Lances da Vida escrita por CaahOShea


Capítulo 4
Capítulo 3 - Encontro a Três


Notas iniciais do capítulo

Olá flores, tudo bem? ^^
Até que eu não demorei tanto dessa vez né? hehe. Esse capitulo saiu rapidinho e espero de coração que curtam!
Bom, queria dar uam agradecimento especial as flores que comentaram no outro capitulo, MUITOO obrigada flores! Vocês são minha inspiração pra continuar flores!
Ah, bom, como esperado o Ed e a Bella vão se conhecer um pouco mais nesse capitulo, vmaos ver no que vai dar. hehe. ;D
Ah, um aviso a uma das lindas flores, a Cloto, eu adorei a frase que você colocou no review flor, sobre a '' gaiola de ouro em que Carlisle prende toda a família,o sufocamento emocional de todo mundo.'' e eu resolvi colocar a sua frase no capitulo flores, espero que não se importe linda, se encaixou perfeitamente. hehe
Bom, sem mais, boa leitura, não deixem de comentar e até lá em baixo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/222431/chapter/4

Em Nova York

Selva de pedra onde Sonhos são realizados,

Não há nada que você não possa fazer,

Agora você está em Nova York,

Empire State Of Mind (feat. Alicia Keys)

POV. Edward Cullen:

Desci as escadas assobiando uma canção qualquer com um enorme sorriso no rosto. Há muito tempo eu não acordava tão bem humorado. Na verdade, desde que Carlisle entrou na politica e a nossa família deixou de ser alegre e feliz pra ser tornar obsoleta e vazia. Mas hoje nada tiraria o meu bom humor.

O sol brilhava radiante lá fora anunciando um belo dia e mesmo pela manhã as temperaturas já estavam altas. O tempo essa semana em Nova Iorque estava mesmo surpreendente. Mas hoje estava um belo dia para se passear no Central Park. Sorri involuntariamente. Eu não podia negar que fiquei surpreso por Bella ter aceitado meu convite, mas eu estava extremamente feliz por isso.

– Bom dia mãe! – Falei adentrando a cozinha, abraçando minha mãe, dando-lhe um beijo na testa. Ela sorriu retribuindo meu cumprimento matinal. O cheiro dos Wafes que minha mãe preparava inebriava o ambiente. Me surpreendi, Esme não cozinhava a muito tempo , e ela tinha verdadeira mãos de fada na cozinha e amava cozinhar.

– Bom dia querido, acordou cedo hoje! Estou preparando Wafes, suas preferidas. – Ela disse sorrindo enquanto enchia uma xicara de louça francesa com café. - Sua aparência está ótima filho, e você está com um ótimo humor! Quer dividir o porquê dessa alegria comigo?

– Nada demais, mãe. Vou dar uma volta no Central Park. – Falei dando de ombros enquanto mordia um pedaço da deliciosa Wafer. Mamãe olhou para mim com uma expressão curiosa e eu podia adivinhar exatamente o que ela estava pensando: ‘’Você? Um passeio no Central Park no Domingo pela manhã? Sozinho?’’

– Onde estão todos? – Perguntei mudando rapidamente de assunto.

– Alice saiu cedo, disse que tinha alguns assuntos pendentes pra resolver. – Ela disse dando de ombros e imediatamente me lembrei da ligação misteriosa de Alice na festa de ontem. – Seu pai foi para a empresa cedo, assinar alguns papéis, e Emmett ainda não desceu para o café.

– Já estou aqui família. – A voz trovejante de Emmett ecoou pela cozinha. Ele estava parado na porta, usando apenas uma calça de moletom azul, coçando os olhos para tentar espantar o sono. – Caiu da cama hoje maninho?

– Muito engraçadinho. – Falei revirando os olhos – E não Emmett, eu não cai da cama. Vou sair. Vou ao Central Park.

– Você? Ao Central Park? – Ele disse arqueando as sobrancelhas. Ótimo, só podia ser complô contra mim! – Qual o nome da garota?

– Filho, não irrite o seu irmão. – Minha mãe ralhou.

