When Hatred Turns Love escrita por Gwen


Capítulo 24
Ginger madness


Notas iniciais do capítulo

Oi geeente!!
Desculpa mesmo pela demora de postar aqui. Meu PC quebrou, e eu não queria começar o capitulo no notebook pra depois ter de reescrever. Mas não puderam consertar, então demorei muito para começar escrever.
Tudo bem, aqui está mais uma capítulo para você. Espero que gostem!



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– Lembra que tudo começou nesse hospital mesmo? – disse Annabeth, distraída.

Fazia uma semana que Annabeth havia acordado. Mesmo afirmando estar se sentindo perfeita, os médicos insistiam em deixa-la “em observação” . Ela reclamava sempre, mas eu achava concordava com os médicos – melhor demorar a sair do que voltar mais rápido.

Agora, ela zapeava pelos poucos canais da televisão do quarto de hospital (haviam a mudado para um mais confortável, para pacientes em observação). Eu estava sentado na poltrona ao lado da cama, comendo uma maçã e observando-a.

–Pois é. Só que estávamos em posições diferentes. – concordei.

Annabeth bufou e olhou para o teto.

– Eu já estou ótima. Porque não me deixam sair daqui? Eu sou o que? Uma prisioneira?

– Não, você é uma paciente. Então é melhor você ser... bem, paciente. – eu sorri debilmente com as palavras.

Annabeth revirou os olhos.

– Muito engraçado.

Ouvimos duas batidinhas na porta, depois Thalia entrou no quarto.

– Thalia. – disse Annabeth com uma voz totalmente desanimada e sem vida. – Você por aqui.

A garota deu um sorrisinho, mas percebi que não chegou aos seus olhos.

– Então... – ela mordeu o lábio. – Percy, posso falar com você um minutinho?

– Sobre o que? – perguntei.

Thalia me lançou seu melhor olhar “Cale a boca e venha”. Eu me levantei.

– O que foi? – perguntou Annabeth, curiosa.

– Ahn... Nada de mais. É só... – Thalia enrolava enquanto me empurrava para fora. – Só um minutinho. – e fechou a porta.

No corredor, Thalia parecia inquieta, e até mesmo irritada. Antes de começar a falar, me perguntei o que tinha feito de errado. É uma coisa que se aprende, quando se tem que inventar desculpas rápidas.

– Tudo bem, o que...

– Rachel está aqui. – ela me interrompeu. – E quer falar com você.

Meus olhos se arregalarem.

O que? Como assim?

– Eu não sei. Ela apareceu e disse que queria falar com você – repetiu Thalia. Ela se aproximou de mim, me prensando contra a parede, e estreitou os olhos. Ela parecia tão perigosa que eu engoli em seco. – Olha aqui, Percy, essa garota já gerou muita confusão por aqui. Se acontecer mais alguma coisa... – ela não terminou, deixando a ameaça bem clara.

– Não vai acontecer mais nada. Eu cuido disso. – me afastei e fui andando pelo corredor.

Até aquele momento, eu não tinha a mínima ideia do que Rachel estava fazendo ali. Depois da discussão no meu quarto, eu esperava que ela me deixasse em paz. Sumisse, de preferência. Tudo menos aparecer bem ali, em um hospital, querendo falar comigo.

Quando cheguei à recepção, Rachel estava sentada em uma das cadeiras. Seu cabelo estava bagunçado, e ela se enrolava com um chalé verde-escuro, por cima das roupas amassadas. Parecia que não dormia há dias, contando pelas olheiras escuras embaixo dos seus olhos verdes. Na verdade, ela parecia mesmo uma pessoa desabrigada do que a Rachel que eu conhecia.

A garota finalmente me viu parado, observando-a, e se levantou, já abrindo um grande sorriso. Rachel andou – não, mancou – na minha direção. Percebi que havia pequenos arranhões no seu rosto, e seus olhos estavam um pouco avermelhados, talvez por conta do choro.

Eu estava atônito demais para falar alguma grosseria de cara.

