iHate You? escrita por Mandy Horan


Capítulo 10
We're locked!




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POV Narrador

Carly havia acordado e feito sua higiene matinal, e estava se preparando para ir à escola. Ainda tinha muita coisa que precisava ser explicada e ela queria saber. Primeiro, O que tinha acontecido sábado na casa de sua melhor amiga; segundo, o porque ela e Freddie estavam agindo tão estranho; e terceiro, o porque de Sam e Freddie estarem escondendo coisas dela, já que prometeram sem mais segredos um do outro. É... a morena estava realmente intrigada com tudo o que estava acontecendo.

– Oi Spencer! – Carly diz animada.

– Oi maninha! Pronta para escola? – Spencer a responde no mesmo nível de animação.

– Estou. O que é isso aí? – Carly pergunta curiosa sobre o monte de coisas em cima do balcão da cozinha.

– Ah, são coisas pra minha nova escultura.

– Ah...Vai me levar pra escola hoje? – Carly diz levando os pratos a pia.

– Claro. Vamos! – Spencer pega as chaves do carro e sai em direção a porta puxando sua irmã pelo braço.

Carly e Spencer logo chegam a escola e se despedem. Carly como sempre é a primeira a chegar, mas por mais estranho que pareça Sam já estava na escola, pegando seus livros. –Como se fosse usa-los.

– Caiu da cama hoje? – Carly pergunta incrédula.

– Não, Carlotta. – Sam responde um pouco fria, o que deixa a morena um tanto triste mas ao mesmo tempo preocupada com sua amiga.

– O que foi? Não gosta da minha roupa? – Carly pergunta rindo.

– Não é nada. – Sam responde.

– Sério, agora estou ficando preocupada. O que tá acontecendo? – Carly pergunta preocupada.

– Carls, desculpa mas preciso ir pra aula. – Sam responde dando uma desculpa esfarrapada.

– Péssima desculpa Sam, o sinal ainda nem tocou!

– Você não vai desistir, né? – Sam pergunta se rendendo.

– Não. – Carly a responde.


Sam’s POV


Argh, Carls, por que sempre tão curiosa? Por que cisma em se intrometer tanto?

– Você não vai desistir, né? – A pergunto me rendendo.

– Não. – Carly me responde.

– Então senta ai, que a história é longa. – Disse apontando para o banco ao lado de nossos armários.

Ela sentou e Contei tudo para Carly, o que tinha acontecido, o beijo, o Freddie dizendo me amar de novo, eu fechando a porta na cara dele.

– Sam, por que foi tão dura com o Freddie? – Carly me perguntou com aquele ar de “mãe”.

– Porque não tô afim de me iludir de novo, Carly.

– Você sabe muito bem que ele te ama, e você ama ele. O que que falta?! Por que vocês dois sempre complicam uma coisa tão simples de se resolver? – Carly perguntou, mas antes que pudesse responder algo, Freddie aparece do nada atrás da gente.

– Oi meninas. – Freddie disse com seu típico sorriso de lado.

– Oi Freddie. – Carly disse. Não falei nada. Carly me deu uma cotovelada, me obrigando a cumprimenta-lo.

Lembrete: Matar Carly Shay.

– Oi. – Eu disse abaixando a cabeça, mas pude perceber que ele me olhava surpreso.

– Acho melhor irmos. – Carly disse se referindo ao sinal que acabara de tocar.

– Claro. – Freddie disse indo na frente.


Carly’s POV

Finalmente, hora da saída! Não aguentava mais a Srta. Briggs falando no meu ouvido. Aquela mulher tem uma voz de gralha, não sei como o senhor Howard aguenta! Ele é um outro chato igual a ela, deve ser por isso que se casaram. Urgh, pessoas na idade deles não deviam se casar e ficar trocando caricias em público, chega dá nojo! Mas, hora de convencer Gibby e por meu plano em prática.


– Giibby! – O chamei.

– O que foi?

– Me ajuda numa coisa? - Disse.

– O que? – Gibby me perguntou.

– Num plano. – Disse. Gibby arregalou os olhos e tentou correr, mas consegui o impedir.

– Qual é Gibby, por favor, você tem que aceitar. – insisti, enquanto colocava uma mão no ombro de Gibby..
      – E o que eu ganho com isso?

– A felicidade dos nossos amigos, ora. Você sabe que eles andam tendo crise de amnésia. – Ironizei, fazendo aspas no ar.
       – OK, tudo bem. – Gibby disse, se dando por vencido.
      – Qual é o plano? – Gibby levantou as sobrancelhas, curioso.
      – O plano é...

[...]

