Quidditch Revenge escrita por KarenLuizaM


Capítulo 4
Platina que mancha o Fogo


Notas iniciais do capítulo

Capítulo longo! Preparem-se para lidar com as emoções de Rose!



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– Me diz: O que exatamente aconteceu? – Perguntara Valerie que estava com Rose, na mesa da Corvinal, no sábado.

– Bem... Malfoy mandou aquela carta horrível pros meus pais e eu enviei outra no dia seguinte dizendo que era tudo um mal entendido e que foi ele quem havia escrito aquela carta. Não sei se vão acreditar em mim. – Dissera a ruiva, tristonha - Se eles acreditarem que a primeira carta foi feita por outra pessoa, eles podem pensar que a que eu enviei também foi.

– Agora é esperar, né?

Assim que a morena terminara a frase, dezenas de corujas começaram a adentrar o salão principal de Hogwarts. Era a hora do correio. As corujas chegavam perto das mesas e entregavam as cartas para seus destinatários. Rose olhara para cima, esperando algum envelope vir em sua direção, quando sentiu algo cair em sua cabeça.

– A carta chegou. – Concluíra nervosa depois de analisar o pequeno envelope.

– Então abre logo! – Disse a castanha ao seu lado.

– Não consigo. – Rose estava paralisada.

Valerie pegou a carta das mãos da ruiva e a leu.

– Bem... Não é tão ruim. – Disse, estendendo a carta para Rose depois de alguns segundos. A ruiva pegou-a e começou a lê-la.

“Filha,

Nós sabemos que você não nos enviaria uma carta daquelas. Ficamos muito espantados quando ela chegou – até achamos que havia algo de errado – mas, não precisa se preocupar. Mas, nós ainda temos que conversar sobre o que exatamente aconteceu na sala de aula. Você nos disse que não foi sua culpa, mas, ainda temos que esclarecer isso. Tome mais cuidado da próxima vez, querida e, boa sorte no jogo de Quadribol.

Mamãe.

P.S.: Seu pai disse, novamente, para você se mantar afastada de Scorpius Malfoy.”.

– Valerie. Isso é pra lá de ruim! – Disse a garota, após terminar a leitura – Eles podem até acreditar em mim, mas a confiança deles diminuiu muito. Da pra notar pelo jeito que ela toma cuidado dizendo que eu não preciso me preocupar. Se estivesse realmente tudo certo ela diria diretamente que está. Mas não está. – Concluíra triste.

– Sinto muito, Rose. – Confortara a amiga – Mas, agora você tem que ir se aprontar para o jogo. Anda logo! – Concluíra empurrando a ruiva para fora da mesa.

Elas se levantaram e foram em direção à porta do salão, já praticamente vazio. Mas, assim que saíram, esbarraram em alguém.

– Opa. – Disse um garoto com cabelos muito escuros e olhos verdes – Desculpe garotas, não vi vocês.

– Tudo bem, Alvo. – Respondera a garota com um grande sorriso no rosto – Ahm, aonde você está indo? Você não deveria ir para o campo de Quadribol?

– Sim, mas, eu só vou pegar uma fruta pra comer no caminho.

– Posso ir com você? – A castanha perguntara entusiasmadamente.

– Claro! – Respondera o moreno – Ah, E... Boa sorte Rose. – Concluíra adentrando no Salão principal com Valerie ao seu encalce.

– Pra você também! – Dissera a ruiva antes de continuar a andar.

Rose caminhava lentamente. Os corredores estavam desertos – Provavelmente os alunos já estavam se acomodando nas altas arquibancadas do campo. Nenhum professor, nenhum fantasma, ninguém por ali. Ou, era o que ela achava.

O jogo seria tenso para ela. Seria a primeira vez que iria jogar no time de Quadribol de sua casa. O nervosismo invadia seu corpo deixando um rastro de pequenos pelos arrepiados. Estava quase chegando ao seu destino quando sentiu alguém a agarrar pela cintura e tapar sua boca.

–Vai à algum lugar, ruivinha? – Dissera um garoto alto com olhos tão cinzas que poderiam ser comparados ao céu nublado daquela tarde – Bem, mudança de planos.