– Eu aposto cinquenta dólares como tem uma garota na história!

– A conversa está ótima, mas eu tenho que ir – Falei me levantando antes que Emmett continuasse a falar suas pérolas diárias pra me tirar do sério.

– Mas já querido, você nem terminou seu café.

– Eu err... Tenho um assunto importante pra resolver mãe, não posso me atrasar. – Falei sorrindo e me aproximei de Emmett, cochichando baixinho – E parabéns grandão, você ganhou cinquenta dólares.

Me despedi deles rapidamente mas não foi fácil me livrar do meu irmão que insistia a todo custo pra que eu contasse quem era a garota.

Peguei minha carteira, as chaves do meu querido Volvo e a caixinha onde estava a pulseira de Bella. Me olhei rapidamente no espelho antes de sair. Eu estava com uma bermuda cor caqui, uma camisa polo clara e os cabelos completamente engrenhados. Coloquei meus óculos Ray Ban preto e rumei em direção à garagem.

Assim que eu destravei o carro, me acomodei no assento do motorista, colocando o cinto de segurança. Antes de sair resolvi mandar uma rápida mensagem a Bella avisando que estaria chegando em dez minutos e não demorou muito pra que a resposta chegasse.


‘’ Também estou chegando, estarei te esperando. Eu trouxe alguém muito especial comigo, você vai adorar conhecer. Beijos. – Bella ’’

Franzi a testa. Quem Bella estaria levando com ela? Será que ela tinha namorado? Era comprometida? Droga, ela não havia me falado nada a esse respeito.

O caminho até o Centra Park foi tranquilo. Liguei o rádio, sintonizando numa estação qualquer para me descontrair um pouco e só então notei que minhas mãos apertavam forte o volante. Não pude contar o riso. Eu estava nervoso e eu nunca havia ficado dessa forma antes.

Assim que cheguei ao local, sentei-me em um dos bancos de madeira, procurado por Bella, mas não encontrei nada, pelo visto, ela não havia chegado.

Vários casais caminhavam de mãos dadas pelo parque, um grupo de amigos conversava animado e um vendedor de balões coloridos era rodeado por crianças que olhavam extasiadas para os balões. O tempo se arrastou e quando eu me dei conta, já estava a quase meia hora esperando.

Naquele instante, algo me chamou atenção. Uma garotinha de mais ou menos cinco anos, estava sentada num banco perto do chafariz e chorava copiosamente, abraçada a uma bonequinha de pano. Não havia nenhum sinal dos pais dela.

– Ei, por que uma mocinha tão linda está chorando? – Perguntei me aproximando dela com cuidado, eu não queria assustá-la.

– Eu me perdi. – Ela disse segurando o choro – Eu me afastei pra ver os peixinhos e me perdi, agora eu num sei voltar.

– Oh não chora pequena, eu vou ter ajudar. – Falei tentando acalmá-la. - Eu me chamo Edward. E você?

– Jessy. – Ela disse – Você é muito bonito Edward.

– Obrigado. – Falei sorrindo. - Você é uma princesa. Agora vem, vamos achar sua mamãe, ela deve estar preocupada.

– JESSY! OH MEU DEUS! – Gritou uma voz feminina embargada. Eu conhecia aquela voz! Virei-me e me deparei com Bella, que corria até onde estávamos com os olhos marejados e com uma expressão de puro alivio. A garotinha correu para abraçá-la e Bella a apertou com força me deixando completamente confuso. Aquela garotinha era filha dela?!


# Algum tempo antes, na casa da Bella #.

POV. Bella Swan:

– E então, como estou? – Perguntei dando um giro, enquanto Jessy me analisava com uma expressão concentrada. Ela parecia uma expert em moda. Esfreguei as mãos, nervosa. Aquele seria o primeiro encontro em todos os meus vinte anos de vida, e eu não queria que nada saísse errado. Eu trajava um vestido lilás florido delicado, com um cinto brilhante abaixo do busto e sapatilhas num tom creme.

– Está linda tia Bella! – Jessy disse batendo palminhas. Ela estava sentadinha no sofá e estava fofa com um conjuntinho rosa da Minnie.

