The Reason Of My Breath escrita por Bru20014


Capítulo 9
Vingança ou brincadeira de criança?




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Fui até a casa de Eduardo e foi Helena que abriu a porta pra mim, mas antes mesmo que eu perguntasse qualquer coisa ela disse que ele estava no quarto.

Bati na porta do quarto dele. Ele abriu a porta e ao me ver simplesmente me abraçou bem forte como se houvesse anos que não nos víamos e disse: “Que saudade.”

O alivio em sua voz era notável assim como na minha.

“Eu também.” Disse retribuindo o abraço.

Ele me puxou para dentro de seu quarto e fechou sua porta.

“Eu te quero tanto.” Ele disse me beijando.

“Espera, Eduardo.” Eu disse.

“Por quê?” Ele me perguntou “A Patty mentiu de novo, não mentiu? Ela vai ver só!”

“Fica tranqüilo.” O tranqüilizei “A Patty não queimou o seu filme.”

“Então o que foi?” Ele estava intrigado.

“Quero dar o troco na Valéria.” Disse “Só um sustinho.”

“Sua mãe?” Edu estava confuso.

“A Patty não te contou?” Eu o perguntei, mas antes que ele pudesse responder eu disse “Minha mãe a pagou pelo servicinho sujo.”

“Cadela safada.” Edu disse, mas depois percebeu que falava da minha mão “Ai, foi mal, amor.”

“Tudo bem.” Disse “Concordo com você.”

“Ta, mas seja lá o que está pensando em fazer... Não quer deixar pra amanhã?” Ele me disse me puxando pela calça.

“Não.” Disse “Tem que ser hoje senão ela vai desconfiar se eu não for pra casa.”

“Ta, então.” Ele disse mal-humorado.

“Mas garanto que depois eu vou te compensar.” Eu sussurrei no ouvido dele.

“Opa!” Ele disse com seu sorriso maldoso “Vamos nessa, delicia.”

 

Eu fui pra casa junto de Eduardo, quem mandei se esconder no banheiro.

Armei todo o meu plano, dessa vez não ia ser algo tão horrível, mas só um sustinho pra fazer aquela mulher acordar e perceber que não é dona da minha vida.

Quando ela entrou no quarto levou aquele susto ao me ver estirado no chão com ambos pulsos cobertos de sangue.

Sim, simulei que havia cortado os pulsos por causa do que Edu havia ‘supostamente’ me feito.

“Beatriz!!” Ela gritou correndo até mim e se ajoelhou ao meu lado dizendo “Fala comigo, querida.”

Ela estava quase chorando.

Quando a primeira lágrima dela caiu no meu rosto, me levantei e lambi um de meus pulsos dizendo: “Sabe? Ketchup com chocolate não é tão ruim assim.”

“Você quer me matar, Beatriz.” Ela disse secando a última lágrima furiosa.

“Que moral é essa que você tem pra querer me dar bronca, Valéria?” Eu a perguntei.

“Que moral você tem, Beatriz? Depois desse showzinho?” Ela perguntou fula.

“Bom, não fui eu que paguei para uma menina de 21 anos pra separar minha filha do namorado dela.” Eu disse “Isso te faz lembrar de algo, Valéria?”

Valéria só me olhava com aquele olhar superior, mas sabia que não tinha mais o que dizer. Ela havia perdido.

E quando Eduardo saiu do banheiro foi ainda pior.

“É, dona Val...” Ele disse “Sua filha a deixou sem palavras.”

Depois ele disse: “Ei amor, ta sujinho aqui.” E lambeu meu queixo que ainda estava sujo de ketchup.

“Se divirtam.” Ela disse “Enquanto ainda puderem.”

“E pode ter certeza que vamos nos divertir e muito.” Disse colocando uma das minhas pernas em volta de Eduardo e o beijando.

Valéria ao ver aquilo saiu do quarto sem dizer mais nada, apenas estava enojada.

“Enfim sós.” Ele disse.

“Enfim.” O beijei novamente.

Edu me pegou no colo e perguntou em seguida: “A gente pode usar a sua banheira?”

“Podemos, por que?” O perguntei, já sabendo a resposta, mas ele apenas deu seu sorriso maldoso e me conduziu até a banheira que já estava preparada.

No tempo que ele ficou dentro do banheiro o safado já tinha preparado a banheira. Mas esse é um dos maiores motivos porque eu o amo demais.

Na banheira, ele me perguntou: “Eu já disse que te amo?”

“Já.” Eu disse “Mas é sempre bom ouvir mais.”

“Eu te amo, eu te amo, eu te amo, eu te amo...” Ele dizia infinitamente no meu ouvido, mas na última vez ele fez questão de gritar.

“Eu também.” Disse olhando no fundo de seus olhos e o beijando em seguida.

 

Pela manhã, enfurecemos ainda mais dona Val. A nossa felicidade causava náuseas nela.

“Sou eu ou esses dois são nojentos juntos?” Ela perguntou a Thiago.

“É você.” Ele disse se levantando “To indo trabalhar.”

Apesar de ser todo cãozinho da mamãe, Thiago me entendia porque ela também já tentou separar Thiago de Camila, por ela ser de família humilde e trabalhadeira. Bom, a avó dela fornece os alimentos que as duas fazem para a fábrica, onde Valéria e Thiago trabalham.

Resumindo: Camila é pobre e minha mãe tem alergia à pobreza mesmo que ela e até mesmo eu e Thiago tenhamos sido pobres um dia. Ai de nós se o papai e o pai de Lisa não tivessem montado aquela fábrica.

Mamãe, Thiago e eu possuímos 50% da fábrica assim como Lisa e Luana, sua mãe, possuem os outros 50%.

“E você, Eduardo?” Minha mãe o perguntou.

“Eu o que?” Ele disse.

“Não vai trabalhar?” Ela sabia muito bem que ele não tinha emprego, mas tinha que provocar.

“Você me demitiu.” Ele disse.

Verdade. Nem me lembrava que até o ano passado Edu trabalhava na fábrica, mas foi pego com o pessoal da gangue pichando um muro da fábrica e minha mãe que se encarregou de demiti-lo por justa causa. Maus Edu, mas você mereceu.

“Ah, verdade.” A cínica disse “Bom, mas eu não pichei o muro do meu local de trabalho por tanto estou indo trabalhar. Coisa que o senhor também deveria procurar fazer.”

Cachorra.

“Não, eu to bem assim.” Ele disse “Digo, vou ter mais tempo para os meus filhos ao contrário da senhora.”

Eu ri.

Minha mãe me fuzilou com o olhar.

“Tchau pra vocês dois.” Ela disse indo embora antes que desse na cara de Edu.

“Valeu sogrinha.” Ele disse e eu ria mais e mais.

Ela não respondeu apenas bateu com a porta.

“Fala sério!” Ele disse sorrindo “Você me adora, não é?”

“Imagina.” Disse.

“Bom saber, já que o amor da sogra eu nunca terei mesmo.” Ele disse me beijando em seguida.

E ficamos assim por um bom tempo.


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