  – Hey Carly. E ai, Spencer. – cumprimentou Sam, entrando na minha casa sem bater – Como sempre.
Spencer estava no canto da sala, fazendo mais uma de suas esculturas esquisitas. Nela havia vários objetos, mas o que mais chamava atenção era uma cabeça de bebê enorme no meio de tudo aquilo.
  – Oi Sam. – cumprimentou Spencer, sorrindo, mas acabou tropeçando em um chocalho e caiu no chão, resmungando. – Esse chocalho me detesta... – Sam e eu começamos a rir. Ela veio em minha direção, já que estava na cozinha fazendo um sanduíche, e provavelmente ela iria me pedir para fazer um para ela. ‘Loira preguiçosa.’ Pensei, e dei um sorrisinho.
  – Tem presunto? – Sam perguntou. Sabia que Sam iria perguntar isso.
   – Sim, eu comprei ontem. – Respondi. Sam deu um sorriso e foi atacar a geladeira.
Minutos depois, Freddie chega, mas a Sam não se deu o trabalho de olhá-lo.
  – Oi gente. Vou lá no estúdio arrumar uma coisa no site do iCarly. –Freddie avisou, apenas assenti.
  – Tudo bem Freddie. Ah, o Gibby disse que quer conversar com você. – Eu disse iniciando meu plano e Freddie parou no meio da escada, curioso.
  – Sobre o quê? – Ele me perguntou, curioso.
  – Não sei, mas parecia importante. – Respondi. Freddie franziu o cenho e assentiu, voltando a subir as escadas.
Pigarriei, olhando Sam, que parecia estar bastante concentrada na peça de presunto.
 – Você nem ao menos o cumprimentou! – Repreendi e Sam revirou os olhos.
 – Pra quê? O vi hoje na escola e nos falamos, fim. Não quero papo com o Freddiota.
  – Sam...
 – Não começa Carly. – Sam guardou o presunto e foi até o sofá, irritada.
Esperei ela se distrair por um tempo antes de pegar meu celular o mais discretamente possível, disquei o número do celular do Gibby, lhe dando o sinal.
Não muito tempo depois, Gibby apareceu abrindo a porta.
 – Gibbeh.
Sorri do jeito que ele tinha a mania de dizer o próprio nome de uma maneira estranha quando chegava a algum lugar. Isso era tão... Gibby.
 – Oi Gibby. Fazendo o quê por aqui? – perguntou Spencer, indo até a cozinha.
 – Quero conversar com o Freddie... Ele está por aqui? – perguntou, apontando para a escada.
 – Sim. Ele foi fazer aquelas coisas nerds no notebook. – disse Sam, sem tirar seu foco da televisão. Gibby assentiu e subiu as escadas.
Como estava no plano, Carly se sentou ao lado da Sam e suspirou, soando preocupada.
 – O que houve Carls?
 – Ah... Não sei, o Gibby anda agindo estranho ultimamente. Isso está me preocupando.
 – Pra mim, ele está agindo como sempre agiu. Da forma Gibby de ser. – Sam deu de ombros.

– Não é isso Sam... Não sei, ele parece distante ultimamente. E acho que isso tem haver com o assunto que ele quer tratar com Freddie.

– Hm... E isso é ruim?

– Não sei. Dependendo do assunto, pode ser uma coisa tola... Preocupação excessiva da minha parte, talvez.
     – E se eu escutasse a conversa deles? – Sam disse. Arregalei os olhos, fingindo-se indignada.
   – Claro que não Sam! Isso é ridículo. Podemos perguntar o assunto depois, talvez eles nos digam.
    – E se não disserem?
    – Eles vão dizer! Amigos não escondem nada um do outro.
   – Aham, ok. Bem, como você não quer escutar... – Sam se levantou. – Eu não te digo o que escutei.
   – Você vai ouvir atrás da porta?
  – Claro, estou curiosa. – Sam subiu as escadas, me deixando com um grande sorriso no rosto para trás.
  – Porque está sorrindo? – Spencer me perguntou, confuso.
 – Meu plano está dando certo. – Disse. Spencer arqueou a sobrancelha.
  – Plano?
 – Sim, para fazer a Sam e o Freddie conversarem sobre a situação deles. Não aguento mais toda aquela indiferença entre eles, mesmo que esteja óbvio que ainda se amam.
 – Você não devia se meter tanto Carly. Você os deu um empurrãozinho, o resto é com eles. – disse Spencer, assumindo sua pose de irmão mais velho.
 – Você tem razão. – assenti, se sentando em uma das cadeiras da mesa. – O que é isso? – perguntei, apontando para o copo que o Spencer segurava.
Ele deu de ombros.
 – Suco de milho. Quer?

– Blergh, Não. – Disse fazendo uma careta.


