Marcado escrita por Reira chan


Capítulo 2
Capítulo 2 - Barracas


Notas iniciais do capítulo

TÍTULO DO CAPÍTULO MUITO IDIOTA.
E viu, nem demorei para postar ^^
Mas aviso: não vou poder postar nem sábado nem domingo, porque vou estar na minha casa em Santos que não tem internet. Mas segunda teremos o terceiro capítulo ^^



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Depois de uma irritantemente longa viagem, pelo menos na visão do dragon slayer, eles finalmente chegaram à cidade de seu objetivo. Seu nome era Narta. 

Ou algo assim, pensou, apoiando o queixo na mão e coçando-o com o dedo indicador, tentando lembrar. Oh, bem, não importava. O importante é que tinham chegado na tal cidade.

Haviam pensado em ficar em um hotel, mas decidiram que seria melhor não atrair atenção. Eles eram magos famosos e, mesmo que não fossem, mantinham a insígnia da guilda à mostra, o que sempre atraía as pessoas, era raro ver magos de grandes guildas em cidades pequenas. Queriam chamar o mínimo de atenção possível, afinal lidavam com um expert. O que era muito difícil para todos eles, exceto Mystogan. Portanto, o mesmo sugeriu que eles acampassem. E os outros concordaram prontamente, sem iniciar uma discussão como sempre faziam, o que era a prova definitiva de que ele, de fato, estava certo.

Laxus estavapensativo, distraído demais. As palavras de Mira às vezes voltavam á sua cabeça e ele não conseguia evitar rosnar baixo ao ouvi-las novamente, ódio puro em sua cabeça. Ele não era fácil de ler! Como aquela imbecil se atrevia a simplesmente decidir desenterrar seus sentimentos que ele tão bem escondia... E acertar?

Aquilo era errado, muito errado. E lhe despertava raiva e algum sentimento esquisito que ele não conhecia. De certa forma, era... Divertido ser entendido.

Divertido? Não, era uma sensação bem mais calma, ao mesmo tempo que o preenchia muito mais facilmente e por mais tempo. Mas de qualquer forma... Era agradável, quente. Se perguntava o que era.

Balançou a cabeça, pensando que provavelmente parecia um maluco. Pouco importava aquela merda! 

A equipe montou suas barracas em um lugar particularmente calmo e selvagem da floresta. Estavam em uma pequena região que poderia ser considerada uma clareira, apesar de não o ser, apenas tinha árvores mais baixas e grama mais verde. Ao redor deles, havia várias árvores incrivelmente altas com troncos grossos em tons diferentes de marrom que se mesclava em um desenho abstrato, esclarecendo à medida que chegavam nos galhos que davam em folhas de verdes variados, algumas também marrons. Uma delas, no entanto, não tinha folhas, e estava completamente enegrecida. Seus galhos não pareciam se trançar como os das outras e sim se contorcer, em uma pequena agonia negra e escaldante que se elevava mais alto a cada momento, provavelmente era a maior árvore da região. Laxus baixou os olhos um pouco triste, reconhecia o que a deixara daquele jeito; ela fora atingida por um raio.

E ele se sentia irritantemente, inexplicavelmente culpado quando aquilo acontecia, apesar de nunca demonstrar, como na verdade não demonstrava praticamente nada.

O homem um pouco mais velho que se fitava no espelho sorriu um pouco ao pensar nisso; ele era um idiota, se escondendo daquele jeito como se todos ao seu redor pretendessem atacá-lo. Mas levou muito tempo para perder esse hábito que estava fixado em sua personalidade, e também, para aprender a se relacionar.

Não pôde evitar sorrir e olhar para trás com a última palavra, voltando-se logo em seguida.

Erza e Mystogan montaram a primeira barraca, e Laxus e Mirajane, a segunda. Eles só tinham duas e pretendiam dividi-las. Inicialmente, o plano era que Mystogan e Laxus ficassem na primeira e Erza e Mira na segunda, mas ambas se recusaram permanentemente e insistiram que até dormir com um homem seria menos desconfortável. Assim, Erza dividiu a sua Mystogan, que sorria ao vê-la montando a barraca com aquela armadura e semblante de determinação; lembrava-lhe outra pessoa que lhe era muito querida; e Mirajane ficou com Laxus, que permanecia irritado mastigando a língua durante todo o processo de montagem a partir dessa decisão.

