Justin POV

Acordei abrindo meus olhos devagar. Coloquei a mão esquerda na cabeça e puta merda que dor que eu estava, ressaca braba. O foda era não lembrar de nada por enquanto do que havia acontecido depois de beber, ou seja, depois de da garota mistério me abandonar falando sozinho.

FlashBack On

Curtindo a festa pessoal badalado do acampamento? Então curtam a última noite, porque vocês estão sobe meus olhos, estão sobe minha vigia. Eu vou contar a todos as coisas que vocês mais tem medo que sejam reveladas, eu vou fazer disso tudo um jogo na verdade. Boa sorte, e para você que sabe que será uma vitima, que esconde segredos, cuidado. Eu te observo, eu descubro, e eu contarei. Hahahaha

Aquela voz vinda do além falava e a garota mistério pouco se importou dando ombros e parecia nem mesmo ter ouvido, ou não ligado. Ela voltou a me encarar com aqueles olhos claros e profundos que eu diria que eu tinha acabado de me perder ali dentro. Olhos conhecidos os quais eu não lembrava se realmente já os tinha visto, e aonde.

– Garota, me fala seu nome, só o nome. – disse quase implorando enquanto ela me fitava séria.

– Me chame de C. Apenas C. – disse ela seca e suspirou fundo.

– Então vai ficar só nessa de letrinha do primeiro nome? – perguntei e ela sorriu de leve arrancando um sorriso meu. AH! Seu sorriso, ele também era um paraíso que eu tinha a impressão de já ter desfrutado da vista, mas ainda sem respostas de onde os tinha visto.

– Você nem sabe se de fato essa é a primeira letra do meu nome. – deu um sorriso irônico.

– Qual é, porque é tão importante assim manter seu nome em segredo? Uma hora descobrimos. – disse convincente.

– Não está na hora de saberem meu nome. E não adivinharam tão cedo, se eu não quero, não vão adivinhar. – disse ela seria me fitando com aquele olhar traiçoeiro. Sim, é verdade que eu não para de citar cada parte de seu corpo, ela era incrivelmente perfeita fisicamente e seu mistério trazia uma vontade louca para fora de mim. Eu precisava só de seu nome e ficaria feliz.

– Só o primeiro nome? – fiz cara de pidonho e ela apenas balançou a cabeça na negativa.

– Não insiste Justin. – disse ela séria respirando pesado.

– Não sei porque está se fazendo de difícil, já falei que apenas quero saber se te conheço e se me esconde o nome é porque conheço. – disse pensativo e ela arqueou as sobrancelhas.

– Então fiquei aqui com a sua dúvida, estou saindo. – disse ela e sem nem eu ter chance de contestar ela saiu dali me deixando a ver poeira.

FlashBack Off

Isso era tudo que eu conseguia lembrar naquele momento. Eu necessitava saber o nome da garota mistério. Pra que todo esse suspense? Algo por trás disso havia. Levantei devagar e fui tomar um banho, quente para relaxar e pensar um pouco em como eu iria descobrir o nome da linda garota dos olhos conhecidos. Terminei rápido meu banho, trocando de roupa e decidi sair para ver o que tinha para fazer hoje no acampamento. Primeiro dia aqui praticamente, e na verdade eu nem sabia como eu tinha voltado para a cabana. Desnecessário.

Sai em direção a sala de música, pelo menos era ali que era quando havia estado aqui três anos atrás. Queria tocar um pouco de piano, talvez me aliviasse e soltasse idéias em minha mente. Eu estava precisando mesmo. Cheguei perto e pude ouvir que alguém já ocupava o local, fui chegando mais perto me aproximando cada vez mais e espiei pela janela, era ela. A menina misteriosa tocava piano e tão graciosa, nem parece a rude garota a qual não falava seu nome a nenhum preço. Tocava uma música calma, lenta e envolvente, como se sua alma estivesse conectada com ela, com certeza ela e um piano eram a dupla mais perfeita que eu já havia escutado.