Sam’ POV


 Fui até a porta do estúdio e olhei lá dentro, Gibby e Freddie conversavam. entreabri a porta lentamente, tentando não fazer barulho.
 –... Isso não é da sua conta Gibby. – murmurou Freddie, tentando ignorá-lo e olhando fixamente para a tela do notebook.
 – Sou seu amigo Freddie. Sei que precisa desabafar e estou preocupado com você. - Freddie levantou os olhos, olhando para Gibby.
 – Eu e a Sam terminamos porque ouvimos uma conversa da Carly com o Spencer e sua namorada, aquela que era mais babá dele do que qualquer outra coisa. –Freddie falou rapidamente, vendo Gibby arregalar os olhos.
Arfei, indignada e irritada. Eles não deviam tocar mais naquele assunto! Esse fora o combinado!
 – A-A Carly? – sussurrou Gibby, surpreso. – Mas eu pensei que...
 – Não vamos mais tocar nesse assunto Gibby. Prometa que não vai contar a ninguém.
 – Mas...
 – Gibby... - Freddie insistiu.
 – Ta bom. Eu não conto a ninguém. – Gibby levantou as mãos, se rendendo.

– Vou descer. Vi o Spencer preparando suco de milho... Tenho que aproveitar. – disse Gibby, indo até o elevador.

Assim que entrei no estúdio, apreciei a figura de Freddie de costas, mas logo afastei aqueles pensamentos. Eu estava muito irritada com ele.
 – Pensei que cumpria suas promessas. – Falei, assuntando Freddie.

– Hã... Não sei do que está falando. – Freddie disse fazendo cara de paisagem. Bufei e me joguei no puff roxo.

– Acho que combinamos no elevador em não mais tocar no assunto do nosso término. – Falei com um nó na garganta. Freddie arqueou uma sobrancelha, cético.

Freddie’s POV

– E quem disse que eu falei disso pra alguém? – Perguntei, mentindo.

– Eu escutei sua conversa com o Gibby. – Sam respondeu. Não pude deixar de sorrir. Aquela era a minha Sam.
      – Ouvindo a conversa dos outros por trás da porta? Que feio Sammy. – Falei, Sam me olhou com um olhar assasino.
    – Não. Me. Chama. Assim. – Ela sussurrou ameaçadoramente, trincando os dentes.
 – O que vai fazer comigo? Vai me bater? – Perguntei ironicamente e Sam estreitou os olhos, irritada com a provocação.
  – Na Nerdilândia, ninguém nunca lhe ensinou a não mexer com os mais fortes?
 – Isso não me ofende mais, Sam. Me joguei no puff ao lado dela, Eu estava literalmente brincando com o perigo. Sam me deu um soco no braço, me pegando de surpresa.
 – Ei! Isso não valeu!
 – Porque não? – Ela perguntou ironicamente.
 – Eu não esperava que você fosse me atacar, então não tive tempo de me defender! – Expliquei, Sam sorriu e sutilmente e revirou os olhos. “idiota” Sam resmungou e sorriu mais uma vez. Aquele sorriso, por mais simples que fosse, me deixou encantado.


POV Narrador


O sorriso que Sam tinha no rosto, se desfez. Sam logo percebeu o clima no estúdio e como um imã, seu olhar pousou sobre aqueles olhos castanhos.
Freddie se sentia preso naquele mar azul. Tão doce, mas ao mesmo tempo tão firme. Seu olhar transmitia insegurança, mas também coragem. Sentimentos que se mesclavam, mas que era a verdadeira essência de Sam. Sem mais aguentar, Freddie se aproximou e colou os seus lábios nos de Sam. No início, Sam não correspondeu ao beijo, mas logo se deixou envolver naquele turbilhão de sensações que era beijá-lo. Sentia falta disso.

O beijo começou doce, calmo, Mas aos poucos, o beijo foi ganhando intensidade e logo ele se transformou em algo urgente.
A mão de Sam se encontrava no braço de Freddie, enquanto a outra estava na sua nuca. Freddie tinha as mãos firmes na cintura de Sam.
Um sentia falta do outro, tentavam mostrar os sentimentos contidos naquele beijo. Poderiam ter durado minutos, horas, dias... Mas só haviam durado segundos. Não poucos segundos, mas suficiente para deixá-los ofegantes e os lábios de ambos avermelhados.
Depois do beijo, nenhum dos dois teve coragem de encarar o outro. Afinal, o que eles diriam? Ficariam juntos de novo? Mas eles já haviam conversado sobre isso, não tinha mais o que discutir. Sam levantou-se do puff e foi até a porta, mas para sua surpresa, a encontrou fechada.
 – A porta... Está fechada. – sussurrou Sam, mas alto o suficiente para Freddie ouvir.
Ele se levantou e foi até o elevador, mas percebeu que não adiantava ele apertar no botão, a porta do elevador não abria.
 – O elevador também não está funcionando!
Numa atitude desesperada, Sam procurou em seu cabelo algum grampo, mas não encontrou nenhum.
  – Droga! – praguejou.
  – O que está fazendo? – perguntou Freddie com curiosidade.
 – Tentando achar um grampo para poder a abrir a porta. Truques de sobrevivência de Samantha Puckett.

