Anti-social escrita por UnknownName


Capítulo 34
Eu quero uma rede!


Notas iniciais do capítulo

Mais uma recomendação. Essa gente quer me matar de felicidade, só pode.
Clara Styles, realmente, muito obrigada! S2 Suas palavras fizeram meu dia muito melhor ~
Capítulo especial pra todos vocês, seus lindos, que adoram me deixar feliz, e dedicado à Clara Styles ;P



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A porta se entreabriu, e alguém com um olhar curioso nos observava.

─ Pai? ─ Perguntei, soltando a mão de Sarah, a qual eu ainda estava apertando.

─ Droga. ─ Se deu por vencido e fechou a porta. ─ Eu só queria presenciar um momento legal... ─Deu para ouvir ele continuar falando, mas com sua voz abafada.

Revirei os olhos ─ Você não toma jeito, mas é um ótimo pai. ─ Coloquei as mãos na nuca e me deitei, relaxado. 

─ Vou tomar um banho, já volto. ─ Sarah se levantou e foi até o armário, para pegar uma toalha.

─ Tá. ─ Fechei os olhos para descansar. Por algum motivo, estava em paz comigo mesmo.

Não se passou muito tempo, algo em torno de 15 minutos, e ouvi a garota gritando do banheiro que, a propósito, ficava no meu quarto.

─ David!─ Ela chamou, e eu cheguei mais perto da porta para responder.

─ Sim? 

─ Esqueci de trazer minha roupa para o banheiro, pode me entregar? Está em cima do meu colchão.─ Ela explicou, e eu fiz o que pedira. Tinha uma camisa grande vermelha, um short curto azul claro e duas pantufas de coelho. "Hahaha, eu gostaria de ver ela usando esses coelhos nos pés"

─ Aqui. ─ Bati na porta, que foi aberta minimamente, o suficiente para passar a roupa. A mão de Sarah a pegou, e por um instante me passou pela cabeça o fato de que bastava eu olhar um pouco para a esquerda que haveria um espelho que refletiria o corpo dela. Fiquei assustado com a ideia, ainda mais com o fato de pensar em tê-la feito, e virei o rosto rapidamente. Voltei para a minha cama imediatamente, e liguei o meu celular, para tentar afastar aquele pensamento com algumas músicas. 

Quando a garota saiu, já vestida, desviei o olhar e senti meu rosto esquentar um pouco. Além de tudo ela estava usando aquele shorts super curto, já que estava calor. "Droga Sarah! Pare de me fazer pensar nessas coisas!" Esfreguei minha cabeça e ela me olhou estranho.

─ Aconteceu alguma coisa? ─ Perguntou, em um tom um certo preocupado.

─ N-Não, não é nada. ─ Deitei-me de costas para ela.

─ Ah, eu estive pensando numa coisa.

─ O quê? ─ Olhei de canto para ela, que já estava deitada.

─ Você me disse que foi diagnosticado com um tumor nos cérebro quando tinha 5, né? ─ Assenti. ─ Mas, e então, o que aconteceu com ele? Porque você parece não ter nenhum problema com isso...

─ Ah, não. Mais tarde, eu descobri que era totalmente inofensivo, e nem era um tumor, na verdade. Era apenas uma parte do meu cérebro que estava danificada. Apesar de ser próximo a locais perigosos, não faz nenhuma diferença eu tê-la ou não. As vezes dói quando fico estressado, mas não é nada demais. ─ Expliquei, coçando a cabeça. ─ Posso conviver com isso perfeitamente.

─ Ah... Entendi. Ufa, eu tinha ficado preocupada. ─ Ela sorriu, e eu fiz o mesmo.

─ Vou desligar a luz. ─ Avisei e assim o fiz, apertando o botão do interruptor, que ficava ao lado da minha cama.

Demorei um pouco para dormir, mas não estava realmente tarde, então não teve problema. Bom, pelo menos não estava tarde quando me deitei. "02:46, já? Cérebro, me deixe dormir!" Fiquei nesse ciclo durante mais uma ou duas horas, e de repente dormi.

