And If You Die Tomorrow...? escrita por Juh-Jackson


Capítulo 7
Please Don’t Cry No More


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Capítulo 6- Please Don’t Cry No More

            No dia seguinte,quando Percy chegou à casa da loira, encontrou a mesma chorando em sua cama ainda com as roupas do dia anterior.

            Ao ver sua amada chorando ele correu até ela e o sorriso que há poucos minutos estava em seu rosto por pensar que iria passar a tarde junto a ela se apagando até nada mais sobrar em sua face.

            Ele se aproximou da mesma dizendo enquanto a abraçava:

            -Annie, Annie, o que houve meu anjo? O que houve? Ah, Annabeth, não chore... Por favor, não chore... Não chore pequena.

            Ele dizia enquanto a tinha em seus braços e a ninava como a um bebê. Mas ela não é um bebê. Percy pensava. Não mesmo.

            Foi quando ela, levantando a cabeça para olhá-lo, perguntou:

            -Por que você faz isso Percy? Por que você me abraça e sorri para mim como se nos conhecêssemos há anos. Por que você é tão bom comigo Percy? Por que você me trata tão bem quando na verdade devia me odiar?

            Porque eu te amo. Era o que ele queria dizer, mas sabia que não o podia fazer. Assustaria sua amada. Portanto ele apenas disse:

            -Por que pergunta? Como assim eu devia te odiar?

            -Apenas responda Percy.

            -Não sei. Eu... Sinto que preciso lhe ajudar. –ele disse achando que aquelas eram as palavras que ela queria ouvir, mas quando o fez ela abaixou a cabeça como se ela se sentisse culpada por algo. –Ei, o que foi?

            -Por que você tem que ser tão bom Percy? Tão perfeito?

            -Não sou perfeito.

            -É sim.

            -Não sou não.

            -Ah você é sim.

            -Quem disse?

            -Eu disse.

            E com essa última fala Annabeth ganhou a discussão. Afinal, a opinião dela era a única que importava.

            -Eu não sei. Simplesmente sou assim. –ele disse respondendo a pergunta dela.

            -Você é incrível Percy. –ela disse abraçando-o.

            -Que nada anjo mío. Você quem é perfeita... Encantadora... Linda... Doce... Incrível.

            -Você é tão gentil comigo Percy.

            -Porque você merece princesa.

            -Você é um bobo mesmo. Um cabeça de algas!

            -E você é uma sabidinha. Minha Sabidinha.

            -Meu Cabeça de Algas.

            E então eles riram. Percy, ou Cabeça de Algas como ele ficou apelidado, gostou de ver Annabeth, ou melhor, Sabidinha, sorrindo.

            Enquanto riam sem querer os olhos de Percy encontraram a mesa de estudos da menina e seus olhos se iluminaram. Não é que mesmo chutando eu acertei? Ele pensou.

            -Ei, Cabeça de Algas, por que você me apelidou de Sabidinha?

            -Por causa disso. –disse ele apontando para a mesa de estudos da menina que estava cheia de papeis e livros.

            Ela riu e concordou:

            -É eu realmente gosto de estudar.

            -Qual sua matéria preferida?

            -Matemática. Quero ser arquiteta. Mas também gosto de história. De mitologia grega?

            -Sério? Eu também. Qual seu deus preferido?

            -Deusa na verdade. Gosto de Atena. Porque ela é sabia e também porque ela tem o mesmo nome da minha mãe. E você?

            -Poseidon. Deus dos mares e tal. Gosto de água. –ele respondeu dando de ombros. –Annie, cadê seus pais?

            -Minha mãe morreu. –seu sorriso se apagou ao dizer isso. –E meu pai... Bem... Meu pai é... Ocupado.

            -Sinto muito Annie. –ele disse abraçando-a.

            -Não sinta. A culpa não é sua. E, além disso, eu já superei.

            -Sabe... Meu pai... Poseidon... Também tinha nome de um deus grego... Assim como a sua mãe... E, assim como ela... Ele também morreu.

            Annabeth apenas o abraçou. O confortou e o ninou assim como ele fizera com ela. Mas ela não falou nada. Não precisava.

            Se você perguntasse quanto tempo se passou eles não saberiam dizer. Talvez tenha sido muito tempo, mas para eles pareceu ser muito pouco.

