5 Colours In Her Hair escrita por AgathaPedotte


Capítulo 1
Shes got five colours in her hair


Notas iniciais do capítulo

Está ai o primeiro capitulo, espero que gostem.
IMPORTANTE: Essa fic já estava a algum tempo no meu computador, escrevi alguns capítulos (bem longos, mas pela falta de incentivo e criatividade parei, resolvi então postá-la aqui e dependendo de como vocês reagiram a história ela continuará ou não, então por favor deixem comentários, me ajudaram bastante a definir o futuro da fic.



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E ai? Meu nome é Avril, Avril Lavigne, tenho 16 anos e moro no sul da Califórnia, em Los Angeles para ser mais exata, adoro morar aqui e não arredo o pé dessa cidade, mas o grande problema é que estão querendo me tirar daqui à força e me mandar para Londres, vê se pode! E tudo por causa de um tremendo mal entendido, mal entendido nada, ARMAÇÃO, daquela vadia da Britney. Juro que um dia mato essa bitch, a se mato, se eu não matar, o carro da minha mãe a atropela “acidentalmente” deixando aleijada pra sempre. Cruzes tirem o diabo de mim que ele voltou, e está planejando um futuro terrível para a Britney.

–AVRIL LAVIGNE FLETCHER! – Minha mãe gritava feito uma louca, e vocês acham que eu ouvia alguma palavra? Mas claro que não, ficava cantando mentalmente a música que parecia ser feita para mim, 5 colours in her hair, do McFly, não são a minha banda preferida, mas eu até que gosto deles, já fui em TODOS os shows que tiveram aqui em Los Angeles, ta bom, ta bom, EU MORRO POR ELES, SOU COMPLETAMENTE LOUQUINHA POR ELES, e essa música é mais que especial para mim, porque eu tenho cinco cores no cabelo, além do meu loiro natural, eu tenho um preto em mechas por baixo do cabelo, mechas azuis logo acima, depois vem as verdes e as cor de rosa, sei que parece coisa de louca, mas eu amo meu cabelo assim, e é assim que ele vai ficar, por mais que muitas pensem que eu sou uma maníaca do parque ou qualquer coisa do tipo. Enquanto eu cantava mentalmente “She's just a loner with a sexy atittude”, minha mãe gritava, berrava, chingava, e todas essas coisas que as mães A-D-O-R-A-M fazer, mas as únicas seis palavrinhas que não foram gritadas me fizeram prestar atenção em todo o resto. –Você vai morar com seu pai! Já decidi você vai pra lá, e amanhã! – Ela virou as costas e foi indo para a porta, provavelmente indo comprar a passagem.

–MERDA! – Eu gritei e ela se virou imediatamente, agora eu devia dizer: “PUTA QUE ME PARIU”, mas isso iria cagar mais o que eu já tinha enchido de merda que tava todo cagado, se é que me entende, cagar o que já está cagado é um dom das Lavigne, a se é!

–O que foi que você disse? – A voz de assassina que toda mãe faz não é nem um pouco assustadora perto da voz de assassina da MINHA mãe.

–Merda? – Disse baixinho, com um sorriso amarelo e com a cara de “caguei o cagado”!

–Pro quarto! – Ela disse respirando fundo.

–Mas mãe...

–PRO QUARTO AGORA!

Viu só? As Lavigne tem o dom de cagar o cagado, eu já tava odiando ela, agora, eu a odiava de VERDADE, e não é a primeira vez que ela caga tudo que ta cagado, afinal, para perder cinco namorados, dois maridos e uma filha não é pra qualquer um não! É claro que o primeiro que ela perdeu foi meu pai, o segundo Richard, o namorado que se salvou de perder a namorada, mas perdeu a mulher, ou melhor, o namorado que ela conseguiu não perder, mas que perdeu quando virou marido, e os outros foram apenas namorados que ela teve, mas nunca mais conseguiu engatar um casamento, ela os bota pra correr antes disso, coitados, quase todos eram boas pessoas... E agora eu... Sua filha, a única filha e ela faz isso.

Subi as escadas batendo os pés, marchei até meu quarto, bati a porta e fui até a janela, afastei a cortina branca e olhei através do vidro minha mãe ligar o carro e sair loucamente pela rua. Joguei-me na cama e fiquei olhando para o teto, olhando para o pôster do McFly que eu tinha colado lá, lembrei então de onde meu pai morava, e de onde o McFly morava, em Londres, os dois, em Londres, pelo menos um ponto positivo dessa coisa toda.