Mas o tempo que fiquei sem sono compensou mais tarde, quando acordei, ao som de uma buzina, às 2 da tarde.

─ AAAAAH! ─ Levantei num susto. ─ PRA QUÊ ISSO?! ─ A garota morena sentou-se na cama, rindo. ─ ISSO NÃO FOI ENGRAÇADO.

─ Foi sim. ─ Respondeu, depois de um tempo, se "recuperando". Se eu deixasse, você ia dormir até amanhã. Vamos, ainda temos que comprar aquela rede! Estou louca para deitar em uma! ─ Ela sorriu e eu, primeiro relutante e depois com mais ânimo, me levantei e desci as escadas, logo atrás dela.

─ Seu pai teve que ir trabalhar, então ele pediu para que eu fizesse o almoço. Eu não sei cozinhar muito bem, então fiz apenas um macarrão. Pegue o quanto quiser, está no fogão. ─ Ela avisou e foi até o sofá, mexer em seu notebook. Eu mantinha um pouco de esperança para que não, mas vi Isabel sentada em uma das poltronas, vendo televisão. "Droga, ela ainda não foi embora?".

Até que ela não cozinhava mal, estava relativamente bom.

O dia estava quente, mas eu não queria dar um mergulho. Fui até a frente da casa, onde tinha aquele canteiro com um muro onde eu gostava de me sentar, às vezes.

Olhei para o céu e vi a posição do sol. Como estava sem meu relógio/celular, tive que deduzir a hora daquela maneira mesmo. "Deve ser algo em torno de 15:30... Se não sairmos agora pode ser que a loja feche, ela fecha cedo.". Levantei-me e gritei, da porta de entrada, para que Sarah se arrumasse rapidamente, se queria vir junto.

─ Vamos levar o Fênix junto? Faz tempo que ele não dá uma volta. ─ Sarah sugeriu e eu dei de ombros, indicando que não fazia diferença. ─ Vou pegar a coleira!

Alguns minutos se passaram e ela voltou, com a roupa trocada e cachorro ao seu lado. Fui na frente, sabendo do ótimo senso de direção da garota.

─ Ei, o que acha de irmos no cinema um dia desses? ─ Sarah sugeriu, após instantes de silêncio.

─ Ver o quê? ─ Não dando muita importância, perguntei. Mas até que seria legal, fazia tempo que eu não via um bom filme nas telonas.

─ Sei lá, tem vários filmes legais em cartaz agora. Podemos decidir mais tarde. ─ Explicou, vendo as pétalas das flores de uma árvore próxima voarem em sua frente.

─ Pode ser. Mas eu NÃO vou ver nada de romance, você já sabe. ─ Deixei explícito, e ela riu.

─ Eu sei.

Conversamos sobre mais algumas coisas, nos perdemos, nos encontramos. "Caramba, eu não sabia que essa loja era tão longe assim!". Ficamos um bom tempo tentando escolher uma rede legal. Pra ser sincero, se eu estivesse sozinho, escolheria a primeira que visse. Mas Sarah insistia em querer ver o tecido, desenho, tamanho...

Enquanto eu me sentava num banco, do lado de fora da loja, e ficava com o Fênix, ela continuava com sua procura incessante lá dentro.

─ Escolhe logo uma! ─ Reclamei, depois de 30 minutos de espera. 

─ Tá, tá. Já vou. ─ Ela reclamou de volta, e dessa vez se apressou. Saímos de lá(finalmente) e passamos em uma sorveteria ao lado, para comprar um sorvete(sério?). 

Chegamos em casa apenas no fim da tarde(17hrs, pra ser mais preciso), e um tempo depois meu pai também veio. Aproveitamos esse resto de calor e demos um banho no cachorro, que já estava me incomodando com seu fedor.

É, eu não queria entrar na piscina mais cedo, mas recebi um banho equivalente todas as vezes que o animal se chacoalhou.


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Notas finais do capítulo

Hoje venho inspirada por algumas músicas tristes, graças aos nossos queridos Kagamine Rin & Len. Ainda bem que eu não passei essa minha inspiração para esse capítulo, se não teriam morrido pelo menos umas 2 pessoas aí. ♥☺