POV Beck.

Finalmente consegui me livrar de toda a anestesia, senti minha perna doer e um lado do meu rosto arder, minha cabeça esta a ponto de explodir. E de todas as dores que eu senti ali, aquelas não foram as piores.

#Flash Back on

Cat: Beck. Pensei que você também ia me deixar.

Beck: Onde está a Jade? - Ela abaixou a cabeça entre lagrimas. Mas que droga onde está minha Jade? - CAT RESPONDE? CADÊ A JADE?

Cat: Ela... Beck... Não grita comigo. - Ela chorou ainda mais. Tentei acalma-la.

Beck: Cat, só me diga onde está a Jade?

Cat: Ela não está bem Beck... O doutor disse que ela perdeu muito sangue e levou uma pancada forte no estomago. Beck, eu não quero que ela... Que... Eu não quero que a Jade... - Ela caiu no chão segurando uma flor. Um lírio branco. 

Beck: Cat, ela é a Jade lembra? Um pouco de sangue não vai fazer falta. - E isso não seria o suficiente pra me tirar dela. A Jade é maus forte do que todos aqui pensamos. Ela é...

Cat: NÃO BECK, ISSO NÃO É VERDADE. ELA JÁ PERDEU MUITO SANGUE QUANDO SE CORTOU UMA VEZ E FICOU EM COMA POR TRÊS DIAS POR UM SIMPLES CORTE... A Jade... Ela... O médico disse que ela não vai... Beck por favor não deixa a Jade morrer. - Ela segurou a flor com força, força de mais pra que a flor sobrevivesse. Aquela linda flor, delicada e única.

Cat saiu do quarto em meio a gritos e choros, largando a flor na cama do meu lado. Ela deveria está morta depois de tanto que a Cat a apertou e no entanto ela só estava um pouco danificada, talvez aquela linda flor já tivesse sofrido de mais pra sobreviver e no entanto ainda lutava com todas as forças que lhe restavam pela vida. Bastaria saber se mesmo toda sua força seria suficiente.

#Flash Back Off.

Acho que foi mais ou menos ali que me dei conta de que eu não falava do lírio. Era a Jade, a Jade que luta com tudo que ainda tem pela vida, a Jade que não vai desisti de nós assim tão fácil. A Jade que toma conta da Cat, que briga com a Tori, que canta com o André, que discute com com o Robbie... A Jade que me ama.Desde que a Cat veio aqui, tinha dois dias, eu não tive autorização pra me levantar da cama nem receber visitas. Porque acho que tive algum tipo de colapso.

Mas em fim, hoje eu poderia receber visitas e no final da tarde, se não tivesse outro colapso, poderia ir ver a Jade. A porta branca rangiu me resgatando das imagens que passavam como um filme de tudo que ja passei com a Jade.

Cat: Eu sou a culpada não sou? - Ela falou com a voz chorosa.

Beck: Não Cat, já disse. A Jade vai ficar bem.

Cat: Alguém é culpado Beck, quem é? - Aquela voz melosa e chorosa da Cat trouxeram a mim uma infeliz verdade.

Beck: Sou eu Cat. Eu sou o culpado. - Deixei uma lagrima rolar pelo meu rosto. Meu rosto pareceu queimar, arder, com o leve toque da lagrima.

Cat: É MENTIRA, PARE DE MENTIR PRA MIM BECK. - Ela chorava.

Beck: Tudo que eu queria agora é que isso fosse mentira - Sussurrei.

Cat: VOCÊ É UM MENTIROSO. PRIMEIRO VOCÊ DISSE QUE AMA A JADE, DEPOIS A TRAIU, DEPOIS VOCÊ DISSE QUE ELA FICARIA BEM E... VOCÊ MENTIU DE NOVO. AGORA ESTÁ DIZENDO QUE É O CULPADO POR TUDO ISSO, MENTIRAAAA. VAMOS PARE DE MENTIR POR FAVOR. EU NÃO SUPORTO ISSO. É TUDO FALSO, TUDO MENTIRA. VOCÊ DISSE QUE ELA SOBREVIVERÁ... Você disse... Beck, você disse que ela não ia morrer... Isso não é mentira não é? Ela vai voltar pra gente?

Beck: Ela nunca foi embora. Ela não ousaria me deixar. Mas eu não posso te enganar, não vou suportar que você me olhe e não saiba da verdade.

Cat: Eu só preciso da verdade Beck. É só o que eu preciso, coelhinho. - Ignorei a parte do coelhinho e resolvi contar tudo a ela.

Beck: Me prometa que não vai contar a ninguém Cat.

Cat: Eu prometo. Mas porque vai me contar seu segredo?

