The Reason Of My Breath escrita por Bru20014


Capítulo 8
Mal entendido




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Diante daquela cena eu só peguei Patty pelos cabelos loiros dela a xingando.

“Sua vagabunda!” Eu disse a tirando de perto de Eduardo.

“Ai, ai.” Ela dizia “Me solta, sua louca!”

Estranhei que Eduardo não acordava com Patty e eu gritando daquele jeito.

“O que você deu a ele, sua piranha?” Eu a perguntei.

“Nada!” Ela dizia se soltando de mim e começando a colocar as roupas.

Cutuquei Eduardo... Digo, bati em Eduardo até que ele acordasse: “Acorda!!!”

“Beatriz?” Ele disse acordando.

“Não, é o coelhinho da páscoa.” Disse sem poder evitar as lágrimas.

Eduardo tentava se levantar, mas ainda havia muita droga em seu sangue.

“Por que você ta chorando?” Ele perguntou.

“Olha pra você.” Eu disse “Olha pra ela.”

Patty ainda estava de sutiã.

“Mas...” Eduardo tentava explicar, mas eu não permitiria.

“Não tem mais nada pra se falar.” Eu disse descendo as escadas.

“Espera, Beatriz!” Ele disse tentando vir atrás de mim.

“Não me procure.” Eu disse indo embora, então a nojenta da Patty resolveu dizer: “Missão cumprida.”

“O que foi que você disse?” Ele a perguntou tentando se levantar mais uma vez.

“Nem tente se esforçar.” Ela disse “Você ainda está sobre o efeito do sonífero.”

“Você me dopou?” Ele a perguntou.

“Sim.” Ela disse na maior cara de pau.

“Eu confiei em você.” Ele disse.

“Você me deixou.” Patty disse.

“Eu não agüentava mais você me acusando da morte do seu pai!” Ele disse.

“Mas você o matou!!”Patty disse começando a chorar.

“A gente vivia discutindo isso, lembra? Eu não agüentei essa pressão sua.” Ele disse “Segue em frente, Patrícia!”

“Mas é você quem eu quero!” Ela dizia.

“Sabe, Patty?” Edu estava prestes a confessar algo “Eu sempre me perguntei, por que você foi ficar logo com o Fernando?! Eu queria voltar com você, só esperava a poeira abaixar, mas você não esperou. Porém quando eu olhei nos olhos de Beatriz pela primeira vez, entendi por que eu e você não tivemos outra chance. É a Beatriz por quem eu sou louco. Eu só consigo pensar nela em cada segundo do meu dia.

“Foi bom eu e você? Foi, mas acabou e eu quero a Beatriz e pretendo tê-la de volta em meus braços.” Eduardo concluiu.

“Então o que você está esperando?” Patty o perguntou enxugando as lágrimas “Vai atrás dela. Eu me rendo.”

“Hoje não.” Ele disse “Amanhã de manhã eu bato na casa dela.”

 

Enquanto isso eu dirigia pra casa aos prantos. Ao cruzar a sala de estar com a cara toda vermelha. Minha mãe e Thiago ficaram preocupados.

“Bia?” Thiago perguntou “O que aconteceu com você?”

“Minha filha?” Valéria disse.

“Me deixem em paz!” Eu disse indo para o meu quarto.

“O que será que aconteceu?” Thiago perguntou.

“Espero que tenha sido por causa daquele marginal.” Valéria disse.

“Você acha que eles terminaram?” Thiago perguntou a nossa mãe.

“Assim espero, não é mesmo meu filho?” Valéria disse.

Pela manhã, Darlene me acordou dizendo que Lisa estava na sala querendo falar comigo.

Estranhei, mas me arrumei e fui até lá ver o que Lisa queria comigo ainda de manhã.

Mas quando cheguei à sala, não encontrei Lisa, Eduardo esperava por mim.

“O que você pensa que está fazendo aqui?” Eu o perguntei com hostilidade “Que parte do ‘não me procure’ você não entendeu, Eduardo?”

“Será que eu posso explicar o que aconteceu lá?” Ele me perguntou.

