- Então, como eu estou? – Perguntei para Anna - que neste momento estava sentada na minha cama - mostrando o vestido azul escuro que estava usando.

- Linda, como sempre. – Ela disse sorrindo.

- Obrigada. – Falei pegando minha pequena bolsa em cima da escrivaninha.

- Vamos? – Disse. Anna assentiu.

Nós pegamos meu carro e eu dirigi até a casa de Anna, já que ela teria o jantar com sua família, e depois dei partida no carro, seguindo diretamente para onde seria a festa da Miley Cyrus. Se eu estava animada? Claro que sim, afinal, é a Miley Cyrus! Uma das adolescentes mais famosas do mundo!

Estacionei meu carro no canto da rua e desci, passando a mão por toda a minha roupa numa tentativa de desamassa-la. Cheguei perto do portão central onde havia um homem que parecia ser algum segurança.

- Convite? – Ele me perguntou. Entreguei o pequeno papel na mãe dele, e assim o mesmo me deu passagem para passar.

Pude ver algumas pessoas já dançando no centro de uma pista de dança, só assim percebendo que o lugar na verdade era um tipo de boate.

Me senti um pouco desconfortável olhando ao redor, pois todos os rostos não me eram estranho, afinal, eram famosos, mas eu nunca conversara realmente com nenhum deles.

- Demi Lovato, que bom que você veio! – Miley disse animada, abraçando-me.

- Não poderia deixar de vir com um convite desses. – Disse sorrindo quando nos separamos.

- Vem, eu vou te apresentar para alguns amigos. – Ela me puxou pela mão, indo em direção a um pequeno grupo de pessoas. – Pessoal, esta é Demi. – Todos os olhares se fixaram diretamente a mim, enquanto eu sentia minhas bochechas corarem. – Demi, estes são Katy Perry, Taylor Swift, Emily Osment e Mitchel Musso. – Miley disse o nome apontando para cada um deles respectivamente. Obviamente eu conhecia todos ao menos pela televisão, mas nunca esperara encontrar os quatro em um grupo, já que todos tem personalidades diferentes.

- Prazer em conhecê-los. – Falei sorrindo timidamente. Todos me cumprimentaram de volta.

Algum tempo depois eu já estava me socializando com todos, que eram pessoas simpáticas e super receptivas, a conversa fluía espontaneamente enquanto dançávamos ou pegávamos algo para beber. A festa realmente estava ótima, como se me anestesiasse de todos os pensamentos confusos e fizesse eu me divertir por uma noite.

Justin POV...

Havia acabado de chegar à tal festa que Miley tecnicamente me obrigara a ir, não estava com ânimo para me divertir ou qualquer coisa do tipo, apenas queria ficar em minha casa e dormir até tarde. Eu ainda darei uma bronca nela por não ter feito meu sonho se tornar realidade.

- Que bom que você veio, Biebs. – Miley disse vindo me abraçar com um copo na mão.

- É claro, você não me deixou em paz até eu aceitar. – Falei sarcástico, mas a garota me interrompeu, revirando os olhos ligeiramente.

- É bom te ver também. – Seu tom foi irônico. – Bem, mas já que você veio, é melhor mudar essa cara e ir se divertir.

- Não estou com ânimo para isso, desculpe Miley. – Disse sorrindo torto.

- É por causa daquela garota ali? – Ela apontou para uma menina de longos cabelos de um tom loiro alaranjado.

- De...Demi? – Perguntei, com a boca entreaberta.

- Ela mesma. Cara, você foi um burro de deixar essa garota passar. – Miley falou me dando um tapa de leve no ombro. – E, como eu te conheço há algum tempo, e qualquer outra pessoa também desconfiaria, sei que aquela declaração da sua última entrevista foi para ela, não é? Sem contar àquelas indiretas que vocês estavam trocando pelo twitter – A garota sorriu maliciosa. Assenti, meio desconcertado. – E, por isso, - Ela tirou algum objeto do bolso. – eu posso te ajudar a reconquistá-la de novo, com uma simples ação. Basta você pegá-la. – Miley levantou sua mão esquerda, onde continha uma chave.

- Você está brincando? Quer que eu “sequestre-a” e a leve para algum lugar? – Falei, incrédulo. Miley apenas revirou os olhos, bufando levemente.

- Justin, vocês se gostam, é só questão de tempo para que vocês voltem, não quer que seja hoje?

Mesmo que a ideia seja completamente louca, – vindo de Miley também – até que não seria má ideia, afinal, eu queria voltar com Demi realmente.

- Tudo bem. – Suspirei como sinal de rendição.

Levantei a minha mão para pegar a chave, mas a menina se esquivou.

- Mas se você magoar ela de novo, eu juro que te bato. – Ela deu uma risada talvez um pouco escandalosa.

- Obrigado, Miley. – Abraçamo-nos.

Peguei a chave da mão dela e comecei a caminhar discretamente para o lado onde Demi se encontrava.

Demi POV...

Estávamos dançando músicas aleatórias faziam uns 20 minutos. Minhas pernas foram ficando bambas e eu estava começando a suar quando decidi parar.

- Vou pegar algo para beber, pessoal. – Falei para eles, que me acompanhavam na dança.

- Vamos te esperar aqui. – Katy falou sorrindo; retribuí o mesmo e me afastei da pista de dança, indo para um pequeno bar num lugar mais afastado, sentando-me em um dos bancos que havia ali.

