Doce Amargo escrita por WaalPomps


Capítulo 10
Cap. 9 – Passado de mentiras


Notas iniciais do capítulo

Agora sim o barraco vai começar a pegar fogo HUAHUAUHAUHAUH
Espero que gostem e até lá embaixo ;@



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Ele a olhava chocado, assustado. O que ela escondia? Porque ela escondia? Os olhos dela estavam marejados, e ele sentia os seus próximos aquele ponto.

_ Lembra que minha mãe sempre dizia que meu pai havia ido embora e nós havíamos nos mudado para a casa de vocês por isso? Ou ainda que eu me parecia com ele? – perguntou Beth e o noivo concordou – Era mentira Ian. Minha mãe nunca foi casada e eu, na verdade, não sou filha dela. Eu sou adotada.

O silencio que se seguiu foi incomodo e ela pensava o que se passava na cabeça dele. O rosto dele não tinha expressão e quando ele falou, Beth se segurou para não estapeá-lo.

_ Beth... Eu sempre soube.

_ VOCÊ O QUE? – gritou ela, se levantando e derrubando o livro que estava no colo.

_ Hei, calma ai amor. – disse o rapaz, recuando assustado – Sente, vamos. – ela sentou-se e ele se aproximou, segurando as mãos dela – Muito bem, façamos assim. Você dirá tudo que tiver a dizer sobre isso, porque parece que não era só isso que você tinha a me dizer, é?

Ela negou com a cabeça e inspirou fundo, se levantando e indo até o quarto. Ela abriu a gaveta da cômoda e tirou o fundo falso, pegando de dentro a caixa de veludo. Ian estava atrás dela e ambos sentaram-se a cama.

_ Acho que eu já escondi isso por tempo demais. – disse ela, abrindo a caixa – Está na hora de você saber toda a verdade.

~*~

_ Manhê... – chamou Beth com a voz manhosa. Shelly estava no escritório de Charles, escrevendo em um livro de capa preta encadernada. Ela sempre estava escrevendo em um daqueles, mas Beth não sabia o que havia neles.

_ Diga minha pequena estrela. – disse a mãe, fechando o livro e chamando a filha para seu colo.

_ Você sabe que não gosto de ser chamada de estrela. – resmungou a pequena torcendo o nariz – Mamãe, porque não tem nenhuma foto minha, bebê, aqui em casa? Tem do James e da Nicole, e tem do Ian. Porque não tem minha?

A mãe suspirou, sabia que uma hora chegaria a um embate desses. Levantou-se segurando a mão da filha e sentou-se com ela no sofá de couro do escritório, acariciando os cabelos loiros da menina.

_ Beth, a mamãe tem que contar uma coisa, mas eu quero que você saiba que independente de qualquer coisa, eu te amo muito, está bem? – perguntou a mulher e a menina confirmou – Você sabe o que significa adoção?

A menina negou com a cabeça, parecendo assustada com a palavra e Shelly explicou:

_ Adoção é o nome que se dá quando alguém se torna mamãe ou papai de uma criança, sem tê-la feito nascer. Você consegue entender isso? – a menina confirmou chorando e a mãe secou suas lagrimas – Não chore meu bem...

_ Mas porque não foi você que me fez nascer mamãe? – perguntou a menina, coçando os olhos.

_ Porque o Papai do Céu não quis assim meu bem. – explicou a mãe – Você quer saber de onde você nasceu?

_ Não. Não me importo. – disse a menina convicta – Você é minha mamãe, e só isso importa! – e abraçou a mãe – Eu te amo mamãe.

_ Eu também te amo meu anjo... Muito, muito, muito.

~*~

_ Então ela mentiu? – perguntou ele e ela confirmou – Bom, não sei se muitos pais adotivos contariam aos filhos a verdade. Algumas crianças não aceitam bem.

_ Não é isso Ian... Ela disse que me adotou aos três anos, em um orfanato na Inglaterra, onde meus pais haviam me deixado. Hoje, sei que meus pais são americanos, então ela deve ter me adotado aqui.

_ Claro que ela te adotou aqui. – disse ele como se fosse obvio – E três anos não, porque eu te conheço desde antes disso.

_ Como? – perguntou ela, certa de ter ouvido errado.

_ É... Eu não me lembro direito, mas minha mãe sempre falava de quando nós viemos te conhecer. Ela dizia que você tinha alguns poucos meses de vida e morava em NY com sua mãe. – recordou-se ele, franzindo o cenho.

_ Então ela não me achou em um orfanato? – perguntou a menina e ele deu de ombros.