– Então quer dizer que estamos presos aqui? – Freddie perguntou.

– Claro que não. Podemos gritar pela Carly. – E sem se importar com mais nada, Sam começou a esmurrar a porta, gritando o nome da Carly repetidas vezes.
Freddie só revirou os olhos e foi até o seu notebook. Depois de alguns minutos de gritaria e nenhuma resposta, Sam se deu por vencida e se jogou no puff
  – Desistiu? Ufa, pensei que veria você ficando sem voz ao invés de parar de gritar que nem uma louca.

– Eu não sou louca! –rebateu Sam, tentando esconder como aquilo a magoou.

– E quem disse que ser louca é ruim? – Freddie fechou o notebook e voltou a se jogar em um dos pufes, encarando fixamente o rosto da sua princesa Puckett.
   – Sam,eu quero conver... - Freddie começou, mas logo foi interrompido por Sam.
    – Não, não, não! Não vamos conversar e ponto final. Aquele beijo foi... Algo inesperado e completamente errado. Não há o que conversar! – Sam falou rapidamente, tentando em vão, fazer Freddie desistir dessa história de conversa.
  – Isso é o que você acha do beijo. Não o que eu acho. Assim como nossa personalidade, temos pensamentos diferentes. –Freddie rebateu.
Sam engoliu em seco.
 –Freddie...
 – Não, você vai me escutar! Não é a toa que estamos trancados nesse estúdio e eu vou utilizar esse tempo que temos sozinhos para fazer você ver o meu lado de toda essa história.
Sam levantou os olhos e assentiu, o incentivando a continuar.
 – Eu me arrependo amargamente de termos terminado o namoro. Eu não devia ter deixado! – Ele respirou fundo. – Não foi à toa que eu disse que amava você, Sam. Eu amo você de verdade. Quero dizer que mesmo com todas as brigas, discussões, e conflitos.. eu nunca fui tão feliz, quanto eu era, do seu lado. - ele disse, medindo sua reação. Ela não conseguia dizer nada. - E que, eu não consigo mais me ver longe disso tudo. Todo mundo tem problemas. Mas as pessoas superam, juntas, não é?

– E-eu acho.. - ela gaguejou, nervosa.

– Sam. Você pode ser o quão anormal você quiser. Eu não ligo pra isso. Nunca liguei. E, bom, eu estou aqui, não estou? - ele disse, segurando suas mãos. Sorriu. - viu? Era exatamente disso que eu sentia falta. Do jeito que você cora, toda vez que eu te toco. Do seu sorriso malicioso e cruel, quando eu tropeço e me machuco, ou quando você planeja algo. É meio estranho, mas eu gosto disso. Do jeito doce e até infantil que você tem de ficar horas, falando sobre assuntos comuns, e os tornando os mais interessantes do mundo. Do jeito que você olha pra lua, discorda de mim, bate o pé e insiste em dizer que ela é feita de queijo. - ele revirou os olhos. - São detalhes bobos, mas que eu percebo, adoro, e nunca me esqueço. Eu nunca te esqueci, Sam. E provavelmente nunca vou. E as pessoas podem dizer o que quiserem. Que somos estranhos, normais ou anormais, que não combinamos, que somos diferentes.. eu não ligo. A única coisa que eu não admito, é dizerem que somos errados. Não existe absolutamente nada de errado em querer estar com quem eu amo. - ela o olhou, surpresa. - Sim, que eu amo. Eu ainda te amo, Sam. E eu preciso de você.


Sam nunca esperou aquelas palavras saindo da boca do seu nerd. Ela o amava também, mas sabia que não conseguiria expressar tudo em palavras. Apesar de romântica, ela não é boa com palavras. E sem mais delongas, ela colou os lábios nos de Freddie e que mesmo pego de surpresa, não demorou a corresponder.
E em um sussurro contra seus lábios, ela falou:
 – Eu também te amo Nerd.
Freddie não pôde deixar de dar um pequeno sorriso. Seu peito se encheu de felicidade.
Ela o amava e ele a amava. E isso bastava.



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Notas finais do capítulo

FINALMENTE! hushauhua' demorei, mas o capitulo mais esperado tá ai :)