– O que aconteceu com você? – perguntei.

Rachel riu e olhou para si mesma.

– Não foi nada. Eu estou ótima. Ainda melhor agora, com você. – seus olhos se cravaram nos meus, e ela se aproximou mais.

Olhei em volta, em busca de ajuda. Algumas pessoas davam olhadelas rápidas em nossa direção, provavelmente tentando decifrar o que acontecia ali. Mas a maioria parecia estar cuidando das próprias vidas.

Puxei Rachel para um canto mais vazio e distante.

– Vá embora. – eu murmurei.

– Não me mande embora, Percy. Eu sei que você me quer aqui. – ela pôs a mão na gola da minha camisa. Segurei suas mãos e as afastei de mim.

– Eu não quero você aqui. – disse. Respirei fundo para me acalmar – gritar ali não seria boa idéia. – Vai para casa, entendeu? Não há nada para você aqui.

– Mas eu te amo, Percy. – ela falou mais alto. Algumas pessoas olharam para nossa direção de novo.

– Fale baixo! – tentei interrompê-la, mas Rachel segurou de novo a gola da minha camisa, me olhando nos olhos.

– Vamos fugir, Percy. Você e eu. Podemos ir para longe, aí nós não vamos ter mais que aguentar tanta gente no nosso caminho.

– Rachel, do que você está falando? – perguntei, estupefato.

Rachel sorriu, como se eu tivesse dito “Meu Deus, que idéia genial!” .

– Isso mesmo. Eu sei que você não quer ficar aqui também. Venha comigo. Eu já tenho tudo pronto, podemos passar na sua casa para pegar algumas coisas. Se saímos agora de tarde, pela noite podemos estar em outra cidade para dormir...

– Chega! – eu a interrompi. Seu sorriso murchou e ela piscou, como se não entesse meu acesso de raiva.

– Percy! O que foi?

– Você... você... – Eu não sabia o que dizer. A torrente de coisa que eu queria falar para Rachel ficou travado na garganta, e eu me senti quase sufocado. Nos seus olhos havia a inocência de uma criança confusa, mas agora eu sabia o que havia na sua cabeça: Loucura. Além da obsessão.

Segurei seus punhos e os puxei com força da minha camisa.

– Vá. Embora. – grunhi. Rachel deu um passo para trás, assustada.

Dei as costas para ela e a deixei para trás, sem nem pensar em qual seria sua reação.

– Percy! – ela berrou. Todos se viraram para olhar. Rachel correu para mim e se ajoelhou, abraçando minha pernas. – Não me deixe, não me deixe, por favor! Me desculpe por tudo que eu fiz, eu sinto muito. Você pode fazer o que quiser comigo. Só não me deixe.

Eu a levantei pelos braços e a fiz olhar para mim.

– Rachel, pare com isso!

– Não! Eu amo você Percy. Não sei o que seria capaz de fazer se você me deixasse. Eu... Eu me mato! – ela gritou.

De repente, Rachel começou a de debater. Fiquei tão surpreso, que a soltei. E ela veio para cima de mim. Daquele momento em diante, Deus sabe o que estava acontecendo com ela. Rachel começou a me estapear e a me arranhar, gritando coisas sem sentido.

– Ajuda aqui! – gritei. Dois seguranças se aproximaram correndo e a agarraram, afastando-a de mim. Ela se debateu mais ainda.

– Me soltem, me soltem! Percy!

Finalmente, uma enfermeira injetou algum calmante em seu pescoço, e seu corpo parou de se debater imediatamente. Seus olhos se viraram e Rachel desmaiou. Um dos enfermeiros a colocou numa maca e a levou pelo corredor. Eu não estava nem aí para onde a levariam, contanto que fosse longe de mim.

Apartir daquele momento, aprendi que o loucura é ruiva.


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Notas finais do capítulo

Então, gostara?
ATENÇÃO: CAPÍTULOS FINAIS Á VISTA. PREPARADAS PARA A DESPEDIDA?