– Ei princesa, por que essa carinha triste? – Perguntei me abaixando para ficar a sua altura. Seus olhinhos me encaravam indecisos. Mas algo me chamou imediatamente atenção, uma pequena mancha roxa no seu bracinho, como se alguém o tivesse apertado com força.

– Meu papai e minha mamãe brigaram de novo. – Ela disse baixinho – Ele machucou minha mamãe e queria me levar embora com ele mas a mamãe não deixou.

– Seu papai fez esse dodói no seu braço, Jessy? – Perguntei hesitante mesmo já sabendo resposta. Wendy nunca machucaria a filha, disso eu tinha certeza, já James, era um canalha sem escrúpulos que era capaz de tudo, inclusive machucar a própria filha.

Jessy assentiu abaixando a cabeça. Eu odiava vê-la daquela forma, a pequena sofria muito com a situação dos pais. Mas se Wendy não tomasse alguma providencia, eu teria que fazer. James não poderia sair impune depois de tudo isso. Eu não deixaria que ele destruísse a vida delas assim.

Uma ideia rondou minha mente. Eu havia prometido a Jessy levá-la ao Central Park para tomar sorvete e eu havia me esquecido disso quando aceitei o convite de Edward. Será que ele gostaria de conhecer Jessy? Será que ele se importaria se eu a levasse?

– Jessy, você gostaria de vir comigo? – Perguntei sorrindo. – Agente pode tomar aquele sorvete delicioso que eu prometi, lembra?

– Oba!- Ela gritou saltitando pela sala me fazendo rir. Depois ela correu para me abraçar, beijando minha bochecha em seguida. – Você é a melhor Tia do mundo!

– Sei... – Falei sorrindo. – Agora vamos querida, vamos terminar de nos arrumar, não podemos nos atrasar.

O tempo passou voando e em cerca de vinte minutos já estávamos prontas, embarcando no ônibus em direção ao Central Park. Jessy estava completamente empolgada e falava pelos cotovelos sobre o que faria quando chegássemos lá.

Sorri ao ler a mensagem de Edward, falando que chegaria em dez minutos. Digitei rapidamente uma mensagem respondendo a ele:

‘’ Também estou chegando, estarei te esperando. Eu trouxe alguém muito especial comigo, você vai adorar conhecer. Beijos. – Bella ’’

Um frio estranho na barriga me aplacou. Naquele momento eu voltei a me perguntar se eu havia mesmo tomado à decisão certa. Edward e eu éramos de mundos completamente diferentes e nos conhecemos a menos de 24 horas. Meu lado racional dizia que isso nunca daria certo, mas agora eu não tinha como voltar atrás, e na verdade, voltar atrás era última coisa que eu gostaria.

Uma enorme e chamativa placa de ‘’ Bem Vindos ao Central Park!’’ nos recepcionou assim que chegamos. Corri os olhos por todo local, próximo à entrada, procurando por Edward, mas não o encontrei.

– Jessy, não corra, você pode se machucar! – Falei quando ela tentou correr em direção a um carrinho de Algodão Doce que estava a alguns metros de distancia.

– Você quer Algodão Doce querida? – Perguntei e ela assentiu sorrindo.

– Me espere aqui, okay? Eu vou lá comprar e já volto. – Falei tocando seu narizinho com o polegar- Mas não conte pra sua mãe, certo? Se não ela me mata.

Jessy sorriu dizendo que não iria contar nada a mãe e eu a deixei esperando num cantinho, enquanto comprava o Algodão Doce. Havia uma pequena fila de pessoas para comprar também e eu estava ansiosa. Será que Edward já havia chegado?

Meu coração perdeu a batida quando eu voltei e não encontrei Jessy no lugar onde eu havia deixado. Meu peito parecia comprimido e eu perguntava desesperadamente a todos que passavam se haviam visto uma garotinha de cinco anos, cabelos castanhos e olhos cor de mel, sozinha pelo parque. Eu nunca me perdoaria se algo acontecesse com a pequena, nunca! O que eu diria a Wendy?!