–Espero que nos vejamos em breve. – Disse mandando um beijinho para o mega pôster grudado no teto.

Levantei-me e abri o guarda-roupa, como eu colocaria tudo aquilo em uma mala? Fiquei observando ainda por alguns segundos, e então catei todas as mochilas, malas, bolsas, nécessaires, e tudo que desse pra enfiar alguma coisa dentro, e comecei então a enfiar tudo de qualquer maneira em qualquer lugar, todas as roupas, sapatos, livros, filmes, CDs, revistas, maquiagens, esmaltes, acessórios, e tudo mais que tinha no quarto, e não é que coube sem faltar nada? Mas o problema era que eram cinco mochilas, duas malas de rodinhas e duas de carregar na mão, três bolsas e seis nécessaires que estavam dentro de outras malas, mochilas e bolsas, e como eu levaria SETE bagagens? Eu não sei, mas eu levaria TUDO! Não ia deixar NADA para trás, nadinha.

Larguei tudo em cima da cama e fiquei olhando.

–O que você pensa que está fazendo? – Achei que fosse minha mãe ao entender a frase, mas depois reconheci a voz, era minha melhor amiga, Harley.

–Sendo forçada a ir para Londres para morar com meu pai. – Disse, e pela primeira vez depois de toda essa loucura me dei conta do que realmente aconteceria se eu fosse embora, eu ficaria longe de Harley, minha melhor amiga, longe de George, meu melhor amigo, longe tudo, até da nossa banda de garagem, One Night Only, longe da minha vida. As lagrimas começaram a crescer em meus olhos, virei para trás e olhei para minha amiga, e vi que George também estava lá. – Não quero ir.

Corri e me joguei nos braços deles, e choramos juntos, pelo menos eu e Harley sim, George se recusava a dizer que chorava, disse que um cisco caiu nos olhos e saiu dali debulhado em lágrimas todo machão, mas era o machão que eu amava, como amigo, lógico, o meu machão. Eu não queria mais ir, na verdade acho que nunca quis, mas só agora caiu a fixa do que estava acontecendo de verdade, eu iria abandonar meus melhores amigos e toda a vida que eu tinha, por causa da merda da Britney, aquela vaca estragadora de vidas inofensivas!

–não vai não amiga. – Harley disse entre lágrimas e soluços.

–E você acha que eu quero ir? – Perguntei incrédula, enquanto nos sentávamos na cama abraçadas. – Estou sendo forçada, desertada, mandada a força e sem escolha!

–Mas porque ela vai te mandar meu pedacinho de merda? – Chorando ela me perguntou, tentando fazer graça de algo. – Não me diz que ela acreditou nas mentiras da Britney? – Fiz que sim com a cabeça, com as lágrimas caindo como uma cachoeira de meus olhos. – Não acredito nisso, a tia ficou LOUCA ou o que? Pelo amor do Pai amado, não acredito nisso, eu preciso levar a tia pra conversar com a minha mãe, pra ver se ela vê a bobagem que está fazendo.

–Deveria mesmo, Hay. – Nem percebi que George já tinha voltado, ele caminhou até nós e se sentou ao meu lado, abraçando-me. – Não quero que a nossa merdinha vá embora. – Como são carinhosos esses meus amigos, Pai do céu, imagina só se eles não fossem.

–O que está havendo aqui? – Minha mãe olhava brava para nós três abraçados.

–Viemos buscar a Avril para ir tomar sorvete, sabe... Quarta é o dia do sorvete, a gente sempre vai, mas ai tivemos uma pequena surpresa...

Hay se levantou, eu e George a imitamos e damos passagem para as malas, para que minha mãe pudesse vê-las, ela simplesmente olhou e ficou séria, ainda mais do que estava antes de ver as malas, e estendeu a passagem para mim, eu fui até ela e peguei a olhei com lágrimas nos olhos, achei que ela fosse me abraçar, mas não, ela abriu a bolsa e tirou setenta reais lá de dentro e me deu.