“Na verdade, não.” Disse “Não tem o que explicar, meu amor.”

“‘meu amor’?” Ele disse chegando perto de mim “Então você ainda me quer.”

“É modo de dizer.” Eu disse “E esse seu joguinho de sedução não vai mais funcionar comigo.”

“O que é que eu faço para você me querer de novo?” Ele me perguntou.

“Eduardo, eu não quero te ver nunca mais.” Disse “Sabe? Eu imaginei que mesmo com esse seu jeito torto, você ainda seria o único que não me desapontaria, mas vejo que me enganei. Você me decepcionou, de fato.”

“Eu não transei com ela.” Ele disse.

“Vai embora.” Eu disse.

“Não faz isso.” Ele disse com os olhos cheios de lágrimas.

“Você sabe onde fica a saída.” Disse voltando para o meu quarto e o deixando sozinho.

Não podia mais agüentar, comecei a chorar assim que cheguei no meu quarto, pois a dor que eu sentia era enorme.

 

Eduardo foi para o ferro velho com a esperança de encontrar Fernando para desabafar, mas ele não estava.

“Cara, cadê o Fernando?” Edu perguntou já de saco cheio dessa ausência de Fernando.

“Ele foi passar uns dias com o tio.” Patty disse “Mas o que foi que houve?”

“A Beatriz não quer me ver nem pintado.”

“Eu falo com ela.” Patty disse para a surpresa de Edu.

“Sério?” Ele a perguntou.

“Com uma condição.” Ela disse.

“Ah! Eu sabia que aí tinha.” Ele disse.

“Vai ouvir antes de recusar ou não?” Ela o perguntou.

“Desembucha.” Ele disse nervoso.

“Fernando não vai saber de nada do que rolou aqui entre eu, você e a patricinha e outras coisas.” Ela disse.

“O que eu não faço pela minha gata.” Ele disse apertando a mão de Patty que sorria.

 

Com isso, mais tarde, Patty foi até a produtora para falar comigo. Ao ver Patty Léo disse: “Ih! Ferrou.”

“Cala a boca, Léo.” Patty disse “Que o papo aqui é entre eu e a Beatriz.”

“O quê? Eu ouvi direito?” Eu a perguntei incrédula “O que você está fazendo aqui, Patty?”

“Tenho um lance aí pra te falar.” Ela disse.

“O que?” Eu comecei “Que você ganhou e eu perdi a guerra pelo Eduardo?”

“Na verdade vim dizê-la exatamente o contrário.” Ela disse “O Edu ama você.”

“E por isso ele dormiu com você?” Disse ironicamente.

“Ele não dormiu comigo.” Ela disse “Coloquei sonífero na cerveja dele e o cara apagou. Tudo o que eu fiz foi tirar nossas roupas, mandar a mensagem pra você e a cena estava perfeita para quando você chegasse.”

Fiquei intrigada.

“Você o dopou?” Eu a perguntei.

“Sim.”

“Por favor, me diga que minha mãe não está envolvida nisso.” Eu disse.

“Sinto muito, Beatriz, mas não posso dizer que sua mãe não está envolvida porque ela me pagou pra separar vocês dois.” Patty disse.

“E por que está me falando isso agora?” Eu a perguntei.

“Porque tenho a plena noção agora de que jamais terei Eduardo, ele quer você e não a mim.” Ela disse.

“E por um acaso você tem noção, garota, das coisas abomináveis que eu disse pra ele?” Eu a perguntei.

“Não.” Ela me respondeu.

“Foi o que eu imaginei.” Disse “Mas preste atenção nas minhas palavras, aquela mulher vai pagar! Ah, ela vai ver do que eu sou capaz!”

Peguei minha bolsa, saí da produtora, peguei meu carro e comecei a dirigir sem rumo pra esfriar a cabeça.

Com isso decidi o que ia fazer agora.

Não, não era se vingar da minha mãe. Meu primeiro passo será procurar Eduardo.

Eu planejava dar um susto em minha mãe, mas antes precisava pedir perdão a Eduardo.


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