Respirei fundo e tentei mais conforto para poder admirá-la tocando, mas acabei batendo no vidro sem querer, me escondi e ela cessou a música. Puts. Fiquei em silencio na esperança que ela não visse que eu a espionava, que tipo de coisa ela iria pensar sobre mim? Que eu era um maníaco com certeza. Ouvi a porta da frente se abrindo e me encolhi atrás de uns matos que tinha ali, plantas, sei lá, não sou jardineiro nem botânico. Passos se aproximava, já era. Fechei os olhos por uns e quando abri não havia nada, a porta bateu e o piano voltou a ser tocado novamente, fiquei ali sentado a ouvindo tocar. Respirei fundo de alivio. Ela não podia me encontrar ali, ia acabar me fazendo se afastar dela achando que eu só de fato queria a ter e pronto, mas não, eu a conheço, sei que conheço.

[...]

Fiquei ali por cerca de uns 15 minutos só a ouvindo tocar e decidi então que agora eu poderia tomar alguma atitude e entrar lá para ver se conseguia algo e ser melhor que onde, um fracasso tinha sido, realmente. Levantei dali checando se não havia me sujado e não havia, me direcionei até a porta e abri a mesma, ela me fitou rapidamente me olhando apenas nos olhos, como fez ontem e eu me senti perdido da mesma forma ou até mais. Ela estava linda (http://www.polyvore.com/catarina/set?id=51382615) mas mantinha seu olhar duro e sua expressão seria, me analisando e tentando entender o que fazia ali.

– Oi. – disse tímido e sorri de leve.

– O que está fazendo aqui? Sei que gosta de tocar, mas precisava ser agora – perguntou rude e bufou.

– Como sabe que eu gosto de tocar piano? – perguntei estranhando e ela arregalou os olhos.

– Você é famoso Bieber, todos sabem. – disse ela rapidamente e respirou fundo voltando o olhar para o piano.

– Sei. – disse sério. – Então, toca uma ai. – disse e sorri largo.

– Tem certeza que não me ouviu lá de fora perto dos arbustos? – perguntou ela com um sorriso cínico.

– Lógico que não, pra que iria te espionar? – bufei e botei as mãos no bolso.

– A então ta. Eu já vou indo agora, já toquei demais por hoje. – disse ela pegando seu casaco.

– Ei espera, não precisa ir embora agora, fica e toca comigo. – sugeri e ela arqueou as sobrancelhas.

– Quero voltar para meu quarto agora. – disse ela seca e vindo em minha direção que tampava a porta.

– Epa, calma. – disse segurando seu braço quando ela passou por mim.

– Já pode me soltar. – ela disse me encarando e eu soltei seu braço rapidamente. Nossos olhos estavam novamente cruzados e não sabem o quanto eu tinha curiosidade de saber o nome de quem esses olhos onde eu me perdia. Sorri involuntário olhando para ela e ela fez uma careta estranha.

– Qual é o seu quarto? – perguntei e nem pensei que poderia interpretar de outra maneira. – Quer dizer, desculpa, só queria saber o nome da sua cabana. – disse tentando consertar.

– Não fico nas cabanas. – ela sorriu irônica e eu estranhei.

– Como assim? – perguntei curioso.

– Você é curioso demais sabia? Ta pior que policia, é melhor deixar eu ir agora. – disse ela impaciente me fitando.

– Tudo bem. – disse me dando por vencido e ela passou por mim abrindo a porta. – Mas almoçará aqui no salão principal né? – perguntei já gritando pra ela que havia saído.

– Você verá, não pergunte demais. – gritou ela em resposta.

Que garota era essa? Mistério levava a um desejo incontrolável de descobrir, desvendar seus segredos, estava completamente envolvido. Como tinha feito isso em um dia? Impossível, eu sei, eu a conheço. A qualquer custo eu teria que descobrir, me intrigou, agora saberá que provocou, eu vou descobrir, não só seu nome, tudo de você, e me aproximarei e te conhecerei ainda melhor. Será que eu conseguiria? Respirei fundo e fui ao piano me aliviar tocando-o, nada como música, nada como ter alguém para inspiração, novo ou não, quem saberia.