–Vá sair com seus amigos, é o seu último dia com eles, se eles quiserem dormir aqui com você essa noite e depois acompanhá-la até o vôo de amanhã... As portas estão abertas. – Minha mãe disse e saiu, deixando apenas eu, Hay e George, completamente desolados.

–Vêm, vamos alugar uns filmes, comprar uns doces e coisas engordativas e vamos lá pra casa, e é LÓGICO que eu venho dormir aqui depois. – Hay foi me puxando para fora do quarto, e George veio logo atrás, murmurando um “eu também venho”.

A minha tarde foi mais feliz do que minha manhã e o inicio da tarde horrorosa, no fim acabei me divertindo muito com meus amigos, assistimos a uns filmes melosos, que fez eu e Hay chorar e George rir por a gente estar chorando, umas comédias, que nos fez rir muito e um terror, que literalmente foi um terror que só, tanto terror que decidimos que não dormiríamos essa noite. Depois da tarde maravilhosa eu tinha que voltar a realidade, e meus amigos junto, nós fomos lá pra casa, quando entrei no meu quarto tomei um susto, minha mãe tinha arrumado minhas malas, desfeito todas aquelas bagagens e colocado em duas malas ENORMES que estavam ao lado de minha cama, ela deixou também uma bolsa pra mim, provavelmente nova, dei uma olhada dentro e tinha coisas “necessárias” para o meu vôo, um livro, meu Ipod, meus fones, minha carteira, e mais um monte de outras coisinhas, joguei a bolsa do lado das malas e nós deitamos na minha cama, ficamos conversando a noite inteira, olhamos alguns filmes no meu notebook, escutamos música e fizemos mais um monte de outras coisas, nós cuidamos para fazer o MÁXIMO de barulho possível, uma punição pequena para quem merecia ser mandada para o Iraque com a camiseta “Eu amo os EUA” ou qualquer coisa parecida, acabamos adormecendo enquanto olhávamos “Marley e Eu” e acordamos com minha mãe dando um beijinho na testa de cada um.

–Está na hora minha querida. – Ela disse, mas que sínica, pensei.

Levantamos devagar, nós acabamos dormindo com as roupas que passamos à tarde, eles estavam prontos para ir ao aeroporto, e eu não, eu não queria causar má impressão no meu pai “desconhecido”, fui tomar banho e depois me vesti devagar, coloquei uma calça jeans preta, uma blusa branca, um casaco cinza com preto, minhas botinas, meu colar de caveira e meus anéis, fiz a maquiagem preta de sempre e peguei minha bolsa preta e finalmente desci as escadas.

–Ta linda minha merdinha. – Hay disse me abraçando com um pouco de lágrimas aos olhos.

–Ta muito linda. – George me esmagou nos seus braços, e fomos nós três para o carro, abraçados, onde minha mãe já nos esperava.

O caminho até o aeroporto foi silencioso e com clima pesado, ou como diz Hay “o clima foi tenso”, finalmente chegamos, eu desci calma, mas ao mesmo tempo muito nervosa, já imaginei como eu estaria quando descesse em Londres, eu ia pirar. Minha mãe ficou calada e se sentou no portão de embarque cuidando das malas, enquanto eu, Hay e George fomos dar uma volta pelo aeroporto para matar tempo, faltava ainda meia hora, e essa foi a meia hora mais feliz da minha vida, nós rimos, brincamos, corremos, fizemos loucuras que nunca faríamos se esse não fosse meu último dia em Los Angeles.

–O vôo 35214 para Londres saíra em dez minutos. – A voz eletrônica ecoou pelo portão de embarque e pelo resto do aeroporto, tinha chego a hora, eu ia embora, e sabe lá Deus quando eu voltaria.

–Tchau minha merdinha, não se esquece que eu Te amo e de me ligar TODOS os dias, se não eu piro. – Hay chorava, mas mesmo assim não perdia o sorriso encorajador nos lábios.

–Vê se me liga também, não se esquece do George aqui. – Meu amigo “delicado” me esmagou outra vez em seus braços, mas eu adorei, eu não queria deixar aquilo tudo para trás, mas eu tinha que ir, afinal, eu não tinha escolha.

