Os Malfoy´s estavam reunidos na sala de estar, Narcisa brincava com o neto, Lucius lia um livro sobre magia antiga. Draco que estava olhando o fogo da lareira começa a observar sua mãe, e seu filho brincando, lembrando de como Astória fazia com Ryan, os sorrisos, sua voz suave enquanto o dizia o que fazer com o pequenino. Quando escuta um crack.

 - Senhores! Disse o elfo, fazendo uma reverencia exagerada aos mestres.  – A Senhorita Robert está aqui. Posso trazê-la aqui?

 - Sim. Disse Narcisa.

O Elfo se retirou, cerca de dois minutos depois uma mulher de cabelos castanhos, baixa estrutura, com um vestido longo, preto adentra a sala.

 - Rose, minha querida, sente-se aqui comigo. Disse Narcisa.

 - Eu gostaria de ficar a sós com o Draco se for possível Cisa!

 - Claro, que sim. Lucius vamos! Os dois se levantam em direção a porta. – Vou levar o Ryan junto.

Rose caminha até a lareira, onde o amigo se encontra.

 - Vai sentir falta dela não vai?

 - Sabe que vou. Apesar de que você vai estar aqui comigo, eu ainda preferiria que ela também estivesse.

 - Eu sei, mas olha, o Ryan tem a personalidade parecida com a dela, eu também vou sentir falta dela. Ela era uma ótima amiga, sabia? Sempre procurou me entender, mesmo quando eu tinha aqueles ataques de raiva.

Draco olhou pra amiga, por um instante, relembrando o porquê de gostar tanto daquela mulher que estava ao seu lado.  Ela era inteligente, um pouco doida, sincera e gostava e muito de falar sobre coisas sentimentais, algumas imagens vieram a sua mente, umas felizes, outras tristes e chegou a conclusão. Rose e Astória eram quase as mesmas pessoas, a única diferença é que Rose é mais aberta, mais extravagante, fala o que vem na mente. Astória era mais recatada, uma completava a outra.

 - Eu sei Rose, eu estou bem, sério, não precisa se preocupar.  Eu que tenho que me preocupar com você, meu anjo. Você está bem? Perguntou ele, já esperando o momento em que ela começaria a falar coisas sem nexo, e a chorar, era sempre assim, quando acontecia alguma coisa, por mais boba que fosse. No começo Draco a achou meio sensível demais, delicada demais, mas depois vou percebendo que algumas coisas que pra ele não significava muita coisa, pra outra pessoa poderia ser a diferença entre viver e morrer. Umas das coisas que ele aprendeu com Rose, mesmo que pra você não signifique nada, se importe, isso faz toda a diferença e faz com que você veja a vida de um jeito diferente.

Rose olhou pra ele. – Draco, eu estou bem, sério, olha eu sei o que está pensando, eu não vou ficar aqui chorando, porque uma das minhas melhores amigas morreu. Disse Rose, já com os olhos cheios de água, e com a voz falha.

 - Tens razão, Astória não iria querer-te sofrendo, iria querer-te alegre. Não fique pensando em sua morte, mas sim nos momentos felizes que tivemos com ela. Esta bem? Draco passou seus braços sobre os ombros da amiga, a trazendo mais para perto dele, a deixando descansar.

 - Quem diria que o mesmo Draco Malfoy que estudava em Hogwarts, que era considerado mesquinha e prepotente, um dia estaria dizendo essas palavras bonitas pra uma pessoa.

Ele deu uma risada sincera a amiga. – Eu sei, mas olha isso é culpa sua sabia? Veio pro meu lado toda sentimental e me transformou em uma manteiga derretida.

 - Ei, não coloca a culpa em mim não. Disse enquanto se retirava do aconchego do amigo, mas Draco continuava sorrindo. – A diferença entre nós dois, é que eu sou manteiga derretida e você, Senhor Malfoy, apenas percebeu que algumas coisas são boas e o que realmente te faz feliz.

 - Obrigada, não só a você, mas a Astória também, ela tem algumas porcentagens de culpa nisso. Ele vendo que a amiga ia protestar. – E não negue, você sabe que isso é verdade, e também sabe que eu sei que está certa, e por isso te agradeço, as vezes me pego pensando em algumas coisas do passado e percebo o quando eu fui idiota naquela época. Volta pra cá sua chata. Disse ele com um sorriso nos lábios, enquanto colocava a amiga de volta em seus braços e os dois ficaram observando o fogo da lareira.