Doce Amargo escrita por WaalPomps


Capítulo 17
Cap. 16 – Perdão


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeey!! *---*
Bom, o capitulo anterior já está com capa se quiserem ver.
E esse é inteiramente dedicado a MrsOverstreet linda e maravilhosa *-*
Bejos e até lá embaixo ;@



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/232127/chapter/17

Rasgando. Essa era a única palavra que Quinn poderia usar para descrever a dor que sentia. O médico da gravidez de Peter não havia sido o mesmo de Belle e ele havia se horrorizado em saber que haviam forçado uma cesárea, ainda mais com a mãe sedada. E após um longo tratamento, Quinn poderia trazer o filho ao mundo da maneira natural.

Enquanto Puck dirigia para o hospital com Finn gritando ao seu lado, Rachel amparando Quinn no banco de trás, e os gêmeos e Belle gritando no porta-malas, a única coisa que passava pela mente da loira era que, anos antes, quando havia sido Beth, não se lembrava de doer tanto.

Assim que chegaram ao hospital, ela foi logo encaminhada à sala de parto. Pouco depois, Puck e Rachel entraram para acompanha-la, enquanto Finn e os amigos esperavam na recepção com as crianças.

O marido sentou-se de um lado, e a melhor amiga do outro, ambos lhe dando as mãos, que ela apertava até quase atingir a tonalidade roxa, tamanha era a força que aplicava recorrente a dor.

_ Eu vou te matar Puck. Eu juro que eu ainda vou te matar! – rosnava ela, enquanto o marido secava sua testa.

_ Pode matar meu amor, mas primeiro traz o nosso garotão ok? – ria o marido junto de Rachel.

Depois de quase 45 minutos de palavrões, gritos e empurrões, afinal nasceu Peter Puckerman, de grandes olhos castanhos e cabelos loiros claríssimos. Puck se emocionou cortando o cordão umbilical, coisa que não pode fazer nas primeiras vezes e chorou quando a enfermeira lhe entregou seu primeiro filho homem, para que ele o entregasse a Quinn.

_ Oi meu anjinho... – sussurrou a loira emocionada, beijando o rosto do filho mais novo – Como você é lindo, meu pequeno voador.

Rachel havia saído apressadamente contar as novidades e logo retornava com Belle no colo. A menina se atirou em direção ao pai, que a apanhou e se aproximou da esposa.

_ Olha princesa, esse é o seu irmãozinho. – apresentou o pai.

_ Ele não parece com o Peter Pan. – observou a menina – Ele parece com a mamãe.

_ É porque ele não é filho do Peter Pan, mas meu e do papai, assim como você. – explicou a mãe, sorrindo – Agora diz oi para ele.

_ Oi Pete. – disse ela alegremente, beijando o rosto do bebezinho. Puck suspirou aliviado ao ver a paz da esposa. Pela primeira vez em anos, sua família estava completa.

~*~

Beth dirigia ensandecida, tentando ligar para Ian ou para Puck, mas o noivo estava em reunião e o... Pai, deveria estar no aeroporto ainda. Entrou na garagem dos Puckerman de qualquer jeito, nem se dando ao trabalho de desligar o carro.

A porta dos fundos estava aberta e ela entrou de supetão, ouvindo os gritos de Quinn no andar de cima. Subiu três degraus de cada vez e escancarou a porta do quarto do casal. A loira estava na cama, gritando com as contrações, enquanto ela via Belle sem saber o que fazer.

_ Belle, me ajuda a levar ela pro carro. – gritou, tirando a mais nova do transe. Ela assentiu e juntas ergueram Quinn.

_ Beth eu... – começou a loira, mas uma contração a impediu.

_ Agora não Quinn... – murmurou a menina – No momento não vai rolar um DR.

A mais velha assentiu e as três se arrastaram escada abaixo, entrando de qualquer jeito no carro.

_ Fica no banco de trás com ela. – mandou Beth, fechando a porta – Belle, continua tentando ligar pro seu pai ok?

Arrancou com o carro, costurando sem medo pelas avenidas da cidade. O hospital mais próximo ficava a cerca de 20 minutos da casa de Quinn. Beth pretendia fazer o percurso em cinco, talvez menos.

No aeroporto, Puck e Finn colocavam as malas no carro, enquanto as crianças brincavam e Rachel falava ao celular com Santana.