Minha mãe disse um tchau silencioso, apenas abanou, então eu fui, caminhei até o despache de malas e a despachei, abandonei minha vida em Los Angeles no momento em que coloquei meu pé dentro do avião, me sentei na poltrona e olhei pela janela, meus olhos se encheram de lágrimas, coloquei meus fones de ouvido e coloquei a música que tinha vindo primeiro, e foi justo a que eu não queria escutar, porque me faria chorar, e muito, a música que eu, George e Hay gravamos no pequeno estúdio do tio de George, Everybody Hurts, eu que escrevi e nós gravamos, eu na guitarra e voz, Hay no violão e voz de fundo e George na bateria, e a música ficou perfeita, ficou linda, mas não para aquele momento, as lágrimas rolaram por meu rosto e eu chorei até dormir, como eu nunca tinha feito na vida.

~*~

–Moça? – Senti um cutucão e pulei da poltrona do avião, aeromoça me olhou assustada. –Chegamos a Londres querida. – Ela me disse delicadamente.

Sorri para ela, pelo menos tentei, minha dor de cabeça era tanta que eu tinha certeza de que em vez de um sorriso saiu uma careta de dor. Desci do avião tirando meus fones e os guardando dentro da bolsa, peguei minhas duas malas e fiquei procurando por uma plaquinha escrita “Avril Lavigne” ou “Senhorita Avril Lavigne Fletcher” ou “Avril Fletcher”, mas não vi nada, nadinha, será que ele tinha se esquecido que eu vinha hoje?

–Avril? – Ouvi alguém gritar, olhei para o lado e vinha um garoto, que parecia ter minha idade, em minha direção forcei a visão e vi que quem corria em minha direção não era somente um garoto, era TOM FLETCHER, TOM FLETCHER, vocalista E guitarrista da McFly, e ele gritou meu nome.

–Avril? – Repeti, ele balançou a cabeça positivamente em resposta a minha pergunta, que antes era dele. – Sou eu.

–Oi! – Ele disse. – Tom Fl...

–Sei quem você é, sou sua fã. – Disse o interrompendo, tentando não parecer histérica.

–Mas garanto que não sabe o que sou seu... – Ele fez suspense e finalmente falou. – Sou seu irmão...

–O QUE? – Eu gritei.

–Shh... Não grita, vem, vamos pra casa.

Eu estava perplexa, não disse mais nada, apenas caminhei atrás dele, ele carregando uma mala e eu outra, eu sempre me gabei e brinquei que eu era parente de Tom por causa de nossos sobrenomes, mas nunca imaginei que fosse verdade, tá! Eu já imaginei sim, mas eu não sabia que era verdade. Chegamos ao carro, um carro bonito, eu não sou boa com marcas e modelos, por tanto, nem pergunte, entrei atrás e Tom na frente ao lado de um homem, que pela semelhança comigo e com Tom supus ser nosso pai, sim eu nunca vi meu pai, e não, minha mãe nunca me mostrou uma foto dele, ela não gostava de lembrar-se dele, o homem sorriu pelo espelho retrovisor e eu sorri de volta, me sentei bem tranqüila no carro, que me parecia uma minivan, mas muito mais bonita, era uma... Eu já tinha ouvido falar desse carro... Era um... Um Kia Mohave, dessa vez eu acho que acertei alguma marca estúpida, era grande, cabia umas oito pessoas, e era muito bonito, prata, gosto de carros prata. Olhei para o lado para colocar minha bolsa...

–Ah. – Gritei com o susto de ver três carinhas sorridentes, de ver três carinhas masculinas, famosas e amadas por mim, sorridentes. – Oh Meu Deus. – Falei pausadamente. – Acho que minha mãe esqueceu-se de mencionar o pequeno detalhe de que eu era irmã de Tom Fletcher, que por um acaso, sabe, acaso do destino, é da minha banda favorita, e também se esqueceram de mencionar que eles iam me buscar no aeroporto, mas esse é um detalhezinho tão bobo não é? Por que contar a sua filha adolescente que ela é parente direta de um dos vocalistas de sua banda favorita e que eles iam buscá-la no aeroporto? Bobagem. - Surtei, surtei, surtei, porque eu falei essas merdas? OH PAI, ME AJUDA, QUALQUER UM, ALGUÉM FALA ALGUMA COISA, PELO AMOR DE DEUS!

–Oi. – Eles falaram em conjunto e eu fiquei vermelha, como eles podiam ser tão lindos e simpáticos? Vou morrer aqui.