Beck: Porque você é a única que a Jade deixaria... Deixa saber sobre as coisas dela, e esse segredo não é só meu, é dela também.

Cat: Isso vai fazer a Jade melhorar? - Ela chorou mas calma, fitando meus olhos, nos seus era claro o desespero e a dor, "a Cat é como uma criança doce e inocente" Era assim que a Jade se referia a Jade quando estava de bom humor...

Beck: Eu... Sinceramente espero que sim. - Ela sentou perto de mim enquanto segurava minha mão. Ambas tremiam. - Estávamos indo pra minha Rv. - As lindas imagens dos seus sorrisos inundaram a minha mante e torturaram meu coração. - Ela mandou que eu olhasse pra estrada, eu tentei, mas ela estava sorrindo Cat. Ela estava sorrindo...

Cat: Ela tem o sorriso mais lindo do mundo.

Beck: Eu tentei prestar atenção no transito, mas a estrada estava vazia, ela pediu pra escutar Gun's Roses. Ela cantou a música predileta dela.

Cat: Wild Horses? - Eu assenti contendo as lagrimas.

Beck: Ela cantou e sorriu pra mimCat. Eu disse a ela que a amava, dei-lhe uma pulseira, a pulsei que você me ajudou a encomendar.

Cat: Bade forever... - Ela deixou a voz sumir.

Beck: Ela amou a pulseira, ela cantou e... E ela disse que me amava mais. Depois disso tudo ficou escuro e frio, logo depois eu estava aqui e meu mundo estava desmoronando.

Cat:Foi... foi... BECK. - Ela gritou. - FOI VOCÊ. VOCÊ É O CULPADO, A JADE PODIA ESTÁ AQUI AGORA, RINDO E CANTANDO A MÚSICA PREDILETA DELA. ELA PODIA ESTÁ AQUI, SE VOCÊ NÃO TIVESSE IDO ATRAS DELA. VOCÊ DEVERIA ESTÁ NO LUGAR DELA, EU TE ODEIO. - Ela saiu do quarto me deixando sozinho com toda minha dor e com toda a verdade cruel e incontestável das suas palavras.

E assim calado permaneci por dez minutos completamente megulhando em dor e angustia.

Beck: Então é isso? Eu sou o culpado? - Falei comigo mesmo.

Cat: Não seu coelhinho bobo. - Ela entrou saltitante pela porta.

Beck: Você não me odeia?

Cat: Não. E porque a Jade vai ficar bem.

Beck: Hãn?

Cat: Da ultima vez que vim aqui você ficou se tremendo todo... E eu adoro ver as os velhinhos tremendo.

Beck: Então a Jade ta bem?

Cat: Não, mas vai fica, acabei de saber e eu odiei saber que fui mal com você. ela só está passando por uma cirurgia agora.

Beck: Que cirurgia?

Cat: Uma transfusão de sangue.

Beck: Quem doou o sangue? - Ela olhou pro próprio braço segurando o lugar onde provavelmente tinha tirado sangue.

Cat: Pelo menos vou poder ouvir a Jade cantando.

Beck: Pensei que agulhas fossem seu pior medo.

Cat: Ainda são. Mas a Jade vai ficar bem então... -Vi Robbie entrar com hematomas em todo corpo.

Beck: O que ouve com você? Também sofreu um acidente? - Cat riu.

Robbie: Mais ou menos isso. Eu fiquei encarregado de segurar a Cat enquanto ela doava sangue. - Cat ficou vermelha e batei em cima de um dos hematomas fazendo ele gritar.

Beck: Então? A Jade já acordou alguma vez?

Cat: Não, mas os médicos disseram que o único jeito de mante-la viva até encontrarem algum doador seria se ela ficasse dopadita. - Ela disse enrolando o lençol como uma grande panqueca. - Adoro rolinho primavera.

Beck: Onde está o resto do pessoal?

Robbie: Dormindo e é o que a Cat deveria está fazendo agora, acabou de doar dois litros e meio de sangue, sem falar que ela não dorme a três dias.

Cat: Todos eles são preguiçosos, como conseguem dormir com isso tudo?

Beck: Com isso tudo o que? Já não está quase tudo resolvido?

Cat: Sim, mas vai chover, e a água vai inundar todo o hospital e teremos que consegui botes para... - Ela bocejou. Logo depois caiu nos braços do Robbie que se despediu com um aceno de cabeça e um "Até logo"

Toda adrenalina ainda corria em minhas veias, só em saber que a minha Jade corre risco de vida, só em saber o que todos ali fizeram por ela e o quanto eu poderia ter feito, ou melhor evitado. Tudo poderia ser diferente. Tudo poderia está perfeitamente bem.