When Hatred Turns Love escrita por Gwen


Capítulo 26
Epílogo: Like, forever


Notas iniciais do capítulo

Entãããão, pessoal, que está, o último capítulo da minha primeira historinha.
Não vou falar muito aqui. Agradecimentos e distribuição de lencinhos grátis lá embaixo.



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Percy:

Acabamos a mudança há três dias. Ainda havia algumas caixas de papelão cheias de bolinhas de isopor em um canto da casa nova, mas fora isso, ela estava prontinha. Eu estava orgulhoso de mim mesmo por ter conseguido instalar a televisão nova na sala, então sentei no sofá para procurar algo interessante.

- Percy, você está sorrindo para a televisão. – disse Annabeth entrando na sala com uma caneca de chá nas mãos.

Ela estava linda, com os cachos dourados soltos em seus ombros, os olhos cinzentos brilhantes. Usava um vestido azul claro abaixo dos joelhos, que cobria a protuberante barriga de nove meses.

Sua imagem me fez sorrir. Puxa vida, oito anos. Oito anos desde que tomei coragem e finalmente a pedi em casamento. Terminamos a escola, fomos juntos a faculdade. Annabeth se formou em Arquitetura, seu sonho desde sempre, e eu, em Direito. Nos casamos em um cerimônia pequena, apenas com as pessoas mais importantes. Depois da Lua de Mel, nos mudamos para essa casa, presente dos nossos pais.

Então Annabeth descobriu que estava grávida. Houve uma mistura de medo e susto, mas, principalmente, felicidade. Tratamos logo de terminar a reforma da casa, para finalmente pudermos nos mudar.

Fiz um gesto para que ela se sentasse ao meu lado no sofá. Annabeth sorriu e deu dois passos na minha direção, mas de repente parou. A xícara caiu de sua mão, se espatifando no chão. Eu levantei num pulo e fui até ela.

- O que... – comecei.

- Aaaaaaaaai! – ela gritou, se curvando para frente.

- Annabeth! O que foi? O que foi? – perguntei nervoso, segurando-a pelos ombros.

Annabeth se endireitou, arfando. Seus olhos estavam mais arregalados do que nunca e sua boca estava entreaberta.

- O bebê. – ela arfou.

- O bebê...?

Ela agarrou a gola da minha camisa e a puxou, nos deixando com os narizes encostados.

-O BEBÊ!– ela gritou. – Percy, o bebê!

Meu cérebro demorou mais um segundo para entender.

- Oh meu Deus, o bebê!

Estava tão nervoso e pasmo que acabei dando dois giros de 180° para cada lado antes de ir à direção certa das chaves do carro. Apoiei Annabeth pela cintura e a guiei até o carro, andando mais rápido quanto podia. Abri a porta do carona, ajudei-a a se sentar e corri para a outra.

- A bolsa. – disse Annabeth, com a voz mais controlada.

Voltei correndo para dentro de casa e peguei a bolsa do bebê, que já estava pronta fazia algumas semanas. Depois voltei correndo para o carro, longo dando partida e pegando o caminho para o hospital.

- Percy, ligue para alguém.

Thalia, pensei. Ela era nossa madrinha, conselheira e amiga, e a primeira pessoa que pensei para pedir ajuda numa hora daquelas. Ela atendeu depois de três toques.

- Olá, Per...

- ANNABETH ESTÁ TENDO O BEBÊ! – gritei.

Thalia também deu um grito do outro lado da linha.

- Ai meu deus! Ok, ok.  – ela recuperou o fôlego e tentou falar mais calmamente. – Onde vocês estão?

- Indo para o hospital. – respondi.

- Ok, encontro vocês lá.

- Ligue para minha mãe! – gritou Annabeth para que Thalia pudesse ouvir.

- Entendido. – ela disse. Depois desligou.

De repente, Annabeth deu outro grito, me fazendo gritar também.

- Respire, respire. – ela falou consigo mesma, e eu segui seu conselho.

Dentro do hospital, a primeira coisa que eu fiz foi gritar: “Socorro, meu filho está nascendo!”. Logo apareceram as enfermeiras e uma maca. Fomos para um quarto, para que Annabeth fosse examinada. O tempo entre as contrações estava diminuindo. Uma médica pareceu, a examinou e disse que estava na hora do parto.

Pedi para ir junto. Annabeth disse que não precisava, mas eu insisti. Não perderia aquele momento por nada, o nascimento do meu primeiro filho. Vi que Annabeth também ficou grata por eu ficar ao seu lado.