–Oi. – Eu disse ficando vermelha, eu sentia meu rosto queimar.

–Acho que nos esquecemos de pedir para avisarem você, não sabíamos que você não sabia sobre seu irmão. – Meu pai disse calmo. – Mas tenho certeza, que você como fã, vai gostar disso. – Meu pai sorriu e eu sorri de volta, eu estava começando a gostar dele.

Meu pai ligou o rádio e fomos indo para casa, os garotos conversavam animadamente, riam, brincavam, se zoavam, para eles estava tudo animado, mas para mim não, eu estava muito... Assustada não é bem a palavra, acho que... Surpresa é a palavra certa, eu tinha realmente tido uma surpresa ao saber que meu irmão era vocalista e guitarrista da minha banda favorita, que ele e o resto dos garotos mais gatos do planeta, em minha opinião, viriam me buscar no aeroporto e iam agir como se simplesmente me conhecessem a anos, lógico que eu não fiquei quieta e parada feito uma estatua, eu ria das brincadeiras, mas não me envolvia, eu não saberia como agir se eles resolvessem me zoar ou fazer qualquer outra coisa comigo.

–Então... Avril... Como você acabou vindo parar na casa do seu pai? – Que me perguntou foi Dougie, ai, ai o Dougie, meu lindo Dougie...

–é uma história meio...

–Longa? – Quem perguntava agora era Danny.

–É, muito longa...

–Mas se você quiser contar... Não nos importamos, afinal chegamos a casa, então pode nos contar tudo. – Meu irmão sorriu pra mim, Tom, meu irmão.

Olhei pela janela e vi uma belíssima casa, era bem grande e tinha um jardim lindo na frente, a casa parecia sair de um sonho. Descarregamos minhas duas enormes, realmente enormes, malas e entramos na casa, as malas foram largadas em um cantinho da enorme sala de estar pelos garotos da banda, todos nos acomodamos no sofá e todos ficaram me olhando esperando eu contar a história de como eu vim parar aqui.

–Bem... – Eu disse me ajeitando no sofá. – Eu vim parar aqui por causa de uma pequena armação de uma garota lá do colégio, Britney, odeio ela, e ela me odeia, na verdade... Eu não sei bem, porque ela me odeia, e eu só a odeio porque ela apronta pra mim, dês de o primeiro dia que eu botei meus pés dentro daquela maldita escola ela apronta pra cima de mim, mas dessa vez ela passou dos limites, tanto passou que eu fui expulsa da escola... E de casa.

–E o que ela aprontou? – Harry me perguntou.

–Foi a primeira vez, a primeiríssima vez, em que eu tirei uma nota boa em Física, e isso começou a acontecer freqüentemente, eu não chegava a gabaritar a prova, mas ficava na média ou acima dela, e nessa última prova eu consegui gabaritar, eu tava tão feliz, quase soltei fogos de artifício, e quando eu e minha amiga Hay estávamos comemorando entra Britney do lado da diretora, ai então ela vasculhou meu armário e achou TODAS as provas gabarito que a professora tinha perdido a semanas, ninguém sabia onde tava, mas dessa vez não tinha sido eu, eu realmente tinha me esforçado para ir bem em todas essas provas, e ai foi a brecha que a vadia da mula sem cabeça da Britney achou para acabar comigo, e acabei expulsa!

–Puxa... Ela não gosta mesmo de você... – Tom me disse com cara de triste. – Mas não se preocupe, eu te amo maninha... Hmmm... – Ele olhava para o meu cabelo, provavelmente contando quantas cores tinham ali. – Você tem cinco cores no cabelo? – Ele me perguntou risonho.

–Sim, rosa, vermelho, azul, verde e preto, fora o loiro é claro. – Sorri sem jeito.

–Você é a nossa weirdo with five colours in her hair. – Ele abriu um sorriso enorme, assim como os outros garotos da banda e meu pai, e eu fiz o mesmo, abri um sorriso de orelha a orelha, quem iria imaginar que um dia eu estaria sentada em uma sala de estar com os garotos da McFly e ainda por cima sendo tratada com amiga de infância deles? Isso é realmente tudo o que eu sempre sonhei.

–Nós vamos ensaiar amanhã de manhã... Se você quiser ir... Está convidada. – Tom abriu um sorriso enorme para mim e sentou-se ao meu lado, me abraçando.