Eu abria espaço entre as pessoas procurando por qualquer vestígio, qualquer coisa que me levasse a ela. Eu estava entrando em desespero, prestes a chamar a policia, quando avistei Jessy sentada num banco de madeira ao lado de um homem. Ela sorria pra ele e não demorou pra que eu o reconhecesse: Era Edward! Corri ao encontro deles para abraçá-la com os olhos marejados.

– Nunca mais faça isso mocinha, está entendendo? – Falei séria me certificando se estava tudo com ela. – Tem noção do quanto eu fiquei preocupada? Achei que tivesse perdido você!

– Des-cul-pa. – Ela disse baixinho. – Eu queria ver os peixinhos, mas me perdi e não sabia mais voltar. Mas o Tio Edward cuidou de mim.

– Oi Bella. – Ele disse sorrindo. Vire-me para olhá-lo. Ele estava lindo com uma bermuda cor caqui, uma camisa polo clara, e óculos Ray Ban preto. Meu coração deu um salto.

– Oi! – Falei sentindo meu rosto esquentar. – Obrigada por ter cuidado da pequena fujona.

– Ela é... Sua filha?

– Oh não! – Eu disse rindo e ele pareceu aliviado com a minha resposta. – Jessy é filha da minha amiga, ela é minha vizinha e eu cuido dela quando a mãe dela está no trabalho. Espero que não se importe de eu tê-la trazido.

– Não, é claro que não. Mas tenho que admitir que pensei que ela fosse sua filha. – Ele disse sorrindo. – Não que tivesse algum problema se ela fosse claro, eu adorei a garotinha.

– Oh não, eu não tenho filhos.

– Eu acho que tenho algo aqui que te pertence. – Ele disse e eu o fitei curiosa. Ele puxou do bolso uma pequena caixinha vermelha com um lacinho branco e colocou na minha mão. Quando abri tive uma enorme surpresa, era minha pulseira!

– Minha pulseira!

– Eu a encontrei ontem, quando você saiu.

– Ah muito obrigada Edward, essa pulseira significa muito pra mim, foi um presente dos meus pais.

– Posso? - Ele perguntou pegando minha mão esquerda e tirando a pulseira da caixinha. Apenas balancei a cabeça que sim e ele colocou a pulseira no seu devido lugar, meu pulso esquerdo.

– Tia Bella, vocês já se conheciam? – Jessy perguntou confusa enquanto se lambuzava com o seu Algodão Doce.

– Sim, querida. - Que legal! – Ela disse quicando no banco – Você e o tio Edward podiam ser tipo namorados e se casar, e ter vários bebês pra eu brincar com eles!

– Jessy! – Sibilei sentindo minhas bochechas corarem. Edward sorriu torto e eu desviei o olhar do dele, olhando pra minhas mãos.

– Vamos? Afinal não viemos aqui pra ficar parados não é? – Ele disse e eu sorri animada. Andamos por alguns minutos conversando, o clima estava ameno, delicioso. Jessy andava entre eu e Edward, e segurou sua pequena mãozinha contra a minha e fez o mesmo com Edward.

– Bom dia, o jovem casal gostaria tirar uma foto, para recordação? – Um homem entrou no nosso campo de visão sorrindo, em suas mãos havia uma maquina profissional de última geração. Edward me fitou esperando minha resposta. Oh droga, o que eu iria falar? Nós não éramos um casal, alô!

– Vamos Bella, é só uma foto. – Ele sussurrou baixinho sorrindo de lado. – Vai ser legal.

– Ah eu acho melhor não, err... Eu não sou muito... Fotogênica. – Respondi rapidamente e ele riu, sim, ele riu, como se eu tivesse ficando louca.

– Nossa é ótimo saber que eu te divirto! – Falei cruzando os braços sobre o peito. Edward parou de rir imediatamente.

– Me desculpe, eu só queria... – Ele disse balançando a cabeça em negação. Suspirei me dando por vencida. Afinal, era só uma foto, não é?

– Tudo bem, vamos tirar a foto. – Falei puxando-o pela mão. Tentamos fazer com que Jessy aceitasse sair conosco na foto, mas não teve jeito, ela não quis saber de foto de jeito nenhum. Bom, o jeito era tirar a foto só nós dois mesmo.

