Pov. Autora (pequeno)

Estavam todos dormindo calmamente no chalé de Dionísio. Quando
começou uma tempestade. Com essa tempestade acordou uma garotinha.

Pov. Isa

Acordei com um relâmpago. Fui ver na janela e está chovendo
muito forte e com muitos relâmpagos. Cada relâmpago eu pulo de susto.
Geralmente quando tem tempestade minha mãe fica comigo até passar. Mas minha mãe não esta aqui. E sem chance de eu ir atrás do meu pai com essa tempestade. Ai!!! Mais um!!! Me aproximei do Polux e falei:

–- Polux, eu to com medo.- E nada.

–- Polux!!! Polux!!! Polux!!! Polux!!! – falei sacudindo-o. E nada.

–- Polux... irmãozão. – falei já chorando. E nada. Parece que
dorme que nem pedra .Olhei pro lado dele que tinha a Carter. Mas ela me odeia. Não sei se ela me ajudaria. Ai!! Mais um!!! Dei de ombros. Afinal o que custa tentar. Andei até ela e me ajoelhei. E falei chorosa com biquinho:

–- Carter...

–- Que?- falou ainda com os olhos fechados.

–- To com medo.

–- Do que?

–- Dos raios.

–- Mas é só uma tempestade.

Mais um relâmpago.

–- Ai!! Mais um!!- pulei e falei chorosa. Abriu os olhos.

–- Não chore. Vem cá.- falou convidando pra dormi com ela.

Deixando espaço pra mim.

Deitei, Carter me cobriu.

–- Vai ficar tudo bem. É só uma tempestade.

E ficou me consolando até eu dormir.

Pov. Carter

Quando eu vi a Isa chorando desesperada com medo dos raios. Não tive como ignorar. Tive que ajuda-la. Então eu fiquei consolando ela até a mesma dormir. Depois disso eu peguei a Isa no colo e ajeitei na cama dela. Dei um beijo de boa noite nela. E fui tentar dormir. Remexi-me pra um lado pro outro. Mas não consegui dormir de volta. E como a tempestade já passou. Eu resolvi sair do chalé e caminhar pra pensar. Se você pensou que eu ia parar de ser grosso ou de ignora-la. Você esta enganado. Eu só fiz aquele gesto se não ela não ia parar de chorar. Isso não muda nada!!!

E para isso nunca mais acontecer eu vou ter que pedir uma
pequena ajuda pra os filhos de Hermes. Me encaminhei para lá e bati na porta. Nada. Bati de novo. E alguém abriu a estreita da porta e colocou a cabeça pra fora. Era Travis. Só uma pequena descrição ele tem olhos e cabelos castanhos,tem um irmão gêmeo que nem eu e é um pouco mais alto do que Connor seu irmão gêmeo. E por causa da hora, ele estava com pijama e com olheiras.

–- O que você quer?

–- Oi pra você também. Estou bem.

–- Ha ha ha o que você quer a essa hora da noite?- Achei melhor
não provocar. Se não como eu vou conseguir ajuda dele?

–- Você teria um ursinho de pelúcia?- falei. Ele levantou uma sobrancelha e logo me apressei a explicar.

–- Pra minha irmã mais nova.

–- Você não pode esperar até amanhã?

–- Não.

–- Ok. Já volto.- Saiu e voltou com um ursinho com um laço rosa.

Agora foi minha vez de levantar a sobrancelha.

–- Que? Tenho irmãs mais novas também.

–- Ok. Obrigada.- Ele nem respondeu. Bateu a porta na minha cara.

Voltei pro meu chalé e escrevi um bilhete pra Isa. Deixei o ursinho e o bilhete encima do baú. E voltei pra cama e dessa vez consegui dormir.

[...]

No dia seguinte...

Pov. Isa

Acordei com o sol na minha cara. Levantei e vi que estava na minha cama. Devo ter sido levada pra cá depois de dormir. Os meninos não estavam mais aqui. Porque será que a Carter me ajudou ontem a noite? Será que ela vai parar de me tratar mal? Será que funcionou a conversa com Polux?

Fui interrompida dos meus pensamentos quando vi um ursinho e um bilhete em cima do baú. Engatinhei pra lá. Peguei o bilhete e estava escrito:

“ Como eu percebi que você tem medo de raios. Eu decidi arrumar um ursinho de pelúcia pra você. Sempre que tiver medo, você pode abraça-lo e se sentir segura. Se não funcionar você pode chamar Polux. Eu sei que é difícil acorda-lo. Mas é só você grita que o chalé ta pegando fogo e ele acorda com certeza. Mas saiba que isso não vai mudar nada a nossa relação de irmãos. Não vou ser simpático com você. Mas também não vou ser grosso. Não vou falar com você. Como você não existisse pra mim. Carter.”

Já estava chorando no fim do bilhete. Apertei o meu ursinho. E a porta foi aberta por Polux.

–- Isa o café da....- parou quando percebeu que eu tava chorando.

–- O que aconteceu, pequena?- Apenas entreguei o bilhete pra ele. Ele leu rapidamente.

–- Pequena, eu descobri porque ele esta te tratando assim.

–- Por que?

–- Porque ele tem ciúmes de você.

–- Mas ciúmes de que?

–- Sabe o nosso pai?

–- Sei. Ah dã.

–- Então ele nunca deu atenção pra mim e Carter. E ele ta com ciúmes de você porque desde que você chegou ele ficou todo meloso e te deu mais atenção. E nunca deu atenção pra nós. Mas eu diferente dele não me importo. Mas ele só quer um pouco de atenção do pai. Já que nunca teve isso. Entendeu?

–- Entendi. Papai sabe disso?

–- Não.

–- Então é só agente falar pra ele depois do café da manhã.

–- Boa ideia. Agora vamos lave seu rosto, coloque seu sapato e vamos pro refeitório.

Fiz o que ele disse e pulei nas suas costas.

–- Vamos?- disse. Ele assentiu e me ajeitou no seu colo. Fomos correndo pro refeitório. Chegamos. Sai do colo, peguei pão de queijo, sanduiche e coxinha. Derrubei um pouco na fogueira. Sentei na minha mesa. E pensei em suco de laranja e bebi um pouco.

E percebi que papai não tava sentado na mesa principal. O que será que aconteceu com ele? Ele está bem? E como fica o meu plano, agora?