–Claro que eu quero ir, imagina se não! – Sorri ainda mais abertamente para ele, meu irmão é um amor.

Um celular começou a tocar, depois outro e outro, todos os três garotos remexeram em seus bolsos e atenderam ao mesmo tempo.

–Alô. – Falaram Danny, Dougie e Harry em conjunto. – Tá bom mãe, to indo... – Os três desligaram os celulares e se levantaram, se olharam e disseram em coro: - Mãe.

Todos riram e nos despedimos os três garotos foram embora e deixaram meu pai, Tom e eu sozinhos... Ficamos quietos durante um bom tempo, só nos olhando, provavelmente eles pensavam a mesma coisa que eu: “e agora?”. Meu pai levantou-se do sofá e batendo palmas abriu um sorriso.

–Tom... Porque não mostra a sua irmã onde fica o quarto dela e a ajuda a levar as malas para o quarto?

–Claro, vem Avril. – Eu e Tom nos levantamos do sofá.

Pegamos minhas malas e subimos as escadas, Tom na frente me guiando pela casa desconhecida, nós fomos caminhando até o fim do corredor, passamos pela porta do banheiro, do quarto do meu pai e uma porta lotada de pôster e outras coisas coladas, que eu supus ser de Tom, chegamos então a uma escada no fim do corredor, que levava até uma porta, provavelmente aquilo já foi um tipo de mezanino ou sótão, Tom a abriu revelando um quarto extremamente feminino, tinha uma belíssima cama de casal de molas grudada à parede da esquerda do quarto, em cima um edredom florido, como se fosse uma guarda da cama, tinha um tipo de cômoda, lotada com coisas que eram... Minhas! Provavelmente minha mãe as tinha mandado e meu pai as arrumado, pareciam muito mais jogadas ali, só então me dei conta de que tudo que tinha no quarto era meu, tirando os móveis, na estante posta na parede ao lado da de minha cama, estavam meus livros e outros pertences, tinha uma janela enorme ao lado da estante, com cortinas rosa e branco-transparente, em frente a minha cama tinha um pufe cor-de-rosa e um tapete abaixo do mesmo, a única coisa que parecia me dar um leve vislumbre de minha antiga casa e do que eu realmente sou, era meu skate escorado na parede ao lado da porta, junto com minha guitarra e meu amplificador.

–Tem certeza que esse é o meu quarto? – Perguntei risonha.

–Sim! Por quê? – Ele perguntou confuso.

–Acho que vocês me confundiram com um dos ursinhos carinhosos, mas se eu distribuir uns pôsteres por aqui vai parecer mais que o quarto é meu. – Ri junto com ele.

Ele escorou minha mala na parede ao lado do skate e eu fiz o mesmo, ele saiu fechando a porta do meu quarto e me deixando só, notei então uma porta ao lado de minha cama, fui até ela e a abri, era o meu closet, eu nunca na vida tivera um closet, só guarda-roupas enormes, deixei a porta aberta e larguei as duas malas abertas em cima da minha cama e comecei a arrumar as roupas lá dentro, quando finalmente terminei de arrumar as roupas e os sapatos, tirei as botinas e coloquei minhas pantufas de garras e me joguei em cima da minha cama, cansada, olhei para o lado e vi uma pasta, a que eu tinha tirado de dentro da mala, e lembrei o que tinha ali dentro, todos os meus pôsteres, pulei pra fora da cama e comecei a colar os pôsteres nas paredes, distribuindo McFly, Katy Perry, Demi Lovato, e o resto dos meus atores, atrizes e músicos favoritos, e é claro que eu guardei o maior pôster do McFly para colocá-lo no teto a cima de minha cama, por sorte minha cama era o bastante alta e o teto o bastante baixo para alcançá-lo, e ficou realmente muito bom.

Deitei-me novamente na cama admirando os meus gatos, que agora eu veria quase todos os dias, ou quase todas as semanas, não me importa quantas vezes eu vá vê-los, o que me importa é que eu os veja, pelo menos Tom eu verei, meu Tom, meu irmão, parecia que em apenas algumas horas nós já tínhamos virado mais do que amigos, e isso era bom, muito bom.

Toc, Toc, Toc

–Já vai. – Gritei, levantei bem devagar da minha cama e abri a porta do quarto. – Tom!