O fotografo foi nos indicando a pose que deveríamos ficar enquanto preparava a maquina.

– Ora, vamos lá, fiquem mais perto um do outro – Ele disse nos olhando através da maquina. Arfei de surpresa quando Edward levou a mão até a minha cintura me puxando pra mais perto dele. Antes que eu pusesse ter qualquer reação a foto foi tirada e eu me senti desnorteada com o flash. Não estava muito acostumada com aquelas coisas.

– Prontinho, aqui está à foto de vocês – O fotografo disse entregando a foto a Edward. – Ficou ótima, vocês formam um lindo casal!

– Oh não, nós não somos... – Falei, mas antes mesmo que eu pudesse terminar a frase o fotografo já havia se distanciado de nós a procura de novos clientes.

– Err... A foto ficou realmente ótima! – Ele disse desconcertado.

– Sim – Falei abaixando a cabeça, tocando a foto com a ponta dos dedos.

– Tia, eu tô com fominha – Jessy resmungou. Peguei-a no colo limpando a sua boca melada de Algodão Doce com um lencinho, sobre muitos protestos.

– Hum, eu acho que posso resolver isso. – Edward disse sorrindo.


#Algum tempo depois... #

Desejam mais alguma coisa? – Perguntou a garçonete depois de entregar os nossos pedidos. Eu, Edward e Jessy estávamos numa lanchonete aconchegante dentro do Central Park. Edward havia pedido um X Burger com refrigerante e eu um sanduíche quatro queijos, que eu dividiria com Jessy.

– Não, obrigado. – Edward a respondeu, educado. A garçonete ruiva não tirava olhos dele, me fazendo revirar os olhos. Ela me olhou da cabeça aos pés e saiu rebolando para atender a outra mesa.

– Talvez ela precise de algo, vergonha na cara. – Murmurei baixinho incomodada.

– O que?

– Nada – Falei sorrindo. – Estava apenas divagando.

– E então, por que saiu de Forks, Bella? – Edward perguntou bebericando um pouco do refrigerante. Antes que a garçonete atirada aparecesse, eu estava contando a ele que saíra de Forks há um pouco mais de um ano.

– Salvar vidas sempre fez parte do meu objetivo quando eu saí de Forks. Eu sempre sonhei em me formar em Medicina, na Cornell. Ser medica e cuidar desses anjinhos. – Falei apontando para Jessy, que brincava distraída com o brinde que havia ganhado com o lanche. – Então a minha oportunidade surgiu quando o Golden Eage College abriu vagas para novos bolsistas. Eu não poderia perder essa chance, então eu me inscrevi.

– E você passou na prova...

– Sim. – Falei me lembrando de quando eu recebi a carta de aceitação, dizendo que eu havia conseguido a bolsa - Eu quase não acreditei quando vi meu nome entre os dez que haviam conseguido a bolsa integral. Então, eu fiz minhas malas, peguei algumas economias e vim para Nova Iorque. Consegui um emprego no Buffet Denalli e aqui estou, mais uma garota na ‘’ Selva de pedra onde Sonhos são realizados’’.

– Você é uma garota incrível, Bella. Com certeza será uma médica magnifica.

– Obrigada. Eu espero realmente fazer meu melhor, mas ainda tenho um longo caminho a trilhar. – Falei mordendo um pedaço do meu sanduiche, não podia negar, estava faminta.

– Sabe, a maioria das garotas pediria uma salada sem gosto ao invés de um sanduiche de queijo gorduroso. - Ele disse rindo e eu o acompanhei. Eu me sentia tão bem ao lado dele. Era como se o enorme abismo que havia entre nós dois se dissolvesse.

– E você, me fale um pouco mais sobre você, sobre sua família.

– Tem mesmo certeza que quer saber, é complicado. – Ele perguntou torcendo os lábios e eu assenti.