Recebi uma espécie de roupão, touca e luvas de material descartável.  Fomos até outra sala, onde seria feito o parto.

- Tudo bem. Agora, querida, faça força. – disse a médica.

Annabeth deu mais um daqueles gritos ensurdecedores. Logo seu rosto já estava suado pelo esforço, e meus dedos roxos por estarem sendo apertados. A médica incentivava mais, e Annabeth fazia mais esforço ainda.

- Aaaaaai! Percy, eu vou te mataaaar! – ela falou quando recuperou o fôlego.

- Ok, ok, depois resolvemos isso. – eu disse.

A médica avisou que o bebê estava vindo, que faltava pouco.

- Eu... não consigo... mais. – disse Annabeth, agora esgotada.

- Você consegue sim. – Encostei minha testa na dela e nós dois fechamos os olhos. – Você consegue. Agora vamos, Annabeth. Faça força. Vamos!

Mais um grito, o último esforço. Ouvimos o choro de uma criança. Annabeth fechou os olhos, arfando, mas agora sorrindo. Depois olhou para mim. Eu sorri e beijei sua testa.

- Parabéns, mamãe. – eu murmurei.

- Meu filho... – ela murmurou. Virou-se para a médica e estendeu os braços. – Me dá ele aqui.

- É uma menina. – disse a médica, entregando-lhe o bebê.

- Uma menina... – Annabeth murmurou, olhando encantada para o corpinho em seus braços.

- Ela é tão... pequena. – comentei, maravilhado. O bebezinho abriu os olhos, e pude ver que tinha olhos verdes, como eu. Mas, pelo pouquíssimo cabelo que tinha, pude ver que seria loira, que nem a mãe. Uma combinação perfeita. Me inclinei e beijei a testa da minha filinha.

Tiveram que tirá-la de nós, para dar banho, pesar, essas coisas. Levaram Annabeth para outra sala, e eu fui em direção ao corredor. Lá, encontrei meus pais, a mãe de Annabeth, e nossos amigos fiéis, Thalia e Luke (que não haviam casado, mas juntos), Grover e Juníper (que estavam quase casados).

- Minha menina. – anunciei orgulhoso. Houve abraços, gritinhos de comemoração, e até lágrimas.

Depois de algum tempo, uma enfermeira avisou que podíamos ver a menina no berçário. Fizemos uma fila na frente do vidro enquanto uma enfermeira a pegava de um dos berços e vinha em nossa direção.

- Awn, ela é tão linda. – sussurrou minha mão ao meu lado.

- Quem é o pai? – perguntou a enfermeira. Eu levantei o dedo. – Pode pegar sua filha, se quiser.

Respirei fundo e fui até onde ela estava. A mulher me entregou a criança e eu a peguei, meio desajeitado, mas com firmeza. Ela se contorceu nos meus braços e virou para mim, abrindo seus olhinhos. Eu sorri.

- Quer levá-la para ver sua esposa? – propôs a enfermeira. Eu assenti.

Levei minha filha até o quarto onde Annabeth estava. A enfermeira abriu a porta e eu entrei.

- Visita para você. – eu disse.

- Oi, filha. – ela disse, com a voz baixa e macia, pegando o bebê no colo.

Sei que a ligação entre mãe e filha é sempre mais forte. Isso ficou mais claro quando percebi o jeito que o bebê se comportou nos braços da mãe, virando para olha-la, como se a conhecesse.

- Ela parece com você – comentei.

- E seus olhos. – disse Annabeth. – Linda.

- Já pensou em um nome? – perguntei.

- Temos tempo para isso. – ela disse, olhando para mim.

Sentei ao seu lado na cama e passei o braço pelas suas costas, abraçando as duas. Beijei minha filha na cabeça e minha esposa nos lábios. O bebê sorriu, claramente feliz pela vida que teria. Eu sorri, feliz por estar ao lado das duas mulheres que eu amaria, tipo, para sempre.


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Notas finais do capítulo

Ok. Gente, eu só tenho mesmo que agradecer a tooooodos os leitores e leitoras, mesmo os que começaram a ler no finalzinho, que gostaram da minha história. Seus comentários sempre me deram mais vontade de escrever e de agradar vocês de todas as formas possíveis. Sério, vocês são demais.
Mas estou feliz, porque a conclusão da minha primeira história significa que eu posso aceitar o desafio de escrever uma.
Tenho "projetos" para muitas outras fics, então aguardem. Talvez eu até comece a próxima hoje, quem sabe.
Beeeeijos para vocês, meus queridinhos!!!!