–A gente ta saindo pra comer alguma coisa... Papai é péssimo na cozinha, por isso a gente se vira comendo fora ou pedindo. – Nós rimos juntos.

–Quem vai? Só, você, papai e eu? – Perguntei.

–Então você vai ok. Ah, os garotos vão também. – Ele disse sorrindo como sempre. – A gente vai ir à pizzaria, é aqui pertinho, você vai trocar de roupa, vai ir assim, o que você vai fazer?

–Vou trocar de roupa. – Sorri. – Desço num instante.

Tom saiu fechando a porta, eu corri para o closet e fiquei olhando, o que eu iria vestir? Peguei uma calça jeans, uma blusa preta caída ao ombro e minhas botinas, corri para o banho e tomei super rápido, me maquiei, me vesti e tharam, estava pronta, será que eu tinha demorado muito? Desci as escadas do meu quarto e depois as que levavam até a sala, e lá estavam os garotos conversando junto com Tom e meu pai, todos lindos como sempre.

–Vamos? – Eu disse sorrindo.

–Vamos! – Eles falaram em coro. -1, 2, 3 e JÁ! – Meus lindos McBoys falaram e saíram correndo, apostando uma corrida.

Fiquei olhando e rindo da cena, eles eram uns menininhos ainda, meu pai passou o braço em volta de meus ombros e fomos para o carro rindo, entrei no carro e lá estavam todos acomodados nos bancos traseiros, com exceção do meu irmão lindo que sentou na frente ao lado do banco do motorista.

–Então... Dona Avril! – Harry disse sorrindo, meu coração quase explodiu no meu peito, eu sorri para ele e ele continuou: - O que achou do seu quarto? – Eu ri, e muito. – O que foi?

–Muito patricinha, mas eu já dei um jeitinho nisso, bem, eu acho que dei. - Sorri, e ele sorriu em resposta enquanto todos os outros riam da minha reação ao quarto.

O caminho até a pizzaria foi muito animado, dessa vez eu me diverti de verdade, todos nós riamos e brincávamos, parecia que eu já fazia parte disso tudo há anos, como se eu já tivesse nascido no meio desses loucos varridos, que eu amo, finalmente chegamos, os garotos puseram capuzes e saíram do carro, entramos na pizzaria e vi meu pai falando com um cara enquanto eu e os garotos conversávamos na recepção, a pizzaria estava lotada, provavelmente um monte de fãs viriam correr nos braços deles, pedindo fotos e autógrafos.

–Ei meninos, - meu pai nos chamou e nos viramos. – Vamos ter que esperar um pouquinho, tá lotado hoje.

–Beleza. –Respondemos em conjunto.

Sentamo-nos em uns sofazinhos que tinham na recepção, e então veio a primeira fã, pediu um autografo e se foi, depois dessa acho que vieram mais umas dez histéricas, me olharam dos pés a cabeça, provavelmente por eu estar sentada e conversando com eles, eu me sentiria da mesma forma, por isso não disse nada, fiquei na minha. Oito pessoas saíram da pizzaria, conversando e rindo então um homem veio e nos avisou que a mesa estava liberada, nos levantamos e fomos até a mesa.

–To morto de fome, se eu pudesse comia dez pizzas, sozinho. – Danny reclamou passando a mão na barriga, todos rimos.

E assim se seguiu o nosso jantar, rindo, brincando, jogando bolinhas de papel uns nos outros, era com se eu fosse amiga de infância deles, eu estava adorando isso, ao contrário de muitas fãs presentes no local, que me olhavam como seu eu fosse uma ladra ou coisa parecida.

–O que foi Avril? – Meu coração disparou só de ouvir a voz do meu Dougie.

–Hmmm... Essas fãs parecem que vão me matar. – Eu disse olhando para as mesas, logo que eu olhava, elas desviavam o olhar.

–Ah, é isso... – Ele disse, colocando a mão sobre a minha me fazendo arrepiar. – Não se preocupe, logo passa, elas ficam loucas só de ver uma garota andando ao lado da gente na rua, imagino que por você estar sentada aqui elas já imaginam que é namorada de alguma de nós. – Ele sorriu e afagou minha mão me fazendo arrepiar outra vez. – Mas não se preocupe, vai passar.