O loiro segurava seus braços, não dando chance para ela escapar, e a arrastava pelo corredor. A corvina se debatia. Tentava com todas as forças sair dali. Sem sucesso. Ele abriu a porta do armário de vassouras mais próxima e a empurrara lá dentro.

– Tchauzinho, Weasley. – Antes que ela pudesse impedir, Malfoy fechara a porta – Colloportus. – Concluíra ao apontar sua varinha para a porta, trancando-a.

Rose estava presa. Faltava menos de uma hora para começar o jogo e ela estava dentro de um armário de vassouras sem poder sair. Ela tinha que fazer alguma coisa. Não podia deixar Malfoy destruir sua vida desse jeito. Mas, o quê podia fazer? Olhara para cima, procurara alguma coisa. Qualquer coisa que pudesse ajuda-la a sair daquele lugar, mas, só havia uma saída, e esta fora lacrada por um feitiço lançado pelo loiro mais nojento de Hogwarts. Rose começara a entrar em desespero.

– Alguém me tira daqui! – Ela gritava e batia na porta, com esperança de que alguém pudesse estar passando no corredor – Por favor! – Suplicara.

“Malfoy, eu te odeio tanto!” pensara. Por que ele fazia essas coisas? Por que insistia em fazê-la ficar tão desolada? Sentia prazer em fazer isso? Ela acreditava que sim. Caíra de joelhos, abaixando a cabeça. Não havia mais o que fazer. La fora estava tão silencioso que Rose conseguia ouvir os gritos das pessoas no campo de Quadribol. O jogo já iria começar e ela estava ali. Com certeza dariam falta dela. Mas, não havia mais o que fazer. Só esperar o feitiço perder o efeito.



– Alguém viu a Rose? – Perguntara Cindy Blue, uma atacante do time da Corvinal, alguns minutos antes de começar o jogo.

– Ela não estava no vestiário com você? – Perguntara Andrew Sanders, o apanhador e capitão.

– Não. Eu achei que ela já estava aqui com vocês! – Respondera a garota.

– Espera um pouco. – O garoto andara até o outro lado do campo, onde estava o time da Sonserina – Potter! – Gritara há alguns metros dos sonserinos – Pode vir até aqui?

– O quê foi? – Perguntara o moreno ao chegar perto do garoto.

– Você, por acaso, viu a Rose?

– Sim. Ela estava vindo pra cá quando a vi. Mas, por que esta me perguntando isso?

– Nada, deixa pra lá... – Respondera o corvino voltando para seu lado do campo.

O capitão estava muito apreensivo. Fazia anos que a Corvinal não ganhava uma taça de Quadribol e, logo no primeiro jogo, sua goleira não aparece. Sabia que não se sairiam tão bem sem Rose, mas, tentaria fazer o melhor com seu goleiro reserva.

– John! Você vai jogar! – O Capitão gritara para um garoto, que aparentava estar no terceiro ano, mesmo sendo muito alto. Ele levantara de um banco comprido em uma área coberta na lateral do campo e fora até o capitão carregando sua vassoura.

– O que houve, capitão?

– A Rose não apareceu, então, você vai jogar no lugar dela. E... Me chame de Andrew. – Concluíra, dando as costas para aquele garoto.

Seria um jogo difícil e muito disputado - o time sonserino estava muito forte esse.

– Tomara que dê tudo certo. – dissera a si mesmo.



Rose estava encolhida em um canto do armário esperando e esperando. Quanto tempo mais demoraria para ela sair daquele lugar? Já havia se passado mais de três horas e a porta persistia em permanecer trancada.

“Como ele conseguiu fazer um feitiço tão poderoso?”– Pensara a garota – “Sempre achei que ele fosse um tanto... Relaxado quanto a assuntos escolares. Acho que me enganei.” – Concluíra a garota, pensativa.

Pode-se ouvir alguns zumbidos vindos do lado de fora da porta. Rose se levantara e tentara abrir a porta. Não funcionara. Tentara novamente. Nada. “Vamos, por favor!” Finalmente conseguira. Saíra do armário e andara pelo corredor em direção ao som. Vira algumas pessoas voltando do campo de Quadribol. Não queria dar satisfação a ninguém no momento, então, fora direto para seu quarto.

