Amor À Toda Prova escrita por Mereço Um Castelo


Capítulo 12
Capítulo 12 - Foi a Mary


Notas iniciais do capítulo

Capítulo dedicado a fofa da Suze!
Nós vemos mais lá no fim!



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Como não queria ligar para a irmã, ou o melhor amigo, Jasper decidiu voltar de táxi para casa. Afinal, ele imaginava que seus filhos já davam trabalho suficiente para Lucy e Edward naquele momento, e não convinha ajudar.

Não demorou muito para que chegasse em casa, pagasse pela corrida do taxista e entrasse para a nova solidão de seu lar. Tudo parecia frio e sem brilho, tão qual a decoração clean e clara que sua esposa sempre amou.

Embora tenha procurado por sinais de Alec e Jane em casa, ele ficou feliz ao ver que era o único por ali ainda. Sinal de que sua irmã estava conseguindo fazê-los comer algo, ou pelo menos tentando muito firmemente...

* * * * *

Bella não conseguia disfarçar o nervosismo e derrubou mais de uma dúzia de canudos embalados pelo chão, isso quando ia pegar um sachê de maionese no suporte ao lado.

- Sabe – era Luiza que dizia ao seu lado, debruçada no cabo do rodinho que lhe servia de apoio, – nunca acreditei em duendes... Mas não é que pessoas ruivas até são bonitinhas? Ai! – ela levou uma guardanapada na cara. – Grossa!

- Toma jeito menina, são clientes!

- Eu tomar jeito? Eu? – ela disse dramática.

Um minuto depois, Luiza estava bem ao lado de Bella e tentava falar baixo, embora alguns agudos a entregasse, às vezes.

- O cara basicamente te comeu com os olhos e só faltou perguntar se você aparecia em alguma página do cardápio na frente da loira. E, mesmo depois de tudo, sou eu quem deve tomar jeito? Francamente!

Bella iria jogar mais guardanapos, mas o chefe chegou naquele exato momento, o que a obrigou a recolher canudos.

Lucy fez sinal para chamar a garçonete e logo Luiza largou o rodinho e correu para lá, não antes de mexer com a amiga.

- Quer que eu dê seu telefone?

- Luiza! – Bella falou alto demais e logo se abaixou ao ver que o chefe a olhava. – Oh, desculpe, eu só ia dizer para ela atendê-los.

- Sei... Continue limpando.

- Sim, senhor...

* * * * *

Enquanto isso, no apartamento, as coisas estavam bem corridas para Alice. Ela tentava se maquiar e olhar a página de Cultura do jornal ao mesmo tempo.

- Meu Deus, me ajude a achar algo que não tenha a cara da Esme estampada!!

Foi enquanto secava o cabelo que ela viu algo que lhe chamou a atenção.

- Exposição de Arte Renascentista! Isso! Esme nunca iria em algo assim... Em compensação, aposto que o Rafa vai gostar... Bem, se não gostar, eu acho que ele no mínimo vai achar interessante. Ok, quem eu quero enganar? Quando na vida ele diria que não gostou de algo que eu escolhi? – ela perguntou a Alice refletida no espelho, respondendo em seguida. – Nunca, é claro. Ele é tão fofo!

Alice riu com tamanha adoração. Ela sabia que Rafael iria A-MAR! Ou, melhor, ela tinha certeza. Sendo assim, ela não tinha muito tempo a perder. Correu separar um vestido mais discreto – que dava um ar mais chique e sério, perfeito para a ocasião.

Mas aí ela se lembrou. Não queria que o Rafael chegasse como quem vai ao cinema, quando na verdade eles vão a uma exposição de artes. Se ele fosse de qualquer jeito teria que mudar os planos, pois não o acompanharia até um lugar assim de modo algum!

Por isso, correu pegar o celular. Discou o número de Rafael, que atendeu prontamente a uma Alice quase que sem fôlego.

- Morzinho!

- Oi, minha linda. Já está pronta?

- Não seja tolo! Nem consegui começar a maquiagem!

- Isso quer dizer que... – ele ficou confuso. Afinal, ele se perguntava se talvez ela não quisesse mais sair ou achava que ele havia demorado demais.

- Vai demorar... Bem, eu vou demorar... Mas não tanto assim, está bem? Não fique assustado! É mesmo só um tiquinho a mais – ela brincou, e ambos riram juntos.

- Ah, sim, então está bem. Mas então por que está me ligando, linda? Será que é por estar com saudades da minha voz? – ele quis se gabar para Alice, que tentou agir com desdém.

- Ah, seu bobo... Só da sua voz não... Mas, ah! – ela pareceu confusa. – Quer dizer: é claro que não. Não sou dependente de homem algum, né? – tentou bancara independente.

Embora mesmo tentando fingir que não ligava, ela não tenha tido muito êxito. Afinal, ela não conseguia negar que era terminantemente caidinha pelo namorado. Aliás, paixão antiga, que nasceu na primeira troca de olhares.

- Não, só de uma outra mulher, certo? Se bem que eu sempre acreditei que a senhora Brandon houvesse se casado com um homem... Bem, Joseph me parece nome de homem, mas já que o mundo anda meio moderno, né? Vai saber... – ele fez graça.

- Chato! Claro que meu pai é homem, poxa vida. E eu nasceria como se não fosse?

- Inseminação, óbvio... – ele fez uma breve pausa antes de continua. – Ah, tem barriga de aluguel também. Ou... Proveta?

- Ok, ok, eu entendi! Droga, não dá para brincar com médicos... Seu chato...

- Sua bobinha! Aposto que está com aquele beicinho lindo e os braços cruzados...