            E quando eles se separaram foi somente para olhar nos olhos um do outro. E, ali, com os rostos muito próximos, os narizes se tocando e os lábios quase se roçando, eles ficaram por mais um tempo que para eles pareceu muito pouco.

            Muito pouco para expressarem o que sentiam.

            Muito pouco para acontecer tudo o que devia.

            Muito pouco para ficarem assim, pertinho um do outro.

            Annabeth queria beijá-lo. Mas não o ia. Caso ele também quisesse beijá-la ele o teria de fazer. Ela não o beijaria sem ter certeza de que seus sentimentos eram correspondidos.

            Percy sabia que era errado. Sabia que não devia beijá-la. Ela ainda estava frágil. Mas seu coração teimava dizendo que era o que ele queria assim como era o que ela queria. Pena que ele não ouviu seu coração.

            Ali, os dois, nariz com nariz, eles ficaram. Ficaram por um longo tempo sem se mexer. Nenhum dos dois pretendia tomar a iniciativa, mas nenhum dos dois iria se mover, tampouco. Não por falta de vontade, mas por falta de força de vontade. Eles sabiam que deviam se afastar, mas não queriam sair dali.

            E poderiam ter ficado naquela posição o dia inteiro, sem se mover. Pelo menos até que um dos dois se afastasse. Ou que um dos dois finalmente tomasse a iniciativa de juntar seus lábios.

            Mas então algo aconteceu. E não, eles não se beijaram. Naquele momento o quarto foi invadido. Isso mesmo que você leu. INVADIDO. Invadido por duas pestes com nome e sobrenome. Mathew e Bobby Chase. Os garotos entraram no quarto e Percy e Annabeth, que ainda estavam meio que abraçados, se separaram instintivamente.

            -E ai Percy? –disse Mathew.

            -Beleza Percy?-disse Bobby.

            -E ai? Beleza Gêmeos do Mal?-disse Percy.

            -Gêmeos do Mal? –disseram juntos.

            -Maneiro! –juntos de novo.

            Enquanto isso, Annie só olhava a cena sem conseguir evitar reparar em como o moreno e seus irmãos caçulas se davam bem. O garoto de olhos verdes como o mar tratava muito bem os “Gêmeos do Mal” como agora os dois haviam ficado apelidados.

            -Ei, Annie, você ta legal? –perguntou Bobby.

            Mas quem respondeu foi Percy:

            -Claro que ela ta legal, Gêmeo do Mal I. –ele disse antes que ela pudesse sequer pensar em responder.

            -Gêmeo do Mal I? –indagou Bobby.

            -Sim. Vocês são os Gêmeos do Mal I e II. –Percy disse.

            -Ei! Por que ele tem que ser o I e eu tenho que ser o II? –Mathew disse.

            -Porque ele é o mais encapetado dos dois. Você é mais o cabeça da equipe Mathew. –disse Percy e isso pareceu convencê-lo.

            -E ai? O que a gente vai fazer hoje? –perguntou Bobby.

            O moreno deu de ombros e respondeu:

            -Sei lá! O que vocês quiserem fazer. Estamos abertos a sugestões.

            -É que a gente tava pensando... Se a gente podia... Você sabe... É... –começou Mathew.

            Bobby, que aquela altura do campeonato já perdera a paciência com o irmão completou por ele:

            -A gente ta a fim de sair com umas gatinhas, Percy! É isso. A gente pode?

            Percy riu para logo depois responder:

            -Claro que podem! Por mim tudo bem, mas vocês têm que pedir é para a irmã de vocês. Se ela deixar então tudo bem.

            Bobby fez sinal para que o moreno se aproximasse e quando esse o fez ele disse só para que os três garotos ouvissem:

            -E você ajuda a gente a dobrar nossa mana?

            Percy riu novamente e concordou com a cabeça.

            -E ai Annie? O que acha? Eles podem sair?

            Annabeth, que estava absorta em seus próprios pensamentos e na beleza do jovem moreno, pareceu meio confusa.

            -Hein? O que você disse?

            -Perguntei se os meninos podiam sair. Sabe como é né Sabidinha? Eles querem ir encontrar algumas garotas. Coisa de menino.

            -Como é que é? Sair com garotas? Nessa idade? Vocês surtaram?