_ Não Sant, a Quinn tá bem. Claro que tá, a Belle não ligou nem nada. Eu sei que você tá com pressentimento ruim, mas convenhamos, depois que a Nicole nasceu, você SEMPRE está. Sim, eu te ligo assim que chegar em casa. Um beijo.

_ Que foi? – perguntou Noah e Rachel deu de ombros.

_ Ela disse que ninguém atende na sua casa e que ela tá com um pressentimento. Paranoia da Sant. – garantiu a morena – Vamos crianças?

_ Só por precaução, deixe-me ver o celular. – disse o homem pegando o aparelho e se espantando com o tanto de ligações perdidas – Puta que o pariu. – discou rapidamente – Belle, é o papai. Cadê vocês? No hospital? Como? Beth levou vocês? E sua mãe? Merda. To indo para ai agora.

_ Aconteceu alguma coisa? – perguntou Peter assustado.

_ Wayne e Charlie estão nascendo antes do esperado. – gritou Noah – Todos no carro, agora.

De volta ao hospital, Belle e Beth esperavam nervosas na sala de espera. Puck havia sido avisado, mas do aeroporto ali eram no mínimo 40 minutos, se não mais. Quinn estava sendo examinada, assim como os bebês e logo o parto começaria.

_ Com licença... – pediu uma enfermeira – Sua irmã está pronta para dar a luz, se você quiser acompanhar.

_ Ela não é minha irmã. – murmurou Beth.

_ Oh não? Desculpe, é que vocês são parecidas.

_ É porque ela é filha da minha mãe né! – retrucou Belle nervosa – Beth, eu quero entrar e ficar com a mamãe.

_ Desculpe meu anjo, mas a não ser que seu papai chegue, não posso permitir. – explicou a enfermeira – Se sua irmã quiser, ela pode entrar.

_ Oh não, eu não posso... - começou a mais velha e Belle a agarrou pelos braços.

_ Por favor Beth... Vai lá e cuida da mamãe para mim. Por favor! – implorou a mais nova, praticamente chorando. Beth inspirou firme, temendo o que viria a seguir.

_ Está bem. Assim que o... Papai chegar, vocês vão para lá tudo bem? – perguntou ela e pequena assentiu – Excelente.

Ela seguiu a enfermeira pelo longo corredor e colocou a roupa esterilizada. Podia ouvir o choro da mãe atravessando a porta e sentiu o coração apertar. Respirou fundo antes de entrar.

Quinn estava sozinha no quarto, esperando os médicos e enfermeiras. A enfermeira havia explicado a Beth que Quinn estava muito nervosa e preocupada, e que seria bom acalma-la para o parto seguir tranquilo. A menina entrou silenciosamente, sem ser percebida e se aproximou da cama. Quinn chorava nervosamente, agarrada a barriga e gritando com a dor. Beth sentou ao seu lado, abraçando-a.

_ Tá tudo bem, eu to aqui... – murmurou ela e Quinn silenciou-se, surpresa – Eu to aqui mãe, não precisa ter medo. Vai dar tudo certo, eu prometo.

Não sabia de onde as palavras haviam vindo, mas sabia que fala-las estava libertando-a. Ela sabia quem era, sabia aonde pertencia, sabia a quem deveria amar. De repente, não achava errado chamar a mulher a sua frente de mãe, pois era o que ela era e sempre fora, quando pequena e depois, já adulta, quando chegou aos EUA, sendo simplesmente Elizabeth Danten.

_ Os médicos estão prontos... Você consegue começar a empurrar? - perguntou a menina e a mulher assentiu – Ótimo, eu vou chama-los.

_ Você vai continuar aqui Beth? – sussurrou a mulher.

_ Até eles nascerem, mamãe. – respondeu, beijando-a no rosto.

Logo, a equipe medica estava ali e Quinn começava a empurrar. Beth não pode deixar de se emocionar, vendo-a passar por toda aquela dor e sabendo que, quase 23 anos antes, ela havia estado ali para trazê-la ao mundo. Sentia-se culpada por ter fugido os últimos meses.

A loira mais velha apertava a mão da filha, gritando a cada contração. Beth sussurrava palavras acalentadoras e incentivadoras, enquanto enxugava o rosto da mãe. Logo, a porta se abriu e Puck entrou com Peter e Belle.

Assim que entrou, o menino correu em direção à mãe, abraçando-a assustado. Ela respirou profundamente, beijando-o na testa para acalma-lo, e Beth o abraçou.