Ao chegar lá, Rose se deitara. Não queria pensar em nada nem conversar com ninguém. Fechara seus olhos e tentara manter a sua mente vazia.

– Onde você esteve? – Valerie disse ao entrar no quarto.

– Eu estava trancada em um armário de vassouras.

– E... O que exatamente você estava fazendo lá dentro? – Perguntara desconfiadamente.

– Eu estava presa! – Disse a ruiva como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

– Sério? Bem, não é o que todos estão dizendo. – A Castanha concluíra cruzando os braços.

– E... O que estão dizendo?

– Que você passou a tarde toda com Richard Greyson.

– O sonserino namorado da Cindy? E... O que diabos eu estaria fazendo com ele? – Ela não respondeu. Mas, para saber do que ela estava falando, não precisava dizer nada – Você acha mesmo que eu faria isso? – Perguntara abismada.

– Não, mas, o resto da escola não pensa como eu. – Respondera cabisbaixa. Rose estava tão vermelha quanto um pimentão.

– Ótimo! Agora todos vão achar que o Greyson está traindo a namorada dele comigo! Aposto que foi o Malfoy! Ele quer estragar a minha vida! Foi ele que me trancou naquele armário pra começar. Eu nunca perderia o jogo por algo do tipo. Por falar nisso, quem ganhou?

– Bem, nós capturamos o pomo! Mas, o John não foi muito bem no gol. Acho que ele estava meio nervoso. A Sonserina fez 350 pontos só no ataque. Metade deles foi o Malfoy quem conseguiu e, já que nós só conseguimos 100 pontos antes do Andrew capturar o pomo, eles ganharam. Já não tínhamos esperanças mesmo. – Concluíra tristonha.

– Que lindo! Vão colocar a culpa por termos perdido em mim por que eu não fui defender o gol! O que mais eu poderia querer? – Concluíram sarcasticamente.

– Rose! – Uma garota com cabelos curtos e loiros entrara no quarto e se deitara em uma das camas – É melhor você ir até os jardins agora. Você precisa ver uma coisa! – Assim que a garota terminara de falar, Rose e Valerie saíram do quarto e foram direto para lá.

Os jardins estavam cheios de alunos. Mas, a presença de tantas pessoas não era a única coisa estranha naquele lugar. Havia várias peças de roupas espalhadas pelo gramado. A ruiva pegara uma saia de prega do chão e a analisara. Parecia muito familiar. Foi quando ela notou que, na barra da saia estava escrito alguma coisa: “Rose Weasley”.

A corvina arregalara os olhos. Aquelas roupas não poderiam ser dela, poderiam? Ela se abaixara e pegara uma camiseta e, também estava escrito seu nome nela. Ela ouvia risadas vindo de todo lugar enquanto via suas roupas espalhadas. Suas saias, camisetas, meias e até mesmo suas roupas íntimas com seu nome escrito em tinta preta. Ela não aguentava ver aquilo. Precisava fazer alguma coisa. E sabia exatamente o que fazer.

– Espera, aonde você vai? – Valerie perguntou ao ver a amiga voltar para dentro do castelo pisando firme – E as suas roupas? – Ela gritara, mas a ruiva não dera ouvidos.

Rose andava pelos corredores muito rápido. Sabia exatamente aonde ia. Tinha que tirar tudo aquilo a limpo. Como o esperado, Malfoy e dois de seus amigos estavam encostados em uma parede perto das masmorras.

– Foi você não foi? – Ela perguntara a garota muito zangada para o sonserino loiro à sua frente.

– Fui eu o que? – Perguntara comicamente.

– Não se faça de idiota! Você quem inventou que eu passei a tarde com o seu amiguinho e quem espalhou minhas roupas pelo jardim!

– Eu nunca tocaria nas suas roupas! – Disse em meio a risos.

– Você mandou alguém coloca-las lá! Eu sei! Não adianta negar!

– Eu não estou negando nada. Fui eu mesmo. Eu te tranquei no armário para podermos ganhar o jogo de Quadribol, espalhei para todo mundo que você estava se agarrando com o Rick e mandei alguém pegar suas roupas e joga-las pelo jardim!