– Na realidade, é como se vivêssemos presos numa gaiola de ouro onde meu pai, Carlisle, prende todos nós – Ele disse suspirado. – É sufocante. Nada do que fizermos será bom o bastante pra ele, por que ele deseja mostrar uma família perfeita, filhos perfeitos e exemplares, ele não aceita nada, além disso. Uma vez Alice disse a ele que gostaria de se formar em Moda, e ele a repreendeu, dizendo que isso era coisa de ‘’pessoas desocupadas’’.

– Deve ser realmente difícil. Sabe, eu realmente não tenho muito o que reclamar, eu sempre tive o apoio dos meus pais, em tudo. Mas tem que ser muito forte pra aguentar tudo isso. – Disse – Certa vez Gandhi disse que ‘’ o que quer que você faça na sua vida será insignificante, mas é muito importante que você faça. Porque ninguém mais o fará’’.

– Obrigado Bella. – Edward disse sorrindo. – Obrigado por aceitar meu convite, por me ajudar, por me escutar.

– Tia, eu preciso ir ao banheiro. – Jessy disse fazendo uma careta engraçada. Eu assenti e Edward disse que estaria nos esperando. Já no banheiro feminino, ainda estávamos na cabine quando duas mulheres entraram no banheiro conversando, mas algo me chamou a atenção na conversa delas.

– Você viu aquela garota lá fora, com o filho do Senador? Quem é ela? – Uma delas disse e eu sibilei para que Jessy ficasse em silencio.

– Eu não sei quem ela é. Mas você viu o jeito dela? Deve ser mais uma querendo o dinheiro dos Cullen. Não dou alguns meses pra ela aparecer grávida. – A outra disse. Arfei agoniada, sentindo um bolo se formar em minha garganta. Eu sabia, sabia que isso nunca daria certo! Meus olhos ficaram marejados e eu segurava as lágrimas. Era isso que todos pensariam, que eu não passava de mais uma golpista me envolvendo com um garoto rico pra ganhar seu dinheiro.

Esperei as duas saírem do banheiro e sai da cabine às pressas com Jessy, puxando-a pela mão. Naquele momento, tudo que eu queria era estar fora daquele lugar.

– Bella, aconteceu alguma coisa? Você está pálida.

– Não. – Respondi rapidamente – Está ficando tarde, precisamos ir pra casa. A mãe de Jessy deve estar preocupada.

– Claro, eu vou pedir a conta e levo vocês pra casa.

– Não, Edward, obrigado, nós podemos ir sozinhas, não precisa se incomodar. – Falei virando os calcanhares em direção à porta de saída, mas antes que eu pudesse me mover Edward segurou meu braço, sem força, me impedindo de sair do lugar.

– Bella, o que está acontecendo?

– Não é nada – Menti – Estou apenas preocupada com o horário.

– Ora Bella, vamos, não seja cabeça dura, eu levo vocês pra casa. – Ele disse – Estou me oferecendo, não há problema nenhum.

– Tudo bem. – Falei soltando um sorriso muxoxo. Eu sabia que poderia estar cometendo um grave erro deixando Edward entrar na minha vida, mas agora, o que eu menos queria era que ele saísse dela.


POV. Edward Cullen:

– Obrigada pela carona, Edward. – Bella disse quando estacionei meu Volvo em frente a um prédio residencial antigo, pichado e com paredes descascando.

– Não foi nada, Bella. – Falei sorrindo, aquele dia havia sido incrível, mas eu ainda estava encucado com a atitude de Bella. Ela havia voltado estranha do banheiro e permanecera praticamente em silencio durante todo caminho, apenas me instruindo como devia chegar a casa dela.

Jessy dormia profundamente nos braços dela agora, com a boquinha num biquinho fofo. O dia havia sido cheio pra a pequena e ela apagara pouco tempo depois de entramos nos carro.

– Quer ajuda para levá-la até sua casa? – Perguntei baixinho para não acordar Jessy. Bella assentiu meio hesitante. Desci do carro primeiro e abri a porta para ela, pegando Jessy em meu colo. A pequena remexeu-se incomodada, mas logo voltou ao sono profundo.