_ Peter, que tal você segurar a mão dela, enquanto eu enxugo o rosto? – sugeriu a mais velha e ele assentiu, apertando a mão da mãe com suas duas mãozinhas. Belle seguiu para o lado contrário da cama, beijando o rosto da mãe e segurando sua outra mão. Ela olhou a irmã mais velha e sussurrou “obrigado”.

_ Papai, você não vem? – perguntou Peter, encarando o pai. Puck estava parado no mesmo lugar, as lagrimas escorrendo por ambos os lados do rosto, vendo ali a sua pequena princesinha loira, a quem achara ter perdido para sempre. Agora com os cabelos claros, era impossível negar que ela e Quinn eram idênticas e vê-la ali, apoiando o amor de sua vida, com seus outros dois maiores tesouros, ajudando os gêmeos a virem ao mundo, era mais do que ele poderia sequer sonhar.

Ele se encaminhou para o lado de Belle e deu um selinho e um beijo na testa da esposa, que sorriu aliviada por ele estar ali. Ele sentou na beirada do colchão, apoiando as costas dela e ajudando a empurrar sua barriga para baixo.

Foram cerca de seis empurrões até que, finalmente, Wayne Mark Puckerman nasceu, gritando a plenos pulmões. Peter olhava petrificado e maravilhado, enquanto o medico enrolava o bebê e o colocava sobre a mãe.

_ Quem vai cortar o cordão? – perguntou a enfermeira, e Puck e Quinn deram sinal para Peter. Ele se aproximou de olhos arregalados e apanhou a tesoura, cortando com cuidado no local indicado, voltando correndo para o lado da mãe, podendo assim admirar o irmão.

Logo, já examinavam o bebê, e Quinn se preparava para voltar a empurrar. Não seria tão rápido, afinal, a bebê estava um pouco acima, já que o irmão estava mais bem posicionado. Demorou aproximadamente 30 minutos, mas tão barulhenta quanto o irmão, Charlotte Dianna Puckerman chegou ao mundo.

Puck deu sinal que Belle cortasse o cordão, mas quando ela apanhou a tesoura, olhou Beth.

_ Beth... Corta comigo? – pediu, pegando a mais velha e os pais de surpresa. A jovem assentiu, dando a volta na cama e, junto da irmã, cortando o cordão umbilical. Logo levaram Charlie e Belle se virou, abraçando a irmã mais velha – Eu to feliz de você ter voltado.

_ Eu estou feliz por estar de volta. – garantiu Beth, sorrindo. Logo, sentiu o tranco de Peter abraçando-a também e sorriu mais largamente, envolvendo-o no abraço também. Ela olhou para o lado e viu que os pais choravam abraçados, com Puck sentado ao lado da esposa. Afastou-se delicadamente dos irmãos e se aproximou.

Não sabia exatamente como agir, e o casal também parecia não saber, mas logo não foi preciso pensar. Ela simplesmente se atirou em direção a eles, e ambos abriram os braços, envolvendo-a e chorando juntos.

_ Me desculpa. – soluçou a menina.

_ Desculpa porque meu anjo? – perguntou Puck – Por nos devolver algo que pensávamos ter perdido para sempre?

_ Por ter me afastado. – sussurrou ela.

_ Não se culpe minha coisinha perfeita... Só prometa que nunca mais irá embora. – pediu a mãe e ela assentiu.

_ Nunca... – assegurou ela. Logo, Peter e Belle estavam ali, envolvidos no abraço, mas o medico o quebrou.

_ Que tal abrirem espaço para os novos membros da família? – perguntou ele, enquanto as enfermeiras colocavam os bebês no colo dos pais. Wayne tinha os cabelos escuros, mas os olhos eram castanhos. Já Charlie, havia saído a Beth: loira de olhos verdes.

_ Acho que isso merece uma foto! – comentou a enfermeira, apanhando a câmera. Beth sentou ao lado da mãe, com Peter em seu colo, Belle abraçou o pai, que carregava Charlie e Quinn ficou entre eles, segurando Wayne. E quando o homem se virou para o lado, sentiu-se explodir em alegria. Ali estava a mulher por quem havia se apaixonado anos antes, sem marcas nem falhas ou medos.

_ Obrigado.

_ A quem? – perguntou Peter.

_ A vocês cinco. – disse o pai.

_ Por quê? – perguntou Belle intrigada.

_ Por trazerem nós dois de volta a vida. – garantiu ele, e a esposa deitou a cabeça no seu ombro, sorrindo. Agora sim, sua família estava finalmente completa. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Amaram? Odiaram? Comentem *--* ;@