pior... saiu mais FRIO do que eu queria que saísse.

- Apolo... – ela me olhou estranha depois abaixou a cabeça – Desculpe pelo beijo. Você acima de tudo é o meu irmão... Eu não podia...

- Ártemis... – Interrompi – Tem uma coisa que você ainda não sabe sobre nós.

- O que Apolo? – Perguntou ela olhando triste

- Esse assunto é para se conversar com mais calma. – Falei

- Eu tenho o Direito de saber... Eu preciso saber... O que te deixa tão perturbado...

- Ártemis... Não somos.... totalmente... irmãos. Somos.... MEIO- irmãos. – Falei por fim.