Subimos três andares de escada até Bella parar na frente de uma porta de madeira com o número 62. Ela pegou as chaves na bolsa abrindo a porta em seguida, abrindo passagem para que eu passasse.

– Bom, bem vindo ao meu humilde lar. – Ela disse com um suspiro. Virei-me para analisar o ambiente. A sala de apesar de ser pequena era aconchegante com um sofá cor creme, uma raque branco, onde reesposavam a TV e um aparelho de DVD e um tapete felpudo forrava o chão.

– É bem aconchegante. – Falei. Jessy se remexeu novamente. – Onde posso colocá-la?

– Oh, pode colocá-la no meu quarto. – Ela disse – É a segunda porta a direita.

– Ok. – Falei seguindo para a segunda porta do corredor, como Bella havia indicado. Consegui abrir a porta sem dificuldades e deitei a garotinha com cuidado sobre a cama de casal, que estava forrada com um lençol florido. Era o quarto de Bella.

Estava prestes a sair do quarto, mas entanquei ao ouvir a voz de Bella ecoar, exaltada.

– Eu já disse James, você não vai levar Jessy! Não nesse estado!

– EU SOU O PAI DELA! VOCÊ NÃO PODE ME IMPEDIR! VOCÊ NÃO É NEM MÃE DELA!

– James, fale baixo, vai acabar acordado ela!

– SAI DA MINHA FRENTE SUA VADIA! EU QUERO MINHA FILHA E VOU LEVÁ-LA!

Fechei a porta do quarto com cuidado e corri pra Sala. Um cara alto e magro estava parado na soleira da porta, ele estava visivelmente alterado, estava embriagado. Ele segurava com força o braço de Bella.

– Ei cara, você ouviu a moça. – Falei fazendo com que o cara Bad Boy e Bella olhassem pra mim. – Solte ela e vá embora, antes que eu chame a policia por invasão de privacidade.

– E posso saber quem é você pra me dar ordens? – Ele disse me encarando – Virou defensor da babá vadia?

Meu sangue pareceu ferver naquele momento. Quem era ele pensa que é pra chamar Bella de vadia? Eu só vi vermelho de raiva e quando deu por mim, meu punho já acertava o rosto dele e o tal James vinha pra cima de mim.

– OH MEU DEUS! Parem! – Bella disse desesperada, tentado nos separar. - Parem de brigar!

Ele acabou acertando um soco no meu rosto, e eu senti algo quente escorrer do meu nariz. Era sangue. Aproveitei um momento de distração e acertei-o novamente, deixando-o zonzo e puxando-o pela gola da camisa, prensando-o na parede.

– Saia daqui agora ou eu chamo a policia! – Falei com o maxilar travado, soltando o aperto em sua camisa e ele se desequilibrou dando um passo para trás. Ótimo, eu estava batendo meu recorde, aquela era minha segunda briga na semana!

O tal James saiu gritando que ‘’Isso não vai ficar assim!’’ mas eu pouco me importava. Ele nunca mais encostaria em Bella.

– Edward, sua mão está ferida. – Bella disse preocupada. Só então eu reparei. Minha mão direta, que eu havia acertado o soco estava vermelha e um pouco inchada. – Seu nariz está sangrando!

– Não foi nada Bella, eu estou bem. – Falei tentando acalmá-la, mas ela pareceu não me dar ouvidos. – Ei Bella, se acalme, eu estou bem.

– Obrigada por ter me defendido. – Ela disse fechando os olhos e suspirando. – Se você não tivesse impedido, ele teria levado Jessy à força. Eu sei que ele o pai dela, mas...

– Shh, não precisa explicar Bella. Eu não poderia permitir que ele machucasse vocês.

Ela sorriu, mas seu sorriso murchou quando ele olhou novamente para meu rosto sangrando.

– Vem, vamos cuidar disso. Eu tenho um kit de primeiro socorros lá no quarto.

– Está tão ruim assim? – Perguntei rindo abrindo e fechando minha mão dolorida – Devo estar horrível.

– Nem se você quisesse - Ela murmurou pra si mesma, mas eu acabei escutando, foi impossível não sorrir. – Eu já volto, vou pegar o kit.