_ Não sei, realmente. Acredito que não, porque minha mãe veio antes te conhecer, se bem me recordo do que ela contava. É, ela veio para cá logo que sua mãe te trouxe do hospital e algumas semanas depois, meu pai veio para cá comigo.

_ O que mais você lembra? – sussurrou a menina, estralando os dedos, nervosa.

_ Pouco. – admitiu ele – Minha mãe contou tudo isso quanto eu tinha 13 anos e você atravessava aquela fase rebelde. Mamãe dizia que era uma crise de identidade, porque você não se achava em sua mãe. E ela me contou que você era adotada.

_ Ela lhe contou meu nome verdadeiro? – soltou a menina e ele se espantou.

_ Nome verdadeiro? Como assim? – questionou ele e ela explicou – Então seu nome não é Elizabeth?

_ Não sei. – admitiu ela frustrada – Eu me lembro de, algumas poucas vezes, minha mãe me chamar de pequena Rachel. Seria esse meu nome verdadeiro? Rachel?

_ Não sei amor. – ponderou Ian, pegando as mãos dela – O que eu sei é que, se você precisa achar essas respostas para ser feliz, eu vou te apoiar e ajudar no que eu puder.

Ela sorriu e o abraçou, encaixando-se na curva do pescoço dele. Ele a apertou junto de si e afagou seus cabelos.

_ Tem mais uma coisa, que eu preciso contar. – sussurrou Beth, se afastando e segurando o rosto dele – Eu não perdi o bebê, naquela vez que eu engravidei. Eu estava assustada, você estava afastado, a história dos meus pais me confundia muito... Eu não tinha condições naquela época.

_ Não tem problema amor. – garantiu ele com a voz embargada – Eu também tenho culpa nisso, e você sabe, não tente negar... Não era a hora, não estávamos prontos. Talvez, quando você conseguir resolver toda essa situação dos seus pais, nós possamos afinal conseguir!

_ Sabe o que eu acho... Que poderíamos ir treinando! – disse ela sedutoramente – Que tal você ir enchendo a banheira? Vou ligar para a Quinn e te encontro lá.

_ Te espero lá princesa. – sussurrou ele, beijando-a e saindo correndo.

Ela apanhou o telefone e ligou para Quinn. Nem bem a loira atendeu, Beth já despejou tudo sobre ela.

_ B, isso é ótimo! – comemorou Quinn – São novas informações para se pesquisar! Com isso já posso rastrear muita coisa!

_ Eu sinto que eu estou cada vez mais perto dela Quinn, cada vez mais perto! – disse a jovem, com os olhos molhados – Agora vou desligar, Ian me aguarda...

_ Vai lá Beth e perca todo o juízo! – brincou a mais velha, desligando. Beth olhou a medalhinha em seu colo e a beijou, chorando mais um pouco.

_ Logo estaremos juntas, as três partes do coração... – sussurrou ela, antes de guardar a medalhinha e sair correndo.

Na casa dos Puckerman, Quinn olhava a caixa de fotos.

_ Ficou perfeita a restauração né? – disse Puck sorrindo e ela confirmou, guardando as fotos – Pro alto do armário?

_ Vida nova amor... – disse ela, acariciando a barriga – Beth sempre será parte de nós, mas agora, temos outras pessoas para amar.

O homem sorriu, apanhando a caixinha de veludo dentro da caixa maior. Abriram, dando com duas partes de um coração. Quinn acariciou-as e tirou-as do forro, segurando diante dos olhos.

_ “À eterna dona do nosso amor, estaremos juntos para sempre”. – leu ele.

_ Faltam as palavras “amor” e “sempre”. – disse a esposa, apontando as medalhas com a cabeça.

_ E se passou algum dia sem que você se lembrasse da frase? – perguntou ele.

_ Jamais passara... – completou ela – Mas agora, serão QUATRO eternos donos do nosso amor.

_ E estaremos com eles para sempre! – finalizou o marido, enquanto ela guardava as duas partes do pingente. Fecharam a caixinha de veludo e a caixa de papelão. O homem de empoleirou no armário e colocou a caixa bem no alto.

_ Sabia que eu estou morrendo de tesão por você? – perguntou ela?

_ Ah é? – questionou ele de volta e ela concordou – Mas e o bebê?

_ Ah amor... A culpa É do bebê! – riu ela, puxando-o para si.


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Notas finais do capítulo

Eae? Só domingão agora hein? hehe'
Ah, e leiam minha nova fic: Os Seus, Os Meus (Os Deles) e Os Nossos [https://www.fanfiction.com.br/historia/235425/Os_Seus_Os_Meus_os_Deles_E_Os_Nossos]
BEJO DA GORDA ;@