– Por quê? – Rose tentara falar firme, mas sua voz saíra levemente tremida.

– Você ainda não descobriu? Pensei que fosse tão inteligente quanto acha que é, Weasley. Mas eu vou te dizer o por que. – Ele dera um pequeno passo em direção à garota.

“Eu faço essas coisas com você por que você é uma mestiça metida a gênio que tenta parecer forte ao encarar a realidade, mas não consegue. Uma garota que não tem livre arbítrio, por que ainda está na coleira dos seus pais medíocres. Não consegue ver nada de bom além de si mesma e se acha a pessoa mais esperta do mundo, mas na verdade, é só uma menininha medrosa tentando esconder atrás da sua cabeleira ruiva que não consegue ser alguém menos idiota do que você mesma. Você é patética... Como seu pai.”

Malfoy não conseguiu dizer mais nada, sentiu uma dor tão grande em seu estômago que quase o fez cair para trás. Rose havia o socado. Antes que o loiro pudesse revidar, a ruiva saíra correndo.

Ela não chorava. Não queria chorar. Desperdiçar suas lágrimas com Malfoy? Não. Ela estava zangada. Mais do que nunca estivera. Corria procurando algum lugar sossegado para ficar. Sabia que se alguém a visse pela escola, iria comentar sobre todas as mentiras que Malfoy implantara na cabeça dos alunos de Hogwarts. Rose empurrara uma porta muito grande em um corredor deserto da escola e se deparara com um banheiro enorme com vários boxes, grandes janelas coloridas e oito pias juntas, formando um octágono.

Ela andava pelo lugar, sem paciência de analisa-lo. Apenas olhava para o chão com uma expressão clara de fúria em sua face.

– Ele fez uma professora me odiar, me fez ir pra detenção e lustrar aqueles troféus idiotas, enviou uma carta falsa para meus pais e agora eles acham que eu sou algum tipo de delinquente. – Ela gritava com todo o poder que suas cordas vocais tinham. Nunca sentira tanta raiva em toda a sua vida. Andava pesadamente por todo o lugar, descabelando-se e descontando sua ira em qualquer coisa que visse à sua frente - Me trancou por quase quatro horas em um armário de vassouras, me fez perder o meu primeiro jogo de Quadribol, fez todos os alunos da escola acreditarem que eu sou uma vaca inventando coisas sobre mim, mandou alguém espalhar todas as minhas roupas no jardim com meu nome nelas e insultou a mim e a meu pai! Ah... Eu poderia mata-lo se pudesse. Odeio tanto aquele garoto. Eu o odeio! – Finalizara parando em frente a uma das pias do banheiro.

A corvina respirava profundamente tentando se acalmar. Fechara os olhos e apoiara suas mãos na pia. Levantara seu rosto para olhar-se no espelho e vira algo muito diferente. Além de o ódio estar presente em seus olhos, seus cabelos cheios, ao invés de estarem cor de fogo como os de uma típica Weasley, estavam platinados como os de uma perfeita Malfoy.


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Notas finais do capítulo

Uhm... O que será que aconteceu? O que acham? Bem, acho que daqui pra frente a fic vai ficar mais interessante (não garanto nada :x).
Bem, eu fiquei sem postar por um bom tempo e eu me sinto REALMENTE horrível por isso, mas eu tenho razões. Como eu disse nas notas do capítulo anterior, o carregador do meu pc quebrou, então eu tive que usar o de casa... MAS, o de casa parou de funcionar também e, eu fiquei muito doente (ainda estou), então, não pude sair pra lugar nenhum durante uma semana. Como eu sou sortuda, não? Depois de um longo tempo, FINALMENTE minha mãe encontrou um carregador para comprar que coubesse no meu netbook e eu comecei a usa-lo. o/ Agora vou ter que dar duro para postar os capítulos o mais rápido possível. Juro de pés juntos que isso nunca mais vai acontecer! Estou a todo vapor!
PS: Quem adivinha por quê o Malfoy acha o Ron patético? Dou um doce pra quem acertar rsrsrs
PPS(?): Amanhã (dia 2 de julho) é meu aniversário! Aceito presentes :3 rsrs