Bella não demorou muito a voltar e trouxe gaze, algodão, agua oxigenada e várias coisas pra limpar os meus ferimentos.

– Isso arde. – Reclamei fazendo careta enquanto ela passava o algodão pra limpar o sangue que já havia secado. Ela riu da minha careta e logo depois voltou a se concentrar no que estava fazendo. Ficamos em silêncio por um bom tempo e nossos olhares se cruzaram por alguns instantes.

– Eu, hum, acho melhor você ir agora Edward. – Ela disse – Sua mãe deve estar preocupada. Já está escurecendo.

– É. – Falei sincero. Esme deveria estar subindo pelas paredes de preocupação. Bella me acompanhou até a porta.

– Boa noite, Edward. – Bella disse sorrindo, afinal, já passava das 18h00.

Meus olhos vidraram-se de repente nos lábios de Bella. Vermelhos, suculentos, chamativos. Foi tudo tão rápido quando me dei conta, nossos lábios estavam quase se chocando e nossos rostos estavam tão perto que eu podia sentir o hálito fresco dela.

– TIAAA! - Gritou Jessy de dentro do apartamento, nos tirando do nossa bolha. Bella se afastou rapidamente atônita, suas bochechas num tom rubro de vergonha.

– Eu acho melhor você entrar... – Falei.

– É. Eu vou fazer isso. – Ela disse desviando os olhos.

– Bella? – Chamei.

– Sim?

– Quando podemos nos ver de novo?

Continua...

♥•*´¨`*•.¸¸.•*´¨`*•.¸♥¸.•*´¨`*•.¸¸.•*´¨`*•.♥•*´¨`*•.¸¸.•.¸♥¸.•*´¨`*•.¸♥¸.


Cena do Próximo Capítulo:




Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai, e ai flores, gostaram? Espero que sim! *_*
Tenho que admitir, quando eu pensei em fazer a Bella levar a Jessy ao encontro, achei que fosse ficar meio estranho, as resolvi tentar, hehe, e eu gostei do resultado final, achei que ficou bem fofo.:D
Eu adorei escrever esse capitulo e espero que tenha gostando dele e uma das leitoras, a Sandy, chegou bem perto do que ia acontecer no capitulo no review. hehe
Flores, vocês não acham que o Carlisle está muito quieto? Que as coisas estão muito calmas? Poois é, logo vem tempestade por ai. =/ Mas por enquanto só posso falar isso. hehe
Há, vou deixar o link de todos as fotos que eu usei no capitulo, caso alguém não consiga abrir, é só entrar por aqui:
Look Bella:http://www.polyvore.com/encontro/set?id=50458289
Foto Ed e Bella:http://robstenbeloved.com/wp-content/uploads/2010/09/foto-montagem-rob-e-kris-carinha-2.jpg
Sala da Bella:http://images04.olx.com.br/ui/11/29/97/1302581246_188062297_13-Ocean-Breeze-de-292-por-276-mil--.jpg
Prédio Bella:http://2.bp.blogspot.com/-sSmTtYaoxgM/TetXmJ5Y_pI/AAAAAAAABhk/m9CBtMM_TcU/s400/DSC04302.JPG
***
Há gente, já ia me esqueçendo, aqui vai um ''pequeno''
trecho do próximo capitulo. ^^
'' Atendi o telefone frustado. Não tinha hora melhor pra ligarem?
- Oi mãe.
- Filho, graças a Deus consegui falar com você Edward! - Minha mãe disse com a voz embargada do outro lado da linha. - Você tem que vir rápido pra cá filho!
- Mãe, o que foi, está me deixando assutado!
- Estamos no Hospital Lennox Hill, filho. - Ela disse - Sua irmã Alice foi internada as presas.
- O QUE!?
- Alice tentou se matar, filho. Ela cortou os pulsos.
****
Alguém ai depois dessa relação bombástica? :O Poois é, a Alice tentou mesmo se matar, e não, vocês não leram errado. Agora a questão é: Por que ela tentou se matar? Bom isso e muito mais nos próximos capitulos de LDV!
Bjos lindaass!