Logo, ela parou para se ver; ela estava exatamente como ele descreveu. Mas ela tentou retrucar que ele estava errado, mesmo assim.

- Não estou, não!

- Ah, sei... Vou fazer de conta que acredito, ok?

Eles riram por um segundo, antes que Alice retomasse o controle da situação.  Nenhum deles queria arrumar uma briga por nada e era extremamente difícil que realmente discutissem sobre qualquer coisa, já que até em gostos eles batiam perfeitamente.

- Então, na verdade só estou ligando para dizer que eu quero que você se arrume.

- Arrumar?

- Sim, eu quero que o meu gatinho coloque uma roupa um pouco mais séria.

- Mas por que? Onde vamos? No Oscar?

- Não, claro que não vamos ao Oscar. Se fossemos, eu o mandaria colocar gravata borboleta. Eu só falei uma roupa mais séria, mais chique. Nada de calça jeans e tênis, estamos combinados?

- Gatinha, eu ando com roupa séria o tempo todo.

- Um tempinho a mais não irá lhe fazer mal, por favor! Por mim! – ela tentou dramatizar.

- Ok, o que eu não faço para alegrar essa minha princesa saltitante, não?

- Ahhh! Te amo, amor! Agora tenho que me arrumar! Tchau! – ela desligou sem dar-lhe mais oportunidades de falar, afinal, uma maquiagem perfeita não se faz sozinha, certo?

* * * * *

Já no hospital, o clima estava cada vez mais quente. E não era por falta de ar condicionado.

Carlisle estava tão nervoso que, mesmo quando tentava não olhar os atributos de Esme, seus olhos o entregavam.

Ela, por outro lado, se sentia radiante com o efeito que causava naquele homem tão interessante.

- Bem – ele pigarreou após ser pego encarando seu generoso decote pela própria, – me desculpe, mas qual era mesmo o assunto que tinha para falar comigo?

Naquele instante, o sorriso de Esme sumiu de seus lábios e o nervosismo começou a tomar conta de seu corpo. Era a hora, ela sabia e podia sentir que não haveria volta. Mas seu coração pulsava tão alto, e suas mãos tremiam tanto, que se ela se permitisse relaxar, ele saberia no ato que ela estava bem nervosa, tanto quanto ele.

Ela encarou as mãos, que estavam em cima da mesa, e criou a coragem para dizer.

- Sabe, eu nunca fiz isso antes... Isso de tomar a iniciativa, sabe? – ela olhou para ele em busca de incentivo.

- Hmm... Na verdade, não. Do que exatamente estamos falando aqui?

- Eu fiz uma aposta! – ela se levantou e disse desesperada.

- Aposta? Como assim?

- Bem, acontece que aquela enfermeira Mary – e Esme torcia para existir alguém com o nome assim! – disse que eu nunca conseguiria sair com o homem mais bonito desse hospital! – ela disse sorrindo nervosamente.

Carlisle, que a princípio estava com o semblante sério – pois estava escondendo uma pura irritação com umas das mais de quatro Marys que trabalhavam no hospital, e na qual ele teria que investigar para saber qual foi, – não pode esconder o sorriso ao notar o que ela havia falado “o homem mais bonito do hospital”. E, bem, seu ego inflou naquele instante.

Logo, ele estava de pé ao lado de uma Esme eufórica por perceber o que suas palavras haviam feito com o mais novo “amor de sua vida”, mesmo que ele ainda não soubesse que ganhou tal título “ainda”.

- Espere... Isso quer dizer que você – ele apontou para ela, que estava a cada instante mais e mais perto, – quer sair comigo?

Ela sorriu e concordou com a cabeça.

- Claro, e quem seria o homem mais bonito do hospital senão o senhor?

Carlisle estava vermelho, embora não conseguisse esconder o sorriso de felicidade. Aquela era a cantada mais inusitada que ele já havia levado. E embora quisesse dizer “sim!”, algo lá dentro o dizia que era melhor que dissesse “não”. Afinal, a bela jovem à sua frente era irmã de seu funcionário, no final das contas.

Mas, quando ele foi transformar seus pensamentos em palavras, Esme aproveitou para se aproximar ainda mais e beijá-lo.

Com tanto empenho da parte dela, ficava mesmo bem difícil para ele resistir. E, sem saída, logo estava correspondendo ao beijo da garota no qual ele sabia que não conseguiria dizer não, mesmo que fosse moralmente questionável dizer sim.

Um tempo depois, quando ambos estavam ofegantes e se olhando com grandes sorrisos estampados nos rostos, ela temeu que a situação tomasse um caminho ruim e, antes que ele dissesse que não iria, com uma desculpa esfarrapada de que precisava trabalhar, ela disse.

- Depois desse beijo, eu não aceito um não. E, eu sei também que você sai agora, pois, perguntei a Mary.

- Ah, sim, Mary, aquela entregadora de chefes...

- Pois é...

E, mesmo que sem pensar, eles estavam abraçados novamente se beijando. Esme podia crer que, pelo menos, já havia chamado sua atenção. Agora só precisava arrastá-lo para fora.


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Notas finais do capítulo

Gente, que coisa linda! Entrei e me deparei com a recomendação da Suze e os comentários mega fofos de JaqueConde, Nyh_Cah, Mamita, a própria Suze e a curtíssima Ana Cullen (curta, mas sempre presente, ehehhe) e não tinha como eu não dar esse presente a vocês, minhas lindas!
Sem contar que tenho que agradecer muito também as recomendações anteriores, vocês três me deixaram mega esplendidamente feliz!
Olha que hoje estou em busca de inspiração par escrever o próximo, hein? E essa recomendação linda e esses comentários me fizeram ficar eufórica!
beijinhos e espero repetirem a dose, hein?
Até!