Nem um dos três entendeu o que significava aquele sibilo.

Mais atrás Tiago conseguia ouvir os gemidos de Pedro, que obviamente estava muito atemorizado com a situação, afinal, eles estavam no meio da Floresta Proibida com um lobisomem a solta e um desconhecido a frente deles.

– Quem é você? – Tiago ouviu a pergunta sair do seu lado. Sirius não parecia mais tão alegre com o perigo, mas parecia alarmado e tenso.

O vulto soltou apenas uma risada que fez o coração dos três gelarem, o que fez Rabicho gemer mais ainda. Sirius que segurava a capa de Tiago passou-a a Rabicho e sussurro:

– Só se cubra quando eu falar.

O clima estava muito tenso o ar parecia estar mais frio. Então o vulto disse:

– Tragam-nos para mim.

Tiago e Sirius agora estavam de varinhas apontadas esperando o que quer que fosse que iriam buscar eles. E nessa hora Rabicho desapareceu, pois quatro dementadores apareceram para pega-los.

Sirius e Tiago se entreolharam, Rabicho não era mais visto.

– Você ainda consegue fazer um Patrono? – Perguntava Almofadinhas a Pontas.

– Eu só fiz uma vez, mas acho que consigo sim, e você? – E se virou para Sirius

– Eu estava nessa mesma aula que você, se você consegue, eu consigo.

– Expecto Patronum! – Ouviam-se duas vozes como se fosse uma.

Um veado prateado irrompeu da varinha de Tiago, que mentalizava com todos os seus sentimentos os breves momentos que tinha passado com Lílian e aquele leve beijo que ganhara a porta da sala comunal da Grifinória. Sirius, no entanto mantinha a expressão mais seria que Tiago já vira, achava que o amigo não ia conseguir. No entanto um quadrúpede igualmente prateado saiu da varinha do amigo, aparentemente parecia o mesmo cachorro em que Almofadinhas se transformava quando virava um animago.

Os dois animais saíram para cima dos dementadores que estavam nas extremidades que, apostos serem atingidos bateram em retirada, no entanto os outros continuavam a avançar para cima dos garotos.

– Corre! – Gritou Sirius para Tiago.

Os dois começaram a correr buscando proteção nos troncos das árvores.

– Eu vou descobri quem é aquele cara e você da conta dos dementadores tudo bem? – Sirius sussurrou para Tiago quando encontraram abrigo atrás de uma árvore grande.

– Porque você quer descobri quem é ele? Deixa isso para lá. – Retrucou Tiago indignado.

– Não seja burro Tiago, o cara esta dando ordens para dementadores. Quem além do ministério da magia tem esse poder? – E a pergunta pairou no ar. – Quando eu disser três, você corre e chama a atenção deles, e eu corro e pego aquele cara. Pronto? – Tiago balançou a cabeça em resposta. – Um... Dois... Três...

Com toda a habilidade que adquiriram fugindo de Filch nos corredores, Tiago cobriu uma grande distancia sendo perseguido pelos dementadores e Sirius conseguiu voltar onde estavam sem ser percebido. Viu um clarão de luz a suas costa e supôs que seu amigo tivesse conseguido mais uma vez projeta seu patrono.

– Quem é você e o que quer conosco? – Sirius encarava o vulto a sua frente. – Como consegue controlar dementadores?

– Você e seus amigos serão muito úteis para mim. Juntem-se a mim e em breve também poderá controlar os dementadores. – Dizia o homem com um tom alegre na voz.

– você é um bruxo das trevas muito poderoso, não é mesmo? – Sirius não se conformava por alguém controlar dementadores daquela forma. Como alguém poderia fazer isso? – ou você é do ministério da magia?

Novamente o homem encapuzado tornou a rir.

– O ministério da magia cairá aos meus pés quando eu desejar, mas ainda não é a hora.

– Então você é realmente um bruxo das trevas. – Novamente um clarão tornou a brilhar as costas de Sirius. Isso significava que Tiago teria conseguido afugentar os dois dementadores. – Esquece, não vamos nos juncar a você.

– Irá sim. – Novamente o vulto parecia se sentir alegre.

– E como você pretende fa...

– Crucio.

Imediatamente Sirius caiu no chão, à dor fazia seu peito arfar e cada parte do seu corpo doía. Seus fritos enchiam a floresta. E inesperadamente a dor parou.

– Isso é o que irá receber todo aquele que se recusar a ser leal a mim. – Dizia a voz doentia, agora mais próximo de Sirius.

Então se ouviu um uivo próximo, os gritos de dor de Sirius pareceu ter chamado Lupin em forma de lobo de volta. Em poucos minutos o lobisomem reapareceu com a aparência mais medonha que Sirius tinha visto. Suas garras e boca estavam cobertas de sangue e parecia extremamente furioso.

Lupin partiu imediatamente para cima do opressor de Sirius no mesmo momento em que um raio vermelho e outro azul também voavam para cima do homem. Os feitiços simplesmente ricochetaram num escudo invisível que parecia ter se formado em volta do homem. Sirius se pos de pé e também começou a atacar.

O homem atacou Lupin que estava em pleno movimento de ataque. Seu simples aceno de varinha vez com que o lobisomem desmoronasse no chão, totalmente inconsciente.

– Avise seus amigos e eu vos darei tempo de pensar, ou então vocês receberam algo mais doloroso do que sentiu hoje. – E com outro aceno de varinha desapareceu.

Minutos depois, Tiago e Pedro se reuniram a Sirius, onde o amigo contou tudo que tinha descoberto sobre o homem e seu convite para que todos se juntassem a ele.

– Nunca iria virar um bruxo das trevas, meus pais são aurores e eu também serei. – Tiago dizia indignado.

– Nem um de nós nunca se uniria a turma das trevas, isso só pode ter sido coisa do Ranhoso. – Sirius dizia dando um soco nem sua própria mão.

– Vamos esquecer isso, Lupin já voltou ao normal e o dia já esta para clarear. Vamos acordá-lo e voltar para o castelo.