- Uma coca, por favor. – Falei a um homem que se encontrava atrás do balcão. O mesmo assentiu e se distanciou, indo pegar meu pedido.

Senti duas mãos me atacarem, uma tampando minha boca e a outra pegando em minha cintura, arrastando-me para um lugar que eu não reconhecia, e que também estava vazio.

Tentei gritar e me rebater inutilmente, pois as mãos ainda seguravam-me com firmeza.

A pessoa nos levou para fora da boate, em uma passagem mais restrita, me empurrando com delicadeza para dentro de um carro e trancando a porta em seguida. Só quando ela passou em frente ao carro pude perceber quem era.

Justin.

- O que você está fazendo, garoto? – Disse em um tom alto quando ele se sentou no banco de motorista.

- Digamos que te raptando por algumas horas. – Ele sorriu, mas eu não consegui ver nenhuma graça nisso.

- Destranca esta perto agora! Eu não quero ficar com você. – Meu tom de voz saiu autoritário, mas não foi o bastante para que Justin se rendesse, julgando pelo fato de que o menino ligou o carro, dando partida. Bufei alto, arrancando outra risada de Justin, em seguida me virando para frente com a cara fechada.

Ficamos o caminho inteiro – que eu não conseguia – em um silêncio profundo; eu estava irritada demais para falar, e parece que o individuo estava gostando dessa situação.

- Já chegamos. – Justin falou, desligando o carro e saindo do mesmo.

Ouvi-o abrindo a minha porta, sentindo o vento gelado se chocar contra meu corpo, mas eu nem ao menos me virei para encara-lo, arrancando um suspiro longo dele.

- Vamos, não se faça de durona. Vai Ser mais fácil para você. – Ele riu sapeca, mas eu permaneci intacta.

Senti duas mãos apertando meu corpo, fazendo me sair do carro e em cima de seu ombro como uma criança teimosa.

- Me solta Justin! – dessa vez eu gritei, mas nada adiantou; a única reação que ele fez foi nos guiar até a entrada da casa enquanto eu me debatia. Ele só me soltou quando foi abrir a porta da casa, que eu até agora não conhecia.

Passei as mãos em minhas roupas novamente, tentando desamassá-las, porem sem sucesso.

- Pode entrar. – Ele disse me dando espaço.

- De quem é essa casa? – Perguntei ainda séria.

- Não se preocupe com isso. – Justin sorriu de novo. Bufei alto, enfim entrando na casa, dando de cara com uma sala, que era linda, mas não estava afim de observar seus detalhes agora.

- Porque me trouxe aqui? – Perguntei alguns segundos depois de ele entrar.

- Relaxa, quero apenas conversar. – Ele falou, fazendo um gesto com as mãos em sinal de paz.

- Achei que já tínhamos conversado o bastante.

- Não, você falou o que pensava. – Ele apontou para mim e sorriu novamente, o que me fez ficar irritada.

- E você disse tudo o que pensava naquela entrevista. – Rebati.

- Então quer dizer que você viu? – Ele mudou seu tom de brincalhão para desconcertado.

- Uma pessoa manda uma dramática mensagem com os dizeres “se você sente alguma coisa por mim veja essa entrevista” e você acha que eu não iria simplesmente ignorar? – Essa foi a minha vez de rir sarcasticamente.

- Mas pelo menos foi verdadeiro. – Ele dei de ombros. – Eu realmente expressei o que eu sentia, e não me arrependo por isso. – Ela olhou em meus olhos fixamente. – Olha, como eu já disse antes, eu faço qualquer coisa Demi, qualquer coisa, para você me dar uma segunda chance. Eu ainda te amo e sei que você ainda me ama também. – Justin se aproximou lentamente com um olhar malicioso.

- Pa-para Justin. – Falei um pouco hipnotizada pelos seus olhos. Quando percebi sua ação, tentei me afastar, dando alguns passos para trás.

- Você sabe que é verdade.

- Eu não disse nada. – Indaguei, tentando manter minha voz firme.

Nem tive tempo de falar qualquer coisa que fosse, pois o menino a minha frente selou nossos lábios com precisão e urgência, juntando nossos corpos de uma vez. Desisti de tentar relutar aos seus atos e passei minhas mãos por seu pescoço, retribuindo o beijo da mesma maneira; havia realmente muito tempo que eu não sentia seus lábios macios.

- Diga que não sente falta disso. – Justin disse entre o beijo, aprofundando mais ainda. Não disse nada, apenas apreciei o momento, acariciando seus cabelos enquanto o menino passava suas mãos por todo o meu corpo.

Justin impulsionou minhas pernas, me fazendo passa-las uma de cada lado de seu quadril; assim ele nos conduziu ao segundo andar, entrando em um quarto sem partir o beijo, em seguida nos deitando levemente na cama.

Ajudei-o a tirar sua camisa, mostrando seu abdômen pré-definido, que só esquentava mais o momento. Justin levou suas mãos ao feixe do meu vestido e desceu- o lentamente, tirando a minha roupa. Meu corpo se chocava contra o dele deliciosamente, eu já podia sentir um volume por dentro de sua calça enquanto ele dava leves mordidas e beijos por meu pescoço e ombro.

De repente ele parou por alguns segundos, olhando fixamente para mim, como se pedisse permissão. Assenti, sorrindo para o garoto a minha frente, ao mesmo tempo voltando a fazer o que estávamos fazendo.