            -Sabidinha? –perguntou Mathew e o moreno confirmou com a cabeça para depois falar com a loira.

            -É loira. Coisa de idade. Sabe como é né? Sair. Ir ao cinema. Essas coisas. Não se preocupe ta legal? É natural.

            Annabeth não pareceu se convencer.

            -Não se preocupe princesa. Não vai acontecer nada demais.

            -Como você sabe?

            -Porque eu já tive a idade deles.

            -Coisa errada para se falar Percy. –disse Mathew.

            E Percy teve de concordar. Realmente aquilo não foi o melhor a se dizer.

            -Não se preocupe minha linda. Não vai acontecer nada demais. Nunca acontece. Eles só vão ver um filme com duas garotas.

            -Duas? Quem disse que são duas? –perguntou Bobby e logo depois recebeu uma cotovelada nas costelas do irmão, Mathew.

            -Não são duas? Então são quantas? –o moreno dos olhos verdes indagou.

            -São quatro. –disse Bobby e, novamente, recebeu uma cotovelada do irmão.

            -Ótimo! Duas para cada! –disse Percy rindo e sob o olhar homicida de Annabeth completou: - Agora vão lá tomar banho e ficar cheirosinhos para as meninas enquanto eu domo essa fera aqui. E pode deixar que eu levo vocês para o “encontro”. A propósito, que horas vocês têm que encontrar as meninas no shopping?

            -Às três. –Mathew.

            -Valeu Percy! –Bobby.

            -Percy! –disse Annabeth assim que os irmãos saíram do quarto.

            -O que foi princesa?

            -Não acredito que você os deixou sair.

            -Calma, meu anjo. Não é o fim do mundo. –ele disse abraçando-a por trás. –Eles só querem sair para se divertir. Já disse que é normal. E coisa de idade.

            Novamente Percy se lembrou do que Mathew disse. Não fora a melhor coisa a se dizer. E Percy pode ver isso pela reação de Annabeth.

            A garota que antes estava toda derretida em seus braços agora se encontrava tensa.

            -Ei, não foi isso que eu quis dizer. –disse ele virando-a e fazendo-a olhá-lo nos olhos.

            -A não Percy? Não foi isso que você quis dizer? Pois bem, mas foi o que você disse.

            -Princesa, não é pra tanto. Não venha me dizer que você nunca saiu com outros caras, pois eu sei que é mentira ta legal? O importante não é o passado e sim o presente e o futuro.

            Ao ouvir tais palavras vindas da bela boca de seu amado, boca esta que ela ansiava beijar, Annabeth não pode contestar. Ela apenas concordou com a cabeça.

            -E tem mais. Com os garotos fora a gente pode aproveitar para dar um passeio no parque. O que você acha? Eles se divertem. A gente se diverte. E todo mundo fica feliz.

            Annabeth sorriu e o abraçou. Depois de um tempo eles se separaram e Annie disse:

            -Então ta. Vou tomar um banho enquanto você leva os meninos pode ser? Depois a gente vai.

            Percy concordou com a cabeça, mas quando a loira já estava quase chegando ao banheiro ele a chamou.

            -Annie, por que você estava chorando quando eu cheguei e por que disse que eu deveria odiá-la?

            Coisa errada a se dizer.

            A garota de olhos acinzentados veio correndo para os braços do moreno e já chorava.

            -Eu sou uma fraca Percy. Eu sou uma imbecil, inútil. –e então ele entendeu.

            -Não, princesa. Você é linda, perfeita, inteligente. E eu não vou te odiar só por causa disso. Nós vamos ganhar essa guerra juntos. Batalha por batalha. Mesmo que a gente não consiga ganhar todas nós vamos continuar tentando. Nós vamos ganhar. Juntos. Agora, por favor, não chore nunca mais está bem? Não gosto de ver você chorando meu anjo.

            Ela confirmou com a cabeça enquanto ele limpava as lágrimas que ainda teimavam em escorrer pelo rosto dela.

            -E que tal você ir lá tomar aquele banho para a gente ir dar uma volta?

            Ela confirmou com a cabeça e, ficando na ponta dos pés, depositou um beijo no rosto do garoto para logo depois ir em direção ao banheiro.

            Por ele, ela não iria chorar nunca mais.

To be continue...


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Notas finais do capítulo

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