Em dado momento, os dois precisaram atuar na mesma região da barraca, de forma que ficaram bem próximos, tentando armar aquela porcaria que Laxus nunca conseguira compreender direito. Ele mal olhava para ela, não por chilique, simplesmente por não ter motivo ou vontade de fazê-lo. Continuou tentando ajeitar aquele demoníaco e incompreensível pedaço de pano, até que sentiu a presença (um tanto quanto quente e amistosa) dela mais perto, o que o impressionou um pouco, mas ele permaneceu impassível até que Mira se aproximou dele e puxou seu queixo em sua direção, para que ele a olhasse. Seu rosto estava sério e impassível; seus olhos o encaravam com certa ferocidade. Então ela suspirou e sua face relaxou como se nunca tivesse estado agressiva. Ela também não sabia como fazer aquilo e tinha dificuldades, então sua tendência era ser um pouco grossa.

Sim, os dois se sentiam de formas absolutamente iguais. E sim, eram muito parecidos.

 - Escute bem, - ela disse ainda segurando seu queixo, mas é claro que ele não se deixou intimidar e nem tentou afastá-la, apenas encarando-a com indiferença como quem diz: "estou escutando, é bom valer a pena" - eu só vou dizer isso pra você uma vez. Eu odeio dizer isso, mas sinto que preciso. Me... - ela hesitou, mordendo o lábio inferior como se tentasse forçar as palavras a saírem - desculpe pela história no trem, tá legal? Eu não deveria ficar tocando nas suas feridas desse jeito. Somos nakamas e todas essas merdas. Não tenho o direito de me intrometer. E... - novamente ela hesitou, sem querer admitir - eu não acho que você seja bom só porque é neto do Mestre. Você é o que é porque nasceu assim, merda! E você não deveria se importar com o que os outros falam. Todos nós que estamos com você sabemos de sua capacidade. OK? - ela finalizou, novamente fechando a cara daquele jeito voraz.

Ele apenas balançou a cabeça e expulsou a mão dela de onde estava com a sua, porém com até certa delicadeza. Mas seu tom de voz não foi delicado

 - Tanto faz, eu não dou a mínima pra essas coisas. Não ligo para o que você pensa ou deixa de pensar de mim.

Mas no fundo, estava absurdamente surpreso; como ela o lia tão fácil? E também, Mirajane se desculpando? Isso provavelmente nunca tinha acontecido antes.

Ela ficou mais irritada.

 - Como se eu me importasse se você liga ou não! Só estou fazendo isso porque somos nakamas e agora estamos presos juntos nessa barraca, e não estou a fim de ouvir seus resmungos sobre isso mais tarde. De velhos resmungões, basta o Makarov.

Ele revirou os olhos.

 - Não irá ouvir nada de mim.

 - Ótimo

 - Ótimo

 - Idiota, é pra você dar um nó mais forte

 - Cala a boca e faça melhor então.

E novamente voltaram a trabalhar calados, tentando decifrar o funcionamento daquele equipamento amaldiçoado, porém o clima entre eles estava incrivelmente mais leve. Ambos se controlavam para não simplesmente destruir aquela porcaria e irem dormir na mesma barraca que Erza e Mystogan, mas se seguraram e continuaram a tentar montá-la.

XXX

A noite caía sobre a floresta, o que deixava os galhos e folhas das árvores ainda mais escuros, porém eles também brilhavam levemente, de forma bonita. A imagem daquela em especial atingida pelo raio era a única exceção, tornando-se ainda mais negra e deprimente. Logo, ela se entregaria ao solo e ali se desfaria, o que faria com que o ar macabro que ela dava finalmente se retirasse. Mas não eram apenas as árvores imponentes que Hibiya via naquele local. Ele via também duas barracas em tons mesclados de marrom e verde aleatórios, bem escondidas. Uma delas se estendia imponente e perfeitamente organizada, com alguns galhos segurando-a nas pontas. Suas paredes eram retas e se estendiam de forma simétrica, aproveitando todo o espaço possível.

A segunda era uma bolota amassada em todos os cantos e espetada em todos os lados, sem nenhum formato em específico.

Aquela visão era engraçada; então o grande dragon slayer Laxus Dreyar e a mulher demônio Mirajane Strauss não sabiam montar uma simples barraca.

Retirou-se, voltando a se aventurar pela floresta. Mais tarde, aquilo lhe seria útil.


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Notas finais do capítulo

Consegui me redimir do lixo que foi o primeiro?