–Tomara. – Eu disse, agora pegando sua mão, e ficamos assim, de mãos dadas nos olhando.

–IIIIIIH. – Ouvimos um coro de deboche. – Parece que não é só Tom que quer se dar bem com a irmãzinha... – Danny falou rindo.

Eu e Dougie fizemos cara de deboche e soltamos as nossas mãos, Dougie deu um soco no braço de Danny e enfiou um pedaço de pizza na boca dele, o resto do jantar ficou meio estranho, eu e Dougie mal nos olhávamos e ambos não prestávamos atenção da conversa dos outros, só no nosso prato, depois desse clima chato dei graças a Deus quando todo mundo acabou e fomos embora. Cheguei tão cansada (e louca por causa do Dougie), que subi correndo gritando um “boa noite” para Tom, meu pai e o resto dos garotos, coloquei meu pijama, uma camisola preta de seda com rendinhas na gola V, e minhas pantufas, liguei meu notebook e entrei no MSN, logo que apareci online uma janelinha pula na tela:

Harley diz:

Sua louca varrida, onde vc tava posso saber? Pq não ligou logo que chegou ai? Vc me deixou LOUCA DA VIDA MINHA MERDINHAAAA!

Avril Lavigne diz:

Estava jantando na pizzaria com ngm menos ngm mais do q MCFLY! AAAAAAAAAAA

Harley diz:

Vc tá de brinks cmg né?

Avril Lavigne diz:

Pior que n, eu tive uma pqna surpresa qnd cheguei aqui, descobri que TOM FLETCHER é meu IRMÃO, A BITCH DA MINHA MÃE NEM PRA CONTAR, QUE RAIVA DELAAAA!

Harley diz:

OMG OMG OMG OMG OMG OMG, AAAAAAAAAAAAAAAAAAAA, TO PIRANDO AQUE AMEEEGAAAAA, NÃO ACREDITO, VC É O PEDACINHO DE MERDA MAIS SORTUDO QUE EXISTEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE.

Avril Lavigne diz:

EU SEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEI, eles estão aqui em casa, la na sala, e amanhã eu vou ir ver o ensaio deleeeeeeeees aaaaaaaaaaaaaaaaa

Harley diz:

QQ INVEJA BOA QUE EU TO SENTINDO DE TI AMEEEGA, NEM ACREDITO NISSO, VAI DORMIR LOGO ENT PRA AMANHÃ ACORDAR BEM LINDA PRA ENCANTAR O TEU DOGUIE HAHA

Avril Lavigne diz:

É EXATAMENTE O QUE EU VOU FAZEER, beijinhos amiga, te ligo amanhã pra contar como foi o ensaio ^^

Harley diz:

Okay minha linda, vai lá, beijos, boa noite, liga mesmo, se não eu piro HAHA beijinhos

Avril Lavigne está ofline.

Fechei o MSN e dei uma olhadinha na internet, peguei meu removedor de maquiagem e algodão, fui ao banheiro e tirei toda a minha maquiagem, voltei para o meu quarto desliguei o computador e peguei algumas revistas velhas pra ler, coloquei meus fones e fiquei cantando e lendo, sem realmente saber qual era o volume da minha voz, mas tenho certeza de que não era alto, se não os vizinhos já tinham chamado o OBAMA por pensarem que tinha alguém matando um gato aqui, sim eu acho que canto mal, apesar de meus amigos disserem que eu canto bem, não acredito neles, afinal, como acreditar em alguém que te chama de merda? Depois de cansar de ler, coloquei as revistas da cabeceira da cama e abaixei o som do meu Ipod, e fui dormir.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado COMENTEM PLEASEEEE
IMPORTANTE: Essa fic já estava a algum tempo no meu computador, escrevi alguns capítulos (bem longos, mas pela falta de incentivo e criatividade parei, resolvi então postá-la aqui e dependendo de como vocês reagiram a história ela continuará ou não, então por favor deixem comentários, me ajudaram bastante a definir o futuro da fic.
AAAH DESCULPEM NO ERRO NO NOME DA HAYLEY, FAZ TEMPO QUE ESCREVI A FIC E NA ÉPOCA EU REALMENTE ACHAVA QUE ERA ASSIM, ME PERDOOOOEM D: SAIJOJIOAS



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